INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO PROCESSO DO TRABALHO: INAPLICABILIDADE E CONTROVÉRSIAS

Documentos relacionados
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula 6. Intervenção de terceiros. Prof. Luiz Dellore

Intervenção de Terceiros

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Intervenção de terceiros. Prof. Luiz Dellore

DIREITO PROCESSUAL CIVIL PROFESSOR EDUARDO FRACISCO

CAPÍTULO II DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE. Art É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:

AULA 14. Espécies de Intervenção de terceiro no novo CPC. d) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica

Murillo Sapia Gutier INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

Por iniciativa das partes (art. 262 Regra Geral). Princípio da Inércia. Princípio Dispositivo. Desenvolvimento por impulso oficial.

DO LITISCONSÓRCIO, ASSISTÊNCIA E INTERVENÇÃO DE TERCEIROS.

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

AULA 13. Espécies de Intervenção de terceiro no novo CPC. d) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica

LIVRO I Do Processo de Conhecimento...1

DIREITO PROCESSUAL CIVIL PROFESSOR EDUARDO FRANCISCO

SUMÁRIO. Direito do Trabalho Direito Processual Civil Direito Processual do Trabalho

CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE PROCESSO CIVIL PONTO A PONTO PARA TRIBUNAIS. Curso Agora eu passo (

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Direito Processual do Trabalho. Professor Raphael Maia

DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA. DA AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS CPC artigos 914 / Introdução

Direito do Trabalho e Processo do Trabalho

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

Prof. Ms. Ernesto José Toniolo Doutorando e Mestre pela UFRGS. Procurador do Estado.

LEMBRETES de Direito Processual do Trabalho

índice INTRODUÇÃO Abreviaturas... 9 Nota à 5ª edição Nota à 4" edição Nota à 3" edição Nota à 2" edição e sumário)...

5.6 Ações Trabalhistas Advindas da Relação de Emprego

Hipóteses em que é possível a condenação do denunciado à lide, seja considerando-o como litisconsorte ou assistente simples.

SISTEMA EDUCACIONAL INTEGRADO CENTRO DE ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS DE COLIDER Av. Governador Julio Campos, Lote 13, Loteamento Trevo Colider/MT Site:

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

RECURSO ORDINÁRIO EM RITO SUMARÍSSIMO ORIGEM: 75ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO

Intervenção de Terceiros e Litisconsórcio Dr. Vicente Ataíde

AULA 9 AÇÃO TRABALHISTA Elementos da Resposta do Réu DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO PROFª KILMA GALINDO DO NASCIMENTO

PROGRAMA DE DISCIPLINA. Disciplina: DIREITO PROCESSUAL CIVIL I Código da Disciplina: JUR217 Curso: DIREITO Semestre de oferta da disciplina: 4º

Litisconsórcio. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa, ou passivamente quando:

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS FACULDADE DE DIREITO Direito Processual do Trabalho Profª. Ms. Tatiana Riemann DISSÍDIO COLETIVO

Processo Civil Prof. Darlan Barroso Aula de Respostas do Réu 2ª Fase Civil XXIII Exame de Ordem

ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV PRÁTICA TRABALHISTA. Respostas do Réu - Contestação

CPC adota TEORIA ECLÉTICA DA AÇÃO. Que parte de outras duas teorias: b) concreta: sentença favorável. Chiovenda: direito potestativo.

Ações judiciais na locação de imóveis urbanos

Processo Civil aula 1

Petição Inicial I. Professor Zulmar Duarte

Sumário Capítulo 1 Prazos Capítulo 2 Incompetência: principais mudanças

REVELIA (ART. 319 A 322)

A INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO PROCEDIMENTO MONITÓRIO

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO CPC ATUAL E PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DO INSTITUTO TRAZIDAS PELO NOVO CPC

SUMÁRIO. Capítulo II SUBSTABELECIMENTO... 31

Aula 98. Revelia (Parte II): Lembre-se que qualquer procedimento é composto por: demanda citação resposta instrução decisão final (sentença).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DIREITO CIVIL E PROCESUAL CIVIL 2014

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.126

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura:

DA ASSISTÊNCIA E DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

CAPÍTULO 1 Jurisdição... 1 CAPÍTULO 2 AÇÃO... 23

Aula 11 de Processo do trabalho II Procedimentos especiais na Justiça do Trabalho.

1. A Evolução do MS no Sistema Constitucional Direito Líquido e Certo a Evolução Conceitual... 24

Direito Trabalhista 1

TERMO DE AUDIÊNCIA PROCESSO N.º: DATA: 14/05/2015

STEVÃO GANDH DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL

LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO ACIDENTÁRIO

SUMÁRIO PARTE I INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA UMA APROPRIADA POSTULAÇÃO EM JUÍZO 1 INTRODUÇÃO

Sumário PARTE I ASPECTOS PROCESSUAIS GERAIS

SUMÁRIO A ESSÊNCIA DO CPC DE 2015 E AS NOVAS

Ações de locação e o novo CPC

Conteúdo: Antecipação dos Efeitos da Tutela: Conceito, Requisitos, Conteúdo, Legitimidade, Antecipação de Tutela em Pedido Incontroverso.

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

Direito Civil Direito Civil

SUMÁRIO 1. CONSIDERAÇÕES PREAMBULARES As reformas do Código de Processo Civil maiores esclarecimentos... 25

Curso de férias: Atualidades em Processo do Trabalho

ADRIANA SAWARIS NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL. 1ª Edição MAI 2013

PI juízo de admissibilidade (negativo) sentença 485, I, CPC (sem a citação).

PartE I PrÁtICa ProCEssuaL

Direito Trabalhista 1

Juizado Especial Cível (lei nº 9.099/1995). DIVISÃO. PRINCÍPIOS 1 - Princípio da Oralidade (art. 2º)

NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL E A CLT (DA CONTESTAÇÃO)

Tribunais e MPU -Fernando Gajardoni-Camilo Zufelato-Proc Civil-5ed.indb 9 24/03/ :20:57

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

PROCESSO N

DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL CAPÍTULO I DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL

Sumário. Capítulo 1 A Situação Concreta Exposição da Situação Concreta e de suas mais de 50 Petições Vinculadas...1

Formação, suspensão e extinção do processo

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO

AULA ) PROCEDIMENTO COMUM (art. 270 e seguintes do CPC a 318 e

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 77, DE 2016

Descomplicando o Novo Código de Processo Civil. [NOME DA EMPRESA] [Endereço da empresa]

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

DA CONVERSÃO DA AÇÃO INDIVIDUAL EM AÇÃO COLETIVA NO NOVO CPC. Por Carlos Eduardo Rios do Amaral

Curso de Arbitragem 1 FRANCISCO JOSÉ CAHALI

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Coisa Julgada. Professor Rafael Menezes

Contestação: É a principal modalidade de defesa do réu. A CLT faz menção à defesa do réu nos arts. 847 e 848 da CLT.

SUMÁRIO. Agradecimentos... Nota do autor...

SUMÁRIO SUMÁRIO. 1. A evolução do MS no sistema constitucional Direito líquido e certo a evolução conceitual... 27

Curso Preparatório para o Concurso Público do TRT 12. Noções de Direito Processual Civil Aula 5 Prof. Esp Daniel Teske Corrêa

Professora: Daiana Mito

1 Teoria Geral do Processo Civil Sala 207 UNIP Professor: Paulo Henrique de Oliveira. Teoria Geral do Processo Civil - 26 de outubro

RELATÓRIO VOTO. Conhecimento. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso. Fundamentação

AULA 08. Critérios utilizados pelo legislador para escolher que ação penal de um delito será privada.

Capítulo I TEORIA GERAL DO PROCESSO PRINCÍPIOS E NORMAS FUNDAMENTAIS JURISDIÇÃO Generalidades e conceito

AGRADECIMENTOS INTRODUÇÃO... 19

Transcrição:

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NO PROCESSO DO TRABALHO: INAPLICABILIDADE E CONTROVÉRSIAS A intervenção de terceiros não é aceita pela maioria dos tribunais, no processo do trabalho. Há muita polêmica sobre este instituto processual civil e a doutrina diverge quanto à sua aplicação subsidiária. Apesar das contradições, procuraremos definir conceitos e, independentemente das posições doutrinárias sobre o tema, apresentá-los ao estudo. Os interessados podem voluntariamente ou obrigatoriamente participar do processo. Nestes casos, verifica-se uma intromissão voluntária na assistência e na oposição. Forçada ou involuntária na nomeação à autoria, denunciação da lide e chamamento ao processo. Na assistência, se intervém no processo quando a decisão a ser proferida na causa interferir na sua esfera jurídica, convindo ao assistente pugnar pela vitória do assistido, de forma simples ou adesiva. O assistente tem posição auxiliar ao assistido, devendo apenas usar dos meios processuais postos à disposição do assistido, tais como: requerer e produzir provas ou apresentar razões. Se o assistido for revel, o assistente será considerado gestor de negócios, não se produzindo os efeitos da revelia para o assistente. Os atos de direito material, p. ex., renúncia, não podem ser praticados pelo assistente. Existem os casos de assistente adesivo, p. ex., sublocatário na ação de despejo movida pelo proprietário contra o locatário, já que a sentença vai atingir seu interesse jurídico. Também, pode ser litisconsorcial ou qualificada, quando o assistente atua como parte. Sempre que o substituído ingressar na ação onde seu substituto processual é parte, p. ex., sindicato, atuará na qualidade de assistente litisconsorcial ou qualificado. O assistente pode ter seu ingresso vetado, desde que

qualquer das partes lhe negue o interesse jurídico para intervir por bem do assistido, cabendo ao magistrado desentranhar o pedido do interessado à assistência, determinando a produção de provas e decidindo em cinco dias (Art. 50 e seguintes do CPC). Observe-se admissível a assistência simples ou litisconsorcial, também, adesiva no processo do trabalho, caso demonstrado o interesse jurídico e não o meramente econômico (Súmula n. 82 do TST). A oposição caracteriza-se pela faculdade deferida ao terceiro de intervir voluntariamente no processo, visando excluir o direito ou a coisa que as partes titulares postulam. A oposição atinge o objeto mediato do pedido, ou seja, o bem da vida requerido pelo autor em face do réu, denominado oposto, após a intervenção do terceiro. O opoente atua como verdadeiro autor em face das partes primitivas, visto que o seu pedido é total ou parcialmente incompatível com aquele formulado pelas partes, quando da formação do processo. Ao analisar o Art. 56 do CPC, observamos a natureza jurídica da faculdade que encerra o exercício da oposição poderá. Tal intervenção é recomendada pelo princípio da economia processual, evitando desnecessária duplicação de processos. Previne-se o opoente de um mero prejuízo de fato, acarretando com sua participação a dispensa de uma causa independente. A oposição pode ser total ou parcial. Na primeira, verifica-se a intenção do opoente sobre todo o pedido formulado pelo autor. Na segunda, por meio de uma pretensão exclusiva, como, p. ex., parte do crédito cobrado pelo autor em face do réu. Deverá ser sempre oferecida até que seja proferida a sentença, pois o objetivo da oposição é antecipar-se a uma solução, evitando que haja a decisão da demanda, o que obrigaria a acionar o vencedor em ação autônoma. Caso seja apresentada após iniciada a audiência, seguirá procedimento ordinário e será julgada sem prejuízo da causa

principal. O juiz poderá sobrestar o andamento do processo por prazo nunca superior a 90 dias, a fim de julgá-lo conjuntamente com a oposição (Art. 60 do CPC), fato que caracteriza uma espécie de conexão, pois é flagrante ser o objeto mediato da causa principal o mesmo da oposição. Em regra, a oposição é oferecida após o início da audiência, acarretando o sobrestamento do feito e no processo do trabalho poderia verificar-se, p. ex., quando um inventor litiga com seu empregador pela autoria de um invento, oportunidade em que surgiria um terceiro inventor, pleiteando seus direitos frente a ambos. Neste caso, o juiz analisaria inicialmente a quem pertencem os direitos de autoria e consequentes indenizações trabalhistas, objetivando uma sentença que proteja o verdadeiro autor do invento em demanda. O Art. 454 da CLT, que tratava das invenções do empregado ocorridas na vigência do contrato, foi revogado pela Lei n. 5.772/71. Na nomeação à autoria, permite-se que o detentor da coisa que seja demandado em nome próprio se exclua da demanda nomeando o verdadeiro proprietário ou possuidor. Esta intervenção se destina a ajustar a legitimação passiva (legitimatio ad causam), colocando no polo passivo da demanda o proprietário, possuidor ou aquele que determinou a instrução, prejudicando o interesse do autor. Este pode aceitar ou não a nomeação à autoria. Se aceita, deve providenciar a citação do nomeado, já que o antigo réu foi excluído da relação processual, sendo esta uma das substituições permitidas em lei (Art. 264 do CPC). Caso contrário, se não aceita a nomeação, deve o réu prosseguir na demanda, podendo apresentar a sua ilegitimidade passiva, em prejuízo do autor, acarretando a extinção do processo sem julgamento do mérito (Art. 267, inciso VI do CPC). O nomeado pode aceitar a nomeação ou não. Caso aceita a expromissão do nomeante, prosseguirá o feito contra

o nomeado até a decisão final. Recusada a nomeação, o nomeante deve propor ação autônoma contra ele, pois a lei não estende ao nomeado os efeitos da coisa julgada, já que esse deixa a relação processual com a simples recusa de sua qualificação. A nomeação à autoria é um dever processual, cabendo perdas e danos quando se processar, em ação autônoma. A denunciação da lide, que por certo deveria denominar-se denunciação à lide (atecnia do legislador do CPC), era denominada de chamamento à autoria com sentido de chamamento do garante. Nestes casos, o denunciante se aproveita do mesmo processo para exercer ação de garantia ou seu direito de regresso em face do denunciado, visando à economia processual a sentença que julgar procedente a ação declarará, conforme o caso, o direito do evicto ou a responsabilidade de perdas e danos, valendo como título executivo (Art. 76 do CPC). A denunciação da lide jamais poderia se aperfeiçoar no processo do trabalho. As Varas de Trabalho não têm competência para proferir sentença com fulcro no Art. 76 do CP, já que o denunciante e o denunciado poderiam se afigurar empregadores, em tese, contrariando o Art. 114 da CFRB. A denunciação da lide é uma faculdade, não impedindo que o denunciante exerça o seu direito de regresso em ação autônoma (Art. 70, incisos II e III do CPC. Só será obrigatória caso se enquadre na hipótese do art. 456 do CCB. Neste caso, se o adquirente não promover a denunciação da lide, perderá o direito de regresso contra este. Nas situações em que aceita a denunciação, estarão sendo ajuizadas duas ações distintas no mesmo processo autor em face do réu e denunciante em face do denunciado. Tanto um como outro podem denunciar da lide. Pelo autor, o denunciado será litisconsorte do denunciante; porém, este não deve ser entendido como litisconsórcio ideal, pois o denunciado é sempre adversário do denunciante. Esta

hipótese traduz uma espécie de auxílio que o denunciado faz ao aditar a petição inicial do denunciante. É um caso atípico, que encontra pouquíssimos exemplos práticos. Entrementes, caracterizamos o caso em que vários interessados litigam pelo direito de servidão, oportunidade em que o denunciado poderá aditar a inicial do denunciante por comungarem do mesmo interesse, ou seja, o direito a uso e gozo de passagem por imóveis de várias propriedades (Art. 74 do CPC). No chamamento ao processo, ocorre a inserção dos chamados no polo passivo do litígio, cabendo apreciar dois pressupostos: que o chamado tenha relação de direito material com o devedor e o credor, e que o pagamento da dívida pelo chamante dê a este o direito de ressarcimento contra o chamado (Art. 77 do CPC). O chamamento ao processo é a única intervenção de terceiros aceita em regra pelos tribunais trabalhistas. Porém, é entendida como responsabilidade solidária e não como figura de intervenção de terceiros. Entretanto, em razão da informalidade que norteia o processo do trabalho, tal instituto é acolhido informalmente. Só cabe no processo de conhecimento, jamais no processo de execução. Em tempo, cumpre salientar que no processo do trabalho se afigura um caso específico e atípico de intervenção de terceiros. Trata-se da chamada à autoria prevista nos casos de factum principis (Art. 486 da CLT). A oportunidade é prevista quando autoridade municipal, estadual ou federal motive a paralisação as atividades de uma empresa. Nestes casos, há um rito procedimental próprio, expresso no referido artigo e, caso verifiquem a responsabilidade da autoridade, as VT remeterão os autos ao juízo privativo da Fazenda perante o qual o feito correrá, no circuito da

Justiça Comum. Em se tratando de autoridade federal, de lege ferenda, o encaminhamento será para a Justiça Federal.