LITURGIA I Notas de Aula DOCUMENTOS COMPÊNDIO DO CONCÍLIO VATICANO II CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA SACROSANCTUM CONCILIUM Objetivo: reformar e incrementar a Liturgia para promover a participação e a santificação do povo. TÓPICOS Princípios gerais da reforma e do incremento O sacrossanto mistério da Eucaristia Os demais sacramentos e sacramentais O ofício divino O ano litúrgico A música sacra A arte sacra e as sagradas alfaias CNBB DOCUMENTO 54 - DIRETRIZES GERAIS DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA IGREJA NO BRASIL A CELEBRAÇÃO Celebrar é parte integrante da vida humana Celebrar é evocar um fato passado e revivê-lo intensamente no presente Celebração litúrgica: sinais, símbolos e gestos Liturgia é fonte e ápice de toda atividade eclesial Liturgia é celebração do Mistério Pascal de Cristo Liturgia é sinal e instrumento de graça Liturgia é o exercício do Sacerdócio de Cristo Duas dimensões o A glorificação de Deus o A santificação da humanidade
ASPECTOS DA LITURGIA Memorial o Atualiza fatos passados o Torna presentes realidade futuras Glorificação da Trindade o A glorificação é constante porque a Trindade é fonte e fim Ação de Graças o Sublinha a gratuidade do dom de Deus celebrado Súplica e Intercessão o Reconhecimento da grandeza de Deus que nos socorre Pedido de Perdão o Pondo em realce a misericórdia infinita de Deus Compromisso o Nos impele ao compromisso, fruto da conversão Escatológico o É antegozo da realidade que aguardamos ELEMENTOS DA LITURGIA A Liturgia faz sua a linguagem humana e comunica e celebra os mistérios com os mesmo elementos que as pessoas celebram a sua vida. As pessoas A Palavra de Deus A palavra do povo Os elementos visuais, acústicos e que falam por seu movimento o A arte de arquitetos, pintores, escultores e artistas o As vestes litúrgicas o As cores o As luzes o A música o Nosso corpo, fonte inesgotável de expressão Os gestos As posturas As caminhadas As danças FORMAS DE CELEBRAÇÃO Sacramentos Celebrações na ausência do presbítero Sacramentais Oração comunitária 2
A IGREJA CELEBRA NO TEMPO O domingo O tempo litúrgico A santificação das horas PASTORAL LITÚRGICA Ação organizada e corajosa da Igreja para levar o povo de Deus à participação consciente, ativa e frutuosa na Liturgia. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO A IGMR vem inserida nas primeiras páginas do Missal Romano. Resume e apresenta ordenadamente os "princípios doutrinais e normas práticas do culto eucarístico. TÓPICOS Importância e dignidade da celebração eucarística Estrutura da missa, seus elementos e suas partes o Estrutura geral da missa o Os diversos elementos da missa o As várias partes da missa Ofícios e ministérios na missa o Ofícios da ordem sacra o Funções do povo de deus o Ministérios especiais o A distribuição das funções e a preparação da celebração As diversas formas de celebração da missa o Missa com o povo o Missa concelebrada o Missa com participação de um só ministro o Algumas normas gerais para todas as formas de celebração da missa Disposição e adorno das igrejas para a celebração da eucaristia As coisas necessárias para a celebração da missa o O pão e o vinho para celebrar a eucaristia o Alfaias sagradas em geral o Os vasos sagrados o As vestes sagradas o Outras alfaias destinadas ao uso da igreja A escolha da missa e das suas partes Missas e orações para diversas circunstâncias e missas de defuntos Adaptações que competem aos bispos e às suas conferências 3
CELAM - Manual de liturgia I CELAM - Manual de liturgia I o A celebração do mistério pascal - Introdução à celebração litúrgica CELAM - Manual de liturgia II o A celebração do mistério pascal - Fundamentos teológicos e elementos constitutivos CELAM - Manual de liturgia III o A celebração do mistério pascal - Os sacramentos: sinais do mistério pascal CELAM - Manual de liturgia IV o A celebração do mistério pascal - outras expressões celebrativas do mistério pascal e a liturgia na vida da Igreja 4
LITURGIA I Notas de Aula LITURGIA Não é um conjunto de rituais e orações Não é uma automação religiosa (ritualismo) Não é nossa obra para Deus Não é catequese Não é devoção ETMOLOGIA λειτου (leitos) público λαός (laos) povo λειτουργία (liturgia) ργία (rguia) ἔργον (érgon) ία (ia) trabalhar sufixo formador de substantivo Cristo encarna-se na plenitude dos tempos, salvando-nos definitivamente através de sua paixão, morte e ressureição, ascende aos céus e permanece conosco em presença mística, manifestada em sua Igreja e em seus sacramentos, até o final dos tempos. essa ação salvífica = LITURGIA = obra de Deus em nós Liturgia é a ação sagrada através da qual, com ritos, na Igreja e pela Igreja, se exerce e prolonga a obra sacerdotal de Cristo, que tem por objetivos a santificação dos homens e a glorificação de Deus. (SC 7) 5
É a continuidade do plano de salvação através da presença mística de Cristo nos sacramentos administrados e perpetuados pela Igreja, sobretudo através da liturgia. Documento Magno: Sacrossantum Concilium DESAFIOS Participação consiente, ativa e frutuosa do povo Formação litúrgica (desconhecimento de ritos e símbolos) Linguagem litúrgica (desconhecida pelo povo) A música litúrgica A inculturação (adaptação aos lugares, culturas e pessoas) A LITURGIA PREEXISTE É obra de Deus em nós (e não nossa obra para Deus) É um datum (é um dom) A liturgia nos ultrapassa e existe antes de nós O sujeito da liturgia é Cristo Ressuscitado Cristo é o único sacerdote capaz de oferecer o culto a Deus e santificar a assembléia É celebrada eternamente no céu, e do céu é trazida por Crito numa arquitetura preestabelecida, divina e espiritual O HOMO LITURGICUS Atitude fundamental: o Receptividade o Escuta o Dom de si o Capacidade de relativizar (penetrar naquilo que nos ultrapassa) o Capacidade de contemplar Regra: primeiro viver a liturgia, depois refletir e explicar Lex Orandi, Lex Credendi. Não rezamos e oramos NA liturgia, rezamos e oramos A liturgia. 6
PRINCÍPIOS E DIMENSÕES DA LITURGIA Liturgia como ACÃO SAGRADA E SIMBÓLICA Ação sagrada por excelência: nenhuma outra ação da Igreja se encontra no mesmo nível Ação simbólica, servindo-se de sinais sensíveis e visíveis, aponta para o mistério insondável de Deus Liturgia como EXERCÍCIO DO SACERDÓCIO DE CRISTO É ação de Cristo, o grande liturgo, no projeto redentor do Pai, que se faz visível na Igreja Liturgia como dimensão TRINITÁRIA O pai é a fonte, o Filho é o centro, e o Espírito é seu sopro vivificante Cristo é o centro, e o núcleo da liturgia é o Mistério Pascal Liturgia como dimensão MISTÉRICA É mistério, escapa ao conhecimento racional Não é função da liturgia discursar sobre o mistério, mas celebrar e viver o mistério, na simplicidade dos símbolos Liturgia como dimensão COMUNITÁRIA Não é individual, é ação comunitária: o eu cede lugar para o nós, sem preder a identidade pessoal Liturgia como dimensão BÍBLICA A Palavra de Deus é palavra de salvação, com a eficácia redentora de Cristo Não é lida, é proclamada, celebrada, ouvida e vivida Liturgia como dimensão HIERÁRQUICA É exercida em graus diversos, na unidade, e tudo é serviço que se presta Dimensão hierárquica no tempo litúrgico, nas celebrações, nos cantos, nos ritos (graus litúrgicos) Liturgia como dimensão ESCATOLÓGICA Antecipa no tempo a glória futura e a ela se ordena Já e ainda não Liturgia como dimensão LAUDATÓRIA Liturgia é puro louvor de Deus do povo orante É a mais viva expressão de Igreja Manifestação visível da comunhão invisível 7
PASTORAL LITÚRGICA EQUIPES DE CELEBRAÇÃO EQUIPE DE LITURGIA Formado por membros das equipes de celebração Promovem cursos e encontros sobre liturgia DOC 43: esta equipe é o coração e o cérebro da pastoral litúrgica COMUNICAÇÃO LITÚRGICA Se dá por meio de realidades que tocam os nossos sentidos REALIDADES Palavra meio mais comum de comunicação Espaço celebrativo deve mostrar uma comunidade de irmãos Ornamentação - objetos artísticos, pinturas, imagens, arranjos: Deus se revela no belo Vestimentas não são apenas vestes, são símbolos Objetos litúrgicos são símbolos Expressão corporal comunicação do corpo o Gestos abrir os braços, sinal da cruz o Posturas de pé, sentados, ajoelhados, prostrados, genuflexão o Movimentos procissões Silêncio atitude de reverência e contemplação SINAL, SÍMBOLO E GESTO Significa alguma coisa É sempre menor que o seu significado Ex: vela Exige um conhecimento especial Aponta para uma realidade transcendente, invisível Fala a linguagem do mistério Deve mergulhar-nos no mistério Deve ser simples Pode perder sua significação simbólica com o passar do tempo Ex: peixe para os primeiros cristãos - IXTUS Movimento com significado Deve ser sinceros Demonstra a unidade da comunidade (todos fazem) 8
ESPIRITUALIDADE LITÚRGICA A liturgia, em particular a Eucaristia, é a fonte e o cume de toda a vida da Igreja. (SC 9) Por outro lado, ela não esgota a ação da Igreja (SC 12) A oração e a religiosidade popular, embora não sejam liturgia, merecem valorizaçãoe atenção. Liturgismo: mero cumprimento de norma e ritos. Liturgia deve ser encarnada. Sem espiritualidade litúrgica, servos humildes se tornam funcionários do culto e tomam posse dele: do microfone, do ambão, da sacristia, do altar... Liturgia das Horas Essência: santificação das horas do dia Estrutura geral o Invitatório o Hino o Salmodia o Leitura breve o Resposta à palavra de Deus o Cântico evangélico o Preces o Pai-nosso o Oração conclusiva o Benção Horas canônicas: após reforma do CV II: 5 ou 7 horas o Ofício das Leituras em espírito de vigília, com uma leitura patrística após a leitura breve, seguido do hino Te Deum o Laudes a salmodia consta de um salmo matutino ou partes de salmo, um cântico do Antigo Testamento e um salmo de louvor, e o cântico evangélico é o Benedictus o Hora Média (Terça, Sexta e Nona) pode-se rezar só uma hora ou todas as horas, e não tem cântico evangélico o Vésperas a salmodia consta de dois salmos ou partes de salmos, e de um cântico do Novo Testamento, e o cântico evangélico é o Magnificat o Completas tem estrutura semanal e o cântico evangélico é o Nunc Dimíttis Sacerdotes e religiosos são obrigados a rezar O povo de Deus é chamado a rezar com a Igreja 9
Alfaias Litúrgicas e Símbolos Missal Lecionário dominical/semanal/temporal Evangeliário Altar Ambão Credência Presbitério Nave sacrário Púlpito Corporal Manustérgio Pala Sanguíneo, sanguinho ou purificatório Véu de âmbula Âmbula, cibório ou píxide Cálice Caldeirinha e aspersório Castiçal Candelabro Patena Jarra e bacia Círio Cruz Vela Ostensório Custódia Luneta Galhetas Hóstia Partícula Reserva eucarística Teca Incenso Naveta Turíbulo Sino Alva Túnica Amito Casula Estola Capa pluvial Cíngulo Véu umeral Dalmática Água Fogo Luz Pão e vinho Óleo Cinzas 10