Epidemias Severas da Ferrugem Polissora do Milho na Região Sul do Brasil na safra 2009/2010

Documentos relacionados
Epidemias Severas da Ferrugem Polissora do Milho na Região Sul do Brasil na. safra 2009/2010

BRS 1060 Híbrido Simples de Milho

BRS 1031 Híbrido Simples de Milho

BRS 1035 Híbrido Simples de Milho

Híbrido simples de Milho BRS 1010

Boletim de Pesquisa 81 e Desenvolvimento

Recomendação de Cultivares de Milho para a Resistência a Grãos Ardidos

BRS 2022: Híbrido Duplo de Milho

Ministério da Agricultura

BRS 802: Híbrido de Sorgo de Pastejo - Alternativa de. produção de forragem. Alta Qualidade Nutritiva. José Avelino Santos Rodrigues 1

Variedade de Milho BRS Diamantina opção para aproveitamento da palha no artesanato

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Recomendações para o Controle Químico da Mancha Branca do Milho

Cartilha. Cenário e Manejo de Doenças Disseminadas pela Cigarrinha no Milho

AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E SAZONAL DA FAVORABILIDADE CLIMÁTICA DA FERRUGEM DO MILHO NO BRASIL *

Avaliação de Cultivares de Milho na Região de Sete Lagoas, MG

Orientações sobre o controle químico de doenças fúngicas para o milho

Comunicado Técnico. Introdução. Metodologia. Paulo Emílio Pereira de Albuquerque 1

GASTOS COM INSETICIDAS, FUNGICIDAS E HERBICIDAS NA CULTURA DO MILHO SAFRINHA, BRASIL,

Comunicado Técnico 43

Avaliação de sistemas de produção de milho na região de Sete Lagoas, MG

A CULTURA DO MILHO IRRIGADO

Mineração de dados para a análise e o alerta da ferrugem asiática da soja

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Uma das maneiras de reduzir os efeitos da

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Arroz e Feijão Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Histórico e Perspectivas das Doenças na Cultura do Milho

Controle Químico do Míldio (Peronosclerospora sorghi) em Sorgo 51

ANÁLISE DA FAVORABILIDADE DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS À OCORRÊNCIA DE MÍLDIO DA VIDEIRA NO VALE DO SÃO FRANCISCO NO PERÍODO DE 2003 A 2007

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 1044

Dispêndios com Inseticidas, Fungicidas e Herbicidas na Cultura do Milho no Brasil,

ISSN Circular Técnica, 2 SOJA RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA MATO GROSSO DO SUL E MATO GROSSO

Documentos. Aplicativo Computacional Irrigafácil Versão 2.0 Implementado Via Web para o Manejo de Irrigação de Algumas Culturas Anuais em Minas Gerais

Zoneamento climático do estado de Minas Gerais para as principais doenças que acometem as oleaginosas: algodão, girassol, soja e mamona

AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS TRIPLOS DE ALTA QUALIDADE PROTÉICA (QPM) NO CENTRO - SUL DO BRASIL.

Carvão-comum-do-milho no Brasil: Conheça esta Doença

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE AVEIA BRANCA (Avena sativa) NA REGIÃO SUL DE MATO GROSSO DO SUL, SAFRAS 1997 E 1998

Características e Desempenho Produtivo de Cultivares de Arroz de Terras Altas Recomendadas para Roraima

Comportamento da Cultivar de Trigo IPR 85 na Região Sul de Mato Grosso do Sul, Safras 1999 a 2002

Produção de milho (Zea mays) sob três arranjos estruturais do eucalipto (Eucalyptus spp.) no Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

Prospecção de comunidade bacteriana para biocontrole de Colletotrichum sublienolum, agente causal da antracnose do sorgo

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

Cultivares de Aveias para Produção de Forragem e Cobertura do Solo

Identificação de Híbridos de Milho Eficientes e Responsivos ao Uso de Fósforo

LANÇAMENTO DKB 290 MULTI PLANTIO O NOVO HÍBRIDO PARA ALTAS PRODUTIVIDADES CATÁLOGO DE HÍBRIDOS SAFRINHA REGIÃO SUL 2014/2015. dekalb.com.

150 ISSN Sete Lagoas, MG Dezembro, 2007

Comunicado Técnico 94

06 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE FUNGICIDA COM

Desenvolvimento de Metodologia para Inoculação de Colletotrichum graminicola em Colmo de Milho

Custo do Controle Químico da Ferrugem-Asiática-da- Soja para a Safra 2010/11

Aspectos agronômicos e de qualidade de espiga em famílias endogâmicas de milho doce

LANÇAMENTO DKB 290 MULTI PLANTIO O NOVO HÍBRIDO PARA ALTAS PRODUTIVIDADES CATÁLOGO DE HÍBRIDOS SAFRINHA REGIÃO NORTE 2014/2015. dekalb.com.

Estimativa do Custo de Produção de Arroz de Sequeiro para Mato Grosso, Safra 2002/03

Manejo da adubação nitrogenada na cultura do milho

05 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS PRINCIPAIS

CULTIVARES DE SOJA. BAHIA Safra 2011/12. Soja. Transferência de Tecnologia

RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS SOBRE A SIGATOKA-NEGRA DA BANANEIRA

CGPE ª edição 1ª impressão (2014)

Doenças Causadas por Fungos do Gênero Stenocarpella spp. (Diplodia spp.) em Milho

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS CULTIVARES DE FEIJÃO COM SEMENTES DISPONÍVEIS NO MERCADO

TBIO SELETO - Rusticidade, precocidade e bom potencial de rendimento

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Uva e Vinho Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Embrapa Uva e Vinho

OR Sementes: 26 anos de excelência em trigo

O presente estudo foi instalado no município de Alfenas-MG, a 900 m de altitude. Rodolfo Carvalho Cesar de San Juan 1

Dinâmica e manejo de doenças. Carlos A. Forcelini

COMPLEXO DE DOENÇAS FOLIARES NA CULTURA DO AMENDOIM, NAS REGIÕES PRODUTORAS DO ESTADO DE SÃO PAULO, NA SAFRA 2015/2016

Lançamento Soja marca Pioneer no Sul do Brasil. Ricardo B. Zottis Ger. Produto RS/SC

Avaliação de Cultivares de Sorgo Granífero para Indicação no Estado do Rio Grande do Sul Safra 2012/13

MULTI PLANTIO CATÁLOGO DE HÍBRIDOS VERÃO REGIÃO NORTE 2014/2015 REFÚGIO E COEXISTÊNCIA

AVEIA BRANCA FORRAGEIRA IPR SUPREMA

Cultivares comerciais de milho não transgenico de instituições publicas

Influência da Adubação Nitrogenada e do Ambiente na Produção de Grãos de Variedades de Milho

A Cercosporiose na Cultura do Milho

Aula 1 -Importância e Objetivos do Melhoramento Genético

Universidade de Passo Fundo Passo Fundo - RS

Comparação da eficiência de controle da ferrugem-asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi) com fungicidas indicados para a doença, em goiás

EFEITO DA DERIVA DE HERBICIDAS NO DESENVOLVIMENTO E NA PRODUÇÃO DE MILHO

Análise da evolução dos preços de milho no Brasil

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO SAFRINHA NO MUNICÍPIO DE SINOP-MT

Efeito de fungicidas na inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum isolado de soja

KIT MEDIDOR DE SEMENTES PARTIDAS DE SOJA

CARACTERÍSTICAS DAS CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO INDICADAS PARA SEMEIO NA SAFRA 2009/10 EM RORAIMA

Estimativa do Custo de Produção de Soja, Safra 2004/05, para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Semiárido Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A cultura da cebola

ACOMPANHAMENTO DA SAFRA DE SOJA /2016 E USO E COBERTURA DO SOLO - UCS

Introdução. Material e Métodos

Leonardo Henrique Duarte de Paula 1 ; Rodrigo de Paula Crisóstomo 1 ; Fábio Pereira Dias 2

Resultados de Pesquisa dos Ensaios de Melhoramento de Soja Safra 2008/09

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Cerrados Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Biotecnologia

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

GUIA DE SEMENTES 2016

CULTIVARES DE ALGODOEIRO HERBÁCEO RECOMENDADAS PARA OS CERRADOS DO MEIO- NORTE DO BRASIL

Embrapa Milho e Sorgo. 3 Universidade Estadual de Londrina/Depto de Biologia Geral/CCB CP 6001 CEP

Reação de genótipos de trigo (Triticum aestivum L.) ao mosaico comum análise de dados 2011

Avaliação de Híbridos de Milho do Programa de Melhoramento Genético do DBI/UFLA

Sementes de. A Linha de Sementes de Soja Dow AgroSciences avança sem parar. Com um portifólio adaptado para as principais regiões do país e variedades

Levantamento de adultos de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) utilizando armadilha de feromônio em área comercial de milho Bt

Análise crítica da dependência dos fungicidas para o manejo de doenças em soja. Carlos Forcelini

.:.J. Estimativa de custos de produção de milho safrinha, em plantio direto na palha, para a região do cerrado de Rondônia, safra 1998

Transcrição:

ISSN 1518-4269 Epidemias Severas da Ferrugem Polissora do Milho na Região Sul do Brasil na safra 2009/2010 138 Sete Lagoas, MG Dezembro, 2010 Autores Rodrigo Véras da Costa Luciano Viana Cota Eng. Agr., Fitopatologia. Embrapa Milho e Sorgo. Cx.P.151. 35701-970, Sete Lagoas, MG. Dagma Dionisia da Silva Pós-doutoranda de Fitopatologia, Fapemig/Embrapa Milho e Sorgo. Cx. P. 151. 35701-970, Sete Lagoas, MG. Douglas Ferreira Parreira Doutorando em Fitopatologia, Universidade Federal de Viçosa. CEP. 36570-000. Viçosa, MG. Leonardo Melo Pereira da Rocha Eng. Agr., Área de Negócios Tecnológicos. Embrapa Milho e Sorgo. Cx. P. 151. 35701-970, Sete Lagoas, MG. Lauro José Moreira Guimarães Paulo Evaristo Guimarães Sidney Netto Parentoni Jane Rodrigues de A. Machado Eng. Agr., Melhor. Genético. Embrapa Milho e Sorgo. Cx. P. 151. 35701-970, Sete Lagoas, MG. A Ferrugem Polissora, causada pelo fungo Puccinia polysora Underw, é considerada uma das principais doenças da cultura do milho no Brasil. Sob condições ambientais favoráveis, temperatura entre 23 e 28 o C e elevada umidade relativa do ar (CASELA; FERREIRA, 2002), essa doença é capaz de reduzir em mais de 50% a produtividade da cultura (VON PINHO, 1998). Os danos causados por essa enfermidade incluem redução da área foliar, redução do vigor e do peso dos grãos, senescência precoce e acamamento de plantas. Os teliósporos, que são raros na natureza, e os uredionósporos do patógeno são considerados inóculos primário e secundário da doença. Não existem ou não são conhecidos hospedeiros alternativos de P. polysora (PATAKY, 2000). A formação de pústulas circulares a ovais, de coloração marron-clara, distribuídas, predominante, na face superior das folhas, constituem os sintomas típicos da Ferrugem Polissora. As principais medidas recomendadas para o manejo desta doença compreendem o uso de cultivares resistentes, a escolha da época mais adequada para o plantio, de modo a se evitar que os períodos de maior pressão dessa enfermidade coincidam com os estádios de desenvolvimento em que a planta é mais suscetível à sua ocorrência, bem como a aplicação de fungicidas, quando em situações de elevada pressão da doença e na presença de cultivares suscetíveis (COSTA et al., 2009). Historicamente, a Ferrugem Polissora tem sido considerada uma doença importante apenas em regiões onde o milho é cultivado em altitudes inferiores a 700 m e com predominância de elevadas temperaturas e umidade relativa do ar. Severas epidemias têm sido detectadas em toda a região Centro-Oeste do Brasil, noroeste de Minas Gerais, São Paulo e parte do Paraná (CASELA et al., 2006). Hamada et al. (2009), através da análise de mapas de favorabilidade climática, concluíram que as áreas mais propícias para a ocorrência de severas epidemias da Ferrugem Polissora, considerando-se apenas as principais regiões produtoras de milho, localizam-se no norte e no centro dos estados do Mato Grosso e Tocantins, no noroeste de Minas Gerais, no sul de Mato Grosso do Sul e em áreas litorâneas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. As principais regiões produtoras de milho dos estados da região Sul não têm sido consideradas como propícias à ocorrência da Ferrugem Polissora e, de fato, historicamente, severas epidemias desta doença não têm sido relatadas nestas regiões. Entretanto, na safra 2009/2010, a Ferrugem Polissora foi detectada em severas epidemias em diversas regiões produtoras de milho nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, causando prejuízos aos produtores e requerendo, em varias situações, a aplicação de fungicidas para o seu controle. Os resultados das avaliações do Ensaio Nacional de Cultivares de Milho realizados nestas regiões durante a última safra ilustram bem a importância

2 Epidemias Severas da Ferrugem Polissora do Milho na Região Sul do Brasil na safra 2009/2010 das epidemias de Ferrugem Polissora nestas localidades (Figuras 1, 2, 3, 4 e 5). Algumas das cultivares tradicionalmente plantados nestas regiões apresentaram elevada suscetibilidade à Ferrugem Polissora. Nas Figuras 6 e 7, são apresentados os resultados das avaliações da doença nos municípios de Londrina PR e Passo Fundo RS. As avaliações da doença foram realizadas utilizando-se uma escala de notas variando de 1 a 5, em que a nota 1 representa a ausência da doença e a nota 5 representa mais de 75% de severidade nas folhas. Em Londrina, devido a sua localização ao norte do Estado do Paraná, o Ensaio Nacional foi composto de cultivares recomendadas para a região Centro-Oeste do país, enquanto que em Passo Fundo foram utilizadas cultivares recomendadas para a região Sul. As avaliações de severidade da Ferrugem Polissora (safra 2009/2010) foram realizadas no período de 8 a 11/03/2010. Figura 2. Seca precoce de plantas devido à Ferrugem Polissora, em Passo Fundo RS, safra Figura 1. Severa epidemia de Ferrugem Polissora em cultivares de milho em Passo fundo RS, safra Figura 3. Planta apresentando sintomas severos de Ferrugem Polissora nas folhas superiores. Passo Fundo - RS, safra

Epidemias Severas da Ferrugem Polissora do Milho na Região Sul do Brasil na safra 2009/2010 Figura 5. Detalhe dos sintomas da Ferrugem Polissora na bainha e na casca da espiga de plantas de milho, em Passo Fundo - RS, safra Figura 4. Detalhe de uma folha da parte superior da planta apresentando elevada severidade de Ferrugem Polissora, em Passo Fundo - RS, safra Figura 6. Nota de severidade da Ferrugem Polissora em 49 cultivares de milho do Ensaio Nacional de Cultivares conduzido em Londrina PR. Escala de notas variando de 1 (ausência da doença) a 5 (> 75% de severidade da doença nas folhas). 3

4 Epidemias Severas da Ferrugem Polissora do Milho na Região Sul do Brasil na safra 2009/2010 Figura 7. Nota de severidade da Ferrugem Polissora em 36 cultivares de milho do Ensaio Nacional de Cultivares conduzido em Passo Fundo - RS. Escala de notas variando de 1 (ausência da doença) a 5 (> 75% de severidade da doença nas folhas). A nota média de severidade da Ferrugem Polissora em Londrina e em Passo Fundo foi de 3,7 e 3,1, respectivamente. As notas de severidade variaram de 2,0 a 5,0 em Londrina e de 1,5 a 5,0 em Passo Fundo. Quatro cultivares receberam nota máxima de severidade da Ferrugem Polissora (5,0) em Londrina, e duas receberam a mesma nota em Passo Fundo (Figuras 6 e 7). No Ensaio realizado em Londrina, 27% das cultivares receberam notas de severidade inferiores ou iguais a 3,0 e 57% receberam notas superiores a 4,0 (Figura 8). Em Passo Fundo, 47% dos cultivares apresentaram notas inferiores a 3,0 e 17% apresentaram notas superiores a 4,0 (Figura 9). Esses resultados demonstraram a elevada severidade da Ferrugem Polissora nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul durante a última safra, bem como a elevada suscetibilidade das cultivares recomendadas para esta região. Por outro lado, boas fontes de resistência à doença também foram detectadas nas avaliações das cultivares no Ensaio Nacional (Figura 10). Figura 8. Distribuição percentual das notas de severidade da Ferrugem Polissora em 49 cultivares de milho do Ensaio Nacional de Cultivares conduzido em Londrina PR. Safra

Epidemias Severas da Ferrugem Polissora do Milho na Região Sul do Brasil na safra 2009/2010 5 Figura 9. Distribuição percentual das notas de severidade da Ferrugem Polissora em 36 cultivares de milho do Ensaio Nacional de Cultivares conduzido em Passo Fundo RS, safra Figura 10. Comparação da resistência de cultivares à Ferrugem Polissora em Passo Fundo RS, safra A - Cultivar resistente; B Cultivar suscetível. As severas epidemias de Ferrugem Polissora ocorridas nos estados da região Sul, na safra 2009/2010, principalmente no Rio Grande do Sul, onde a presença da doença era menos frequente, evidenciam o potencial de perdas dessa doença em anos cujas condições climáticas favorecem o desenvolvimento dela, mesmo em regiões de altitudes superiores a 700 m, e também a importância de se estabelecer medidas de manejo para esta doença nestas regiões. Uma análise das condições climáticas predominantes no período de desenvolvimento das plantas na safra 2009/2010 é importante para se conhecer quais fatores foram determinantes para a ocorrência das epidemias e para auxiliar na previsão de epidemias futuras. O desenvolvimento de cultivares resistentes à Ferrugem Polissora, adaptadas à região Sul, é, provavelmente, a mais importante estratégia a ser adotada para o manejo desta doença. Outra alternativa é o uso de fungicidas, recomendado em situações de elevada pressão da doença e na presença de cultivares suscetíveis. Referências CASELA, C. R.; FERREIRA, A. S. Variability in isolates of Puccinia polysora in Brazil. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 27, p. 414-416, 2002. CASELA, C. R.; FERREIRA, A. S.; PINTO, N. F. J. A. Doenças na cultura do milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2006. 14 p. (Embrapa Milho e Sorgo. Circular técnica, 83). Disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/ publicacoes/publica/2006/circular/circ_83.pdf>. Acesso em: 11 de out. 2010. COSTA, R. V.; COTA, L. V.; CASELA, C. R. Doenças. In: CRUZ, J. C. Sistema de produção de milho. 5. ed. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2009. Disponível em: <http://www.cnpms. embrapa.br/publicacoes/milho_5_ed/doencas. htm>. Acesso em: 20 out. 2010. HAMADA, E.; GHINI, R.; LANA, J. T. O.; OLIVEI- RA, E. Aplicação de sistemas de informações geográficas na análise espacial de doenças do milho no Brasil. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 14., 2009, Natal. Anais... São José dos Campos: INPE, 2009. p. 3883-3889. PATAKY, J. K. Rusts. In: WHITE, D. G. (Ed.). Compendium of corn diseases. 3. ed. St. Paul: American Phytopathological Society, 2000. p. 35-38.

6 Epidemias Severas da Ferrugem Polissora do Milho na Região Sul do Brasil na safra 2009/2010 WHITE, D. G. Compendium of corn diseases. 3. ed. St. Paul: The American Phytopathological Society Press, 1999. VON PINHO, R. G. Metodologia de avaliação, quantificação de danos e controle genético da resistência a Puccinia polysora Underw. e Physopella zeae (Mains) Cummins e Ramachar na cultura do milho. 1998. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Lavras, Lavras. Circular Técnica, 138 Mnistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Embrapa Milho e Sorgo Endereço: Rod. MG 424 km 45 - Caixa Postal 151 Fone: (31) 3027-1100 Fax: (31) 3027-1188 E-mail: sac@cnpms.embrapa.br Comitê de publicações Presidente: Antônio Carlos de Oliveira Secretário-Executivo: Elena Charlotte Landau Membros: Flávio Dessaune Tardin, Eliane Aparecida Gomes, Paulo Afonso Viana, João Herbert Moreira Viana, Guilherme Ferreira Viana e Rosângela Lacerda de Castro 1 a edição 1 a impressão (2010): 200 exemplares Expediente Revisão de texto: Antonio Claudio da Silva Barros Normalização bibliográfica: Rosângela Lacerda de Castro Editoração eletrônica: Tânia Mara Assunção Barbosa