MINICURSO - PLANTAS DE COBERTURA, DESCOMPACTAÇÃO E AGREGAÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA 29 DE AGOSTO DE 2017
IMPORTÂNCIA E GESTÃO DAS PLANTAS DE COBERTURA NO CERRADO NOS SISTEMAS SOJA-ALGODÃO-MILHO PALESTRANTES: ALEXANDRE CUNHA DE BARCELLOS FERREIRA - EMBRAPA ALGODÃO TEMA: PLANTAS DE COBERTURA E SEU MANEJO NOS CERRADOS DO CENTRO-OESTE JULIO CESAR BOGIANI - EMBRAPA ALGODÃO TEMA: PLANTAS DE COBERTURA E SEU MANEJO NOS CERRADOS DO NORDESTE
TEMAS 1) Importância das plantas de cobertura nos sistemas de produção agrícola; 2) Características desejáveis das plantas de cobertura para maximização de seus benefícios; 3) Estratégias para inserção das plantas de cobertura nos sistemas de produção; 4) Cuidados para o bom estabelecimento das plantas de cobertura; 5) Manejo das plantas de cobertura; 6) Manejo das plantas de cobertura para a semeadura direta do algodoeiro.
1) Importância das plantas de cobertura nos sistemas de produção agrícola - Diversificação de cultivos: rotação e sucessão de culturas com diferentes características morfofisiológicas
Intensificação de uso do solo ANO 1 ANO 2 ANO 3 Preparo convencional do solo Safra Segunda safra Safra Segunda safra Safra Safra Segunda safra Segunda safra Safra Segunda safra Safra Safra Segunda safra Segunda safra Sistema Plantio Direto Safra Segunda safra Safra Segunda safra
Diversificação de culturas na safrinha Brachiaria sp. Panicum maximum Milheto Sorgo Girassol Crotalaria sp Guandu Nabo forrageiro Consórcio de espécies etc.
Diversificação de culturas na safrinha
1) Importância das plantas de cobertura nos sistemas de produção agrícola - Matéria seca para semeadura e cultivo em sistema plantio direto;
1) Importância das plantas de cobertura nos sistemas de produção agrícola - Cobertura do solo; - Proteção do solo contra o impacto das gotas de água; - velocidade de escorrimento da água que não infiltra no solo; - erosão hídrica e eólica;
- INCIDÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS AS PLANTAS DE COBERTURA AUXILIAM NO MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS EM DOIS MOMENTOS 1) Durante o crescimento das plantas de cobertura 2) Após o manejo das plantas de cobertura
1) Durante o crescimento das plantas de cobertura Competição direta: luz, espaço, água e nutrientes; Competição indireta: ambiente favorável a organismos que podem atacar sementes ou plantas daninhas jovens; Efeito alelopático: substâncias químicas produzidas pela planta que podem interferir negativamente em outra planta.
2) Após o manejo das plantas de cobertura Aumento da biota do solo: predação de sementes e plântulas; Alelopatia: decomposição da matéria seca residual liberação de aleloquímicos; Barreira física exercida pela palhada; luz: sementes de plantas daninhas fotoblásticas positivas (exemplo da buva: Conyza canadensis, C. bonariensis e C. sumatrensis) não germinam
Conyza bonariensis (buva) - no outono, com temperatura e fotoperíodo decrescentes, as plantas ainda acumulam matéria seca, porém sem indução floral. Na primavera, com temperatura e fotoperíodo crescentes, o acúmulo de matéria seca é menor, mas o desenvolvimento fenológico é mais rápido, com indução floral significativa. (Soares et al., 2017) - Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.52, n.1, p.45-53, jan. 2017
Conyza sp. (buva)
1) Importância das plantas de cobertura nos sistemas de produção agrícola - perda de matéria orgânica e nutrientes com enxurradas; - Melhoria da estrutura do solo; - Melhor exploração do solo, inclusive a maiores profundidades;
2 m
1,3 m Rompimento de camadas compactadas e adensadas do solo Guandu Raízes de Brachiaria ruziziensis (até 60 cm de profundidade)
Compactação do solo processo de agregação das partículas menor em solos bem agregados e mais resistentes à deformação (ação cimentante da MOS que mantém as partículas mais aderidas umas às outras).
Comprimento radicular, cm cm -3 Conforme Rosolem et. al (1998), o crescimento radicular do algodoeiro foi prejudicado pela camada compactada, com completa inibição em resistência à penetração de 2,50 Mpa. Resistência à penetração, MPa
Algodão Brachiaria brizantha Milho Soja Fonte: Silva et al., 2006
Matéria Orgânica componente fundamental do solo (Fonte de C e N para o solo). Grande benefício do SPD bem conduzido. Principal meio para melhorar a CTC do solo. Formação de agregados do solo. Estabilidade entre as partículas. Solos de Cerrado nativo (Baixo teor de M.O) Solos de SPD consolidado (Maior teor de M.O) O principal meio de elevar os teores de matéria orgânica do solo em grandes áreas é por meio do cultivo de plantas de cobertura e rotação de culturas. Sem estas práticas o SPD torna-se insustentável
Nos solos do cerrado, a matéria orgânica do solo é responsável por boa parte da capacidade de troca de cátions (CTC), e por consequência, fundamental para a melhoria da fertilidade do solo.
Formação de poros e agregados do solo, em função da atividade da fauna, do crescimento de raízes e fungos (estruturação do solo); infiltração e reserva de água no solo; reserva de nutrientes; estoque de carbono: mitigação dos gases de efeito estufa; resiliência do solo etc Como aumentar a MOS nas grandes lavouras do ambiente tropical do cerrado?
Ipiranga do Norte - MT (09/08/2017)
- Interrupção do ciclo ou da multiplicação de doenças, nematoides e pragas: estratégia do manejo integrado; Meloidogyne incognita
Mofo-branco - Sclerotinia sclerotiorum Foto: Nelson Suassuna Foto: Mauricio Meyer Foto: Nelson Suassuna
Pluviosidade, mm Semeadura Soja e Milho 2) Características desejáveis das plantas de cobertura para maximização de seus benefícios - Ser de fácil estabelecimento, com rápido crescimento e tolerância a déficit hídrico 80 70 60 50 Nas áreas de cerrado, onde o período de ocorrência de 40 30 20 chuvas entre a colheita da cultura principal e o início da 10 0 estação seca é curto e a quantidade de água é pequena.
Porcentagem de decmposição, % 2) Características desejáveis das plantas de cobertura para maximização de seus benefícios - Produzir grande quantidade de MS com alta persistência sobre o solo. 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Milho Pousio Milho + Aruana Milho + Ruziziensis Milho + MG4 Soja Pousio Soja - Crotalária 0 30 60 90 120 150 180 210 Dias após a Emergência dos algodoeiros (DAE) O algodoeiro permanece no campo por longo período e seu potencial de deixar biomassa para cobertura do solo para o próximo cultivo é baixo.
Matéria seca residual de Brachiaria brizantha após a colheita do algodão
2) Características desejáveis das plantas de cobertura para maximização de seus benefícios Não ser Mofo branco em Crotalaria spectabilis hospedeira preferencial de pragas, doenças e nematoides do algodoeiro que virá em sucessão.
2) Características desejáveis das plantas de cobertura para maximização de seus benefícios - Ser de fácil manejo de dessecação na pré-semeadura do algodão - Não tornar-se planta daninha invasora na cultura do algodão em sucessão
Paspalum atratum cv Pojuca
Panicum maximum cv. Aruana
2) Características desejáveis das plantas de cobertura para maximização de seus benefícios - Possibilidade de produzir e colher sementes na própria propriedade - Facilidade de aquisição de sementes no mercado
3) Estratégias para inserção das plantas de cobertura nos sistemas de produção - Cultivo consorciado com o milho safra ou segunda safra.
3) Estratégias para inserção das plantas de cobertura nos sistemas de produção - Cultivo consorciado com a soja
3) Estratégias para inserção das plantas de cobertura nos sistemas de produção - Cultivo solteiro de plantas de cobertura com semeadura após a colheita da soja (segunda safra) - Cultivo consorciado de plantas de cobertura com semeadura após a colheita da soja (segunda safra)
4) Cuidados para o bom estabelecimento das plantas de cobertura; - Qualidade das sementes Via de disseminação de patógenos, pragas, nematoides ou plantas daninhas Brachiaria brizantha - VC 40
4) Cuidados para o bom estabelecimento das plantas de cobertura; - Época de semeadura 1) Início da primavera ou do período chuvoso: baixo aporte de matéria seca para a semeadura direta do algodão de primeira safra Gramíneas: maior relação carbono/nitrogênio, porém com baixa concentração de lignina (rápida decomposição)
Matéria seca (MS), em kg/ha, das espécies vegetais semeadas em outubro, e avaliadas em dezembro. Santa Helena de Goiás, GO. Médias de tratamentos seguidas pela mesma letra, não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5%.
4) Cuidados para o bom estabelecimento das plantas de cobertura; - Época de semeadura 2) Entre meados e final do verão, até no máximo no início do outono (função da precipitação pluvial)
Precipitação (mm) média mensal estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal
4) Cuidados para o bom estabelecimento das plantas de cobertura; - Quantidade de sementes, formas e profundidade de semeadura Quantidade: função da espécie; da cultivar; da época de semeadura; do sistema de cultivo, se solteiro ou consorciado; do valor cultural do lote de semente; se a semente é peletizada ou não; a forma e a profundidade de semeadura.
Quantidade de sementes por hectare para o cultivo solteiro das plantas de cobertura ( * ) Quantidade de semente comercial a ser usada por hectare = [(quantidade de semente com 100% de germinação e 100% de pureza) x 100]/VC da semente comercial ( ** ) ( ** ) se o VC da semente comercial não for fornecido, calculá-lo conforme a seguinte fórmula: VC = (% de germinação x % de pureza)/100
Sementes peletizadas, revestidas ou incrustadas: - apresentam menos impurezas (pedras, torrões, sementes de plantas daninhas, palhadas, gravetos etc); - propiciam maior proteção às sementes (Derré et al., 2013) e garantem sua qualidade fisiológica durante o armazenamento (Santos et al., 2010); - Porém há redução da velocidade de germinação e emergência (Santos et al., 2010; Brites et al., 2011).
4) Cuidados para o bom estabelecimento das plantas de cobertura; - Quantidade de sementes, formas e profundidade de semeadura Profundidade: 2 a 3 cm para a maioria das espécies de plantas de cobertura, mas espécies cujas sementes são maiores, como a do guandu, podem ser dispostas até no máximo 5 cm; Semeadura tardia: menor profundidade, mas não em superfície;
4) Cuidados para o bom estabelecimento das plantas de cobertura; Semeadura mecanizada - semeadoras tradicionais, com discos adaptados para espécies de grãos miúdos; Multissemeadoras ou semeadoras múltiplas, com ajustes ou substituição de seus componentes, podendo ser usadas para a semeadura de sementes miúdas e graúdas; Caixas de adubo, misturadas com fertilizante ou com areia; A lanço por avião ou por equipamentos tratorizados: requer condição climática muito favorável
4) Cuidados para o bom estabelecimento das plantas de cobertura; - Espaçamento entre fileiras: 45 cm, 76 cm, 90 cm (depende do equipamento e da época de semeadura); - Cultivo consorciado: sementes de braquiárias com leguminosas (crotalárias spectabilis e juncea, ou do guandu) - é possível distribuir as sementes da gramínea e da leguminosa na mesma linha de semeadura. As leguminosas, cujas sementes são maiores, podem ser colocadas nas caixas de sementes, e as sementes de braquiária, que são miúdas, podem ser misturadas com areia e colocadas na caixa de fertilizantes.
4) Cuidados para o bom estabelecimento das plantas de cobertura; - Cultivo consorciado de milho ou sorgo com braquiárias: semeadura simultânea das duas espécies, com a braquiária semeada misturada ao fertilizante; Semeadura por ocasião da adubação de cobertura do milho (entre V2 e V4) - milho em espaçamento de 90 cm
5) Manejo das plantas de cobertura; - Manejo das plantas daninhas. - Cultivo consorciado com a soja - Supressão do crescimento das braquiárias no cultivo consorciado com milho - Manejo de pragas
6) Manejo das plantas de cobertura para a semeadura direta do algodoeiro. - Dessecação entre 20 e 30 dias antes da semeadura direta do algodoeiro; - 3 a 5 L/ha de glifosato
Planta de cobertura Dose de glyphosate (g ha -1 do ingrediente ativo) Plantas jovens * Plantas adultas ** Braquiária ruziziensis 960-1.200 1.440-1.680 Braquiária brizantha 1.440-1.680 1.920-2.160 Sorgo 1.200-1.440 1.440-1.680 Milheto 960-1.200 1.440-1.680 Panicum maximum 1.440-1.920 1.920-2.400 Crotalárias 1.440-1.680 1.920-2.160 Guandu 1.440-1.680 1.920-2.400 Doses do herbicida glyphosate para a dessecação das plantas de cobertura * plantas jovens, ou rebrotadas após o pastejo animal ou a trituração mecânica da parte aérea (plantas com folhas túrgidas e novas, emitidas após o início das chuvas) ** plantas adultas, com quantidade elevada de matéria seca acumulada, com folhas velhas e vigorosas touceiras (braquiárias e panicuns), e plantas recém saídas ou ainda na presença de déficit hídrico
Resultados de pesquisas na região oeste da Bahia
Resultados de pesquisas sobre plantas de cobertura
Informações gerais: Correção física com Subsolagem total da área Correção química: - Aplicação de 2000 kg/ha de calcário - Aplicação de 700 k/ha de gesso - Aplicação de 400 kg/ha de Superfosfato Simples
Produção MS, Ton / ha Produção de MS, Ton / ha Produção de MS, tonelada/ha 13 11 9 7 5 3 4,0 7,1 10,1 10,2 11,2 4,0 8,9 Safra 2012-13 10 1 Safra 2015-16 8 6 4 2 2,3 5,2 5,8 8,0 6,5 6,4 3,8 6,9 3,0 10 8 6 4 4,6 6,2 6,1 6,8 8,0 7,8 4,9 6,2 Safra 2013-14 0 2 0 Biomassa formada pelas plantas de cobertura cultivadas em consórcio com milho em sistema santa-fé.
10,8 Conteúdo de nutrientes (kg ha -1 ) 40,7 15,3 36,5 84,8 95,2 Cada kg kg de adubo 180 160 140 120 100 Pousio P. maximum cv. Aruana B. brizantha cv. MG5 B. brizantha cv. MG4 B. brizantha cv. Piatã B. Ruziziensis B. brizantha cv. Paiaguás K 2 O 1,67 KCl P 2 O 5 5,56 SS N 2,22 Uréia 80 60 Crotalária breviflora Crotalária Spectabilis Crotalária ochroleuca 40 MÉDIA 20 0 N P2O5 K2O Quantidade de nutriente acumulado na palha de plantas de cobertura cultivadas em consórcio com milho MÉDIA DE TRÊS ANOS
Produção de MS, tonelada/ha Produção de MS, Ton / ha Produção de MS, Ton / ha 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 3,7 8,3 7,8 6,9 8,4 5,1 5,4 Safra 2012-13 8 6 5,5 6,4 6,5 5,8 5,6 Safra 2015-16 4 4,4 4,1 3,6 10 9,1 2 1,9 8 6 6,7 6,3 5,2 6,0 6,1 7,3 6,4 0 4 2 3,8 Safra 2013-14 0 Biomassa formada pelas plantas de cobertura cultivadas em sucessão a soja.
9,2 13,3 Conteúdo de nutrientes (kg ha -1 ) 41,6 37,5 79,6 93,0 140 Pousio 120 P. maximum cv. Aruana Milheto 100 80 B. brizantha cv. Piatã B. Ruziziensis Sorgo B. brizantha cv. MG4 C. ochroleuca/b. ruzuziensis Cada kg kg de adubo K 2 O 1,67 KCl P 2 O 5 5,56 SS N 2,22 Uréia 60 Guandu/B. ruzuziensis B. brizantha cv. Paiaguás 40 Capim sudão MÉDIA 20 0 N P2O5 K2O Quantidade de nutriente acumulado na palha de plantas de cobertura cultivadas em sucessão a soja MÉDIA DE TRÊS ANOS
Milho Pousio
Milho + B. ruziziensis
Milho + B. brizantha cv. Piatã
Milho + B. brizantha cv. MG4
Milho + B. brizantha cv. MG5
Milho + P. maximum cv. Aruana
Milho + B. brizantha cv. Paiaguás
Milho + Crotalária breviflora
Soja pousio
Soja B. brizantha cv. Paiaguás
Soja B. ruziziensis
Soja Capim Sudão
Soja B. brizantha cv. Piatã
Soja Milheto
Soja B. Ruziziensis + Crotalária Ochroleuca
Soja B. Ruziziensis + Guandu
Produtividade de SOJA e MILHO no 1 ano do ensaio
Produtividade de SOJA e MILHO no 2 ano do ensaio, quando o cultivo de cada cultura foi feito sobre a palhada das plantas de cobertura do esquema de rotação identificado nos gráficos.
Produtividade de ALGODÃO no 3 ano do ensaio, quando foi cultivado o algodoeiro (em Sistema Plantio Direto) sobre a palhada de todas as plantas de cobertura do esquema de rotação identificado nos gráficos, bem como o de monocultivo de algodoeiro em sistema convencional de preparo do solo.
Profundidade (cm) Profundidade (cm) Matéria Orgânica do solo (%) 0,7 1,0 1,3 1,6 1,9 2,2 2,5 0 10 20 30 Coletada no 2 Ano conforme esquemas de rotação e inserção de plantas de cobertura: 1 ano SOJA 2 ano MILHO em SPD 1 ano MILHO 2 ano SOJA em SPD 1 e 2 ano ALGODÃO em SC 40 0,7 1,0 1,3 1,6 1,9 2,2 2,5 0 10 20 30 Coletada no 3 Ano após o cultivo de Algodão sobre todas as situações de rotação de culturas e de plantas de cobertura: Redução da MOS em relação ao 2 ano 40
Pluviosidade, mm Semeadura Soja e Milho 80 50 Produtividade de SOJA e MILHO no 4 ano do ensaio, quando o 40 30 cultivo de cada cultura foi feito sobre os restos culturais do 20 algodoeiro e histórico de plantas de cobertura do esquema de 10 0 rotação identificado nos gráficos. 70 60
Pluviosidade, mm Semeadura Soja e Milho Produtividade de SOJA e MILHO no 5 ano do ensaio, quando o cultivo de cada cultura foi feito sobre a palhada das plantas de cobertura do esquema de 80 70 60 50 40 30 20 Pluviosidade, mm 300 250 200 150 100 50 0 28 22 150 135 99 254 174 93 10 rotação identificado nos gráficos. 0
Resultados de pesquisa sobre Rotação de culturas com uso de plantas de cobertura
Tratamentos Sistema de cultivo 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 T1 Convencional Soja Soja Soja Soja Soja T2 Convencional Milho Milho Milho Milho Milho T3 Convencional Algodão Algodão Algodão Algodão Algodão T4 Convencional Milheto Algodão Milheto Algodão Milheto Algodão Milheto Algodão T5 Direto Soja Milho + Braquiária Soja Milho + Braquiária Soja Milheto Algodão T6 Direto Algodão Soja / Milheto Milho + Braquiária Algodão Soja / Milheto T7 Direto Soja Milho + Braquiária Algodão Soja Milho + Braquiária T8 Direto Milho + Braquiária Algodão Soja / Crotalária Milho + Braquiária Algodão T9 Direto Algodão Soja / Crotalária Milho + Crotalária Algodão Soja / Crotalária T10 Direto Soja / Sorgo Algodão Soja / Sorgo Algodão Soja / Sorgo
Média da produtividade de biomassa dos restos culturais de SOJA, MILHO e ALGODÃO e das PLANTAS DE COBERTURA dos cinco anos do ensaio.
Produtividade de SOJA dos cinco anos do ensaio.
Safra 2014-15 desfolha antecipada da área com monocultivo de soja e preparo do solo de forma convencional
Safra 2016-17 desfolha antecipada da área com monocultivo de soja e preparo do solo de forma convencional
Produtividade de SORGO, kg/ha Produtividade de SORGO nos anos em que foi semeado em sucessão a soja. 6000 5000 78,3 sacas 4000 3000 2000 1000 32,6 sacas 18,7 sacas 0 Safra 2012-13 Safra 2014-15 Safra 2016-17
Produtividade de MILHO dos cinco anos do ensaio.
Pluviosidade, mm Semeadura Soja e Milho 80 70 60 50 Pluviosidade, mm 300 250 200 150 100 50 0 28 22 150 135 99 254 174 93 40 30 20 10 0
Produtividade de ALGODÃO dos cinco anos do ensaio.
Pluviosidade, mm Semeadura Soja e Milho Safra 2015-16 80 70 60 50 40 30 20 10 0
Pluviosidade, mm Semeadura Soja e Milho Safra 2015-16 80 70 60 50 40 30 20 10 0
Profundidade, cm Profundidade, cm Profundidade, cm 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Matéria Orgânica, % T2 = Monocultivo de milho Sistema Convencional T3 T5 = Monocultivo de algodão Sistema Convencional = Rotação Soja Milho+Braquiária** SPD T8 = Rotação Milho+Braquiária** Algodão Soja / Crotalária* SPD * Crotalária ochroleuca em sucessão a soja, semeada na linha ** Braquiária ruziziensis em consórcio com milho no sistema santa-fé
Amostragens feitas no 3, 4 e 5 ano de execução do experimento: SPD = Sistema Plantio Direto e rotação de culturas Soja (plantas de cobertura em sucessão) Milho + braquiária Algodão SMN = Monocultivo de Algodão e preparo do solo de forma convencional SMN + milheto = similar ao SMN, mas com semeadura de milheto por ocasião das primeiras chuvas (setembro-outubro) para formação de biomassa nos meses que antecedem a semeadura do algodoeiro (novembro-dezembro)
Produtividade de algodão em caroço, @ / ha + 62,6* + 96,3* + 69,2* + 92,5* + 94,2* + 83,0* 450 400 350 332,5 366,2 339,0 362,4 364,0 352,8 300 250 269,9 200 150 100 50 0 Somente Braquiária em SPD Braquiária + Sorgo em SPD Braquiária + C. Ochroleuca em SPD Braquiária + C. Spectabilis em SPD Braquiária + Guandú em SPD Média do Monocultivo de algodão em SC Média de algodão em SPD Média de Algodão sobre as espécies de cobertura em SPD
Resultados de pesquisas no Cerrado de Goiás
Matéria seca (MS), em kg/ha, das espécies vegetais semeadas em outubro, e avaliadas em dezembro. Santa Helena de Goiás, GO. Médias de tratamentos seguidas pela mesma letra, não diferem entre si, pelo teste de Scott-Knott, a 5%.
Diversificação de culturas em safrinha, em sucessão à soja
Brachiaria ruziziensis 5-10 t/ha de MS GRAMÍNEAS Brachiaria brizantha (Piatã, Marandu, Xaraés, Paiaguás) 6-12 t/ha de MS
GRAMÍNEAS Panicum maximum (Mombaça, Tanzânia, Aruana) 8-16 t/ha de MS Milheto 6-12 t/ha de MS
LEGUMINOSAS Crotalaria spectabilis 4-6 t/ha de MS Crotalaria juncea 6-9 t/ha de MS Crotalaria ochroleuca 6-9 t/ha de MS
Guandu (Cajanus cajan) 6-12 t/ha de MS Guandu consorciado com B. ruziziensis (8-16 t/ha de MS)
Crotalaria juncea consorciada com B. ruziziensis
Crotalaria spectabilis consorciada com B. ruziziensis
Girassol consorciado com B. ruziziensis
Milho + B. ruziziensis Sorgo + B. ruziziensis
Milho + Crotalaria spectabilis
Adaptado de: FERREIRA, A. C. de B.; LAMAS, F. M.; CARVALHO, M. C. S.; SALTON, J. C.; SUASSUNA, N. D. Produção de biomassa por cultivos de cobertura do solo e produtividade do algodoeiro em plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 45(6), 546-553, 2010.
Produtividade de matéria seca de plantas de cobertura e de plantas daninhas na época de dessecação para semeadura direta do algodoeiro Ferreira et al., 2017 (Pesquisa Agropecuária Brasileira / PAB - no prelo).
Luis Eduardo Magalhães - BA Milho sem Urochloa brizantha Conyza sp. (buva) Milho com Urochloa brizantha
SSD = 3.878 kg/ha (média de 9 safras) MONOCULTURA = 3.615 kg/ha (média de 9 safras) Produtividade (kg/ha) de algodão em caroço no sistema convencional (monocultura) e no sistema de semeadura direta - SSD (soja/braquiária - milho/braquiária - algodão), no cerrado de Goiás. Safras 2005/06 a 2013/14.
Produtividade (kg/ha) de soja em sistemas de produção do algodoeiro no cerrado de Goiás. Dentro de cada ano, letras iguais não diferem entre si pelo teste de Tukey (06-07 e 12-13) ou teste t (08-09, 09-10 e 10-11), a 5% de probabilidade.
Produtividade (kg/ha) de milho em sistemas de produção do algodoeiro no cerrado de Goiás. Dentro de cada ano, letras iguais não diferem entre si pelo teste t, a 5% de probabilidade.
Matéria orgânica do solo(g kg -1 ) 38 33 MONOCULTIVO SSD - da matéria orgânica do solo; 28 23 18 13 8 0-5 6-10 11-20 21-30 31-60 61-100 Matéria orgânica do solo em dois sistemas de produção do algodoeiro no cerrado de Goiás - monocultivo (preparo convencional) e SSD (plantio direto) Profundidade (cm)
Estoque de carbono no solo (Mg/ha ou t/ha) Profundidade (cm) 0 a 5 6 a 10 11 a 20 21 a 30 31 a 40 Total MONOC 8,70 8,95 16,04 13,43 9,61 56,74 ASA 9,44 8,75 18,96 12,75 8,72 58,61 ASM 8,98 8,73 16,66 12,12 9,27 55,76 SSD 13,77 9,00 20,15 13,58 9,99 66,51 MONOC = preparo convencional do solo com aração e gradagem e monocultivo do algodão; (ASA) preparo convencional do solo com aração e gradagem e rotação algodão-soja-algodão; (ASM) preparo convencional do solo com aração e gradagem e rotação algodão-soja-milho e (SSD) sistema de semeadura direta com soja/braquiária - milho/braquiária - algodão - (após 9 safras - cerrado de Goiás).
Estoque de carbono no solo (Mg/ha ou t/ha) Profundidade (cm) 0 a 5 6 a 10 11 a 20 21 a 30 31 a 40 Total MONOC 8,70 8,95 16,04 13,43 9,61 56,74 ASA 9,44 8,75 18,96 12,75 8,72 58,61 ASM 8,98 8,73 16,66 12,12 9,27 55,76 SSD 13,77 9,00 20,15 13,58 9,99 66,51 MONOC = preparo convencional do solo com aração e gradagem e monocultivo do algodão; (ASA) preparo convencional do solo com aração e gradagem e rotação algodão-soja-algodão; (ASM) preparo convencional do solo com aração e gradagem e rotação algodão-soja-milho e (SSD) sistema de semeadura direta com soja/braquiária - milho/braquiária - algodão - (após 9 safras - cerrado de Goiás). O SSD, comparado ao MONOC, aumentou em 58,2% o teor de COS nos primeiros 5 cm e em 17,22% o estoque de COS até 40 cm de profundidade, enquanto a taxa de aumento do estoque acordada na COP21 foi de aproximadamente 4% para uma década.
- Maior ciclagem de nutrientes;
Acúmulo de nitrogênio, fósforo e potássio na parte aérea de plantas de cobertura cultivadas em safrinha, após a soja, visando a semeadura direta do algodão no cerrado de Goiás.
Acúmulo de nitrogênio, fósforo e potássio na parte aérea de plantas de cobertura cultivadas em safrinha, após a soja, visando a semeadura direta do algodão no cerrado de Goiás.
Profundidade (cm) Teor de potássio no solo (mg dm - ³) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 0-5 6-10 11-20 21-30 31-60 Algodão - monocultura (preparo conv.) Alg - Soja - Alg - Soja... (preparo conv.) Soja - Milho safra - Alg... (preparo conv.) Soja/braq. - Milho safra/braq. - Alg... (SPD) 61-100
Profundidade (cm) Teor de potássio no solo (mg dm - ³) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 0-5 6-10 11-20 21-30 31-60 61-100 Algodão - monocultura (preparo conv.) Alg - Soja - Alg - Soja... (preparo conv.) Soja - Milho safra - Alg... (preparo conv.) Soja/braq. - Milho safra/braq. - Alg... (SPD) Após 9 safras com idênticas culturas e adubações, o estoque de K trocável, na camada de 0-10cm, foi equivalente a 835 e kg.ha -1 de cloreto de potássio no SPD e preparo convencional com soja - milho - algodão, respectivamente.
Importância na ciclagem de nutrientes - cerca de 90% do potássio usado na agricultura brasileira é importado.
- Produção de biomassa, grãos ou sementes no período de entressafra: alimentação animal, grãos ou sementes para comercialização ou uso na própria propriedade; Produtividade (kg/ha) de grãos de culturas e plantas de cobertura cultivadas em segunda safra após soja, no cerrado de Goiás, 2010. (fil = fileira; alt = alternada)
Produtividade (kg/ha) de grãos de culturas e plantas de cobertura cultivadas em segunda safra após soja, no cerrado de Goiás, 2013.
Adaptado de: FERREIRA, A. C. de B.; LAMAS, F. M.; CARVALHO, M. C. S.; SALTON, J. C.; SUASSUNA, N. D. Produção de biomassa por cultivos de cobertura do solo e produtividade do algodoeiro em plantio direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 45(6), 546-553, 2010.
Produtividade (kg/ha) de fibra de algodão em função das espécies de cobertura do solo. Santa Helena de Goiás, GO.
Fonte: Ferreira et al. (Comunicado Técnico 377/2016 - Embrapa Algodão). PLANTAS DE COBERTURA E SEUS EFEITOS SOBRE O SISTEMA DE PRODUÇÃO DO ALGODOEIRO
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/157493/1/sistemas-de-cultivode-plantas-de-cobertura.pdf
Obrigado! Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira alexandre-cunha.ferreira@embrapa.br Julio Cesar Bogiani julio.bogiani@embrapa.br