FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA E GESTÃO INDUSTRIAL C.F.A.C.

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Transcrição:

FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA E GESTÃO INDUSTRIAL C.F.A.C. DESENHO DE UMA EMBRAIAGEM DE GARRAS (2D e 3D) AUTOCAD Paulo Antero de Sousa Gonçalves Pedro Jorge Ferreira de Oliveira Silva (Turma 3M4) Fevereiro 2002

ÍNDICE: 1. SUMÁRIO 2 2. DESENHO DE CONJUNTO - 2D 2 3. DESENHO DE CONJUNTO - 3D 3 4. COMENTÁRIOS 5 4.1. DESENHO DE CONJUNTO - 2D 5 4.2 DESENHO DE CONJUNTO - 3D 5 5. BIBLIOGRAFIA 7 1

1. SUMÁRIO O presente trabalho trata da realização de uma embraiagem de garras em autocad, tendo esta sido representada num desenho de conjunto em 2 dimensões, e numa vista explodida em 3 dimensões. Para tal, usaram-se o autocad 2000 e algumas aplicações em AutoLisp para a realização de elementos normalizados. Os pontos seguintes descrevem, sumariamente, os procedimentos mais relevantes realizados durante a execução deste trabalho. 2. DESENHO DE CONJUNTO - 2D Na execução do desenho de conjunto em 2 dimensões, praticamente todas as dimensões foram retiradas do desenho original, tendo-se tido o cuidado de todas as linhas se unirem uniformemente, e com coerência nas diferentes vistas. Os Layers utilizados foram: LAYER AUX DIM HATCH TF TG TI TM TIPO DE LINHA ACAD_ISO02W100 ACAD_ISO04W100 2

Na representação de alguns elementos normalizados, nomeadamente, parafusos, porcas, perno, rolamentos e retentor, houve o cuidado de, sempre que possível, utilizar aplicações em AutoLisp de forma a simplificar a representação dos referidos elementos. Os Programas utilizados foram: Parafhex.isp Porcad.isp Rolagu.isp Retentor.isp Anelela.isp Perno.isp Para referenciar os vários elementos que constituem a embraiagem foi utilizada uma outra aplicação em AutoLisp: Ref.isp. No entanto, houve o cuidado da numeração dos vários elementos ser feita no sentido crescente e não como no desenho original. 3. DESENHO DE CONJUNTO - 3D A elaboração do desenho em 3D com vistas explodidas teve como suporte principal o desenho de conjunto em 2D, uma vez que a maioria das peças representadas são peças de revolução. Os diferentes componentes da embraiagem foram desenhados independentemente, tendo sido, numa fase final, agrupados e ordenados pela sua ordem real de montagem (ou desmontagem) de uma forma coerente e explícita. 3

Foram utilizadas as potencialidades do autocad para permitir atribuir um aspecto realista ao sistema, pelo que não é relevante falar em Layers no desenho 3D, uma vez que foram criados materiais para as diferentes peças. Lista de materiais: BLACK PLASTIC METAL CORPO METAL ESFERAS METAL01 METAL02 METAL03 OLD METAL OLIVE DRAB Estes materiais associados a uma iluminação tratada, permitiram dar um aspecto mais cuidado ao trabalho, tendo, assim, exigido uma atenção especial no domínio do comando Render. No que se refere à criação das formas tridimensionais são de salientar os comandos BOX, WEDGE, CYLINDER, SPHERE, TORUS, EXTRUDE, REVOLVE, UNION, SUBTRACT, FILLET e SLICE, que, em conjunto, estiveram associados à criação das formas mais complexas. 4

4. COMENTÁRIOS 4.1. DESENHO DE CONJUNTO 2D A maior dificuldade encontrada na realização deste trabalho foi, sem dúvida, a inexistência de cotas no desenho original. Por isso, todas as dimensões necessárias foram retiradas do desenho original, sendo um processo bastante moroso, uma vez que a qualidade do desenho original era muito fraca, ao ponto de não haver coerência em algumas cotas nas diferentes vistas. Daí, resultou a necessidade de alterar algumas medidas de forma a, por exemplo, acomodar, convenientemente, os elementos normalizados. Em alguns casos, foi necessário definir pontos para desenhar algumas linhas curvas, uma vez que estes não eram dados. A execução dos elementos normalizados foi sempre acompanhada pela verificação das suas dimensões nominais nas referências 1 e 3, uma vez que estas eram impossíveis de retirar com precisão do desenho original. Para tornar mais rápida a execução do desenho de conjunto em 2 dimensões foi investido algum tempo em consultar as referências 2 e 5, por forma a aprender novos comandos e a consolidar o conhecimento adquirido nas aulas. 4.2. DESENHO DE CONJUNTO 3D Sem dúvida que a grande dificuldade nesta parte do trabalho foi a investigação e o autodidatismo necessários no que toca à elaboração de desenhos tridimensionais, uma vez que as ferramentas que nos foram dadas nas aulas não potencializam o tipo de desenho apresentado. Fazemos assim referência ao grande número de horas investido na consulta e estudo da bibliografia 5

recomendada (referência 4). Não obstante, é de salientar que as peças têm pormenores de construção (fundição, maquinagem...) que exigiram um maior tratamento das mesmas. Por incrível que pareça uma das grandes dificuldades que tivemos foi a plotagem do desenho 3D, uma vez que não encontrámos nenhuma reprografia, que mesmo trabalhando com o autocad, conseguisse fazer a impressão. Sendo assim, tivemos que gravar o ficheiro dwg do autocad como TIF e, posteriormente, corrê-lo no Paint Shop Pro visto ser o único programa que encontrámos capaz de ler o nosso ficheiro (apesar de estar na extensão TIF), gravando aí na extensão JPEG e só assim permitir que outros programas gráficos lessem o ficheiro. Contudo, salientamos que o formato (tamanho) do desenho é alterado no final de todo este processo. Apesar de todas estas dificuldades foi muito gratificante esta parte do nosso trabalho tendo em conta todos os novos conhecimentos adquiridos. 6

5. BIBLIOGRAFIA [1] Morais, Simões, Desenho Técnico Básico - Desenho de Construções Mecânicas - 3º Volume, Porto Editora. [2] Neto, Pedro Leão, Garcia, José Manuel, AutoCAD 2000i Depressa & Bem, 2001, Lidel. [3] Programa Standard FAG Catálogo WL 41 510/2 PC, FAG Portuguesa, Lda. [4] Santos, João, AutoCAD 2000 em 3 Dimensões, 1999, Lidel. [5] Tavares, João Manuel R. S., Introdução ao AutoCAD 2000, Apontamentos para a disciplina de C.F.A.C. em Engenharia Mecânica da FEUP, 2001. 7