PROJETO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA NO CAMPUS CSEH: 10 anos após as Diretrizes Curriculares Nacionais

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Transcrição:

PROJETO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA NO CAMPUS CSEH: 10 anos após as Diretrizes Curriculares Nacionais Isabela Cristina Neias Coronha* (IC) 1 ; Loçandra Borges de Moraes (PQ) 2 1 Acadêmica do Curso de Geografia, bolsista PBIC/UEG - Câmpus CSEH E-mail: isabela.coronha@gmail.com 2 Docente do Curso de Geografia. Universidade Estadual de Goiás. Campus CSEH, Anápolis/GO. Resumo: Este trabalho teve como objetivo central conhecer o impacto das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a formação de professores de 2002, na formação de professores de Geografia na UEG Campus CSEH. Os objetivos específicos foram a) analisar a percepção dos alunos ingressos e egressos relativos aos aspectos da sua formação profissional e b) refletir sobre a descentralização e mudança da carga horária das disciplinas de domínio pedagógico ao longo da formação inicial do professor de Geografia. Esta pesquisa é parte de uma investigação nacional coordenada pelo Núcleo de Ensino e Pesquisa em Educação Geográfica (NEPEG), órgão responsável pela definição das diretrizes a serem seguidas e formulários de pesquisa. Em decorrência da dificuldade de obtenção da autorização do Comitê de Ética para a realização desta pesquisa coletiva os questionários e as entrevistas ainda não foram aplicados de forma que os resultados apresentados neste momento se circunscrevem à análise do currículo de Geografia do Campus CSEH. Palavras-chave: DCN. Geografia. Formação do professor. Introdução No processo de reforma curricular implantado a partir da homologação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica em Nível Superior, aprovado pelo MEC em fevereiro de 2002, trouxe à tona as ideias em torno da necessidade de maior associação entre a pesquisa e o ensino na formação de professores, a necessidade de uma maior articulação entre teoria e prática e a necessidade de se construir um currículo menos fragmentado, que articule melhor os conteúdos específicos da ciência às áreas pedagógicas visando obter melhorias na formação do professor. Tal situação aponta para a necessidade de adoção de outro tipo de formação. A superação do estágio como aplicação de modelo para a articulação dessa atividade com a pesquisa, isto é, como com uma vivência investigativa na escola, tendo em vista a realização de projetos de intervenção pedagógicos. Aspectos como os conteúdos de Geografia ensinados na escola, as práticas dos professores dessa disciplina, os processos de aprendizagem dos conteúdos de Geografia, por parte dos alunos, dentre outros, poderiam ser investigados durante a

realização do estágio, extrapolando a dimensão da regência e contemplando aspectos relevantes da vida escolar no contexto de uma determinada comunidade. Diante dessas e de outras questões, torna-se necessário conhecer as diversas experiências de formação desse profissional, no intuito de subsidiar os debates e propor encaminhamentos para a formação do professor de Geografia. A partir da identificação e análise dessa realidade no Campus CSEH, após 10 anos de implementação das DCN, será possível avançar no debate sobre a questão. Se algumas ideias referentes à formação do profissional de Geografia são significativas para o desenvolvimento da ciência e legítimas para os geógrafos brasileiros, é imprescindível nos substanciarmos de argumentos sólidos, para promover articulações no plano político, que resultem em ações efetivas em prol de uma formação docente qualificada. Material e Métodos O desenvolvimento dessa proposta de pesquisa teve como base a metodologia qualitativa. Segundo Lüdke e André (1986) a pesquisa qualitativa tem as seguintes características: tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento; os dados coletados são predominantemente descritivos; a preocupação com o processo é muito maior do que com o produto; o significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de atenção especial do pesquisador; a análise dos dados tende a seguir um processo indutivo. Isto é, não há a preocupação de buscar evidências que comprovem as hipóteses iniciais, o que não significa a ausência de referencial teórico que oriente a coleta e a análise dos dados. Os objetivos e respectivas técnicas de coleta de dados propostos para a presente pesquisa foram: Analisar a percepção dos alunos ingressos e egressos relativos aos aspectos da sua formação profissional aplicação de questionário; Refletir sobre a descentralização e mudança da carga horária das disciplinas de domínio pedagógico ao longo da formação inicial do

professor de Geografia realização de entrevistas com profissionais da área de ensino; Analisar as concepções e as propostas de estágio presente nos curso de Licenciatura em Geografia - análise do projeto pedagógico e realização de entrevista. Resultados e Discussão No presente momento foi concluída a etapa de análise documental, tanto das DCNs gerais quanto das específicas, e do projeto pedagógico do Campus CSEH. Desse modo foi contemplado um dos objetivos estabelecidos para o plano de trabalho. Conforme Oliveira (1997), o curso de Licenciatura em Geografia foi implantado em 1986 e autorizado a funcionar pelo Decreto Federal Nº 94.209 de 10 de abril de 1987, publicado no Diário Oficial da União no dia 13 de abril de 1987. O primeiro projeto pedagógico do curso de Geografia do Campus CSEH foi, portanto, elaborado em 1986. Este primeiro projeto atendeu aos dispositivos do Parecer 412/62 do Conselho Federal de Educação segundo o qual o curso de Geografia deveria acatar o currículo mínimo composto pelas seguintes disciplinas: Geografia Física, Geografia Biológica ou Biogeografia, Geografia Humana, Geografia Regional, Geografia do Brasil, Cartografia além de duas disciplinas escolhidas entre as seguintes: Antropologia Cultural, Sociologia, História Econômica Geral e do Brasil, Etnologia e Etnografia do Brasil, Fundamentos de Petrografia, Geologia, Pedologia, mineralogia e Botânica. As disciplinas escolhidas dentre o rol foram Sociologia e Geologia. Outras disciplinas agregadas ao curso foram: Geografia Econômica, Português, Estatística, Teoria e Métodos da Geografia, Iniciação à pesquisa Geográfica e Prática de Campo, Didática Especial, Prática de Ensino, Estágio Supervisionado, Psicologia, Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º e 2º Graus e Didática. A inclusão de disciplinas de caráter pedagógico também atendeu a dispositivos legais. A distribuição das disciplinas nos primeiros três anos não está discriminada no PPC do Curso. As disciplinas pedagógicas provavelmente foram inseridas no último ano do curso em decorrência do padrão 3+1 (três anos de

formação específica e um ano de formação pedagógica ao final do curso) dominante no período em que o curso foi criado. Desde sua criação até o ano de 2004, segundo Silva (2007), não foram observadas grandes mudanças na estrutura do curso, mas apenas reformulações na composição das disciplinas. No ano de 2009 nova reformulação foi feita, todavia mantendo conexões com o projeto de 2004 Atualmente está em curso uma nova reformulação no curso de Geografia do Campus CSEH, todavia como não contempla o período estabelecido para a realização da pesquisa a mesma não será objeto de análise neste momento. Conforme pôde ser constatado a partir da análise das matrizes curriculares de 2004 e 2009 foram realizadas reformulações no curso em atendimento ao definido na LDBEN de 1996 e seus dispositivos complementares. No que diz respeito à Prática como Componente Curricular (PPC), cuja carga horária é de 400 horas, ela está presente desde o início do curso e permeia toda a formação básica, estando inserida em todos os componentes curriculares da formação básica, mas não em componentes da formação profissional e explicitadas claramente na matriz do curso. A carga horária destinada à PPC nas disciplinas com 110 h/a é de 25 horas, aproximadamente, 23% e nas de 55 h/a é de 10 horas ou um percentual de 18%. As atividades relativas à PPC, Segundo o PPC de 2009, deverão ser planejadas em conjunto pelos professores, a cada início de ano letivo ou semestre, sob a coordenação do Coordenador Adjunto de Estágio/Prática Profissional. Dentre as atividades consideradas como PPC estão: análise de livros didáticos, produção de material didático para ensino de Geografia, desenvolvimento de artigos, trabalhos de campo e realização de atividades envolvendo a comunidade. Tais atividades deverão ser registradas em diário, observando-se o total de horas destinadas a essa atividade dentro de cada disciplina. Também a avaliação da PCC deverá ser inserida no plano de curso de cada professor, podendo os critérios (de avaliação) ser estabelecidos pelo grupo de professores ou por cada professor individualmente. Quanto ao estágio este também dispõe de 400 horas para seu desenvolvimento devendo ser implementado a partir da segunda metade do curso. Segundo o PPC de 2009 tem como meta abarcar as duas dimensões da formação de professores (a investigação e a prática) delineando o perfil de formação almejado

nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Geografia, no Projeto Político Institucional da UEG e no Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual de Goiás. A implementação desta proposta também visa acompanhar as mudanças ocorridas na estrutura de formação de professores e o atendimento do explicitado na legislação federal atual Considerações Finais Com base no levantamento bibliográfico e documental já realizado conclui-se que o curso de Geografia do Campus Anápolis de Ciências Humanas atende aos preceitos gerais das Diretrizes Curriculares Nacionais, tanto as gerais quanto as específicas para o curso de Geografia. Falta então verificar, com base nos questionários e entrevistas, em que medida tais mudanças impactaram positivamente ou não a formação dos professores de Geografia desde então. Agradecimentos Agradecemos a UEG pela Bolsa de Iniciação à Pesquisa. Referências BRASIL. Lei N.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. BRASIL. MEC. Resolução CNE/CES 14 de 13 de março de 2002. Estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Geografia. LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli, E. D. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1986. OLIVEIRA, A. R. O Ensino da Ciência Geográfica na UNIANA: a dicotomia licenciatura/ bacharelado. 1997. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Geografia) Universidade Estadual de Anápolis - Centro de Ciências Humanas e Letras - Departamento de Geografia. Anápolis, 1997. SILVA, R. J. A Atual Legislação sobre a Formação de Professores e a sua Repercussão junto aos Alunos do Curso de Geografia da UEG- UnUCSEH: o caso da prática como componente curricular. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Geografia) Universidade Estadual de Goiás UnUCSEH Departamento de Geografia. Anápolis, 2007.