Ênio Meinen. PIS nas Cooperativas de Crédito. Fundação Escola Superior de Direito Tributário

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Transcrição:

Ênio Meinen PIS nas Cooperativas de Crédito Fundação Escola Superior de Direito Tributário

LEI COMPLEMENTAR Nº 7, DE 7 DE SETEMBRO DE 1970 Institui o Programa de Integração Social, e dá outras providências. Art. 1.º - É instituído, na forma prevista nesta Lei, o Programa de Integração Social, destinado a promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas. 1º - Para os fins desta Lei, entende-se por empresa a pessoa jurídica, nos termos da legislação do Imposto de Renda, e por empregado todo aquele assim definido pela Legislação Trabalhista. Art. 3º - O Fundo de Participação será constituído por duas parcelas: 4º - As entidades de fins não lucrativos, que tenham empregados assim definidos pela legislação trabalhista, contribuirão para o Fundo na forma da lei.

Resolução n 174, de 25 de fevereiro de 1971 APROVA O REGULAMENTO QUE REGERÁ AS ATIVIDADES DO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO PARA EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL, INSTITUÍDO PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 7, DE 07.09.70. O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do artigo 9º da Lei nº 4595, de 31.12.64, torna público que o CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL, em sessão realizada em 19.02.71, apreciando o Projeto de Regulamento submetido pela Caixa Econômica Federal, nos termos do artigo 11 da Lei Complementar nº 07, de 07.09.70, RESOLVEU: Aprovar o Regulamento anexo que regerá as atividades do Fundo de Participação para Execução do Programa de Integração Social, instituído pela Lei Complementar nº 07, de 07 de setembro de 1970. Brasília (DF), 25 de fevereiro de 1971 ERNANE GALVEAS Presidente

CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego e o abono de que trata o 3º deste artigo

DECRETO-LEI Nº 2.445, DE 29 DE JUNHO DE 1988 Altera a legislação do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP e do Programa de Integração Social -.PIS e dá outras providências. Art. 1º A partir de 1º de julho de 1988, as contribuições mensais, com recursos próprios, para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP e para o Programa de Integração Social - PIS, passarão a ser calculado das seguintes forma: IV - fundações públicas e privadas, condomínios e de mais entidades sem fins lucrativos, inclusive as instituições de assistência social, que não realizem habitualmente venda de bens ou prestações de serviços de qualquer natureza: um por cento sobre o total da folha de pagamento de remuneração dos empregados; e V - demais pessoas jurídicas de direito privado, não compreendidas nos itens precedentes, bem assim as que lhe são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive as serventias extrajurídicas não oficializadas: sessenta e cinco centésimos por cento da receita operacional bruta.

LEI Nº 9.715, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1998 Dispõe sobre as contribuições para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP, e dá outras providências. Art. 2o A contribuição para o PIS/PASEP será apurada mensalmente: I - pelas pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, com base no faturamento do mês; II - pelas entidades sem fins lucrativos definidas como empregadoras pela legislação trabalhista e as fundações, com base na folha de salários; 1o As sociedades cooperativas, além da contribuição sobre a folha de pagamento mensal, pagarão, também, a contribuição calculada na forma do inciso I, em relação às receitas decorrentes de operações praticadas com não associados.

Art. 3o Para os efeitos do inciso I do artigo anterior considera-se faturamento a receita bruta, como definida pela legislação do imposto de renda, proveniente da venda de bens nas operações de conta própria, do preço dos serviços prestados e do resultado auferido nas operações de conta alheia. Art. 12. O disposto nesta Lei não se aplica às pessoas jurídicas de que trata o 1o do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, que para fins de determinação da contribuição para o PIS/PASEP observarão legislação específica.

LEI Nº 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998. Art. 1 Esta Lei aplica-se no âmbito da legislação tributária federal, relativamente às contribuições para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, de que tratam o art. 239 da Constituição e a Lei Complementar n 70, de 30 de dezembro de 1991, ao Imposto sobre a Renda e ao Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativos a Títulos ou Valores Mobiliários - IOF. CAPÍTULO I DA CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP E COFINS Art. 2 As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei. (Vide Medida Provisória nº 2158-35, de 2001) Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa jurídica. 1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.

LEI No 11.051, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2004 Dispõe sobre o desconto de crédito na apuração da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL e da Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins não cumulativas e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 30. As sociedades cooperativas de crédito, na apuração dos valores devidos a título de Cofins e PIS Faturamento, poderão excluir da base de cálculo os ingressos decorrentes do ato cooperativo, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 15 da Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, e demais normas relativas às cooperativas de produção agropecuária e de infra-estrutura.

Cooperativas de crédito são sociedades cooperativas? Quais os efeitos para as cooperativas de crédito do art. 22, 1º da Lei nº 8.212/91? Equiparação possível? Aplicabilidade do 1º do art. 2º da Lei nº 9.715/98 Cooperativa de crédito x Receita bruta Atos cooperativos x Não cooperativos x base imponível

O ato cooperativo gera faturamento e receita? Base de cálculo para incidência das contribuições sociais Posição do STJ Quais os reflexos do art. 30 da Lei nº 11.051/04? Em que as cooperativas de crédito podem aproveitar as exclusões previstas no art. 15 da MP nº 2158-35

As cooperativas continuam sujeitas ao recolhimento do PIS sobre a folha de pagamento? Ou somente recolherão o PIS Folha quando excluírem da base de cálculo as sobras apuradas no DRE, antes da destinação para a reserva legal ou FATES?

Ênio Meinen Confederação Interestadual das Cooperativas Ligadas ao SICREDI Confederação SICREDI enio@sicredi.com.br WWW.SICREDI.COM.BR