OS DOCUMENTOS OFICIAIS DO CETEPAR E DA FUNDEPAR E A CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA NO ESTADO DO PARANÁ ( )

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Transcrição:

OS DOCUMENTOS OFICIAIS DO CETEPAR E DA FUNDEPAR E A CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA NO ESTADO DO PARANÁ (1960-1970) Resumo COSTA, Reginaldo Rodrigues da 1 - PUCPR SANTANA, Alessandra Caroline Costa 2 - PUCPR Grupo de Trabalho História da Educação Agência Financiadora: Fundação Araucária O texto que se segue descreve os passos de uma pesquisa de caráter historiográfico que realizou um levantamento de documentos oficiais organizados pela FUNDEPAR Fundação Educacional do Estado do Paraná e pelo CETEPAR Centro de Treinamento do Magistério do Paraná referente à legislação de ensino, ou seja, sobre as fontes oficiais do Governo do Estado do Paraná quanto à capacitação e o aperfeiçoamento de professores de matemática do Estado do Paraná, durante as décadas de 1960 e 1970. Este estudo foi realizado no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Científica PIBIC. Durante o estudo a participação no Grupo de Pesquisa de História das Disciplinas Escolares da PUCPR, proporcionou uma imersão nos fundamentos teóricos metodológicos da historiografia da educação. Após a seleção das fontes, partiu-se para a etapa da consulta aos acervos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e também o acervo da Universidade Federal do Paraná. Dos documentos selecionados como relevantes à pesquisa foi possível encontrar leis, resoluções, deliberações, sobre a capacitação desenvolvida na década de 1960 e também dos registros e dos resultados da implementação da Lei nº 5692/71, assim como ações tomadas pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Paraná referentes aos cursos de aperfeiçoamento ofertados aos professores da época. Dos dados sistematizados, referem-se aos cursos oferecidos aos professores em geral, como forma de verificação da implantação da lei ou como incentivo para o profissional da educação que ainda não havia concluído seus estudos, mas que já atuava como docente suplementarista. Os dados encontrados e sistematizados possibilitaram compreender algumas ações desenvolvidas pelo governo paranaense no que diz respeito à capacitação dos professores paranaenses e também acreditase que possam contribuir para futuras pesquisas em relação ao tema. 1 Doutor em Educação pelo Programa de Pós Graduação Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Professora Assistente da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). E-mail: reginaldo.costa@pucpr.br. 2 Aluna do Curso de Pedagogia da PUCPR e Bolsista de Iniciação Científica pela Fundação Araucária. E-mail: ale.carol.santana@gmail.com.

21986 Palavras-chave: Capacitação. Aperfeiçoamento Docente. Educação Matemática. Paraná Introdução Toda cultura, povo, nação tem uma história, que acompanha a sua evolução. Essa história deve ser registrada e arquivada para que as próximas gerações tenham acesso e possam compreender sua situação atual. No campo da educação, não é diferente, muito já foi pesquisado sobre a história de escolas, de seus fundadores/ patronos, da atuação dos professores em determinada época histórica e sua contribuição para novas descobertas na forma de ensino-aprendizagem de seus alunos. A presente pesquisa realizou um levantamento de fontes, por meio de documentos oficiais que envolvem a legislação de ensino, a respeito da capacitação e aperfeiçoamento de professores de matemática do Estado do Paraná, durante as décadas de 1960 e 1970. Esse estudo de caráter historiográfico tem como objetivo verificar a organização e a normatização dos processos de busca de aperfeiçoamento por parte dos professores de matemática da época especificada, além da percepção das transformações e mudanças com o decorrer dos anos na capacitação desses profissionais e o incentivo e recursos ofertados a esse público para a realização dessa capacitação. A história da educação matemática exige constante pesquisa das formas de ensinoaprendizagem e essa busca faz parte do cotidiano desafiador que os professores enfrentam. Localizar as fontes que auxiliem no processo de capacitação do professor, traz ao pesquisador-historiador um contato maior com a história da educação matemática, para que com base nas experiências passadas pelos professores possa compreender o período atual, ou seja, faz-se necessário pesquisar o passado para compreender o presente. Relacionando a legislação da época a fim de verificar sua influência na educação atual, com vistas à melhora do processo de formação do professor. Ao realizar o levantamento da documentação elaborada pela FUNDEPAR -Fundação Educacional do Estado do Paraná e pelo CETEPAR Centro de Treinamento do Magistério do Paraná, assim como do Centro de Documentação e Informação Técnica CEDITEC/SEED-PR, foi possível estabelecer contato com essas fontes históricas a fim de encontrar registros de ações de capacitação e aperfeiçoamento oferecidas a esses profissionais, realizadas pelo Governo do Estado do Paraná no período solicitado (1960 e 1970).

21987 A pesquisa de caráter histórico tornou-se instigadora e relevante para a sociedade, pois a constante atualização traz benefícios aos professores e pesquisadores. Revelando as práticas dos professores durante a década de 1960 e 1970, verificam-se os progressos e o que ainda necessita de atenção para a formação continuada do profissional. Assim como as ações de apoio e incentivo que o Governo deve proporcionar para que esses profissionais compreendam a importância de tal aperfeiçoamento, como melhora de suas próprias condições de trabalho e conquistas no campo da educação. Método da Pesquisa e o Processo de Formação do Iniciante à Pesquisa Dentre as diversas atividades que fizeram parte do processo de pesquisa e também da iniciação à pesquisa destaca-se a inserção nas atividades desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisas da História das Disciplinas Escolares pertencente ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná por meio do qual nasceu uma nova compreensão da relevância da pesquisa histórica para o meio acadêmico. No grupo, foi debatido o tema Pesquisa em História da Educação. Os debates envolveram a exposição de práticas e conceitos necessários ao encaminhamento que o historiador em formação precisa utilizar ao buscar as fontes. Foram abordadas teorias, sugeridas metodologias das práticas já realizadas, foram levantadas hipóteses e soluções para a compreensão da história em educação, além da exposição de ideias para a busca de conhecimentos e dados. A cada discussão, novos temas ligados à educação eram abordados, como: história, ciência, campo disciplinar, acontecimento, conhecimento, paradigmas, liberdade teórica, fontes, concepção de tempo, sentido a história, teorias da história, filosofias da história e historiografia. A próxima etapa foi a realização de um levantamento de fontes bibliográficas como ponto de partida para a pesquisa dos documentos históricos mantidos pelo Governo do Estado do Paraná, na Fundação Educacional do Estado do Paraná FUNDEPAR, pelo CETEPAR - Centro de Treinamento do Magistério do Paraná e pelo Centro de Documentação e Informação Técnica CEDITEC/SEED-PR. A busca contemplou também a Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, assim como o acervo da Universidade Federal do Paraná. Foram selecionados aproximadamente 64 documentos, entre documentos e legislação de ensino. Dos documentos encontrados, muitos citam projetos de lei planejados e

21988 implantados posteriormente, resoluções e súmulas contendo especificações quanto à capacitação e aperfeiçoamento dos professores entre as décadas solicitadas. Os dados encontrados foram fotocopiados e arquivados para posterior elaboração, classificação e sistematização das informações. Para a busca de novas informações foram digitalizados os documentos de maior relevância para o tema da pesquisa, a fim de facilitar o processo de registro dos dados, visto a necessidade de uso dessa tecnologia para as pesquisas atuais. Das 64 fontes selecionadas, 46 encontravam-se na biblioteca da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (dentre esses foram separados 11 como relevantes para a pesquisa, pois eles continham as informações mais importantes em relação ao tema do projeto. Os 18 restantes encontravam-se no acervo da biblioteca da Universidade Federal do Paraná. Dentre os registros deste acervo encontram-se Anais de Seminários sobre Magistério para Séries Iniciais do Ensino de 1º grau, Análise de Características de Recursos Humanos atuantes na área da Educação no Estado do Paraná, Coletâneas da Legislação Estadual de Ensino entre os anos de 1964 a 1979, Estatutos do Magistério de 1969, arquivo de Curso de Aperfeiçoamento de Professores de 5ª a 8ª série do 1º grau, Indicadores Educacionais, informações sobre o Projeto HAPRONT e um documento específico sobre Tratamento Metodológico de Matemática Curso de Aperfeiçoamento para Professores de 5ª a 8 ª séries do ensino de 1º grau. Todos estes documentos poderão ser pesquisados em projetos posteriores como contribuição a esse projeto de pesquisa. As Fontes e os Dados Referentes à Capacitação dos Professores Paranaenses Das fontes selecionadas, onze delas contêm documentos importantes referentes a capacitação de professores no período selecionado, entre as décadas de 1960 e 1970. Na primeira Coletânea da Legislação Estadual de Ensino (1964-1967) FUNDEPAR 1º vol. (Figura 1), foram encontradas informações sobre a formação do magistério para o ensino primário e médio, art. 52-61, o qual especifica que o curso normal para formação de docentes para o ensino primário será de quatro séries anuais com disciplinas obrigatórias do curso secundário ginasial e preparação pedagógica, o documento menciona que os institutos de educação ministrarão cursos de especialização, de administração escolar e de aperfeiçoamento para os graduados em escolas normais. Dentro deste documento encontra-se a Resolução C.E.E. Nº 38, que estabelece as bases para a realização de cursos de especialização em Institutos de Educação, integrantes do

21989 Sistema Estadual de Ensino, ainda estabelece as condições para matrícula em cursos de especialização, para quem já possui diploma de escola normal ou Instituto de Educação, com idade mínima de 18 anos, com a exigência de fazer estágio de 3 anos no magistério primário, com avaliação de curriculum, estabelecendo o número mínimo de disciplinas e duração mínima de 2 anos letivos ou no mínimo 1440 horas aula e frequência mínima de 75%. Figura 1- Coletânea da Legislação de Ensino 1º volume Fonte: FUNDEPAR (1968) O 2º documento selecionado, o Estatuto do Magistério Lei nº 5874 de 6 de novembro de 1968 FUNDEPAR e Secretaria de Educação e Cultura (Erro! Fonte de referência não encontrada.), trata do Aperfeiçoamento e da Especialização, art. 184-191, descrevendo que é dever do professor buscar seu constante aperfeiçoamento profissional e cultural, que ele é obrigado a frequentar cursos de aperfeiçoamento profissional para o qual for convocado. Os cursos enquadravam-se em qualquer modalidade de reuniões e debates promovidos pela SEC, o documento cita o apoio do Estado quanto à organização e promoção desses cursos com oferta de sistemas bolsas de estudos, cursos com novas técnicas e orientações pedagógicas aplicáveis à todas as disciplinas, visando as necessidades educativas do Estado. Ainda expõe que os cursos seriam gratuitos com concessão de bolsas de estudos para participação em cursos fora do Estado ou no exterior desde que correlatos à sua formação e atividade profissional no magistério, garantindo verbas para o cumprimento destas atribuições e auxílios financeiros para grupos de estudos, congressos, encontros, simpósios, convenções, etc. Os certificados desses cursos seriam contados como títulos, mediante provas de conhecimento e conceito das instituições expedidoras do título. O documento também cita das responsabilidades e das penalidades civis.

21990 No 3º documento, a Coletânea da Legislação Estadual de Ensino 1968 FUNDEPAR 2º vol (2), foi possível encontrar informações sobre o Aperfeiçoamento e a Especialização com as mesmas orientações existentes no documento anterior, do Estatuto do Magistério agora descritas na Legislação Estadual de Ensino. Figura 2 - Coletânea da Legislação de Ensino 2º volume Fonte: FUNDEPAR (1968) O 4º documento, a Coletânea da Legislação Estadual de Ensino 1969-1975 FUNDEPAR, (3) apresenta já no início do livro a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 5692, de 11 de agosto de 1971, na qual se encontra no Cap. V Dos Professores e Especialistas, art. 29-40 sobre os critérios para a formação dos professores, como formação mínima para o exercício do magistério com divisões por habilitação específica para 1º e 2º graus, informa que os sistemas de ensino estimularão o aperfeiçoamento e a atualização dos seus professores e especialistas de Educação. Em outra parte do documento, a Resolução nº 555-75, autoriza os professores efetivos a participarem do Curso de Treinamento de Pessoal Docente Especializado, destinado a professores da área de Educação Especial (no período 01/08/75 a 30/10/75). A Resolução nº 1030/75, autoriza a realização de Curso de Aperfeiçoamento e Atualização para Docente e Pessoal Técnico Administrativo do Projeto de Educação Integrada (período 20 a 25/10/75 para 41 unidades na capital e 83 no Interior do Estado). Na segunda metade do documento encontra-se a Resolução nº 1650, de 10 de agosto de 1973, que aprova o Regimento Interno do Centro de Seleção, Treinamento e Aperfeiçoamento de Pessoal CETEPAR, estabelecendo os fins e objetivos do órgão. A Lei nº 6189, de 26 de abril de 1971, cria a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Paraná,

21991 com vistas ao desenvolvimento científico e tecnológico do Estado, estimulando a pesquisa e promovendo critérios de patrocínio e convênios para as pesquisas científicas e tecnológicas. Figura 3 - Coletânea da Legislação de Ensino 3º volume Fonte: FUNDEPAR (1975) Já no 5º documento, o Curso de Aperfeiçoamento 1ª etapa Fundamentação Didático- Pedagógica CETEPAR 1975, (4) constam orientações aos professores a respeito da Lei nº 5692/71, sua implantação e explicações didáticas e pedagógicas ideais para a atuação dos professores, constam concepções filosóficas e também artigos de leis. Parece ser um guia de orientação em forma de curso, contém perguntas aos professores a medida que cada capítulo é concluído e dá sugestões para o trabalho docente. É um exemplo de como esses cursos eram oferecidos na época. Figura 4 - Curso de Aperfeiçoamento de Professores Fonte: CETEPAR (1975)

21992 Ao pesquisar o 6º documento, a Coletânea da Legislação Estadual de Ensino 1976-1979 FUNDEPAR, (Figura 2) foi possível encontrar a Deliberação 045/76, de 25 de outubro de 1976, que aprova o Projeto HAPRONT Habilitação de Professor não Titulado e o Plano de Aplicação respectivo, a execução do projeto fica a cargo do CETEPAR. Projeto que visava melhorar a qualidade dos profissionais com disciplinas de educação geral e de educação especial, assim como para as disciplinas específicas. Há também a Deliberação nº 018-79, processo nº 499/1979, de 07 de Junho de 1979, onde ficam estabelecidas como normas próprias para: Aprovação, Execução e Titulação do Projeto LOGOS II, as que constam no Parecer nº 010/79, do CEE. Em relação ao Parecer nº 010/79, processo nº 499/79, há o reconhecimento e validação do curso Projeto LOGOS II e a autorização da expedição do Certificado de Qualificação Profissional, com validade para o exercício do magistério no 1º grau, da 1ª a 4ª série, pelo Instituto de Educação do Paraná aos egressos do Projeto LOGOS II. Figura 2 - Coletânea da Legislação de Ensino 4º volume Fonte: FUNDEPAR (1979) O 7º documento verificado - Currículos Plenos para o Ensino de 1º e 2º graus, Lei 5692/71, Cap. V (Figura 3) cita novamente as diretrizes da Lei 5692/71, já mencionada anteriormente.

21993 Figura 3 - Currículos Plenos para o Ensino de 1º e 2º graus Fonte: NAGLE (1980) O 8º documento intitulado Educação Pré-escolar uma proposta de Trabalho 1978 Secretaria de Estado da Educação, art. 22 e 23, (Figura 4) trata dos professores e especialistas para atuar no Jardim de Infância com certificados de Curso de Especialização em Educação Pré-Escolar, conforme a Deliberação 050/77 do CEE e a Deliberação 021/78 do CEE. Também se refere à atualização profissional com cursos periódicos para este tipo de ensino, envolvendo os professores com a pesquisa e o desenvolvimento infantil e do currículo, o professor é incentivado a buscar as qualidades e características necessárias para atuar com esse público. Figura 4 - Proposta de Trabalho para Educação Pré-Escolar Fonte: Paraná (1978) A Análise Preliminar dos Dados Básicos sobre a Evolução do Ensino Regular na Rede Estadual de Ensino 1971-1980 FUNDEPAR, foi o 9º documento (Figura 5) que se refere às

21994 etapas de execução de um seminário para o estudo da Lei 5692/71 com os membros dos Núcleos Locais de Orientação e Avaliação (Dezembro de 1971) e o Curso Intensivo para professores das 1ª, 2ª e 5ª séries Fundamentação 1ª fase, (Janeiro de 1972), também consta o registro de treinamentos de multiplicadores para orientação aos professores das mesmas séries (Julho de 1972), treinamento para professores 2ª fase (Agosto de 1972) e treinamento multiplicadores para orientação de professores das 3ª, 4ª e 6ª séries. Essa implantação atingiu nove municípios do Estado do Paraná: Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Jacarezinho, Paranaguá, União da Vitória, Campo Mourão e Guarapuava. Foi possível verificar que com relação à atualização e ao aperfeiçoamento do pessoal técnico e docente, a Secretaria da Educação, com execução e supervisão do CETEPAR Centro de Treinamento do Magistério do Paraná promoveu, entre 1971 e 1980, 109 cursos para o ensino de 1º grau, gerando um total de 102,255 oportunidades de treinamento. Cursos esses oferecidos tanto a professores e técnicos da rede particular quanto da rede municipal. O documento cita que a situação dos professores das classes terminais do ensino de 1º grau, em 1972, era de 1117 professores efetivos habilitados e 206 sem habilitação, enquanto entre os professores suplementaristas 2176 possuíam habilitação e 4501 não possuíam (KNAUER, 1982). Com relação a estes professores, deve-se considerar que parte dos mesmos lecionava, em nível de 2º grau. Foram ministrados cursos de Licenciatura em convênio com a UEPG, 1600 horas para os cursos de Ciências e Matemática, com 132 formados. Em março de 1977, em São Mateus do Sul, foi realizado o Curso de Aperfeiçoamento em Língua Portuguesa e Matemática para professores de 2ª à 8ª séries do Ensino de 1º grau. Em setembro do mesmo ano foi realizado o Curso de Atualização de Ensino Básico da Matemática para Professores de Ensino de 1º grau, com 185 participantes. Em fevereiro de 1977, aconteceu o Curso de Atualização em Educação Artística e Ensino Inicial de Matemática, em Laranjeiras do Sul, com 31 participantes. Em outubro de 1978, aconteceu o Seminário para professores de matemática, com 15 participantes. Em Agosto de 1980 dois cursos foram realizados, chamados de Encontro de Professores de Matemática, com 80 participantes em Curitiba e nenhum participante no Interior. O documento menciona ainda muitos outros cursos que foram realizados por todo o Estado para todas as áreas/ disciplinas de ensino.

21995 Figura 5 - Análise Preliminar dos Dados Básicos sobre a Evolução do Ensino Regular na Rede Estadual de Ensino 1971-1980 Fonte: FUNDEPAR (1982) O 10º documento relacionado ao Magistério para as séries iniciais do 1º grau Referências para o Seminário sobre oferta e demanda de professores (FUNDEPAR, 1982) trata da formação dos ocupantes dos postos docentes de 1ª a 4ª séries, formação essa muito distante do ideal perante a realidade observada no magistério (Figura 6). Após 10 anos da implantação da Lei 5692/71, constata-se que muitos professores permaneciam sem o nível de habilitação mínimo proposto, alguns não possuíam nem o 1º grau completo, interferindo na qualidade do ensino, causando uma contradição entre a legislação e a realidade desses professores, em sua maioria localizada em zona rural. Figura 6 - Magistério para as séries iniciais do 1º grau Fonte: FUNDEPAR (1982)

21996 Discussão sobre a Capacitação dos Professores que Ensinavam Matemática no Paraná Dos documentos que foram pesquisados, foi possível observar que há poucos registros de cursos de aperfeiçoamento organizados pela FUNDEPAR e pelo CETEPAR, específicos para professores de matemática. Em sua maioria, eles eram organizados a fim de melhorar as condições educacionais dos profissionais que ainda não haviam concluído seus estudos, mas já estavam lecionando, ou como forma de verificação dos resultados da implantação de uma Lei entre os professores. A política do Estado do Paraná em relação ao aperfeiçoamento e capacitação de recursos humanos para educação paranaense sofreu influência da Lei Nº 4.024/61 e da Lei Nº 5.692/71. Essas duas leis foram instituídas com o propósito de reformular e reorganizar o ensino brasileiro. Como já mencionado anteriormente, o Estado do Paraná teve um entrosamento afinado com a política federal, e suas ações de implantação e reformas de ensino seguiram basicamente o que versavam as leis instituídas. Pode-se afirmar que no Paraná, assim como em todo o Brasil, a educação sofreu uma verticalização das políticas pensadas por organismos externos quando se observa nos relatórios da Secretaria do Estado da Educação a quantidade significativa de acordos estabelecidos com o Ministério da Educação. Outro aspecto que nos permitir afirmar a presença dessas influências é o fato da Lei nº. 4024/61 atender a Carta de Punta del Este para erradicação do analfabetismo. Mas, ao instituir acordos com órgãos internacionais restringe suas políticas às ideias e influências desses agentes para o cenário brasileiro educacional. E isto não foi diferente com o Paraná, quando assumiu convênios com o Governo Federal para instituir suas políticas educacionais. Essas influências permearam a capacitação de professores, seja na década de 1960 até o início da década de 1980, quando observamos uma prescrição de referenciais e sua adoção nos cursos desenvolvidos pela Secretaria de Educação e Cultura do Paraná. Com o intuito de Implantar a Reforma do Ensino de 1º e 2º Graus, boa parte das ações, senão todas estavam voltadas para esse objetivo. A ideia de que todos os envolvidos na educação tivessem o conhecimento sobre o ideário da Lei 5.692/71 foi tão levada a sério que desde os técnicos administrativos, os diretores, os supervisores, os orientadores, os professores de 1º e posteriormente os de 2º Grau participaram desses cursos, ora denominado de Atualização, ora de Aperfeiçoamento e também de Capacitação.

21997 A ação do CETEPAR foi de grande magnitude, pois com a expansão atendeu ao longo de oito anos (1972-1980) a totalidade dos professores e pessoal técnico das escolas paranaenses. Do estudo realizado pela FUNDEPAR, intitulado Análise Preliminar dos Dados Básicos Sobre a Evolução do Ensino Regular da Rede Estadual de Ensino 1971/1980: Implantação da Lei 5.692/71 é possível consubstanciar essa afirmação. Dessa forma o CETEPAR, entre 1971 e 1980, promoveu cento e nove cursos referentes ao ensino de 1º Grau com um contingente de professores que totalizava 102.255 em todo Paraná. O treinamento e capacitação ofertados pelo governo do Estado foram estendidos também aos professores e técnicos das escolas particulares e também das escolas municipais. O material distribuído aos professores das séries iniciais do Ensino de 1º Grau apresentava (Figura 11), inicialmente, as características do educando dos sete aos quatorze anos relativas ao desenvolvimento social, ao desenvolvimento físico e ao desenvolvimento cognitivo e intelectual. São definidos os conceitos de atividades e experiências. Segundo o material, atividade é a denominação dada à execução de ações pelas crianças com idade equivalente entre a 1ª à 4ª séries. Figura 11: Curso de aperfeiçoamento Fonte: CETEPAR 1975 No material podemos observar três aspectos relacionados ao ensino da matemática: os objetivos de matemática para cada uma das séries; o plano de ação constituído pelos objetivos específicos, pelos conteúdos e pelas estratégias; e as observações e orientações que pretendiam a integração entre as áreas de estudos. Os objetivos estabelecidos para cada série contemplavam os campos matemáticos dos números, da geometria e das medidas. Além disso, alguns objetivos se referiam à capacidade

21998 operatória, à habilidade da escrita utilizando os símbolos matemáticos e, objetivos relacionados com a capacidade de resolver situações problemas e constituição do vocabulário específico da matemática. Os exemplos apresentados em forma de plano de ação, mostram o quanto era valorizada a adoção dos objetivos educacionais e seus desdobramentos. A partir dos objetivos apontados para cada série, o professor, era orientado a compor objetivos específicos relacionando os conteúdos trabalhados e também que estratégias utilizadas. É importante lembrar que as orientações contidas, apontam possíveis relações entre as áreas de estudos. Ao verificarmos o material bibliográfico e de referências para o ensino da Matemática, identificamos dois referenciais: um deles de Geraldo Caldeira Soares e Rizza Porto de Araujo 3. Em relação ao objetivo inicial de realizar um levantamento da documentação elaborada pela FUNDEPAR - Fundação Educacional do Estado do Paraná e pelo CETEPAR - Centro de Treinamento do Magistério do Paraná, relacionada com as ações de capacitação e aperfeiçoamento de professores de matemática, realizadas pelo Governo do Estado do Paraná no período das décadas de 1960 e 1970, foi atingido uma que foi possível encontrar fontes que contribuíram para o caráter histórico da pesquisa, foi possível levantar fontes para pesquisas posteriores relacionadas com a Educação no Paraná, conforme. Assim, a pesquisa foi de grande contribuição no que diz respeito ao conhecimento produzido sobre a história da Educação Matemática. REFERÊNCIAS GOVERNO DE ESTADO DO PARANÁ. Coletânea da Legislação Estadual de Ensino FUNDEPAR 1º vol. / 1964-1967 GOVERNO DE ESTADO DO PARANÁ. Coletânea da Legislação Estadual de Ensino FUNDEPAR 2º vol./ 1968 GOVERNO DE ESTADO DO PARANÁ. Coletânea da Legislação Estadual de Ensino FUNDEPAR - 1969-1975 3 Rizza Porto foi professora do Instituto de Educação de Belo Horizonte e Especialista em Ensino da Matemática na Escola Primária. Foi integrante do Departamento de Aritmética do Programa de Assistência Brasileiro- Americano ao Ensino Elementar PABAEE, sediado no Instituto de Educação de Minas Gerais, realizou estágio de estudos na Universidade de Indiana no período de 1956-1957. O PABAEE foi responsável pela execução de diversos cursos destinados a professores dos diversos estados brasileiros.

21999 GOVERNO DE ESTADO DO PARANÁ. Coletânea da Legislação Estadual de Ensino FUNDEPAR - 1976-1979 HEEMANN, Ademar. O Magistério para as séries iniciais do 1º grau Referências para o Seminário sobre oferta e demanda de professores FUNDEPAR, 1982. KNAUER, Ernesto. Análise preliminar dos dados básicos sobre a evolução do ensino regular na rede estadual de ensino 1971-1980 FUNDEPAR, Paraná, 1982. LOMBARDI, José Claudinei; NASCIMENTO, Maria Isabel Moura. (orgs.) Fontes, história e historiografia da educação Campinas, SP: Autores Associados: HISTEDBR; Curitiba, PR: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR); Palmas, PR: Centro Universitário Diocesano do Sudoeste do Paraná (UNICS); Ponta Grossa, PR: Universidade Estadual de Ponta Grossa ((UEPG), 2004. (Coleção Memória da Educação) NAGLI, Luiz Theóphilo. Currículos Plenos para o Ensino de 1º e 2º graus, Lei 5692/71. Belo Horizonte, MG. 1980. PARANÁ, Secretaria de Educação e Cultura. Estatuto do Magistério FUNDEPAR, 1968. PARANÁ, Secretaria de Educação. Anais do Seminário Nacional para avaliar os resultados da implantação da Lei nº 5692/71, Paraná, 1977. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação e da Cultura. Curso de Aperfeiçoamento 1ª etapa Fundamentação Didático- Pedagógica, CETEPAR, 1975. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação e da Cultura. Curso de Aperfeiçoamento 1ª etapa Atividades de 1ª a 4ª séries, CETEPAR, 1975. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Educação Pré-escolar uma proposta de Trabalho, 1978.