Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 ISBN
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- Rita Martins Braga
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1 FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESPECIAL/ESPORTE ADAPTADO (EGRESSOS DA ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL DEFICIÊNCIA MENTAL) Hugo Mauricio Yamasaki 1 Rosangela Marques Busto 2 Maria Cristina Marquezine 3 RESUMO Tem o objetivo de analisar a atuação profissional dos egressos do Curso de Especialização em Educação Especial Área de Deficiência Mental que se graduaram em Educação Física. Os dados serão obtidos por questionário que será encaminhado aos professores de educação física na cidade de Londrina e região. O questionário buscará informações que demonstrem como está se dando a atuação dos professores de Educação Física, quais as dificuldades encontradas na sua atuação com educação especial/esporte adaptado e quais os prováveis caminhos para a solução dessas dificuldades. Palavra Chave: Formação profissional, Educação Física, Educação Especial, Esporte Adaptado. 1 - INTRODUÇÃO Com o surgimento do documento denominado de Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Brasil, Mec, 2001), novos caminhos terão que ser encontrados e colocados em prática e a sua aplicação deverá perpassar pela formação de profissionais que irão atuar em todas as área da Educação Especial. Este documento foi homologado em 11 de setembro de 2001, e têm, como uma de suas finalidades, o fornecimento de orientações que pudessem ajudar a normatização dos serviços previstos nos Artigos 58, 59 e 60, do Capítulo V, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN (Brasil, 2001 a, Parecer Nº 17/2001, p. 1). Ainda de acordo com o mesmo parecer, esse Projeto de Resolução (Brasil, CNE/CEB, 2001b), baseado no documento Referencial para Educação Especial, teve o seu texto elaborado de forma a compreender dois temas: (a) Organização dos Sistemas de Ensino para o Atendimento ao Aluno que Apresenta Necessidades Educacionais Especiais; e (b) Formação de Professores. A partir de Projeto de Resolução sobre as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Brasil, 2001 a, Parecer Nº 17/2001, p. 33), estabelece em seu Artigo 3º que: 1 Bolsista do Programa de Iniciação Científica da Universidade Estadual de Londrina, membro do Grupo de Estudos Dimensões do Esporte Adaptado. 2 Docentes da Universidade Estadual de Londrina coordenadora do Grupo de Estudos Dimensões do Esporte Adaptado. 3 Docente da Universidade Estadual de Londrina
2 Por educação especial, modalidade de educação escolar, entende-se um processo educacional definido uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (Brasil, 2001b, p.33). Em seu artigo 5º, o mesmo Projeto de Resolução estabelece quem deverá usufruir do atendimento as necessidades educacionais especiais, ao definir: Considera-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional apresentarem: I dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica; b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências; II dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis; III altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes (Brasil, 2001b, p. 34). Diante da alteração proposta pelo documento nacional e internacional, surgiu a necessidade de se repensar a preparação dos profissionais que vão atuar com a população com necessidades educacionais especiais. Atualmente no Paraná, sofrendo as forças das características regionais, a formação do professor e/ou recursos humanos de Educação Especial ocorre por meio do Curso de Especialização, nível de pós-graduação lato sensu, na medida em que a Secretaria de Estado e Educação não tem autorizado a abertura de cursos adicionais. A investigação de Marquezine (2006) avaliou o curso de especialização em Educação Especial da UEL por meio da percepção dos egressos que eram professores na cidade de Londrina, portanto faz-se necessário analisar a formação recebida por outros profissionais com graduação em ensino superior e que atuam com pessoas com necessidades especiais. 2 - JUSTIFICATIVA As mudanças ocorridas na legislação educacional nacional tem indicado a necessidade de se repensar a formação dos profissionais que deverão atuar na Educação Especial. As informações referentes as necessidades e peculiaridades do mercado de trabalho e atuação profissional dos profissionais de educação física são poucos e também sofreu inúmeras modificações que demandam a necessidade do acompanhamento dos profissionais que estão se formando e quais as dificuldades por eles encontradas.
3 Este trabalho vem justamente colaborar na busca dessas informações tendo em vista a proposta de reapresentar o Curso de Especialização de Educação Especial. 3 - OBJETIVO GERAL Analisar a atuação profissional dos Professores de Educação Física tendo como contexto os egressos do curso de Especialização em Educação Especial Área de Deficiência Mental, da Universidade Estadual de Londrina, como uma alternativa para formação de recursos humanos em Educação Especial/Esporte Adaptado. 4 - MÉTODO 4.1. PARTICIPANTES Será composto por todos os egressos do Curso de Especialização em Educação Especial, cuja graduação seja Educação Física e que estejam atuando na cidade de Londrina e região. Os participantes serão de ambos os sexos, com idades variando de 21 a 50 anos. Os indivíduos selecionados que se recusarem em participar serão excluídos do estudo DELINEAMENTO DA PESQUISA O tipo de pesquisa que se pretende realizar circunscreve-se como Estudo de Caso. Tal escolha se deu pelo fato do tema se enquadrar na categoria de estudo monográfico aprofundado e pesquisado em seus diferentes aspectos e por diferentes fontes de informação (Rodrigues, 1975; Ludke e André, 1986; Nunes et al, 1998). Neste estudo as fontes primordiais de dados serão: os alunos egressos DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE COLETA DE DADOS A coleta de dados por meio de questionário que será encaminhado via internet a todos os participantes. 4.4 INSTRUMENTOS E MATERIAIS PARA COLETA DE DADOS O instrumento de coleta de dados a ser utilizado no estudo: Questionário a ser utilizado com os egressos do curso de Educação Física. O instrumento terá questões elaboradas tendo como eixo à percepção do participante sobre a relação entre a formação acadêmica e a atuação profissional, ou seja, a percepção da proposta de formação acadêmica do curso x necessidades encontradas no campo de atuação profissional. Os dados coletados serão agrupados em categorias de análise, resguardando as características das respostas dos participantes, para que seja realizada uma análise qualitativa à luz da literatura.
4 4.5. PROCEDIMENTOS Esta pesquisa será realizada por meio de Estudo de Caso, dentro de uma abordagem quantitativa e qualitativa, envolvendo a reflexão crítica dos dados coletados junto a alunos egressos do curso. O procedimento de coleta de dados deste estudo deverá acontecer de acordo com as etapas abaixo: Etapa 1 Esta etapa será caracterizada pela identificação e localização dos participantes que serão envolvidos no Projeto. Etapa 2 Esta etapa será caracterizada pela elaboração dos questionários, incluindo a análise desses instrumentos por juízes e estudo piloto. Etapa 3 Esta etapa será caracterizada pelo contato direto via internet com os participantes, na fase de coleta de dados. Para tanto será enviado o questionário aos participantes. Etapa 4 Esta etapa será caracterizada pelo tratamento e análise dos dados coletados. Os dados coletados receberão o tratamento estatístico e análise qualitativa, e serão agrupados em categorias de análise, já previamente determinadas na elaboração do instrumento final de coleta de dados. Etapa 5 Elaboração de uma proposta de atualização do curricular para o curso na área de Educação Física, para que prepare os profissionais para atuar em organizações que atendam pessoas com necessidades especiais ou em organizações de atendimento a clientela não especial que desejem passar a atender também a clientela especial TRATAMENTO DOS DADOS Inicialmente serão criados dois bancos de dados utilizando Microsoft Office Access 2003 para armazenar os dados coletados nas entrevistas. O primeiro banco de dados será alimentado com as respostas dos questionários dos participantes. Para garantir a segurança do registro da distribuição das entrevistas nas categorias de análise, montamos um segundo banco de dados com o auxílio de um programa chamado AQUAD (HUBER, 1999; MURIAS; 1999), planejado para categorizar os dados de entrevista tratados de forma qualitativa. É por meio desse programa que fica registrada, sem risco de alteração, a distribuição recebida em cada uma das respostas dos questionários, inclusive as respostas descartadas, porque não há como apagá-las, depois de inseridas no banco. Durante a análise do material do estudo-piloto do questionário, serão estabelecidas algumas classes ou categorias de análise para iniciar a divisão das respostas dos participantes.
5 4.7. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS O projeto de pesquisa e o termo de consentimento esclarecido serão submetidos à apreciação e aprovação pela Comissão de Bioética do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná, conforme resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. 5 - BIBLIOGRAFIA BÁSICA BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação básica. Resolução n.º 2 de 11 de setembro de a. Disponível em: < Acesso em:26 nov BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Projeto de resolução sobre diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação básica.. Brasília, 15 ago. 2001b. HUBER, Günter L. Programa informático de análisis de textos. AQUAD (Versión 5.61). Extremadura: Universidade de Extremadura, LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A pesquisa em Educação: abordagem qualitativa. São Paulo: EPU, MARQUEZINE, Maria Cristina. FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS/PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL-DEFICIÊNCIA MENTAL E CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU: um estudo de caso Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós- Graduação em Educação, Faculdade de Filosofia e Ciências. Universidade de Estadual Paulista, Campus de Marília, Marília. MURIAS, Tibério Feliz. Funciones de AQUAD. Análisis of qualitative data. Pequeña ayuda en español. Extremadura: Universidade de Extremadura, CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO Atividade/meses Levantamento Bibliográfico X X X X X X X X X X X X Elaboração de Instrumentos (Estudo Piloto) X X X Testagem dos Instrumentos (Estudo Piloto) X X X Localização dos Participantes X X X Coleta de Dados X X X Categorização dos Dados dos Questionários X X X Análise dos Dados Coletados X X X Discussão dos Dados Coletados X X X Elaboração do Relatório Final X X X Elaboração de Artigo para publicação X X X Apresentação de trabalho em eventos Técnico Científico. X X X
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