Brasília, 20 de dezembro de 2012 Of. Circular 063/2012. Ref: TAXA DE EMBARQUE E PEDÁGIO. Prezado Associado:

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Estamos encaminhando, para conhecimento de V. Sa, cópia dos seguintes documentos: ITEM DOCUMENTO DATA/DOU ASSUNTO

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Estamos encaminhando, para conhecimento de V. Sa, cópia dos seguintes documentos:

PROCESSO Nº SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 36, de 02 de abril de 2007

: : : Órgão Classe N. Processo

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Transcrição:

Brasília, 20 de dezembro de 2012 Of. Circular 063/2012 Ref: TAXA DE EMBARQUE E PEDÁGIO Prezado Associado: Em razão da iniciativa precipitada da SUPAS/ANTT, que expediu circular às empresas determinando a não cobrança das taxas de embarque dos terminais e das tarifas de pedágio, ambas em relação aos portadores do Passe Livre de Deficiente Carente, o tema foi submetido à análise da Coordenação do Grupo de Trabalho de Assuntos Jurídicos da Abrati, dele tendo recebido orientação para recorrermos ao Ministério dos Transportes buscando um tratamento adequado. Na linha das orientações e subsídios recebidos, elaboramos expedientes para o Ministro dos Transportes, como pode ser visto a seguir e que por si se explica, assim como fizemos ofício à Direção Geral da ANTT dando ciência da primeira medida e a ela também reiterando o pedido de imediata suspensão da determinação da Supas. Esperemos que os pleitos sejam acolhidos. Atenciosamente. JOSÉ LUIZ SANTOLIN Superintendente

Brasília, 20 de dezembro de 2012 Of. 087/2012 Excelentíssimo Senhor Dr. Paulo Sérgio Passos DD. Ministro de Estado dos Transportes Brasília - DF Exmo. Senhor Ministro: Em 03/12/2012 o Diário Oficial da União publicou a Portaria MT nº 261, editada por V.Exa. para disciplinar o atendimento das gratuidades previstas na Lei 8.899/1994, por ser atribuição do Ministério dos Transportes a edição das regras de concessão de tal benefício. O art. 25 da mencionada Portaria estabelece que: Art. 25. O beneficiário de Passe Livre não faz jus à isenção de pagamento de taxas de embarque nos terminais de passageiros e do custo de pedágio previsto no transporte rodoviário.. Analisando a definição acima, é fácil concluir que a sua existência se funda no fato de que os custos relativos a taxas de embarque nos terminais e pedágio não integram os custos tarifários, mas sim se tratam de custos que são cobrados no caso dos terminais pelas suas Administrações, na maioria dos casos entes públicos, como Prefeituras e organismos dos Estados, enquanto o pedágio constitui receita da concessionária da rodovia. Em ambos os casos as empresas transportadoras são meras repassadoras de tais receitas. Para surpresa do setor que representamos, no último dia 18/12/2012 a SUPAS/ANTT expediu uma Circular a todas as empresas prestadoras dos serviços em questão determinando a não cobrança das citadas taxas aos beneficiários do chamado passe livre, sob o argumento da existência de uma Ação Judicial em Santa Catarina. (doc. 1 anexo)

Ante tal situação e buscando entender a posição da Agência, surgiram várias dúvidas que nos impeliram a vir à vossa presença para submeter o tema e pedir definições adequadas, haja vista ser atribuição do Ministério dos Transportes regular a matéria, como, aliás, está feito pela Portaria MT nº 261/2012 que se acha em plena vigência. Vale registrar que em outro tipo de benefício existente no serviço de transporte interestadual, direcionada para idosos, também há a figura das taxas de embarque e de pedágio e lá há regulamentação da própria Agência, por meio de sua Resolução nº 1.692/2006, que no art. 6º, parágrafo único consta: Não estão incluídas no benefício as tarifas de pedágio e de utilização de terminais. Seguramente que a Agência assim disciplinou a mesma matéria, no caso dos idosos, por entender se tratar de receitas que não são das empresas transportadoras, mas que integram equações econômico-financeiras de contratos de concessão de rodovias e das operações dos terminais. Ou seja, quem cobra as citadas taxas não são as empresas de transporte. É imperioso destacar ainda que no presente caso, a alegada determinação judicial, originária de Ação proposta pelo MPF em face da União, da ANTT e das empresas Viação União Santa Cruz Ltda e TTL Transportes, em Santa Catarina, por si só, não teria o condão de tornar o fato em algo de aplicação de âmbito nacional, como destacaremos a seguir. De pronto verifica-se que o pedido da Ação do MPF foi para condenar as empresas acima referidas a suspender toda e qualquer cobrança das tarifas de pedágio e de utilização de terminais aos deficientes físicos no transporte interestadual e internacional de passageiros, bem como a ANTT na obrigação de fazer a fiscalização do cumprimento da sentença com o envio de relatório a cada 30 dias e; condenar a ANTT e a União na obrigação de fazer consistente na orientação às empresas que prestam serviços de transporte interestadual e internacional de passageiros (ou, alternativamente às empresas que tenham linhas com origem e destino no Estado de Santa Catarina para que não repassem os valores do pedágio e da taxa de embarque aos passageiros portadores de necessidades especiais com Passe Livre). (grifo nosso)

Não resta dúvida de que a sentença cujo dispositivo se encontra abaixo transcrito tem natureza condenatória exclusivamente às empresas rés União Santa Cruz e TTL, a União e a ANTT (estas para uniformizarem as informações de acordo com o provimento declaratório e a promoverem os ajustes necessários nos atos de permissão ou de autorização para regular adequadamente quem arcará com o custeio da taxa de embarque e do pedágio, incluindo-se ou não na planilha de custos das transportadoras. (grifos nossos) Antes de analisar o comando condenatório, parece pertinente analisar os limites territoriais que se impõe observar. Nesse sentido determina o art. 16, da Lei nº 7.347, de 1985, que disciplina a Ação Civil Pública e cuja redação está assim assentada: "A sentença civil fará coisa julgada erga omne, nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto (...)". (grifo nossso) O referido dispositivo limitador dos efeitos da coisa julgada foi acrescentado pelo art. 2º da Lei nº 9.494, de 1997, mas teve sua aplicação contestada nos casos de direitos individuais homogêneos (hipótese do caso discutido) por força do art. 91 do Código de Defesa do Consumidor, tendo o Órgão Especial do STJ pacificado a matéria nos autos do ERESP 293.407/SP, Rel. Min. João Otávio Noronha, DJ 01/08/2006, com a seguinte ementa: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. AUSÊNCIA DE DISSENSO ENTRE OS ARESTOS CONFRONTADOS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. SENTENÇA. EFEITOS ERGA OMNES. ABRANGÊNCIA RESTRITA AOS LIMITES DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL DO ÓRGÃO PROLATOR. 1. Não há falar em dissídio jurisprudencial quando os arestos em confronto, na questão em foco, decidem na mesma linha de entendimento. 2. Nos termos do art. 16 da Lei nº 7.347/85, alterado pela Lei nº 9.494/97, a sentença civil fará coisa julgada erga omnes nos limites da competência territorial do órgão prolator. 3. Embargos de divergência não-conhecidos." (EREsp 293.407/ SP, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA Corte Especial, DJ 01/08/2006).

Assim, tem-se que os limites da sentença proferida estão afetos aos serviços com inicio ou término no Estado de Santa Catarina. Abstraída a questão acima, de difícil validação no estágio atual de instrumentalidade do direito processual, verifica-se que as rés UNIÃO FEDERAL E ANTT não adotaram as providências determinadas pela sentença para promover os ajustes nos atos de delegação dos serviços de modo a regular a quem arcará com o custeio da taxa de embarque e/ou de pedágio, de modo que com essa omissão a ANTT atraiu para si a responsabilidade de responder perante a ordem jurídica pelo descumprimento do preceito específico. (grifo nosso) Ou, numa outra interpretação, a Portaria nº 261, de 2012, do Ministério dos Transportes, embora não fizesse qualquer remissão à sentença, definiu pelo art. 25 que o beneficiário é quem deve arcar com os custos de taxas de embarque e de pedágio, devendo o autor da ação buscar a responsabilização das autoridades refratárias ao comando sentencial. Por derradeiro, como a matéria está inteiramente disciplinada e, pelo art. 2º do Decreto nº 3.691, de 2000, o Ministério dos Transportes é quem tem a competência para a regulamentação do benefício. É de se destacar também que o parecer invocado pela SUPAS/ANTT, do Procurador Federal Alexandre Motta Justo, indicando que a ANTT deve impedir a cobrança da taxa de embarque e o preço do pedágio dos beneficiários do Passe Livre, previsto na Lei nº 8.899, de 1994, peca gravemente e pode mesmo ser visto como instrumento jurídico inadequado ao caso. A medida adequada para que a ANTT e a União possam cumprir a sentença proferida na ACP mencionada será buscar em sede orçamentária os valores necessários para atender aos custos das tarifas mencionadas, porque, se assim não for, além de inobservância ao comando da decisão judicial, estará de um lado imponto às administrações dos terminais e concessionárias das rodovias custos não previstos em suas atividades ou o que seria pior, transformando as empresas transportadoras, que exercem neste cenário o mero papel de repassadoras, em financiadoras de custos que não lhes dizem respeito sob nenhum fundamento.

As empresas permissionárias do Sistema, embora teoricamente abrangidas pelo efeito erga omnes da sentença, estão protegidas pela Portaria nº 261, de 2012, não podendo ser sancionadas pela ANTT no seu cumprimento. Todavia, a ANTT, de modo pouco ortodoxo, de pronto já passou a autuar as empresas transportadoras que estejam cobrando e repassando mencionadas taxas legais. Assim, Senhor Ministro, ante os fatos acima relatados, vimos à presença de V.Exa. para pleitear a análise do assunto no seu todo, dadas as complexidades descritas, com um pedido LIMINAR no sentido de que seja recomendada à ANTT, que é ente integrante desse Ministério, a suspensão de aplicação de autuações às empresas transportadoras, até que o Ministério ultime seus estudos e adote as medidas decorrentes da ordem judicial em questão que, aliás, é de se supor esteja ainda em tramitação, na razão de que a mesma fora apreciada somente pela segunda instância do judiciário. Na expectativa do acolhimento ao presente pleito, reiteramos a urgência que o caso requer e nos valemos da oportunidade para manifestar a V.Exa. nossos votos de elevado respeito. Atenciosamente RENAN CHIEPPE Presidente

CIRCULAR EXPEDIDA PELA SUPAS/ANTT PARA TODAS AS EMPRESAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERESTADUAL E INTERNACIONAL DE PASSAGEIROS De: Gerpa Gerência de Regulação do T. P. de Passageiros <gerpa@antt.gov.br> Data: 18 de dezembro de 2012 09:53 Assunto: PORTARIA Nº 261, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2012 Para: "unida@empresaunida.com.br" <unida@empresaunida.com.br> À Empresa EMPRESA UNIDA MANSUR & FILHOS LTDA., Tendo em vista a publicação no DOU de 03/12/2012, da PORTARIA Nº 261, DE 3 DE DEZEMBRO DE 2012, do Ministério dos Transportes, que disciplina a concessão e a administração do benefício de passe livre à pessoa com deficiência, comprovadamente carente, no sistema de transporte coletivo interestadual de passageiros, de que trata a Lei nº 8.899, de 29 de junho de 1994, esta Superintendência solicitou manifestação da Procuradoria Geral desta Agência (PRG) acerca do cumprimento do artigo 25 da citada Portaria, que dispõe que o beneficiário de Passe Livre não faz jus à isenção de pagamento de taxas de embarque nos terminais de passageiros e do custo de pedágio previsto no transporte rodoviário. O referido artigo vai de encontro a decisão proferida nos autos da Ação Civil Pública nº 2006.72.00.009356-4, onde o MM. Juiz Federal relator da 4ª Vara/Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região decidiu que as pessoas com deficiência carentes e portadores do Passe Livre do Governo Federal, que gozam da passagem gratuita nos termos da Lei nº 8.899/94, também tem o direito, em todo o território nacional, de obterem a competente Autorização de Viagem fornecida pelas empresas responsáveis pelo transporte coletivo interestadual de passageiros, sem terem que pagar taxa de embarque e/ou do pedágio relacionado ao trânsito do veículo transportador em quaisquer rodovias. Conforme esclarecimento prestado pela PRG, as empresas devem cumprir o acórdão do TRF da 4ª Região que manteve a sentença de primeiro grau de jurisdição. Em suma, não devem ser cobradas as taxas de embarque e o preço do pedágio dos beneficiários do Passe Livre previsto na Lei nº 8.899, de 29 de junho de 1994, mesmo com a publicação da Portaria nº. 261/2012, até decisão em contrário. Superintendência de Serviços de Transporte de Passageiros - SUPAS

Brasília, 20 de dezembro de 2012 Of. 088/2012 Ilmo. Sr. Dr. Ivo Borges de Lima MD. Diretor Geral da ANTT Brasília DF Senhor Diretor Geral: Ante iniciativa da SUPAS/ANTT, que a nosso ver, de modo menos adequado, apressouse a expedir Circular às empresas determinando a adoção de providência que julgamos da alçada exclusiva do Sr. Ministro de Estado dos Transportes, nos vimos na contingência de levar o assunto à consideração de sua Exa. o Senhor Ministro dos Transportes, como pode ser verificado na cópia do nosso ofício nº 087/2012, aqui anexado para conhecimento dessa douta Direção Geral. Assim, serve o presente para, além de dar-lhe ciência da citada providência que adotamos, formular idêntico pleito que fizemos ao Sr. Ministro, qual seja a suspensão imediata da aplicação de multas às empresas, na medida em que existe Norma Superior, emanada do Ministério dos Transportes através da Portaria MT nº 261/2012, até que a matéria possa ser submetida à análise das instâncias próprias do Ministério competente. Sendo o que temos para o momento e na expectativa do acolhimento ao presente pleito, firmamo-nos, Atenciosamente RENAN CHIEPPE Presidente