CIRE Código de Insolvência e Recuperação de Empresas



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Transcrição:

CIRE Código de Insolvência e Recuperação de Empresas Decreto-Lei n.º 53/2004 de 18 de Março Processo n.º 195/12.0TBPNF Tribunal Judicial de Penafiel 3º Juízo Relatório do (Artigo 155º do CIRE) de Santos Line Projectos, Consultadoria Técnica e Gestão de Obras, Lda. Rua Padre Antídio Coelho de Sousa Oldrões 4575-262 PENAFIEL João Fernandes de Sousa Guimarães, 26 de Março de 2012 Rua de Mataduços, 121 Fermentões Ap.461 4800-090 Guimarães Tel. e Fax: 253 511 344 Tlm: 917 570 632 E-mail: JoaoFernandesSousa@mail.telepac.pt Data : 04-06 - 2004

I N D I C E 1. Identificação da insolvente... 2 2. Competência... 2 3. Comissão de Credores... 2 4.... 2 5. Datas do Processo... 3 6. Relatório... 3 6.1. Nota Prévia... 3 6.2. Considerações... 4 6.3. Actividade desenvolvida... 4 6.4. Contabilidade... 5 6.5. Perspectivas de manutenção da empresa insolvente... 5 6.6. Proposta do... 5 6.7. Remuneração do... 5 7. Anexos... 6 7.1. Inventário... 6 7.2. Lista Provisória de Credores... 6 1

1. Identificação da insolvente A sociedade Santos Line Projectos, Consultadoria Técnica e Gestão de Obras, Lda., constituiu-se por contrato de sociedade apresentado a registo em 10/02/2006 e encontra-se registada na Conservatória do Registo Comercial de Penafiel sob o número de matrícula 507287240. Tem o número de contribuinte fiscal: 507 287 240 Não possui actualmente qualquer trabalhador ao seu serviço. O Objecto social consiste na actividade de elaboração de projectos de construção civil, fiscalização e gestão de obras, consultadoria. A sede social situa-se na Rua Padre Antídio Coelho de Sousa, freguesia de Oldrões do concelho de Penafiel. O seu capital social inicial era de 5.000,00, representado por uma quota pertencente a Paulo Jorge Gomes dos Santos. Em 13/03/2007 foi registado aumento de capital para 20.000,00, subscrito pelo sócio único. Posteriormente, em 18/04/2007, foi registado novo aumento de capital no montante de 10.000,00, subscrito pelo sócio Paulo Jorge Gomes dos Santos, que passou a deter uma quota de 30.000,00 A sociedade obriga-se com a intervenção do sócio - gerente. 2. Competência Tribunal Judicial de Penafiel 3º Juízo Processo nº 195/12.0TBPNF Insolvência de Pessoa Colectiva (Apresentação) 3. Comissão de Credores Não nomeada 4. João Fernandes de Sousa Rua de Mataduços, 121 Fermentões - Apartado 461-4800-090 Guimarães Telefone e Fax: 253 511 344 - Telemóvel: 917 570 632 E-mail: JoaoFernandesSousa@mail.telepac.pt 2

5. Datas do Processo Declaração de Insolvência: 25 de Janeiro de 2012 Publicação no D.R. II Série nº 31 de 13 de Fevereiro de 2012 Assembleia de credores de apreciação do relatório: 26 de Março de 2012 6. Relatório 6.1. Nota Prévia A sociedade Santos Line Projectos, Consultadoria Técnica e Gestão de Obras, Lda. veio apresentar-se à insolvência alegando, em suma, ter paralisado a actividade em virtude da conjuntura económica, com impacto negativo no sector da construção civil onde se inseria e do consequente desequilíbrio na sua situação económica e financeira, encontrando-se sem capacidade para cumprir as suas obrigações vencidas, outra alternativa não restando senão a de apresentação à insolvência Uma vez verificada nos autos a situação e por conseguinte, sem necessidade de mais considerações, face ao evidenciado, foi declarada a insolvência da apresentante no dia 25 de Janeiro de 2012, pelo que nos termos do artigo 37º nº 1, 3 e 7 do CIRE, a juiz mandou citar os credores da insolvente, nomeou o, fixou o prazo de reclamação de créditos, que se procedesse à apreensão dos bens e da contabilidade e fosse cumprido o disposto no artigo 24º do CIRE declarando aberto o incidente de qualificação de insolvência com carácter pleno. Os credores tiveram 30 dias para reclamarem os seus créditos e foi marcada a assembleia de credores para apreciação do relatório do administrador de insolvência nos termos do artigo 155º do CIRE, para o dia 26 de Março de 2012 pelas 10,00 horas no 3º Juízo do Tribunal Judicial de Penafiel. Foram preenchidos todos os requisitos do artigo 36º do CIRE, nomeadamente o relacionado com as alíneas f) e g), no que tange à satisfação pelo devedor da entrega imediata ao administrador de insolvência dos documentos referidos no nº 1 artigo 24º. O gerente da insolvente e seus colaboradores responderam à chamada para assistir o administrador da insolvência para o bom exercício das suas funções, com vista à apresentação na assembleia de credores do relatório elaborado nos termos do referido artigo 155º do CIRE. 3

É pois sua convicção de que o trabalho desenvolvido permitirá transmitir a todos os credores as informações necessárias e suficientes para poderem decidir em consciência a proposta que vai ser apresentada. 6.2. Considerações O deixa aqui o seu relatório de forma a permitir que seja apreciado e dele extraído o que as partes envolventes entenderem ser o melhor para a solução do processo. 6.3. Actividade desenvolvida A empresa insolvente dedicava-se à actividade de construção de edifícios (residenciais e não residenciais, CAE 41200, actividade essa desenvolvida desde 2006. Após a sua nomeação o deslocou-se ao estabelecimento da insolvente, tendo constatado que se encontrava encerrado. Foi efectuado o encerramento da actividade para efeitos de IVA em 23/01/2011 Pela análise dos registos contabilísticos foi dado a constatar que: A evolução da venda e prestação de serviços ter sido a seguinte: Total 2008 838.1266,89 2009 800.899,04 2010 197.013,77 Em termos de evolução dos resultados líquidos e operacionais, nos últimos exercícios tivemos: Resultado Líquido Resultado Operacional 2008 1.545,01 17.771,59 2009-28.891,15-6.221,27 2010-281.057,27-280.309,94 É observável que o volume de negócios da empresa decresceu abruptamente em 2010, ano em que os resultados apurados são bastante negativos, demonstrando-se que a actividade não estaria a gerar rendibilidade suficiente que permitisse suportar sequer os custos correntes de exploração. Ressalve-se que no final de 2010 a sociedade apresentava uma situação líquida negativa do montante de 274.826,31, estando desse modo mais que comprovada a insolvência técnica da sociedade 4

6.4. Contabilidade Ao foi apresentada e facilitada a consulta em tempo útil dos dados necessários ao desempenho da sua análise contabilística, económica, financeira e fiscal da empresa. A contabilidade encontra-se actualizada e é convicção do que esta reflecte em termos de substância e materialidade os saldos das operações e que nela está reflectida a real situação económica e financeira da insolvente No que diz respeito às obrigações declarativas, foi entregue a IES referente aos anos de 2008, 2009 e 2010, bem como as declarações Modelo 22 e as restantes obrigações declarativas fiscais. 6.5. Perspectivas de manutenção da empresa insolvente O administrador de insolvência não vê qualquer possibilidade de manutenção da actividade da insolvente. Tal opinião é sustentada no facto de a empresa se encontrar já paralisada, sem encomendas ou trabalhadores ao seu serviço, bem como perspectivas de obtenção de crédito, não tendo sido manifestado qualquer interesse na recuperação da actividade. Entretanto terá de ser a Assembleia de credores a deliberar, depois de apreciado este relatório, sobre o encerramento da empresa ou qualquer outro destino que se pretenda para a insolvente. 6.6. Proposta do Face ao descrito nos pontos anteriores o propõe: que seja submetida à discussão e votação o encerramento definitivo do estabelecimento artigo 156º nº 2 do CIRE; que seja liquidado o activo e efectuadas diligências para tentativa de cobrança dos débitos à insolvente, para posterior pagamento em rateio aos credores de conformidade com a graduação de créditos a efectuar. 6.7. Remuneração do Não se afigurando ao conveniência para a aprovação de qualquer plano de insolvência, desde já propõe-se levar a efeito o processo de liquidação do activo da insolvente mediante a retribuição do valor da remuneração fixa legalmente 5

estipulada e constante do nº 1 do artigo 1º da portaria nº 51/2005 de 20 de Janeiro e da parte variável de conformidade com o anexo I da Tabela a que se refere o nº 2 do artigo 20º da Lei nº 32/2004, de 22 de Julho, que aprovou o estatuto do administrador de insolvência, na redacção do DL 282/2007 de 07 de Agosto. 7. Anexos 7.1. Inventário Junta-se a este relatório o inventário elaborado nos termos do artigo 153º do CIRE. 7.2. Lista Provisória de Credores Junta-se a este relatório a lista provisória de credores, nos termos do artigo 154º do CIRE. Guimarães, 26 de Março de 2012 O João Fernandes de Sousa 6