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Transcrição:

Comunicado Técnico 247 ISSN 1983-0505 Agosto, 2014 Belém, PA Conhecendo Espécies de Plantas da Amazônia: Pau-amarelo (Euxylophora paraensis Huber - Rutaceae) Luciano Ferreira Margalho 1 Ely Simone Cajueiro Gurgel 2 Joaquim Ivanir Gomes 3 Milton Groppo 4 Regina Célia Viana Martins-da-Silva 5 Leonilda Tavares de Carvalho 6 Alexandre Salgado de Souza 7 Taxonomia Euxylophora paraensis Huber, Bol. Mus. Goeldi Hist. Nat. Ethnogr. Belém. 6: 85. 1910. Euxylophora é um gênero monoespecífico (GENTRY, 1993; KUBITZKI et al., 2011; PENNINGTON et al., 2004), pertencente à Rutaceae, segundo o Angiosperm Phylogeny Group (APG) (STEVENS, 2012). Essa família apresenta, aproximadamente, entre 150 e 160 gêneros e 1.900 e 2.100 espécies, com predominância pantropical (GRoPPo et al., 2008; KUBITZKI et al., 2011). No Brasil, ocorrem 32 gêneros, com cerca de 190 espécies (PIRANI; GROPPO, 2011). São árvores ou arbustos, raramente ervas ou lianas, frequentemente com espinhos (GRoPPo, 2010). Nomes populares Amarelão, amarelinho, amarelo, amarelo-cetim (PA); cetim, espinheiro, limãorana, muiratanã, muiratauá, pau-amarelo, pau-cetim, pequiá-cetim (MA, Go) (CAMARGoS et al., 2001). Como reconhecer a espécie Euxylophora paraensis é uma árvore com 40 m a 50 m de altura, o tronco apresenta casca (ritidoma) com desprendimento em placas escamosas (Figura 1). Quando se faz um pequeno corte no tronco, observa-se coloração amarelada (Figura 2). Não é possível visualizar substâncias em forma de gota ou suor saindo do corte (sem exsudato). 1 Biólogo, mestre em Botânica, pesquisador bolsista do Projeto Rede Biomassa/Fapespa, Belém, PA, lucianomargalho@hotmail.com 2 Engenheira-agrônoma, doutora em Botânica, pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA, esgurgel@museu-goeldi.br 3 Engenheiro-agrônomo, mestre em Engenharia Florestal, pesquisador aposentado da Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA, joaquimivanir@yahoo.com.br 4 Biólogo, doutor em Ciências Biológicas, professor da USP, Ribeirão Preto, SP, groppo@ffclrp.usp.br 5 Bióloga, doutora em Ciências Biológicas, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA, regina.silva@embrapa.br 6 Engenheira-agrônoma, bolsista do projeto Rede Biomassa/Fapespa, Belém, PA, nildinha_tavares@yahoo.com.br 7 Biólogo, pesquisador bolsista do projeto Rede Biomassa/Fapespa, Belém, PA, alexandre.salgado.souza@gmail.com

2 Conhecendo Espécies de Plantas da Amazônia: Pau-amarelo (Euxylophora paraensis Huber - Rutaceae) As folhas se agrupam no final dos ramos, alternadamente, em espiral (Figura 3). São do tipo simples, com forma lembrando um remo de madeira, um pouco mais alongado oblongo-obovada (Figura 4). Figura 3. Folhas agrupadas em espiral. Figura 1. Tronco. Figura 4. Folha oblongo-obovada de E. parensis. Ao tato, são semelhantes ao couro (coriáceas). A face voltada para cima (adaxial) não apresenta pelos (tricomas) e é brilhante; entretanto, a que fica para baixo (abaxial) possui pequenos pelos (tricomas) amarelo-alaranjados em forma de estrela (Figura 5), mas só podem ser observados com auxílio de uma lupa que aumente 20 vezes. A margem é inteira, reta, ligeiramente dobrada para baixo (revoluta). o pecíolo (estrutura que prende a folha ao ramo) apresenta uma pequena depressão (pecíolo canaliculado) semelhante a um canal (Figura 6). Inflorescência (flores agrupadas) no final dos ramos, com cinco pétalas amarelo-claras ou creme, recurvadas (Figura 7). os frutos são deiscentes (se abrem) e rugosos; a parte superior lembra uma estrela (Figura 8), o endocarpo (região interna) é amarelado e se desprende para expulsão da semente. Figura 2. Corte no tronco de E. paraensis.

Conhecendo Espécies de Plantas da Amazônia: Pau-amarelo (Euxylophora paraensis Huber - Rutaceae) 3 Figura 5. Folha com tricomas. Figura 6. Pecíolo canaliculado. Figura 7. Inflorescência de E. paraensis. Figura 8. Fruto de E. paraensis. Ocorrência na Amazônia Brasileira É nativa da Amazônia (SoUZA; LoRENZI, 2008), havendo registros de coleta nos estados do Amazonas (Inpa), Rondônia (RB), Pará (Inpa, MG, IAN, RB e Mo), Maranhão (Inpa, MG) e Tocantins (PIRANI, 2011). Usos Em trabalhos de assoalhos, construção civil pesada interna, embarcações (quilha, convés, costado), ponte, construções marítimas (acima d água) e torneamento (IBAMA, 2011). Além disso, a espécie é produtora de madeira muito pesada e de boa qualidade, podendo ser empregada na produção de móveis, bengalas e cabos de ferramentas (LoUREIRo; SILVA, 1968). Madeira Cerne e alburno indistintos (ambos de coloração amarelada); anéis de crescimento distintos; grã direita, às vezes revessa; textura média a fina; brilho moderado; cheiro imperceptível; dura ao corte, sendo muito durável em contato com o solo. Poros (vasos) difusos; poucos a médios solitários (30%); múltiplos de 2 (45%); múltiplos de 3 a 5 (25%); seção oval e ocasionalmente circular; placas de perfuração simples; tilos presentes; elementos vasculares com apêndices curtos em uma ou ambas as extremidades; pontoações intervasculares pequenas, alternas, poligonais e inclusas; pontoações raio-vasculares similares às intervasculares (Figura 9).

4 Conhecendo Espécies de Plantas da Amazônia: Pau-amarelo (Euxylophora paraensis Huber - Rutaceae) Foto: Jéfyne Carréra. A emergência reta ocorre com a raiz primária rompendo os restos seminais. O sistema radicular é pivotante, com raiz primária axial, cilíndrica, levemente sinuosa, sub-herbácea, esbranquiçada, delgada, glabra, com várias raízes laterais, formando um conjunto irregular, castanho-claro, raízes secundárias pouco ramificadas, irregularmente distribuídas, glabras. Coleto levemente dilatado e castanho-claro. Figura 9. Fotomacrografia do corte transversal da madeira de E. paraensis. Parênquima axial escasso. Raios no topo, visíveis sob lente, predominantemente trisseriados e heterogêneos. Fibras libriformes, não septadas e de parede medianamente espessa. Camadas de crescimento aparentemente demarcadas por zonas fibrosas escuras. Nota: Nesta descrição, os dados quantitativos foram obtidos da amostra X-4040 (Xiloteca da Embrapa Amazônia Oriental e registro no Herbário IAN 106439). Informações fenológicas A floração ocorre de março a setembro (Herbário MG; LoUREIRo; SILVA, 1968) e a frutificação, de agosto (Herbário IAN) a março (Herbários IAN e MG). Hipocótilo anguloso, levemente sinuoso, delgado, rugoso, longo, herbáceo, verde-claro, glabro, com lenticelas e suturas da base ao ápice. Cotilédones ovalados, glabros, discolores, com face adaxial verde mais escuro e brilhante em relação à face abaxial verde mais claro e opaco. Epicótilo cilíndrico, reduzido, reto, herbáceo, verde, com tricomas curtos, hialinos, retos, com ápice curvado. Eofilo (primeira folha da plântula) simples, verde, face adaxial brilhosa e levemente mais escura que a abaxial, ambas com a superfície glabra, com raros tricomas simples e hialinos na nervura central, ápice agudo, margem levemente sinuosa, glabra, base alternada. Pecíolo longo, plano, delgado, verde, com raros tricomas, hialinos e retos. Em toda superfície foliar, encontram-se glândulas translúcidas, arredondadas, encontradas também nos cotilédones (mais visíveis na face abaxial). Segundo eofilo com as mesmas características do primeiro, entretanto alterno. Desenvolvimento pós-seminal Na Figura 10, é representado o desenvolvimento pós-seminal. O início da germinação ocorre, em média, 35 dias após a semeadura, sem tratamento para quebra de dormência e em condições de viveiro. A germinação é fanerocotiledonar (cotilédones livres dos restos seminais), epígea (acima do nível do solo), com cotilédones carnosos e fotossintetizantes.

5 Fotos: Dendrogene (Embrapa/Dfid). Conhecendo Espécies de Plantas da Amazônia: Pau-amarelo (Euxylophora paraensis Huber - Rutaceae) Figura 10. Desenvolvimento pós-seminal.

6 Conhecendo Espécies de Plantas da Amazônia: Pau-amarelo (Euxylophora paraensis Huber - Rutaceae) Agradecimentos Ao projeto Rede Biomassa (Embrapa/Fapespa), pela concessão de bolsa para os autores um, seis e sete. À assistente de pesquisa Marta Freire e aos estagiários Edilson Silva e Jéfyne Carréra, pelo preparo de corpos de prova e fotomacrografia da madeira. Ao projeto Dendrogene (Embrapa/DFID, 2000-2004), pela liberação das fotografias. Referências CAMARGOS, J. A. A.; CORADIN, V. T. R.; CZARNESKI, C. M.; OLIVEIRA, D.; MEGUERDITEHIAN, I. Catálago de Árvores do Brasil. Brasília, DF: IBAMA, 2001. 896 p. GENTRY, A. H. A Field Guide to the Families and Genera of Woody Plants of Northwest South America (Colombia, Ecuador, Peru) with supplementary notes on herbaceous taxa. Washington, D.C.: Conservation International, 1993. 895 p. GROPPO, M.; PIRANI, J. R.; SALATINO, M. L.; BLANCO, S. R.; KALLUNKI, J. A. Phylogeny of Rutaceae based on twononcoding regions from cpdna. American Journal of Botany, v. 95, n. 8, p. 985-1005, 2008. GROPPO, M. Neotropical Rutaceae. In: MILLIKEN, W.; KLITGARD, B.; BARACAT, A. Neotropikey Interactive key and information resources for flowering plants of the Neotropics. 2010. Disponível em: <http://www.kew.org/science/tropamerica/neotropikey/ families/rutaceae.htm>. Acesso em: 5 ago. 2011. KUBITZKI, K. Rutaceae. In: KUBITZKI, K. (Ed.). The Families and Genera of Vascular Plants. Hamburg: Springer-Verlag, 2011. p. 276-356. LOUREIRO, A. A.; SILVA, M. F. Catálogo das Madeiras da Amazônia. Belém, PA: SUDAM, 1968. 844 p. PENNINGToN, T. D.; REYNEL, C.; DAZA, A. Illustrated guide to the Trees of Peru. Sherborne: D. Hunt, 2004. 848 p. PIRANI, J. R. Euxylophora. In: LISTA de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, [2011]. Disponível em:<http://floradobrasil.jbrj. gov.br/jabot/floradobrasil/fb620>. Acesso em: 15 out. 2013. PIRANI, J. R.; GROPPO, M. Rutaceae. In: LISTA de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, [2011?]. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br>. Acesso em: 5 ago. 2011. STEVENS, P. F. Angiosperm Phylogeny Website. Version 12, 2012. Disponível em: <http://www.mobot.org/mobot/research/ APweb/>. Acesso em: 6 jun. 2012. SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. 640 p. IBAMA. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br/ lpf/madeira/pesquisa>. Acesso em: 4 set. 2011. Comunicado Técnico, 247 Embrapa Amazônia Oriental Tv. Dr. Enéas Pinheiro, s/n. CEP 66095-903 Belém, PA. Caixa Postal 48. CEP 66017-970 Belém, PA. Fone: (91) 3204-1000 Fax: (91) 3276-9845 www.embrapa.br www.embrapa.br/fale-conosco-sac Comitê de Publicação Revisão Técnica Presidente: Silvio Brienza Júnior Secretário-Executivo: Moacyr Bernardino Dias-Filho Membros: José Edmar Urano de Carvalho, Márcia Mascarenhas Grise, Orlando dos Santos Watrin, Regina Alves Rodrigues, Rosana Cavalcante de Oliveira Mário Augusto Gonçalves Jardim - MPEG 1 a edição on-line (2014) Disponível em: www.embrapa.br/amazonia-oriental/publicacoes Expediente Supervisão editorial e revisão de texto: Luciane Chedid M. Borges Normalização bibliográfica: Andréa Liliane Pereira da Silva Editoração eletrônica: Euclides Pereira dos Santos Filho Tratamento de imagens: Vitor Trindade Lôbo Fotos Acervo do Projeto Dendrogene (Embrapa/DFID) CGPE 11319