PROVA DELEGADO MT CESPE QUESTÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

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A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENALIDADE DE CONTRATAR COM O PODER PÚBLICO IMPOSTA EM AÇÕES DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. DESCABIMENTO.

Transcrição:

PROVA DELEGADO MT CESPE QUESTÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 31 Em março de 2017, o governo de determinado estado da Federação declarou nulo ato que, de boa-fé, havia concedido vantagem pecuniária indevida aos ocupantes de determinado cargo a partir de janeiro de 2011. Nessa situação hipotética, Ao ato de anulação do ato que havia concedido vantagem pecuniária ofendeu diretamente o princípio da proporcionalidade. B o ato de anulação foi legal, pois atendeu a todos os preceitos legais e jurisprudenciais sobre a extinção dos atos administrativos. C o correto seria a revogação do ato, e não a sua anulação. D a declaração de nulidade do ato é nula de pleno direito, pois ocorreu a decadência do direito. E o princípio da autotutela da administração pública protege o ato de anulação determinado pelo governo. Letra D. Tendo em vista que já se passaram mais do que 5 anos, previsto no art. 54, da Lei nº 9.784/99, a Administração Pública perdeu o prazo para fazer a anulação. Não seria revogação, porque em tese se tratava de ato ilegal. Assim, caso fosse possível, seria anulação. 32 A entidade caracterizada por ser pessoa jurídica de direito privado criada por lei específica, com totalidade de capital público e forma organizacional livre, é denominada A empresa pública. B sociedade de economia mista. C consórcio público. D fundação pública. E autarquia federal. LETRA A Por ser entidade criada com capital TOTALMENTE público, trata-se de EMPRESA PÚBLICA. 33 De acordo com o entendimento do STJ, no curso da ação de improbidade administrativa, a decretação da indisponibilidade de bens do réu dependerá da A constatação da inexistência de meios de prestação de caução. B presença de fortes indícios da prática do ato imputado. C prova de dilapidação do patrimônio.

D presença do periculum in mora concreto. E prova da impossibilidade de recuperação do patrimônio público. LETRA B O Superior Tribunal de Justiça, ao proceder à exegese do art. 7º da Lei n. 8.429/92, firmou jurisprudência segundo a qual o juízo pode decretar, fundamentadamente, a indisponibilidade ou bloqueio de bens do indiciado ou demandado, quando presentes fortes indícios de responsabilidade pela prática de ato ímprobo que cause lesão ao patrimônio público ou importe enriquecimento ilícito, prescindindo da comprovação de dilapidação de patrimônio, ou sua iminência. Isso porque o periculum in mora, nessa fase, milita em favor da sociedade, encontra-se implícito no comando legal que rege, de forma peculiar, o sistema de cautelaridade da ação de improbidade administrativa, no intuito de garantir o ressarcimento ao erário e/ou devolução do produto do enriquecimento ilícito, decorrente de eventual condenação, nos termos estabelecidos no art. 37, 7º, da Constituição. Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. APLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO PREVISTO NO ART. 543-C DO CPC. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CAUTELAR DE INDISPONIBILIDADE DOS BENS DO PROMOVIDO. DECRETAÇÃO. REQUISITOS. EXEGESE DO ART. 7º DA LEI N. 8.429/1992, QUANTO AO PERICULUM IN MORA PRESUMIDO. MATÉRIA PACIFICADA PELA COLENDA PRIMEIRA SEÇÃO. 1. Tratam os autos de ação civil pública promovida pelo Ministério Público Federal contra o ora recorrido, em virtude de imputação de atos de improbidade administrativa (Lei n. 8.429/1992). 2. Em questão está a exegese do art. 7º da Lei n. 8.429/1992 e a possibilidade de o juízo decretar, cautelarmente, a indisponibilidade de bens do demandado quando presentes fortes indícios de responsabilidade pela prática de ato ímprobo que cause dano ao Erário. 3. A respeito do tema, a Colenda Primeira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o Recurso Especial 1.319.515/ES, de relatoria do em. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Relator para acórdão Ministro Mauro Campbell Marques (DJe 21/9/2012), reafirmou o entendimento consagrado em diversos precedentes (Recurso Especial 1.256.232/MG, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 19/9/2013, DJe 26/9/2013; Recurso Especial 1.343.371/AM, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 18/4/2013, DJe 10/5/2013; Agravo Regimental no Agravo no Recurso Especial 197.901/DF, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, julgado em 28/8/2012, DJe 6/9/2012; Agravo Regimental no Agravo no Recurso Especial 20.853/SP, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 21/6/2012, DJe 29/6/2012; e Recurso Especial 1.190.846/PI, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 16/12/2010, DJe 10/2/2011) de que, "(...) no comando do art. 7º da Lei 8.429/1992, verifica-se que a indisponibilidade dos bens é cabível quando o julgador entender presentes fortes indícios de responsabilidade na prática de ato de improbidade que cause dano ao Erário, estando o periculum in mora

implícito no referido dispositivo, atendendo determinação contida no art. 37, 4º, da Constituição, segundo a qual 'os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível'. O periculum in mora, em verdade, milita em favor da sociedade, representada pelo requerente da medida de bloqueio de bens, porquanto esta Corte Superior já apontou pelo entendimento segundo o qual, em casos de indisponibilidade patrimonial por imputação de conduta ímproba lesiva ao erário, esse requisito é implícito ao comando normativo do art. 7º da Lei n. 8.429/92. Assim, a Lei de Improbidade Administrativa, diante dos velozes tráfegos, ocultamento ou dilapidação patrimoniais, possibilitados por instrumentos tecnológicos de comunicação de dados que tornaria irreversível o ressarcimento ao erário e devolução do produto do enriquecimento ilícito por prática de ato ímprobo, buscou dar efetividade à norma afastando o requisito da demonstração do periculum in mora (art. 823 do CPC), este, intrínseco a toda medida cautelar sumária (art. 789 do CPC), admitindo que tal requisito seja presumido à preambular garantia de recuperação do patrimônio do público, da coletividade, bem assim do acréscimo patrimonial ilegalmente auferido". 4. Note-se que a compreensão acima foi confirmada pela referida Seção, por ocasião do julgamento do Agravo Regimental nos Embargos de Divergência no Recurso Especial 1.315.092/RJ, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, DJe 7/6/2013. 5. Portanto, a medida cautelar em exame, própria das ações regidas pela Lei de Improbidade Administrativa, não está condicionada à comprovação de que o réu esteja dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, tendo em vista que o periculum in mora encontra-se implícito no comando legal que rege, de forma peculiar, o sistema de cautelaridade na ação de improbidade administrativa, sendo possível ao juízo que preside a referida ação, fundamentadamente, decretar a indisponibilidade de bens do demandado, quando presentes fortes indícios da prática de atos de improbidade administrativa. 6. Recursos especiais providos, a que restabelecida a decisão de primeiro grau, que determinou a indisponibilidade dos bens dos promovidos. 7. Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do CPC e do art. 8º da Resolução n. 8/2008/STJ. (REsp 1366721/BA, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 26/02/2014, DJe 19/09/2014) 34 A administração pública de determinado município brasileiro constatou o funcionamento irregular de um estabelecimento que comercializava refeições. Nessa hipótese I se houver tentativa do proprietário para impedir o fechamento do estabelecimento, a administração poderá utilizar-se da força pública, independentemente de decisão liminar. Certa. Trata-se da coercibilidade do poder de polícia do estado.

II a administração, com a utilização de seus próprios meios, poderá impedir o funcionamento do estabelecimento Certa. Trata-se da autoexecutoriedade do poder de polícia. III a administração estará impedida de utilizar o critério da discricionariedade para impedir o funcionamento do estabelecimento Errado. A depender do nível de irregularidade a Administração Pública poderá interditar ou tomar outra medida. Por isso tem liberdade. IV a administração deverá utilizar a polícia judiciária para executar o ato de impedir o funcionamento do estabelecimento. Errado. A polícia administrativa poderá impedir a atividade. Não é preciso, a princípio, recorrer á polícia judiciária (polícia civil ou militar). Estão certos apenas os itens A I e II. B I e III. C III e IV. D I, II e IV. E II, III e IV. LETRA A 35 O prédio onde funciona a delegacia de polícia de determinado município é de propriedade do respectivo estado da Federação. Nessa situação hipotética A a desafetação do prédio resultará em sua reversão para bem de uso comum. B se for abandonado, o prédio poderá ser objeto de usucapião, desde que pro misero. C o prédio poderá ser adquirido por terceiros. D o prédio poderá ser objeto de hipoteca legal. E o prédio está na categoria de bem dominical. LETRA C Entre as opções é a melhor resposta. Letra A está errada porque o prédio é bem de uso especial. Letra B errada porque não se admite, em nenhum caso, a usucapião. Letra C certa porque, se o bem se tornar dominical poderá ser alienado, se, ainda, preencher as demais condições que a lei fixa.

Letra D errada porque não se admite, em nenhum caso, a hipoteca, ou qualquer outro direito real de garantia, sobre os bens públicos. Letra E errada porque, em se tratando de bem destinado ao serviço público, é considerado bem de uso especial. 36 O delegado de polícia de determinado município solicitou o aditamento do valor, a ampliação do objeto e a prorrogação de contrato administrativo regulado pela Lei de Licitações e Contratos que tem por objeto a prestação de serviços educacionais a serem executados de forma contínua: curso de língua inglesa ministrado aos policiais lotados na sua delegacia. Nessa situação hipotética A a possibilidade de prorrogação do contrato administrativo dependerá de seu tempo de vigência. Certa. Entre as opções é a melhor. Essa questão vamos mais por eliminação, naquele sentido a menos errada. Mas, a depender do prazo de vigência, se não estiver encerrado, poderá ser prorrogado. B se a vigência do contrato estiver encerrada, a sua prorrogação, nos termos requeridos pelo delegado de polícia, será considerada um novo contrato. Errada. Mal redigida. Se estiver encerrado, não há como ser prorrogado. C se ficar comprovada a economicidade, a ampliação do objeto poderá incluir outras línguas estrangeiras. Errado porque seria ampliação do contrato sem a respectiva licitação. D ficará dispensada a análise de condições mais vantajosas do ponto de vista econômico, por já ter sido feita essa análise na etapa da licitação. Errada. Deve ser feita a análise de condições mais vantajosas do ponto de vista econômico para a prorrogação. E se o aditamento do valor ultrapassar o limite legal, o contrato de prestação de serviços será considerado um novo contrato. Errada. Questão confusa! No aditamento, em tese, não há limites. E se for aditado, não será novo contrato. LETRA A 37 A fiscalização exercida pelo TCU na prestação de contas de convênio celebrado entre a União e determinado município, com o objetivo de apoiar projeto de educação sexual voltada para o adolescente, insere-se no âmbito do controle A provocado. B meritório. C subordinado. D prévio. E vinculado LETRA E

A questão foi dada como letra E. no entanto, entendo que poderia, também, ser a letra B, pois o TCU poderia analisar a conveniência do programa. E, também, poderia ser a letra D, pois o controle poderia ser prévio, bem como, caberia até mesmo a letra A. 38 Um delegado de polícia, ao tentar evitar ato de violência contra um idoso, disparou, contra o ofensor, vários tiros com revólver de propriedade da polícia. Por erro de mira, o delegado causou a morte de um transeunte. Nessa situação hipotética, a responsabilidade civil do Estado A dependerá da prova de culpa in eligendo. Errada porque não depende de prova de culpa, por ser objetiva a responsabilidade. B dependerá de o delegado estar, no momento da ocorrência, de serviço. Errado. Basta que esteja no EXERCÍCIO de função administrativa. C dependerá da prova de ter havido excesso por parte do delegado. Errado. Tem que provar apenas: conduta, dano e nexo causal. D existirá se ficar provado o nexo de causalidade entre o dano e a ação. E será excluída se o idoso tiver dado causa ao crime. Errado. Mesmo que o idoso tivesse dado causa ao crime não excluiria, em princípio, a responsabilidade civil do Estado. LETRA D 39 Enquanto uma rodovia municipal era reformada, o município responsável utilizou, como meio de apoio à execução das obras, parte de um terreno de particular. Nessa hipótese, houve o que se denomina A servidão administrativa. B limitação administrativa. C intervenção administrativa supressiva. D ocupação temporária. E requisição administrativa. LETRA D Trata-se da ocupação temporária que ocorre quando o Poder Público deixa alocados, em algum terreno desocupado, máquinas, equipamentos, barracões de operários etc. Pode haver indenização quando a ocupação decorre de obras e serviços vinculados a processo de desapropriação

40 Configura hipótese de inexigibilidade de licitação a A prestação de serviço de natureza singular para a divulgação de campanha educacional dirigida à população. Errado porque não se insere em caso de inexigibilidade. B aquisição de serviço de informática prestado por empresa pública que tenha sido criada para esse fim específico. Errada porque não está entre as hipóteses que comportam inexigibilidade. Talvez, poderia ser dispensável. Art. 24: VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; C aquisição de gêneros perecíveis, enquanto durar o processo licitatório correspondente, desde que realizada com base no preço do dia. Errada porque é caso de licitação dispensável. XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) D aquisição de armamento de determinada marca, desde que justificada a escolha por motivos de segurança pública. Errado porque não se insere em caso de inexigibilidade. E contratação, por intermédio de empresário exclusivo, de cantor consagrado pela crítica especializada. LETRA E Gustavo Scatolino Direito Administrativo Procurador da Fazenda Nacional Atualmente é Procurador da Fazenda Nacional. Bacharel em Direito e Pós-graduado em Direito Administrativo e Processo Administrativo. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Aprovado em vários concursos públicos, dentre eles, Analista Judiciário do STJ, exercendo essa função durante 5 anos, e Procurador do Estado do Espírito Santo. Gran Cursos Online