Apresentação. É uma iniciativa da Fundação Ecarta para contribuir na formação de uma cultura de solidariedade



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Transcrição:

Apresentação Projeto Cultura Doadora É uma iniciativa da Fundação Ecarta para contribuir na formação de uma cultura de solidariedade e uma atitude proativa para a doação de órgãos e tecidos, bem como na qualificação da infraestrutura de atendimento à saúde no Rio Grande do Sul. A formação de uma Cultura Doadora é uma tarefa da família, mas também da escola. Por isso, o projeto da Fundação Ecarta é dirigido aos professores e às instituições educacionais. A Cultura Doadora individual e coletiva deve integrar uma concepção de vida, de cidadania e se constituir em valor universal que consagre a vida como bem mais precioso. O Projeto quer somar no momento presente e, principalmente, multiplicar para o futuro. Faça parte deste projeto e ajude a desenvolver uma Cultura Doadora. O primeiro passo é a informação Apesar de ter um dos mais bem estruturados sistemas de transplantes do país, com 54 equipes médicas, uma central e seis unidades de procura de órgãos, o Estado poderia realizar o dobro de transplantes se não ocorressem falhas na identificação de doadores por omissão médica ou por negativa de familiares nos casos em que a pessoa não declarou em vida o consentimento com a doação de seus órgãos para transplantes. A doação efetivamente será realizada a partir da autorização por escrito de um familiar do doador. Por isso, é fundamental conversar sobre o assunto em família para que todos saibam da posição de cada um a esse respeito.

Tipos de doadores de órgãos Doador vivo São pessoas saudáveis que decidem doar um dos rins, parte do fígado ou do pulmão, medula óssea. A Legislação permite esse tipo de doação por parentes até 4º grau e cônjuges. Não parentes podem doar somente com autorização judicial. Doador com morte encefálica ou parada cardíaca Certificada a morte encefálica de um potencial doador, cabe aos familiares até segundo grau ou cônjuge decidir sobre a doação dos órgãos o que tem o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos). Comprovação da morte encefálica do doador É confirmada por três médicos, em momentos diferentes, mediante exames. Não há como a doação acontecer sem essa comprovação. A família tem o direito de designar um médico para acompanhar todo o processo. Órgãos e tecidos que podem ser doados Coração, pulmão, fígado, pâncreas, rim, córnea, ossos, músculos e pele. Fila de espera de receptores Não há como furar a fila. O receptor é definido por critérios combinados de gravidade, compatibilidade e ordem de chegada na lista de espera. A legislação não permite qualquer direcionamento do órgão do doador e só admite a realização de transplante pelo SUS, que cobre todos os custos. Doenças que impedem doação A doação é vetada para doadores com algum tipo de câncer e HIV. Portadores de marcas dos vírus

de hepatite B e C só podem doar para receptores com o mesmo tipo de vírus, inativo. Leucemia ou linfomas impede a doação de córneas, mas não há restrição nos demais casos de câncer mesmo com metástase. O alcoolismo inviabiliza somente a doação do fígado. Estrutura O Rio Grande do Sul conta com equipes de transplantes altamente capacitadas. A Central de Transplantes, com sede em Porto Alegre, tem ligação com Organizações de Procura de Órgãos (OPO) em seis macrorregiões. Cada uma delas responde como um braço da Central. As OPOs são compostas por equipes multidisciplinares, que apoiam o trabalho das Coordenações Intrahospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT). Legislação A Lei 9.434, de 04 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante, foi alterada pela Lei nº. 10.211, de 23 de março de 2001, que substituiu a doação presumida pelo consentimento informado do desejo de doar. Saiba mais sobre as leis: http://dtr2001.saude.gov.br/transplantes/legislacao.htm Doação de sangue fácil incorporar na rotina A doação de sangue não se insere no conceito de transplante, mas é um gesto capaz de salvar vidas de pacientes que necessitam de transfusão. Após a doação, a legislação assegura o resguardo por um dia, determinando o fornecimento de atestado médico para o dia da doação. Quem pode O doador deve ter entre 16 e 67 anos e peso superior a 50 quilos. É necessário se alimentar três horas antes da coleta, ter dormido pelo menos seis horas, não ter ingerido bebidas alcoólicas e evitado fumo e alimentos gordurosos. O doador recebe lanche e instruções sobre seu bem-estar

após a coleta e poderá conhecer os resultados dos exames e seu tipo sanguíneo. O sangue doado é separado em hemácias, plaquetas e plasma, componentes que irão beneficiar mais de um paciente. Quem não pode Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade, mulheres grávidas ou na fase de amamentação, pessoas expostas a doenças transmissíveis e usuários de drogas. Bancos de Sangue em Porto Alegre Hemocentro (51) 3336.6755 Santa Casa (51) 3214.8080 Moinhos de Vento Banco de Sangue e Leite Humano (51) 3314.3860 Mãe de Deus (51) 3230.2309 Clínicas Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (51) 3359.8504 HPS (51) 3289.7656 Conceição (51) 3357.2139 Sanatório Partenon (51) 3336.6755 Hemocentro no Interior (www.hemocentro.rs.gov.br) Alegrete (55) 3426.4127 Caxias do Sul (54) 3290.4576 Cruz Alta (55) 3326.3168 Palmeira das Missões (55) 3742.1480 Passo Fundo Sete de Setembro, 1055 Pelotas (53) 3222.3002 Santa Maria (55) 3221.5262 Santa Rosa Rua Boa Vista, 401 Fontes Cristiano August Franke, coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do HCPA; Alexandre Marcon, diretor do Banco de Córneas da Santa Casa e Secretaria Estadual da Saúde.

Doação de medula Quem pode doar Qualquer pessoa que tenha entre 18 e 55 anos de idade e bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante) pode fazer a doação de medula. Como é feita a doação? É retirada uma pequena quantidade de sangue (5ml) do doador e preenchida uma ficha com informações pessoais. O sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar as características genéticas que podem influenciar no transplante. O tipo de HLA será incluído no cadastro. Os dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Se for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários. Se a compatibilidade for confirmada, o doador será consultado para confirmar que deseja realizar a doação. O atual estado de saúde será avaliado. A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos três primeiros dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana. Onde fazer a doação no Rio Grande do Sul Hemorgs Centro de Hemoterapia e Hematologia do Rio Grande do Sul Av. Bento Gonçalves nº 3.722, Partenon - Porto Alegre (51) 3336-6755 e 3336-2843 Hospital Dom Vicente Scherer Laboratório de Imunologia de Transplantes Av. Independência, 155-7º andar - Bairro Independência Porto Alegre (51) 3214-8670 e 3214-8459 (coordenadoria) Hemocentro Regional de Santa Rosa Rua Boa Vista, 401, Centro - Santa Rosa (55) 3511-4343 Hospital de Clínicas de Porto Alegre Av. Ramiro Barcelo, 2350 - Santa Cecília - Porto Alegre (51) 2101-8317 Fonte: INCA Instituto Nacional do Câncer