CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO CATALÍTICA DE ÓXIDOS MISTOS V-Mg-Al NA REAÇÃO DE DECOMPOSIÇÃO DO ISOPROPANOL.

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Transcrição:

CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO CATALÍTICA DE ÓXIDOS MISTOS V-Mg-Al NA REAÇÃO DE DECOMPOSIÇÃO DO ISOPROPANOL. F. A. de SIPOLLI 1 e G. G. CORTEZ 1,* 1 Escola de Engenharia de Lorena - USP, Departamento de Engenharia Química E-mail para contato: cortez@dequi.eel.usp.br RESUMO Precursores do tipo hidrotalcita oligovanadato pilarizada foram sintetizados pelo método de coprecipitação sob ph variável, a partir da mistura das soluções de nitrato de magnésio, nitrato de alumínio, hidróxido de sódio e vanadato de sódio. Os ânions intercalados foram V 2 O 7 4- e HV 2 O 7 3-. Os compostos foram calcinados a 450 e 650 C, resultando nos óxidos mistos V-Mg-Al. Estes óxidos são promissores na catálise heterogênea por apresentarem área específica elevada, propriedades básicas e ácidas, estabilidade térmica e mistura homogênea dos óxidos. Os compostos foram caracterizados por TG/DTG, DRX e volumetria de nitrogênio, e as propriedades ácidas e/ou básicas foram avaliadas na reação de decomposição do isopropanol. As análises de DRX dos precursores mostraram a formação de compostos tipo hidrotalcita. Para os catalisadores, houve a formação de MgO, V 3 O 7, MgAl 2 O 4, entre outros óxidos. Concluiu-se que a introdução de óxidos de vanádio na estrutura dos HDLs aumentou significativamente a atividade dos catalisadores, avaliada pela decomposição do isopropanol. 1. INTRODUÇÃO A demanda crescente de propeno torna necessário o uso de processos alternativos que complementem os tradicionais. A reação de desidrogenação oxidativa do propano (DOP) é uma alternativa atrativa para a produção de propeno, pois é exotérmica e inicia-se em temperaturas relativamente baixas (Blanco, Carrazán, Rives, 2008, Cortez, Fierro, Bañares, 2003). Dentre os catalisadores estudados, os baseados em vanádio suportados são os mais ativos nesta reação. A hidrotalcita é uma argila aniônica natural composta por ânions carbonato intercalado entre lamelas de hidróxido duplo de magnésio e alumínio. Ela também é chamada de hidróxido duplo lamelar (HDL) (Crepaldi, Pavan, Valim, 2000). Este composto apresenta a seguinte fórmula geral: [M 2+ 1-x M3+ x(oh) 2 ] x+ A m- x/m.nh 2 O, onde: M 2+ e M 3+ são cátions metálicos di e trivalentes; A m- é um ânion intercalado com carga m-; x é a razão entre os cátions di e trivalentes e n é o número de moléculas de água intercaladas. Algumas das propriedades mais interessantes dos óxidos obtidos pela calcinação dos HDLs são: área superficial elevada; propriedades básicas e formação de misturas homogêneas de óxidos, estáveis em tratamentos térmicos, e a capacidade de troca aniônica, que torna possível a intercalação de outros ânions na estrutura dos HDLs. Estas propriedades tornam este tipo de material favorável para a aplicação em catálise heterogênea (Cavani, Trifirò, Vaccari). Área temática: Engenharia de Reações Químicas e Catálise 1

Bhattacharyya et al. (1995) descreveram a preparação e caracterização de hidrotalcitas oligovanadatos pilarizadas para introduzir uma função de oxidação em argilas. A intercalação de ânions estruturais contendo ânions metálicos em um estado de oxidação elevado (decavanadato) modifica as propriedades catalíticas dos HDLs, devido ao desenvolvimento de sítios ácidos e redox e, em alguns casos, microporosidade interlamelar. Uma das reações típicas para investigar as propriedades ácidas e/ou básicas dos óxidos mistos é a reação de decomposição do isopropanol (Gervasini, Fenyvesi, Auroux, 1997), a qual conduz às reações de desidratação, formando propeno e éter diisopropílico, e desidrogenação, com formação de acetonas. Os sítios ácidos fortes são responsáveis pela formação de olefinas, enquanto que sítios básicos fortes levam à formação de acetona. Os sítios ácidos e básicos desbalanceados conduzem à formação de ambos os produtos de desidratação. Este trabalho teve como objetivo preparar catalisadores baseados em hidrotalcitas oligovanadatos pilarizadas, para serem utilizados na reação de DOP, e avaliar a influência de dois tipos de ânion interlamelar (V 2 O 7 4- e HV 2 O 7 3- ) na reação de decomposição do isopropanol. 2. EXPERIMENTAL 2.1 Síntese dos catalisadores Os precursores do tipo hidrotalcita oligovanadato pilarizada foram sintetizados pelo método de coprecipitação a ph variável, segundo o método descrito na literatura (Blasco, Nieto, 1997). O primeiro composto, Mg 5 Al 2 (OH) 14 (V 2 O 7 ) 0,5.5H 2 O, foi sintetizado através da adição em gotas de uma solução de 200 ml contendo 0,2 mol de Mg(NO 3 ) 2.6H 2 O e 0,1 mol de Al(NO 3 ) 3.9H 2 O a uma segunda solução de 275 ml contendo 0,1 mol de NaVO 3 e 0,7 mol de NaOH em pellets, até a obtenção de ph igual a 10, mantendo a agitação constante por uma hora. A mistura gelatinosa foi aquecida a 80ºC por 15 h, depois de a adição ter sido completada. O material resfriado a temperatura ambiente foi, então, filtrado, lavado repetidamente com água deionizada e desgaseificada e submetido à secagem em estufa durante 12 h a uma temperatura de 70 C. O segundo precursor, Mg 4 Al 2 (OH) 12 (HV 2 O 7 ) 0,67.xH 2 O, foi preparado de forma semelhante ao descrito anteriormente, porém com a quantidade de hidróxido de sódio igual a 0,6 mol e com ph de coprecipitação igual a 8,8. Os compostos obtidos foram calcinados a 450 e 650 C por 5 h, obtendo-se assim os catalisadores de óxidos mistos V-Mg-Al. Os precursores foram designados por HDL-MgAl(X), onde X representa o ânion interlamelar. E os catalisadores, como MgAl(X)Y, onde Y representa a temperatura de calcinação. 2.2 Caracterização físico-química dos catalisadores As medidas de áreas superficiais, volume de poros e distribuição de volume de poros das amostras dos óxidos mistos foram realizadas em um equipamento da marca BEL, modelo BELSORPmini II, empregando-se a técnica de adsorção-dessorção física de nitrogênio a -196 ºC. Previamente, as amostras foram tratadas in situ sob aquecimento a temperatura de 300 C por 3 horas para retirar a água e os gases adsorvidos na superfície e nos poros do sólido. Área temática: Engenharia de Reações Químicas e Catálise 2

As análises de difração de raios X (DRX) foram realizadas empregando-se o método do pó, utilizando-se um equipamento da marca Seisert, modelo Isodebyefley 1001 com radiação CuKα (λ = 1,54178 Å) e filtro de Ni. O tubo de raios X foi operado a potência de 40 kv e 30 ma. Os difratogramas de raios X foram obtidos aplicando-se um passo de 2θ = 0,05º (1 passo por segundo) com 2θ variando de 5 a 80. As fases cristalinas foram identificadas com auxílio da biblioteca do JCPDS (Joint Committee of Powder Diffraction Standards). Os precursores do tipo hidrotalcita foram analisados por termogravimetria (TG/DTG), utilizando-se uma termobalança da marca Shimadzu, modelo TGA-50, com razão de aquecimento de 20 C/min, em fluxo de nitrogênio, no intervalo de temperatura de 25 a 900 C. As propriedades ácidas e/ou básicas dos catalisadores foram avaliadas através da reação de decomposição do isopropanol, empregando-se um reator de leito fixo (vidro borosilicato) com fluxo contínuo dos reagentes sob pressão atmosférica. Utilizou-se 150mg do catalisador. A ativação do catalisador foi feita a 450 C por 3 h em fluxo de oxigênio. O reator foi alimentado com isopropanol (99,7%, Merck) e injetado na tubulação de alimentação de gases afluentes do reator com auxílio de uma bomba Thermo Separation Products, modelo Spectra P100, à vazão de 0,05 cm 3 /min e diluído em He na vazão de 40 cm 3 /min. Os gases efluentes do reator foram analisados por cromatografia gasosa, no qual se utilizou um cromatógrafo do tipo Varian CG-3350, equipado com um detector de condutividade térmica (DCT) e dotado de uma coluna empacotada Carbowax 20M, com rampa de aquecimento entre 30 e 150ºC. Utilizou-se hélio como gás de arraste na coluna. A tubulação do sistema catalítico foi aquecida por uma resistência elétrica para evitar a condensação do reagente e dos produtos da reação. A reação foi avaliada no intervalo de temperatura de 190 a 310ºC e um fator tempo de residência (W/F A0 ) igual a 2,4 g.h/mol. A taxa específica de formação dos produtos (TEP) foi calculada a partir das equações abaixo: TEP = TER = X A (%) = 100 (1) (2) (3) S P (%) = 100 (4) onde TER é a taxa específica de reação; X A é a conversão do isopropanol; S P a seletividade dos produtos; é o número de mols do isopropanol consumido; é o número de mols de isopropanol na alimentação e e são os números de átomos de carbono presentes nos produtos formados e no isopropanol, respectivamente. Área temática: Engenharia de Reações Químicas e Catálise 3

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Análises de TG/DTG foram realizadas com o objetivo de verificar as etapas de degradação térmica dos catalisadores obtidos pela calcinação dos precursores. As curvas TG/DTG para o HDL- MgAl(V 2 O 7 ) e HDL-MgAl(HV 2 O 7 ) estão representadas na Figura 1 e 2, respectivamente. Massa (%) 100 90 80 70 DTG TG 60 0 150 300 450 600 750 900 Temperatura ( C) 0,000-0,001-0,002-0,003 DTG (% / min) Massa (%) 100 DTG 90 80 70 TG 60 0 150 300 450 600 750 900 Temperatura ( C) 0,000-0,001-0,002-0,003-0,004-0,005 DTG (% / min) Figura 1 Curvas TG/DTG para o HDL- MgAl(V 2 O 7 ). Figura 2 Curvas TG/DTG para o HDL- MgAl(HV 2 O 7 ) Pela análise das curvas TG/DTG, foram observadas três etapas de decomposição térmica para o composto HDL-MgAl(V 2 O 7 ). Em uma primeira etapa (até 200 C), ocorreu perda de massa de 8,06%, correspondente à perda de água interlamelar e da água adsorvida na superfície. Entre 200 e 522 C, houve perda de massa de 21,78%, pela qual ocorre a desidroxilação, formando um oxi-hidróxido duplo. Em uma faixa de temperatura de 522 até 800 C ocorreu uma perda de massa de 4,24%, devido às transformações dos oxovanadatos interlamelares e decomposição do restante das hidroxilas, formando óxidos mistos V-Mg-Al, com colapso da estrutura lamelar (Frost et al, 2005). Por outro lado, o LDH-MgAl(HV 2 O 7 ) apresentou em torno de 9% de perda de massa a mais do que a perda teórica, isto sugere que esta amostra apresentou uma composição química diferente da composição prevista. Esta perda de 9% pode estar relacionada a uma quantidade maior de moléculas de água presentes na amostra, ou ainda à presença de moléculas de CO 2, pois, durante a reação de síntese, os LDHs podem absorver CO 2 ao entrar em contato com o ar atmosférico (Crepaldi, Valim, 1998). As Figuras 3 e 4 apresentam os difratogramas de raios X dos precursores e catalisadores obtidos pela calcinação. Com base nos valores das posições angulares (2θ) dos picos de difração, identificados pela Ficha JCPDS (13) n 22-700, pode-se observar a presença de fases cristalinas tipo hidrotalcita (Figura 3). Os três primeiros picos da fase hidrotalcita (ou HDL) correspondem aos planos de difração (003), (006) e (012), respectivamente. Eles são provenientes da difração sobre as camadas de hidróxidos da hidrotalcita (Zheludkevih, Poznyak, Rodrigues, 2010). O primeiro plano é utilizado para calcular o espaçamento basal dos HDLs. Área temática: Engenharia de Reações Químicas e Catálise 4

Intensidade (c.p.s.) (b) (a) Intensidade (c.p.s.) (b) (a) (d) (c) 10 20 30 40 50 60 70 80 2θ ( ) Figura 3 - Difratogramas de raios X dos precursores: (a) HDL-MgAl(V 2 O 7 ) e (b) HDL-MgAl(HV 2 O 7 ). () hidrotalcita; ( ) pico não identificado. 10 20 30 40 50 60 70 80 10 20 30 40 50 60 70 80 2θ ( ) 2θ ( ) Figura 4 - Difratogramas de raios X dos catalisadores: (a) MgAl(V 2 O 7 )450, (b) MgAl(V 2 O 7 )650, (c) MgAl(HV 2 O 7 )450 e (d) MgAl(HV 2 O 7 )650. () MgO; ( ) V 3 O 7 ; () V 2 O 5 ; () MgAl 2 O 4 ; ( ) pico não identificado. Para o HDL-MgAl(V 2 O 7 ), Figura 3a, o espaçamento basal encontrado foi igual a 8,33 Ǻ e para o HDL-MgAl(HV 2 O 7 ), Figura 3b, foi 9,07 Ǻ. Para a hidrotalcita natural, este valor é 7,69 Ǻ (Carja, Delahay, 2004). O aumento do espaçamento basal dos precursores em relação à hidrotalcita natural indica que houve a intercalação dos íons vanadatos na estrutura dos compostos sintetizados. Após a calcinação dos precursores, pode observar-se o colapso da estrutura lamelar, com a formação de óxidos mistos com estruturas quase amorfas, identificados pelos difratogramas de raios X dos catalisadores (Figura 4). Com o aumento da temperatura de calcinação, os picos dos difratogramas se tornaram mais estreitos e intensos, indicando que ocorreu um rearranjo da estrutura dos materiais (Mitik-Dineva, 1998). O composto MgAl(V 2 O 7 )450 (Figura 4a) apresentou dois picos em 2θ = 43,42 e 62,65, que são atribuídos ao periclásio (MgO). A Ficha JCPDS do MgO (n 4-829) apresenta valores um pouco distintos dos resultados experimentais (2θ = 42,95 e 62,36 ), indicando que na presença de alumínio um defeito ocorre na estrutura do periclásio, formando uma solução sólida comumente chamada de magnésia-alumina (Blanco, Carrazán, Rives, 2008). Para este mesmo composto, também foram observados dois picos em 2θ = 25,05 e 35,08, os quais, segundo a Ficha n 27-940, pertencem ao óxido de vanádio V 3 O 7 (composto estequiométrico intermediário entre VO 2 e V 2 O 5 ). O MgAl(V 2 O 7 )650 (Figura 4b) também apresentou picos referentes às fases de MgO e de V 3 O 7. Assim como o MgAl(HV 2 O 7 )450 (Figura 4c), que além destes, apresentou picos da fase MgAl 2 O 4 - espinélio (Ficha n 21-1152) e um pico que não foi identificado. Enquanto que o MgAl(HV 2 O 7 )650 (Figura 4d), obteve picos de MgO, MgAl 2 O 4, VO 2 (Ficha n 31-1439) e V 2 O 5 (Ficha n 9-387). Área temática: Engenharia de Reações Químicas e Catálise 5

Pela Tabela 1, podem ser analisados os resultados de área superficial (S BET ) e volume de poros (V p ) dos catalisadores, obtidos pelos métodos BET (Brunauer, Emmett e Teller) e BJH (Barret, Joyer e Halenda), respectivamente. Tabela 1 - Valores obtidos de área superficial específica (S BET ) e volume específico de poros (V p ) dos catalisadores. Catalisadores S BET (m 2 /g) V p (cm 3 /g) MgAl(V 2 O 7 )450 98 0,49 MgAl(V 2 O 7 )650 101 0,51 MgAl(HV 2 O 7 )450 24 0,09 MgAl(HV 2 O 7 )650 35 0,17 Os catalisadores MgAl(V 2 O 7 )450 e MgAl(V 2 O 7 )650 apresentaram valores de S BET e V p constantes, em média 100 m 2 /g e 0,50 cm 3 /g, respectivamente. O composto MgAl(HV 2 O 7 )650 obteve valores de S BET e V p ligeiramente superiores em relação ao MgAl(HV 2 O 7 )450, conforme mostrados na Tabela 1. Os catalisadores MgAl(V 2 O 7 )Y obtiveram maiores resultados de S BET e V p do que os MgAl(HV 2 O 7 )Y. Com a finalidade de se obter um parâmetro para a avaliação da influência do vanádio na reação de decomposição do isopropanol, foi realizado um teste catalítico para o catalisador sem vanádio, MgAl(NO 3 )450. Esta amostra obteve uma conversão de isopropanol em torno de 2,35%, para a temperatura de 280 C. Para os catalisadores com vanádio, a conversão nesta temperatura foi significativamente maior, como pode ser observado na Tabela 2. Tabela 2 - Conversão do isopropanol (X A ), taxa específica de reação (TER) e taxa específica de formação dos produtos (TEP) referentes à temperatura de 280 C, para cada catalisador. Catalisadores X A (%) TER (µmol/ m 2 min) Propeno TEP (µmol m -2 min -1 ) Éter diisopropílico MgAl(V 2 O 7 )450 9,09 4,06 3,62 2,57 MgAl(V 2 O 7 )650 7,58 3,29 2,81 0,49 MgAl(HV 2 O 7 )450 12,92 23,54 16,95 6,59 MgAl(HV 2 O 7 )650 6,24 8,20 6,75 1,34 Os produtos de desidratação do isopropanol são formados a partir de três mecanismos de eliminação (E i ): E 1, E 1B e E 2. A formação de propeno pode ocorrer pelo mecanismo E 1, através de sítios ácidos fortes de Lewis ou Brønsted. Este produto pode ser formado também pelo mecanismo E 1B, o qual necessita de forças de sítios ácidos e básicos desbalanceadas, ou seja, sítios básicos fortes e sítios ácidos fracos de Lewis. E principalmente pelo mecanismo E 2, através de sítios ácidos e básicos, ambos de força média ou alta, produzindo concomitantemente éter diisopropílico. Pelo mecanismo E 1B também ocorre a reação de desidrogenação do isopropanol, formando acetona, através Área temática: Engenharia de Reações Químicas e Catálise 6

de sítios básicos fortes e tendo carbânions como intermediários (Gervasini, Fenyvesi, Auroux, 1997). Observou-se a formação de propeno e éter diisopropílico sobre sítios ácidos e básicos fortes e apenas traços de acetona sobre sítios básicos. A maior atividade quanto à formação de produtos de desidratação (propeno e éter) em relação ao produto de desidrogenação (acetona) pode ser explicada não somente pela força, mas também pela densidade dos sítios ácidos e/ou básicos, principalmente pelos sítios ácidos, gerados pelo V e Al (Youssef, Khalil, Girgis, 1992). Embora áreas superficiais elevadas sejam favoráveis à atividade catalítica, os catalisadores com maior S BET e V p (Tabela 1), intercalados com o ânion V 2 O 7 4-, foram os que apresentaram menor atividade (Tabela 2). Pelos difratogramas de raios X (Figura 3), verifica-se a presença das fases de MgO e V 3 O 7 nestes compostos. Enquanto que os catalisadores com menor S BET e V p, intercalados com o ânion HV 2 O 7 3-, foram os mais ativos. Estes apresentaram a formação de MgO, MgAl 2 O 4 e diferentes espécies de óxidos de vanádio, os quais provavelmente favoreceram a atividade catalítica. Segundo a literatura (Youssef, Khalil, Girgis, 1992), nenhuma relação regular tem sido observada entre a decomposição do isopropanol e a extensão da área específica da superfície, assim como em relação ao volume total de poros dos catalisadores. A acidez é a propriedade mais importante dos óxidos estequiométricos, tais como MgO e MgAl 2 O 4, em relação à atividade catalítica, sendo esta proporcional ao aumento da acidez da superfície do catalisador. Deste modo, considerou-se que esta propriedade teve mais influência na decomposição do isopropanol do que a área superficial do catalisador. 4. CONCLUSÕES Os dois precursores sintetizados pelo método de coprecipitação apresentaram a formação de compostos do tipo hidrotalcita. Após a calcinação, formaram-se catalisadores de óxidos mistos V-Mg- Al, conforme as análises de DRX e TG/DTG. Os catalisadores contendo o ânion HV 2 O 7 3- no domínio interlamelar apresentaram menor área específica e volume de poros, porém foram os mais ativos na decomposição do isopropanol, em relação aos compostos contendo o ânion V 2 O 7 4-. Fazendo uma comparação entre os resultados de conversão dos compostos contendo vanádio e do composto sem vanádio, conclui-se que a introdução de óxidos de vanádio na estrutura dos HDLs teve uma influência significativa na reação de decomposição do isopropanol, quanto à produção de propileno. 5. AGRADECIMENTOS A CAPES, pela bolsa outorgada a Flávia de A. Cipolli e aos professores da EEL-USP, Paulo Suzuki e Maria Lúcia C. P. da Silva, pelas análises de DRX e TG/DTG, respectivamente. Área temática: Engenharia de Reações Químicas e Catálise 7

6. REFERÊNCIAS BHATTACHARYYA, A.; HALL, D. B.; BARNES, T. J. Novel oligovanadate-pillared hydrotalcites. Applied Clay Science, v.10, p.57-67, 1995. BLANCO, S.; CARRAZÁN, S. R. G.; RIVES, V. Oxidative dehydrogenation of propane on Mg-V- Al mixed oxides. Applied Catalysis A: General, v. 342, p. 93-98, 2008. BLASCO, T.; NIETO, J. M. Oxidative dehydrogenation of short chain alkanes on supported vanadium oxide catalysts, Applied Catalysis A: General, v 157, p. 117-142, 1997. CARJA, G.; DELAHAY, G. Mesoporous mixed oxides derived from pillared oxovanadates layered double hydroxides as new catalysts for the selective catalytic reduction of NO by NH 3. Applied Catalysis B: Environmental, v. 47, p. 59-66, 2004. CAVANI, F.; TRIFIRÒ, F.; VACCARI, A. Hydrotalcite-type anionic clays: preparation, properties and applications. Catalysis Today, v. 11, p. 173-301, 1991. CORTEZ, G.G.; FIERRO, J.L.G.; BAÑARES, M.A., Role of potassium on the structure and activity of alumina-supported vanadium oxide catalysts for propane oxidative dehydrogenation. Catalysis Today, v. 78, p. 219-228, 2003. CREPALDI, E. L.; PAVAN, P. C.; VALIM, J. B. Comparative study of the coprecipitation methods for the preparation of layered double hydroxides. Journal Brazilian Chemical Society, v. 11, n. 1, p. 64-70, 2000. FROST, R. L; MUSUMECI, A. W.; BOSTROM, T.; ADEBAJO, M. O.; WEIER, M. L.; MARTENS, W. Thermal decomposition of hydrotalcite with chromate, molybdate or sulphate in the interlayer. Thermochimica Acta, v. 429, p. 179-187, 2005. GERVASINI, A.; FENYVESI, J.; AUROUX, A. Study of the acidic character of modified metal oxide surfaces using the test of isopropanol decomposition. Catalysis Letters, v. 43, p. 219-228, 1997. MITIK-DINEVA, N.; WANG, J.; TRUONG, V. K.; STODDART, P.; MALHERBE, F.; CRAWFORD, R. J. Hydrotalcite-like compounds as precursors for mixed oxides catalysts in the oxydehydrogenation of ethylbenzene. Applied Clay Science, v. 13, p. 381-399, 1998. YOUSSEF, A. M.; KHALIL, L. B.; GIRGIS, B. S. Decomposition of isopropanol on magnesium oxide/silica in relation to texture, acidity and chemical composition. Applied Catalysis A: General, v. 81, p. 1-13, 1992. ZHELUDKEVICH, M. L.; POZNYAK, L. M.; RODRIGUES, D. Active protection coatings with layered double hydroxide nanocontainers of corrosion inhibitor. Corrosion Science, v. 52, p. 602-611, 2010. Área temática: Engenharia de Reações Químicas e Catálise 8