CONSELHO COORDENADOR DOS INSTITUTOS SUPERIORES POLITÉCNICOS

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Transcrição:

CONSELHO COORDENADOR DOS INSTITUTOS SUPERIORES POLITÉCNICOS

1

Índice Introdução... 05 1ª Parte: O Ensino Superior Politécnico em Portugal... 08 1.1. As instituições de Ensino Superior Público Politécnico e a oferta formativa... 09 1.2. Estudantes no Ensino Politécnico... 14 1.3. Docentes no Ensino Politécnico... 29 1.4. Funcionários (Pessoal não docentes)... 38 1.5. Investigação e Desenvolvimento (I&D)... 41 1.6. Cooperação Internacional... 43 2ª Parte: Análise da situação financeira das Instituições de Ensino Superior Politécnico... 49 2.1. Receitas... 50 2.2. Despesas de funcionamento... 63 2.3. Despesas em Edifícios e outras construções... 71 3ª Parte: Serviços de Acção Social (SAS)... 75 3.1. Áreas de intervenção e financiamento... 76 3.2 Bolsas... 79 Conclusão... 85 Anexo: Caracterização de cada Instituição... 86 Instituto Politécnico de Beja... 87 Instituto Politécnico de Bragança... 89 Instituto Politécnico de Castelo Branco... 91 Instituto Politécnico do Cávado e do Ave... 93 Instituto Politécnico de Coimbra... 95 Instituto Politécnico de Guarda... 97 Instituto Politécnico de Leiria... 99 Instituto Politécnico de Lisboa... 101 Instituto Politécnico de Portalegre... 103 Instituto Politécnico de Porto... 105 Instituto Politécnico de Santarém... 107 Instituto Politécnico de Setúbal... 109 Instituto Politécnico de Tomar... 111 Instituto Politécnico de Viana do Castelo... 113 Instituto Politécnico de Viseu... 115 Escola Superior de Enfermagem de Coimbra... 117 Escola Superior Náutica Infante D. Henrique... 119 Escola Superior de Enfermagem do Porto... 121 Escola Superior de Enfermagem de Lisboa... 123 Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril... 125 2

Índice de quadros, figuras e tabelas Figura 1 - Ensino Superior Público Politécnico em Portugal. (11) Figura 2 - Instituições Politécnicas. (11) Quadro 1 - Ensino Superior Politécnico em Portugal, no ano lectivo 2010/11. (13) Figura 3 Ciclos de Estudo. (15) Quadro 2 Número de Estudantes inscritos. (16) Figura 4 Evolução do n.º de alunos inscritos por sistema de ensino. (16) Quadro 3 - Evolução do número de estudantes inscritos pela primeira vez no primeiro ano. (17) Figura 5 Alunos inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano por tipo de ensino. (17) Quadro 4 Evolução do número de estudantes de graduação (Bacharelato e Licenciatura). (19) Quadro 5 Evolução do número de estudantes de Mestrado. (21) Quadro 6 Evolução do número de estudantes de cursos de pós-graduação e especialização. (23) Quadro 7 Evolução do número de Estudantes em CET (Cursos de Especialização Tecnológica). (25) Figura 6 - Estrutura por formação - 2007 a 2010 Institutos Politécnicos. (26) Quadro 8 Estudantes por tipo de formação em 2010. (27) Tabela 1 Rácio aluno/docente (Modelo Orc.º 2006). (30) Quadro 9 Docentes por vínculo em 2009 e 2010. (31) Quadro 10 Docentes ETI por categoria em 2009 e 2010. (33) Quadro 11 Docentes por habilitações em 2009 e 2010. (35) Quadro 12 Rácio estudantes/docentes doutorados. (37) Quadro 13 Funcionários (Pessoal não docente) em 2010. (39) Quadro 14 Mobilidade ERASMUS. (46) Quadro 15 Outros programas de mobilidade em 2010. (48) Quadro 16 Mobilidade Erasmus em 2010, por países. (48) Figura 7 - Estrutura da receita por fonte de financiamento - 2007 a 2010. (50) Quadro 17 Estrutura das receitas 2007. (51) Quadro 18 Estrutura das receitas 2008. (52) Quadro 19 Estrutura das receitas 2009. (53) Quadro 20 Estrutura das receitas 2010. (54) Quadro 21 Evolução da dependência financeira (peso das receitas Orçamento de Estado sobre as despesas totais), não incluindo PIDDAC. (56) Figura 8 Evolução das receitas provenientes de transferências do MCTES e das propinas por estudantes inscritos Institutos Politécnicos. (57) Quadro 22 Evolução das transferências do Orçamento do Estado. (58) Figura 9 Evolução das receitas provenientes de transferências do MCTES e das propinas Institutos Politécnicos. (59) Quadro 23 Evolução das transferências do Orçamento do Estado por estudantes inscritos em n-1. (60) Quadro 24 - Receitas provenientes de propinas. (62) Quadro 25 Variação das despesas totais (a preços correntes). (64) Quadro 26 Evolução das despesas por estudante (a preços correntes). (66) Quadro 27 Evolução das despesas com pessoal nas despesas totais. (68) Quadro 28 Despesas com pessoal/transferências do OE. (70) Quadro 29 Despesas em edifícios e outras construções. (72) Quadro 30 Despesas em edifícios e outras construções, por fonte de financiamento - 2010. (73) Figura 10 Peso das despesas em edifícios e outras construções, por fonte de financiamento em 2010. (74) Quadro 31 Transferências do Estado para os SAS. (78) Quadro 32 Evolução dos valores transferidos em Bolsas de Estudo. (80) Quadro 33 Evolução do nº de estudantes Bolseiros. (81) Quadro 34 Evolução do valor transferido em bolsas por estudante bolseiro. (82) Figura 11 Evolução do nº de estudantes e estudantes bolseiros. (83) Figura 12 Evolução do peso dos estudantes bolseiros no total de estudantes. (83) Quadro 35 Evolução das transferências do MCTES para os SAS. (84) 3

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Introdução O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) criou um grupo de trabalho com o objectivo de analisar a evolução dos recursos financeiros utilizados no cumprimento da Missão de cada instituição de Ensino Superior Politécnico 1. Na primeira edição do Anuário Financeiro das Instituições de Ensino Superior Politécnico, publicada em 2009, foram compilados e comentados vários dados, oferecendo informação não só numa perspectiva geral como também institucional. Assim, esse primeiro anuário teve significativo impacto, uma vez que permitiu analisar a eficácia da concretização dos objectivos do ensino superior e a eficiência dos recursos financeiros utilizados nas actividades de ensino, investigação e serviço à comunidade. A publicação periódica desta informação é um contributo para o conhecimento objectivo da realidade do sistema de Ensino Superior Politécnico. Apresenta-se agora uma nova edição que acrescenta informação de 2009 e 2010, incluindo um resumo por instituição. Deste modo, são tratados, analisados e comentados dados históricos, desde 2006 até 2010, sobre a evolução do número de estudantes inscritos e dos recursos financeiros (receitas e despesas e respectiva origem e aplicação dos fundos anualmente disponibilizados). Inclui-se também informação financeira da Acção Social e, nomeadamente, a evolução das Bolsas. Em relação ao primeiro anuário, retirou-se a análise ao (ainda actual) modelo de financiamento do Ensino Superior, uma vez que, pelo desfasamento em relação à realidade actual da oferta formativa das instituições de Ensino Superior, é necessário um novo modelo de financiamento. A informação necessária para a realização da primeira parte deste documento foi fornecida pelas próprias instituições de Ensino Superior. Neste Anuário, incluem-se todos os Institutos Politécnicos (15) e todas as Escolas Politécnicas Não Integradas em Universidades ou Institutos Politécnicos, ou seja, as três Escolas Superiores de Enfermagem Não Integradas (Porto, Coimbra e Lisboa), a Escola Náutica e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. As instituições de Ensino Superior Politécnico, pela sua especificidade e distribuição geográfica, são de extrema importância para as regiões onde se inserem, na medida em que, para além de serem as principais responsáveis pela qualificação técnica e científica das populações, actuam, também, como pólos de desenvolvimento dessas mesmas regiões. São pólos de desenvolvimento porque, além do serviço inestimável que prestam na qualificação e na formação, tão necessárias ao tecido 1 Tal como referido na Lei 62/2007, de 10 de Setembro (RJIES), artigo 2: 1- O ensino superior tem como objectivo a qualificação de alto nível dos portugueses, a produção e difusão do conhecimento, bem como a formação cultural, artística, tecnológica e científica dos seus estudantes, num quadro de referência internacional, e artigo 7º: 1 Os institutos politécnicos e demais instituições de ensino politécnico são instituições de alto nível orientadas para a criação, transmissão e difusão da cultura e do saber de natureza profissional, através da articulação do estudo, do ensino, da investigação orientada e do desenvolvimento experimental 5

empresarial num mundo dominado pela tecnologia e pelo conhecimento, apoiam, igualmente, as empresas sediadas nas regiões, prestando serviços de elevada tecnicidade, designadamente, na elaboração de estudos e no desenvolvimento de projectos. Ao promoverem a formação e a qualificação dos cidadãos, oferecendo não só licenciaturas e mestrados de grande qualidade, mas também cursos de pós-graduação e CETs, não é exagero afirmar-se que os IPs (e Escolas Não Integradas) em geral e os localizados no interior em especial exercem a mesma influência sobre as regiões que as raízes das árvores sobre os solos. De facto, árvores e IPs combatem a desertificação. Aquelas retêm as terras e os IPs por seu turno, com as suas escolas e outras unidades orgânicas, fixam as populações, as empresas e as riquezas. Assim, não será demais afirmar que, ao cumprir as incumbências que lhes foram conferidas, as instituições de Ensino Superior acabam por ser uma das poucas armas, senão a única, que o país possui contra o êxodo das populações do interior para o litoral e para outros países. É por esta e por outras razões que é errado considerar-se apenas as instituições de Ensino Superior Politécnico centros de saber e de conhecimento. São tudo isso, é verdade, mas mais ainda. São agentes agregadores de população e de riqueza nas regiões onde estão sediadas. Por outro lado, é bom deixar claro que as instituições de Ensino Superior Politécnico actuam ainda noutros domínios. São também intervenientes muito activos na investigação e no desenvolvimento de I&D. De facto, os IPs, além de outros centros de investigação de grande valia, contam com onze unidades de investigação em diversas áreas distribuídas geograficamente pelo país que são reconhecidas e financiadas pela FCT. Outro aspecto patente neste trabalho e que convém salientar é o esforço assumido pelas instituições de Ensino Superior Politécnico na qualificação dos seus quadros. Neste contexto, assinala-se o aumento do número de doutorados nas instituições de Ensino Superior Politécnico em 2010 mais 300 docentes doutorados do que em 2009, número que tenderá a aumentar, por certo, nos próximos anos, graças a programas de qualificação do pessoal docente como o Programa PROTEC, que conta com mais de mil docentes inscritos e visa apoiar os docentes na obtenção do grau de doutor. De facto, ao contrário da imagem que teima em perdurar, a realidade das instituições de Ensino Superior Politécnico é bem diferente. Actualmente, cerca de 40% dos estudantes do Ensino Superior frequentam instituições de cariz politécnico. Estas instituições, muito activas e dinâmicas, trabalham, gerindo com grande cautela os recursos escassos existentes, em prol da qualificação e do desenvolvimento e contribuem, assim, para o bem-estar dos habitantes do nosso país e das suas regiões. Só isso explica que o CCISP tenha sido designado membro do Steering Commitee da Rede Europeia das Universidades de Ciências Aplicadas (UASNET), órgão de direcção desta entidade que congrega associações de Ensino Superior Politécnico europeias. Na UASNET, além de estarem representados, através do CCISP, os Institutos Politécnicos portugueses, também se encontram representadas associações de universidades de ciências aplicadas (designação dada às instituições de Ensino Superior Politécnico na generalidade dos países europeus) da Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Lituânia e Suíça. Porém, não fica só por aqui a aposta que as instituições de ensino superior fazem na internacionalização. Actualmente, os IPs têm desenvolvido esforços no sentido de apoiar e estreitar os laços que nos ligam aos países pertencentes à lusofonia, com destaque para os protocolos celebrados entre o CCISP e o IP Macau e o CCISP e a Escola 6

Portuguesa de Macau visando o apoio à formação de quadros daquelas instituições e o protocolo de formação a celebrar com o Estado de Pernambuco, Brasil, com o intuito de os IPs portugueses ministrarem licenciaturas, CETs e outras formações com vista ao melhoramento da qualificação da população activa daquele Estado, bem como, também no Brasil, o protocolo a estabelecer com a CONIF 2 que, no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras (criado pelo Governo Federal Brasileiro), irá disponibilizar bolsas de estudo aos estudantes dos institutos federais brasileiros para estes poderem frequentar diversos ciclos de estudos nos IPs portugueses. Posto isto, pretende-se que o estudo que aqui se apresenta venha a contribuir para a divulgação do Ensino Superior Politécnico português e para a reflexão sobre o mesmo, em suma, que sirva para dar a conhecer a realidade dos Institutos Politécnicos e das Escolas Não Integradas não só a todos aqueles que já convivem com este subsistema no seu dia-a-dia como também a todos os que ambicionem compreender melhor esta realidade que não é só uma realidade portuguesa mas europeia e mundial.o Presidente do CCISP O Presidente do CCISP, João Alberto Sobrinho Teixeira 2 O Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é a entidade que congrega as Instituições Federais de Ensino Politécnico no Brasil. 7

1ª Parte O Ensino Superior Politécnico em Portugal 8

1.1. As instituições de Ensino Superior Público Politécnico e a oferta formativa O Ensino Superior Público é actualmente ministrado por uma combinação diversificada de instituições, constituído por: 14 Universidades 3, 1 Instituto Universitário 4, 15 Institutos Politécnicos Públicos 5 5 Escolas Politécnicas não Integradas 6. O sistema de ensino superior em Portugal é um sistema binário (ensino universitário e ensino politécnico) claramente definido no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior 7. º No entanto, o Ensino Superior Politécnico é oferecido não só nos Institutos Politécnicos e nas Escolas Politécnicas não Integradas, mas também em algumas universidades com escolas de ensino politécnico: Universidade do Algarve 8 Universidade de Aveiro 9, Universidade de Évora 10, Universidade do Minho 11, Universidade da Madeira 12, Universidade dos Açores 13 e Universidade de Trás os Montes e Alto Douro 14. 3 Aberta; Beira Interior; Madeira; Aveiro; Coimbra; Évora, Lisboa, Trásos-Montes e Alto Douro; Algarve, Minho; Porto; Açores; Nova de Lisboa; Técnica de Lisboa; 4 ISCTE IUL (Instituto Universitário de Lisboa); 5 Beja, Bragança, Castelo Branco, Cávado e Ave, Coimbra, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Tomar, Viana do Castelo, Viseu 6 Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, Escola Superior de Enfermagem do Porto, Escola Náutica Infante Dom Henrique, Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril 7 Artº 3º: 1- O ensino superior organiza-se num sistema binário, devendo o ensino universitário orientar-se para a oferta de formações científicas sólidas, juntando esforços e competências de unidades de ensino e investigação, e o ensino politécnico concentrar-se especialmente em formações vocacionais e em formações técnicas avançadas, orientadas profissionalmente. 8 Escola superior de Gestão, Hotelaria e Turismo; Escola Superior de Educação e Comunicação; Escola Superior de Saúde e Instituto Superior de Engenharia. 9 ISCA- Instituto Superior de Contabilidade de Aveiro; Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda; 10 Escola Superior de Enfermagem 11 Escola Superior de Enfermagem 12 Escola Superior de Enfermagem 13 Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo e Escola Superior de Enfermagem de Ponta Delgada 14 Escola Superior de Enfermagem 9

A figura 1 descreve a localização das instituições de Ensino Superior Público Politécnico no País, verificando-se a existência de 100 escolas públicas politécnicas distribuídas por 42 concelhos A figura 2 revela a localização dos 15 Institutos Politécnicos e das 5 Escolas Politécnicas não integradas que serão objecto de análise neste Anuário. Por sua vez, o quadro 1 descreve o número de escolas de ensino politécnico em 2010 verificando-se que, em relação a 2006, as nove escolas de enfermagem não integradas se agregaram em três escolas de enfermagem: Escola de Enfermagem do Porto, Escola de Enfermagem de Coimbra e Escola de Enfermagem de Lisboa. Deste modo, podemos caracterizar o Ensino Superior Politécnico em 2010 como: Distribuído por 15 Institutos Politécnicos, (num total de 75 Escolas), 5 Escolas Superiores não Integradas e 14 Escolas Politécnicas integradas em Universidades; Oferece cursos de licenciatura, mestrado, Cursos de Especialização Tecnológica (CET) e cursos de pós-graduação. Os Institutos Politécnicos e as Escolas politécnicas não integradas, em 2010/2011, ofereciam 627 cursos de licenciaturas (ver quadro 1), com cerca de 92 mil estudantes (ver quadro 4); 358 cursos de mestrado (ver quadro 1), com aproximadamente 13.800 estudantes (ver quadro 5); 179 cursos de especialização tecnológica (CET), estando inscritos 4.811 estudantes e, por último, 172 cursos de pós graduação e de especialização, com cerca de 2.900 estudantes. 10

Figura 1 - Ensino Superior Público Politécnico em Portugal Figura 2 - Instituições Politécnicas Fonte: DGES 11

Quadro 1 Ensino Superior Politécnico em Portugal, no ano lectivo 2010/2011 Instituto Politécnico Escolas Licenciaturas Mestrados Pós Grad. e outros CETs Beja 4 36 8 10 3 Bragança 5 44 32 19 4 Castelo Branco 6 31 22 7 3 Cávado e Ave 2 25 15 11 3 Coimbra 6 52 40 14 7 Guarda 4 22 10 13 3 Leiria 5 72 31 24 17 Lisboa 8 55 41 1 0 Portalegre 4 24 9 6 1 Porto 7 84 44 11 5 Santarém 5 32 24 6 5 Setúbal 5 30 19 6 15 Tomar 3 28 11 17 4 Viana do Castelo 5 30 30 23 7 Viseu Total 1 6 43 21 10 7 75 608 335 171 81 Esc. Sup. de Enfermagem de Coimbra 1 1 9 0 6 Esc. Sup. de Enfermagem de Lisboa 1 1 2 0 0 Esc. Sup. de Enfermagem do Porto 1 1 6 0 8 Esc. Sup. Hotelaria e Turismo do Estoril 1 10 2 5 5 Escola Náutica Infante D. Henrique 1 6 4 3 72* Total 2 5 19 23 8 91 Nota: Cursos conforme codificação da DGES: um curso que funcione em regime laboral e em regime pós laboral são considerados dois cursos. * Inclui cursos de especialização e outros conducentes a certificação marítima orbrigatória. 12

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1.2. Estudantes no Ensino Politécnico A formação ministrada pelas Instituições de Ensino Superior Politécnico alterou-se significativamente nos últimos anos, nomeadamente ao nível dos graus conferidos e no seu públicoalvo. De facto, até 1997 as Instituições de Ensino Superior Politécnico ofereciam quase exclusivamente cursos de Bacharelato. Posteriormente, com a alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo, Lei n.º46/86, de 14 de Outubro, introduzida pela Lei n.º115/97, de 19 de Setembro, o Ensino Superior Politécnico passou a ministrar os designados cursos bietápicos de licenciatura (1º ciclo: Grau de bacharel; 2º ciclo: Grau de licenciado), regulados pela Portaria n.º413-b/98, de 17 de Julho. Mais recentemente, com a adopção do Modelo de Bolonha, foi extinto o grau de Bacharel passando o Ensino Superior Politécnico a poder oferecer dois graus académicos conferentes a formação superior: Licenciatura (designado por 1º ciclo, com uma duração normal de 3 anos), num total, por regra, de 180 ECTS Mestrado (designado por 2º ciclo, com uma duração normal de 1,5 a 2 anos), num total, por regra, de 120 ECTS. Por outro lado, desde 2006, com a aprovação do Decreto-lei n.º88/2006, de 23 de Maio, as Instituições de Ensino Superior Politécnico passaram a disponibilizar, ainda, Cursos de Especialização Tecnológica (CET), com uma duração entre 1 a 1,5 anos. Estes cursos são também designados por cursos póssecundário e têm sido oferecidos não só em Escolas Politécnicas mas também em Escolas Profissionais, Associações empresariais, Sindicatos, de entre outros. Na figura 3 observa-se a estrutura de formação ministrada no ensino superior em Portugal. Relativamente às condições de acesso, é de referir que, para além da entrada normal de estudantes através do concurso nacional de acesso (ou seja, via estudantes que concluíram o 12º ano), são ainda atribuídas vagas por outras formas de acesso ao ensino superior, a saber: Para estudantes que frequentaram CET (conforme artigo 26º, do Decreto-lei n.º88/2006, de 23 de Maio); Para candidatos Maiores de 23 anos (conforme artigos 17º e 18º, do Decreto-Lei n.º 64/2006, de 21 de Março), contingente que substituiu os exames ad-hoc; Para estudantes que interromperam os estudos no ensino superior e solicitam o reingresso (conforme artigo 4º, do Regulamento dos Regimes de Mudança de Curso, Transferência e Reingresso no Ensino Superior, aprovado pela Portaria n.º401/2007, de 5 de Abril); Para estudantes a frequentar outro estabelecimento de ensino superior e solicitam a mudança ou transferência de curso (conforme artigo 4º, do Regulamento dos Regimes de Mudança de Curso, Transferência e Reingresso no Ensino Superior, aprovado pela Portaria n.º401/2007, de 5 de Abril); Para estudantes que possuem um curso de licenciatura e pretendem a obtenção de outra licenciatura (artigo 3º, n.º2, al. b), do Decreto-lei n.º393-b/99, de 2 de Outubro). 14

Figura 3 Ciclos de Estudo Exame extraordinário de avaliação de capacidade para o Acesso ao Ensino Superior (M23) Ensino Secundário CETs Ensino Universitário Ensino Politécnico 1º Ciclo de Estudos Licenciatura 180 ECTS (*) Licenciatura 180 a 240 ECTS(*) 2º Ciclo de Estudos Mestrado 90(**) a 120 ECTS Mestrado 90(**) a 120 ECTS Licenciatura Mestrado Integrado 180 a 240 ECTS(*) 300(***) a 360 ECTS 3º Ciclo de Estudos Doutoramento (*) Exceptuam-se os casos em que seja indispensável, para o acesso ao exercício de determinada actividade profissional, uma formação compreendida entre 210 e 240 ECTS. (**) Excepcionalmente, e sem prejuízo de ser assegurada a satisfação de todos os requisitos relacionados com a caracterização dos objectivos do grau e das suas condições de obtenção, o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre numa especialidade pode ter 60 créditos em consequência de uma prática estável e consolidada internacionalmente nessa especialidade. (***) O grau de mestre pode igualmente ser conferido após um ciclo de estudos integrado, nos casos em que, para o acesso ao exercício de uma actividade profissional, esta duração: a)seja fixada por normas legais da União Europeia e; b)resulte de uma prática estável e consolidada na União Europeia. Nestes casos, o grau de licenciado é atribuído aos alunos que tenham realizado 180 ECTS (3 anos, 6 semestres). Nível 3 e 4 Nível 5 Nível 6 15

Observando o quadro 2 e a figura 4, constata-se que se tem registado um crescimento significativo do número de estudantes inscritos no Ensino Superiorr Público. Na análise aos últimos 10 anos, verifica-se que estudantes do ensino politéc cnico (inclui indo as escolas politécnicas integradas em Universidades) têm representado aproximadamentee 38% do total de estudantes inscritos no ensino superior público. Quadro 2 Número de Estudantes inscrito os 15 TIPO DE ENSINO 2001/ /02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/0 09 2009/ /10 2010/ /11 Politéc nico 108..486 112.532 111.482 108.376 103.946 105.872 108.335 106.973 110.022 114..872 % sobre total 38,1% 38,7% 38,7% 38,4% 37,7% 38,5% 38,1% 37,9% 37,,4% 37,3% Universitário 176..303 178.000 176.827 173.897 171.5755 169.449 175.998 175.465 183.806 193..106 Total 284..789 290.532 288.309 282.273 275.521 275.321 284.333 282.438 293.828 307..978 Nota: informação do GPEARI Figura 4 Evolução do n.º de alunos inscritos por sistema de ensino 210.000 160.000 110.000 60.000 10.000 2001/02 2002/03 2003/ /04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/ /08 2008/09 2009/10 2010/11 Politécnico Universitário 15 Est tes valores correspondem ao total de alunos inscritos nos cursos de licenciatura, mestrado e pós-graduação, que não são consideradas na restante análise deste anuári o. Deste modo, os valores aqui apresentados não coincidem com os valores apresentados no quadro 8 deste anuário. em todas as instituições de Ensino Superior Politécnico, estando aqui incluídas as 14 Escolas Politécnicas integradas em Universidades 16

No quadro 3 e figura 5 apresenta-se a evolução de estudantes inscritos pela primeira vez no 1º ano na presente década, do qual se confirma similar relação entre os estudantes inscritos no ensino politécnico e no ensino universitário. Quadro 3 - Evolução do número de estudantes inscritos pela primeira vez no primeiro ano TIPO DE ENSINO 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 Politécnico 26.686 25.669 23.563 22.485 21.132 25.371 31.461 33.745 34.789 37.883 % sobre total 40,5% 37,9% 36,4%% 35,5% 33,2% 36,2% 37,3% 38,4% 36,9% 36,8% Universitário 39.235 41.971 41.238 40.880 42.559 44.780 52.818 54.243 59.611 65.012 Total 65.921 67.640 64.801 63.365 63.691 70.151 84.279 87.988 94.400 102.895 Nota: informação do GPEARI Figura 5 Alunos inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano por tipo de ensino 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 2001-02 2002-03 2003-04 2004-05 2005-06 2006-07 2007-08 2008-09 2009-10 2010-11 Universitário Politécnico 17

O quadro número 4 apresenta a evolução do número de estudantes de graduação, nos diferentes Institutos Politécnicos e Escolas não integradas desde 2006 a 2010, salientando-se o seguinte: Comparando o número de estudantes de graduação dos 15 Institutos Politécnicos, verifica-se um decréscimo de 2,5% entre 2006 e 2010, facto que se deve essencialmente à redução do número de anos para a obtenção do diploma do primeiro ciclo uma vez que, com a adequação ao modelo de Bolonha, a grande maioria dos cursos passou a ter uma duração de apenas 3 anos. Esta situação reflectiu-se em 2008 e 2009 constatando-se um ligeiro aumento do número de estudantes em 2010; Mais de 50 % dos estudantes estão concentrados em quatro Institutos Politécnicos: Lisboa, Porto, Coimbra e Leiria; Apenas 5 Politécnicos aumentaram o número de estudantes de graduação entre 2006 e 2010: Cávado e Ave (88,5%), Viana do Castelo (12,6%); Coimbra (2,8%); Leiria (3,2%) e Viseu (0,7%). Os 5 Politécnicos com maior redução de estudantes de graduação entre 2006 e 2010 foram: Guarda (-20,9%), Castelo Branco (-16,9%) Tomar (-11,7%) Beja (-10,6%) e Setúbal (-7%); Em 2010/2011 estavam inscritos nas 3 escolas de enfermagem 3.770 estudantes de graduação (cursos de enfermagem) não sendo relevante a variação nos últimos 5 anos 18

Quadro 4 Evolução do número de estudantes de graduação (Bacharelato e Licenciatura) Peso por INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2006 2007 2008 2009 2010 instituição Variação 2010 2006/2010 BEJA 3.097 2.932 2.752 2.697 2.769 3,2% -10,6% BRAGANÇA 5.939 5.617 5.760 5.704 5.731 6,6% -3,5% CASTELO BRANCO 4.509 4.700 4.403 4.014 3.747 4,3% -16,9% CÁVADO E AVE 1.540 1.901 2.194 2.437 2.903 3,4% 88,5% COIMBRA 9.115 10.126 9.749 9.394 9.373 10,8% 2,8% GUARDA 3.382 3.426 3.052 2.756 2.675 3,1% -20,9% LEIRIA 8.858 8.675 8.768 8.960 9.141 10,6% 3,2% LISBOA 12.902 11.871 11.052 11.649 12.061 14,0% -6,5% PORTALEGRE 2.551 2.914 2.593 2.492 2.387 2,8% -6,4% PORTO 15.128 14.529 13.477 13.825 14.456 16,7% -4,4% SANTARÉM 3.753 4.057 4.084 3.937 3.689 4,3% -1,7% SETÚBAL 5.986 5.926 5.732 5.650 5.566 6,4% -7,0% TOMAR 3.085 3.118 3.046 2.938 2.724 3,2% -11,7% VIANA DO CASTELO 2.937 3.206 2.997 3.145 3.308 3,8% 12,6% VISEU 5.842 5.926 5.964 5.826 5.885 6,8% 0,7% TOTAL 88.624 88.924 85.623 85.424 86.415 100% -2,5% Variação anual 0,3% -3,7% -0,2% 1,2% Escolas não Integradas ESC. SUP. DE ENFERMAGEM COIMBRA 1.561 1.537 1.375 1.378 1.386 24% -11,2% ESCOLA NÁUTICA INFANTE D. HENRIQUE 389 430 412 461 519 9% 33,4% ESC SUP. ENFERMAGEM DO PORTO 1.006 1.063 1.112 1.125 1.117 19% 11,0% ESC SUP. ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- 1.323 1.267 22% -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 1.376 1.488 26% -- TOTAL -- -- -- 5.663 5.777 100% -- Variação anual 2,0% Nota: Dados a 31 de Dezembro de cada ano informação das IES 19

Como referimos, com a aplicação do Modelo de Bolonha as Instituições de Ensino Superior Politécnico passaram também a ministrar cursos de Mestrado. Artigo 7º do RJIES Instituições de ensino politécnico 1- (...) 2 As instituições de Ensino politécnico conferem os graus de licenciado e de mestre, nos termos da lei. No quadro 5 é apresentado o número de estudantes que frequentam, ou frequentaram, cursos de Mestrado nas Instituições de Ensino Superior Politécnico, sendo de salientar o aumento do peso do número de estudantes de 2º ciclo em relação ao número de estudantes de licenciatura. Com efeito, em 2008 havia a relação de 1 estudante de Mestrado para 14 de Licenciatura enquanto em 2010 a relação é de 1 para 7. Da leitura do Quadro 5 podemos salientar o seguinte: Todas as instituições de ensino superior politécnica oferecem cursos de mestrado; É significativo o aumento do número de estudantes de 2º ciclo que passou de 8.769 estudantes inscritos em 2009 para 13.828 em 2010. 20

Quadro 5 Evolução do número de estudantes de Mestrado INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2007 2008 2009 2010 Variação 2009/2010 BEJA 33 72 67 151 125,4% BRAGANÇA 223 501 873 1.071 22,7% CASTELO BRANCO 79 145 240 583 142,9% CÁVADO E AVE 0 73 234 393 67,9% COIMBRA 36 388 506 1.430 182,6% GUARDA 44 104 141 314 122,7% LEIRIA 0 192 561 1.068 90,4% LISBOA 1.062 2.157 1.990 2.498 25,5% PORTALEGRE 35 84 120 223 85,8% PORTO 613 1.221 2.032 2.480 22,0% SANTARÉM 0 174 349 425 21,8% SETÚBAL 20 416 368 579 57,3% TOMAR 31 152 203 264 30,0% VIANA DO CASTELO 0 86 423 481 13,7% VISEU 0 187 228 573 151,3% TOTAL 2.176 5.952 8.335 12.533 50,4% Variação anual (em %) 173,5% 40,0% 50,4% Escolas não Integradas ESC. SUP. ENFERMAGEM DE COIMBRA -- -- 118 313 165,3% ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE -- -- 109 66-39,4% ESC SUP. ENFERMAGEM DO PORTO -- -- 0 258 -- ESC SUP. ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- 0 478 -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- 207 180-13,0% TOTAL -- -- 434 1.295 198,4% Variação anual (em %) 198,4% Nota: Informação obtida directamente das IES 21

No que se refere ainda a projectos de ensino, a grande maioria dos Institutos Politécnicos e Escolas não integradas oferecem também cursos de pós-graduação ou de especialização. Artigo 8º do RJIES Atribuições das instituições de ensino superior 1- São atribuições das instituições de ensino superior, no âmbito da vocação própria de cada subsistema: Da análise ao Quadro 6, verifica-se que o número de estudantes é reduzido em comparação com o número de estudantes de licenciatura e de mestrado. De salientar, também, que não é significativa a variação anual do número de estudantes de pós-graduação, embora tenha alguma relevância o aumento do número de estudantes em 2009 e 2010. a) a realização de ciclos de estudos visando a atribuição de graus académicos, bem como de outros cursos póssecundários, de cursos de formação pós-graduada e outros, nos termos da lei. 22

Quadro 6 Evolução do número de estudantes de cursos de pós-graduação e especialização INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2006 2007 2008 2009 2010 Variação 2009/2010 BEJA 59 31 0 82 77-6,1% BRAGANÇA 0 0 52 110 100-9,1% CASTELO BRANCO 47 78 98 29 51 75,9% CÁVADO E AVE 24 0 0 135 118-12,6% COIMBRA 31 168 236 0 171 -- GUARDA 26 68 96 34 34 0,0% LEIRIA 150 101 188 488 527 8,0% LISBOA 0 0 0 0 0 -- PORTALEGRE 142 96 121 106 49-53,8% PORTO 122 229 83 66 93 40,9% SANTARÉM 153 267 189 223 24-89,2% SETÚBAL 88 109 115 150 395 163,3% TOMAR 0 0 103 35 34-2,9% VIANA DO CASTELO 151 54 17 84 118 40,5% VISEU 135 109 137 133 97-27,1% TOTAL 1.128 1.310 1.435 1.675 1.888 12,7% Variação anual (%) 16,1% 9,5% 16,7% 12,7% Escolas não Integradas ESC. SUP. ENFERMAGEM DE COIMBRA 202 127 380 390 346-11,3% ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE 0 0 0 1.085 480-55,8% ESC. SUP. ENFERMAGEM DO PORTO 414 211 219 289 94-67,5% ESC SUP. ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- 349 0-100% ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 100 110 10,0% TOTAL -- -- -- 2.213 1.030-53,5% Variação anual (%) -53,5% Nota: Dados a 31 de Dezembro de cada ano informação das IES 23

Como referimos, às Instituições de Ensino Superior Politécnico foi atribuída também a função de ministrar Cursos de Especialização Tecnológica. Uma vez que têm sido considerados cursos pós-secundários existem outros organismos com autorização para oferecer estes cursos de nível IV, designadamente, escolas profissionais, associações empresariais, sindicatos, entre outros. Conforme documento da DGES (2011) sobre os CET, em 2010/2011, estavam inscritos 7.177 estudantes em Cursos de Especialização Tecnológica. Esta informação, conjugada com o quadro 7, permite concluir que 67% da formação CET é disponibilizada pelos Institutos Politécnicos e pelas Escolas Politécnicas não integradas. No caso das Instituições de Ensino Superior, estes cursos têm sido oferecidos em quase todas as Instituições e escolas politécnicas (ver quadro 7) verificando-se um aumento significativo do número de estudantes inscritos (13,5% de 2009 para 2010). De salientar que o Instituto Politécnico de Leiria é a instituição com maior número de estudantes CET, que, conjugado também com o número significativo de estudantes em Mestrado, permite colocá-lo actualmente como a 3.ª maior Instituição de Ensino Superior Politécnico em termos de número de estudantes. 24

Quadro 7 Evolução do número de Estudantes em CET (Cursos de Especialização Tecnológica) INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2006 2007 2008 2009 2010 Variação 2009/2010 BEJA 39 220 234 171 244 42,7% BRAGANÇA 43 320 320 424 532 25,5% CASTELO BRANCO 63 89 107 134 185 38,1% CÁVADO E AVE 0 70 36 140 216 54,3% COIMBRA 16 172 224 157 360 129,3% GUARDA 48 90 116 209 277 32,5% LEIRIA 580 1.131 1.420 1.486 1.361-8,4% LISBOA 0 0 0 0 0 -- PORTALEGRE 0 54 82 72 67-6,9% PORTO 0 58 59 77 92 19,5% SANTARÉM 0 0 114 104 89-14,4% SETÚBAL 0 44 131 202 156-22,8% TOMAR 0 434 427 485 491 1,2% VIANA DO CASTELO 44 56 193 320 354 10,6% VISEU 81 42 116 68 171 151,5% TOTAL 914 2.780 3.579 4.049 4.595 13,5% Variação anual (%) -- 204% 28,7% 13,1% 13,5% Escolas não Integradas ESC. SUP. ENFERMAGEM DE COIMBRA 0 0 0 0 0 -- ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE 0 0 18 34 49 44,1% ESC. SUP. ENFERMAGEM DO PORTO 0 0 0 0 0 -- ESC SUP. ENFERMAGEM DE LISBOA 0 0 0 0 0 -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 99 167 68,7% -- -- -- 133 216 62,4% 62,4% Nota: Dados a 31 de Dezembro de cada ano informação das IES 25

Em conclusão, e no que se refere à estrutura de formação nas Instituições de Ensino Superior Politécnico, conforme quadro 8 e figura n.º 6, tem-se verificado uma alteração no tipo de formação, destacando-se o aumento do peso dos alunos inscritos em Cursos de Especialização Tecnológica e em Mestrado. Figura 6 - Estrutura por formação - 2007 a 2010 Institutos Politécnicos 2007 2008 2009 2010 2% 3% 1% 6% 4% 1% 8% 4% 2% 12% 4% 2% 94% 89% 86% 82% Licenciatura Mestrados CET pós-graduação e especialização 26

Quadro n.º 8 Estudantes por tipo de formação em 2010 INSTITUTOS POLITÉCNICOS Licenciatura Mestrado CET Outros Total BEJA 2.769 151 244 77 3.241 BRAGANÇA 5.731 1.071 532 100 7.434 CASTELO BRANCO 3.747 583 185 51 4.566 CÁVADO E AVE 2.903 393 216 118 3.630 COIMBRA 9.373 1.430 360 171 11.334 GUARDA 2.675 314 277 34 3.300 LEIRIA 9.141 1.068 1.361 527 12.097 LISBOA 12.061 2.498 0 0 14.559 PORTALEGRE 2.387 223 67 49 2.726 PORTO 14.456 2.480 92 93 17.121 SANTARÉM 3.689 425 89 24 4.227 SETÚBAL 5.566 579 156 395 6.696 TOMAR 2.724 264 491 34 3.513 VIANA DO CASTELO 3.308 481 354 118 4.261 VISEU 5.885 573 171 97 6.726 TOTAL 1 86.415 12.533 4.595 1.888 105.431 Peso sobre total 82,0% 11,9% 4,4% 1,8% 100% Escolas não Integradas ESC. SUP. ENFERMAGEM DE COIMBRA 1.386 313 0 346 2.045 ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE 519 66 49 480 1.114 ESC. SUP. ENFERMAGEM DO PORTO 1.117 258 0 94 1.469 ESC SUP. ENFERMAGEM DE LISBOA 1.267 478 0 0 1.745 ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 1.488 180 167 110 1.945 TOTAL 2 5.777 1.295 216 1.030 8.318 Peso sobre total 69,5% 15,6% 2,6% 12,4% 100% 27

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1.3. Docentes no Ensino Politécnico O pessoal docente pode ser agrupado em duas categorias ou grupos distintos, consoante a modalidade de vinculação que estes têm com a instituição de ensino superior. Com efeito, poderão ser: a) Docentes de carreira, ou seja, docentes com um contrato por tempo indeterminado, incluindo em período experimental. Integram este grupo os docentes que entraram na instituição através de concurso público ou documental. De igual modo, são docentes de carreira aqueles que, ao abrigo do números 3, 4, 5 e 8 do artigo 6º da Lei n.º 7/2010, de 13 de Maio, que alterou o DL n.º 207/2009, de 31 de Agosto, que, por sua vez, alterou e republicou o Estatuto Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico (ECPDESP), instituído pelo DL n.º 185/81, de 1 de Julho, concluíram o grau de doutor ou de especialista. Os docentes de carreira exercem a profissão a tempo integral com ou sem exclusividade; Da leitura do Quadro nº 9 resulta que em 2009 as IES politécnicas tinham 2.296 docentes de carreira passando, em 2010, para os 2.805. Este aumento de docentes de carreira, na sua grande maioria, deve-se ao cumprimento do ECPDESP e, nomeadamente ao estatuído no artigo 6º já referido. De facto, uma boa parte deste aumento deve-se à passagem de docentes convidados para docentes de carreira, que cumpriam os requisitos exigidos pelo artigo 6º do ECPDESP. Com excepção do Instituto Politécnico de Portalegre e de Tomar, todas as outras instituições aumentaram o número de docentes de carreira, sendo de destacar o Instituto Politécnico do Porto, com um aumento de 129 docentes de carreira, e o Instituto Politécnico de Leiria, que passou de 174 para 279 docentes de carreira. Este aumento de docentes tende a continuar, uma vez que o nº 8 do artigo 6º permite que muitos dos actuais docentes que concluam o doutoramento nos próximos anos passem automaticamente para a carreira. Por outro lado, o artigo 30º do ECPDESP (Decreto-Lei 207/2009, de 31 de Agosto) obriga a que o corpo docente seja constituído pelo menos por70% de docentes de carreira. Verifica-se, através do quadro nº 9, que, em 2010, essa percentagem era de 44% nos institutos politécnicos, valor ainda longe do rácio desejado. Existem, no entanto, instituições cujo rácio docentes de carreira/total de docentes já é superior a 50%, como é o caso do Instituto Politécnico de Bragança (51,8%), Santarém (50,8%) e Castelo Branco (50,2%). Quanto às Escolas Politécnicas não integradas, todas têm este rácio elevado, sendo de realçar a Escola de Enfermagem do Porto, onde os docentes de carreira representam 84% do total do corpo docente. b) Docentes convidados, ou seja, docentes com um contrato, normalmente, de um ou dois anos, renovável ou não, a tempo integral ou a tempo parcial. Para efeitos do cálculo do nº de ETIS (Equivalência a Tempo Integral), por exemplo, um docente com uma colaboração de 40% é calculado como 0,4 docentes. 29

Através do quadro nº 9 verifica-se que em 2010 existiam cerca de 3.800 docentes ETI (Equivalência a Tempo Integral) convidados representando 55% do corpo docente total. O número de docentes convidados ou equiparados em 2010 reduziu em relação a 2009 pelas razões apontadas na alínea anterior, e, como referimos, este número tenderá ainda a baixar. Analisando o quadro nº 9 obtém-se ainda informação relativa ao rácio número de estudantes/número de docentes. Assim, é possível aferir que a média nacional dos 15 politécnicos é de 15,7 estudantes por cada docente. Anote-se, igualmente, a existência de significativas diferenças entre os politécnicos, sendo os Institutos Politécnicos de Portalegre e de Castelo Branco os que têm menor rácio (13,5 e 13,7 respectivamente) e o IPCA e Coimbra com maior rácio (27,6 e 17,8 respectivamente). Já nas Escolas de Enfermagem este rácio é inferior a 14, facto que se deve à área ministrada. Aliás, um grande ou pequeno rácio pode não significar necessariamente uma maior ou uma menor eficiência na utilização dos recursos humanos, dado que estes rácios deverão ser considerados mediante a área dos cursos. Por exemplo, a fórmula de financiamento até 2006 tinha em conta o rácio aluno/docente, conforme tabela seguinte aplicada aos Ensinos Politécnicos. Tabela 1 Rácio aluno/docente (Modelo Orc.º 2006) Área de Formação Rácio Aluno/Docente 1 Artes do Espectáculo e Linguagem Gestual 5 2 Enfermagem e Técnicos Dentistas 8 3 Tecnologias da Saúde 9 4 Tecnologias 11 5 Agricultura, Silvicultura, Pecuário e Veterinária 12 6 Educadores de Infância Professores do 1º e 2º ciclos do Ensino Básico, Animadores, Comunicação Social, Artes Plásticas e Design 7 Informática 14 8 Contabilidade, Gestão, Comércio, Solicitadoria, Secretariado, Turismo, Línguas Vivas, Educação Social e Serviço Social Por último, anote-se, de igual forma, que este rácio passou de 15,5 estudantes/professor em 2009 para 15,7 estudantes/professor em 2010. Este pequeno aumento pode significar uma melhor aproveitamento dos recursos humanos (corpo docente) ou um aumento do número de estudantes de cursos das áreas da gestão em prejuízo das áreas tecnológicas que exigem turmas mais reduzidas e, consequentemente, mais docentes. 12 18 30

Quadro n.º 9 Docentes por vínculo em 2009 e 2010 INSTITUTOS POLITÉCNICOS Docentes em carreira Docentes convidados ETI Total Docentes ETI Estudantes por Docentes ETI 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 BEJA 83 106 124,0 107,1 207,0 213,1 14,6 15,2 BRAGANÇA 170 221 240,8 205,6 410,8 426,6 17,3 17,4 CASTELO BRANCO 164 167 154,6 71,3 318,6 333,1 13,9 13,7 CÁVADO E AVE 16 30 98,6 101,6 114,6 131,6 25,7 27,6 COIMBRA 231 288 372,9 348,5 603,9 636,5 16,7 17,8 GUARDA 101 102 105,0 119 206,0 221,0 15,2 14,9 LEIRIA 174 279 565,3 429,2 739,3 708,2 15,5 17,1 LISBOA 326 391 671,0 745,8 997,0 1.036,8 13,7 14,0 PORTALEGRE 78 71 118,1 130,8 196,1 201,8 14,2 13,5 PORTO 303 432 759,5 547,9 1.062,5 1.139,1 15,1 15,0 SANTARÉM 133 145 131,3 140,2 264,3 285,2 17,5 14,8 SETÚBAL 174 199 247,0 250,5 421,0 449,5 15,1 14,9 TOMAR 102 95 118,4 135,3 220,4 230,3 16,6 15,3 VIANA DO CASTELO 100 115 170,1 187 270,1 302,0 14,7 14,1 VISEU 141 164 249,3 224,7 390,3 390,4 16,0 17,2 TOTAL 2.296 2.805 4.125,9 3.744,5 6.421,9 6.705,2 15,5 15,7 Peso sobre o total 35,8% 41,8% 64,2% 55,8% 100% 100% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 109 102 31,0 45,0 140,0 147,0 13,5 13,9 ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 61 61 35,0 35,0 98,0 96,0 17,2 11,6 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 100 97 27,6 18,5 127,6 115,5 11,1 12,7 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA 112 102 24,5 25,3 136,5 127,3 12,2 13,7 ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 32 32 4,5 4,5 36,5 36,5 48,8 53,3 TOTAL Escolas 414 394 122,6 128,3 538,6 522,3 15,7 15,9 Peso sobre o total 76,9% 75,4% 22,8% 24,6% 100% 100% Nota: Dados a 31 de Dezembro do ano informação das IES 31

Outra forma de agrupar o corpo docente será pela sua categoria. Antes da alteração do ECPDESP, verificada pelo Decreto-lei 207/2009 de 31 de Agosto, publicado no Diário da República nº 168, existiam 3 categorias de docentes: Assistente Professor Adjunto Professor Coordenador Com a aprovação da referida alteração aos ECPDESP passaram a existir 4 categorias: a) Assistente, categoria a extinguir na carreira politécnica ou, conforme artigo 12ºA destina-se a licenciados ou mestres com colaboração unicamente a tempo parcial inferior a 60%, salvo as excepções previstas no nº2 do artigo. 12ºA; b) Professor Adjunto, categoria que a partir da alteração aos ECPDESP é exigido o grau de doutor ou de especialista. (artigo 17º). A entrada para a carreira docente é efectuado através de concurso documental; c) Professor Coordenador, categoria que a partir da alteração aos ECPDESP é exigido o grau de doutor obtido há mais de 5 anos ou do título de especialista (artigo 19º). A entrada para a carreira docente é efectuado através de concurso documental (artigo 6º); d) Professor coordenador principal, nova categoria introduzida com a alteração aos ECPDESP (artigo 2º). É exigido o grau de doutor e o título de Agregado (artigo 9ºA). Esta categoria é equiparada à de professor catedrático da carreira universitária. Da leitura do Quadro 10 podemos salientar os seguintes aspectos: Os assistentes ainda representam cerca de 42% do corpo docente total. No entanto, este número tenderá a reduzir com a passagem para professores adjuntos dos actuais assistentes a tempo integral que obtenham o grau de doutor ou de especialista e que reúnam as condições definidas no nº8 do artigo 6º do ECPDESP. É ainda reduzido o número de professores coordenadores que representam 8,8% do total, liderado pelo Instituto Politécnico de Lisboa com 121,8 professores coordenadores. O IPCA é o Instituto Politécnico com menos professores coordenadores (apenas 4). Conforme o nº 4 do artigo 31º o número de professores coordenadores da carreira não pode ser superior a 50% do número de professores de carreira de cada instituição de ensino superior. Nenhuma instituição ultrapassa essa percentagem. Em 31 de Dezembro de 2010 ainda não havia docentes com a categoria de professor coordenador principal. 32

Quadro n.º 10 Docentes ETI por categoria em 2009 e 2010 INSTITUTOS POLITÉCNICOS Assistentes Adjuntos Coordenadores Total 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 BEJA 94,8 98,8 101,5 103,3 15,0 11,0 211,3 213,1 BRAGANÇA 221,4 208,2 164,4 192,4 25,0 26,0 410,8 426,6 CASTELO BRANCO 82,3 50,5 196,1 187,7 28,6 20,6 307,0 258,8 CÁVADO E AVE 82,8 97,7 27,8 29,9 4,0 4,0 114,6 131,6 COIMBRA 214,5 212,8 355,4 386,4 39,3 37,3 609,2 636,5 GUARDA 87,4 106,0 94,6 104,0 14,0 11,0 196,0 221,0 LEIRIA 450,0 382,7 254,3 292,5 35,0 33,0 739,3 708,2 LISBOA 271,3 291,5 600,3 613,9 118,4 121,8 990,0 1.027,2 PORTALEGRE 82,4 93,5 96,1 93,8 18,7 14,5 197,2 201,8 PORTO 512,2 551,2 456,3 488,8 88,0 90,0 1.056,5 1.129,9 SANTARÉM 72,8 68,2 165,0 182,9 32,6 34,0 270,4 285,1 SETÚBAL 133,5 150,9 247,5 255,8 41,0 39,0 422,0 445,7 TOMAR 106,1 110,9 89,6 96,7 24,7 22,7 220,4 230,3 VIANA DO CASTELO 210,0 282,0 125,0 128,0 22,0 22,0 357,0 432,0 VISEU 207,6 204,1 134,8 140,3 48,0 46,0 390,3 390,4 TOTAL 2.829,0 2.909,0 3.108,7 3.296,3 554,3 532,9 6.492,0 6.738,2 Peso sobre o total 43,6% 43,2% 47,9% 48,9% 8,54% 7,91% 100% 100% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 37,3 52,0 64,0 64,0 35,0 31,0 136,3 147,0 ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 5,7 8,0 43,1 53,0 0,0 0,0 48,8 61,0 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 5,0 53,0 58,0 73,0 34,0 36,0 97,0 162,0 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA 19,6 21,2 65,5 63,2 43,3 42,9 128,4 127,3 ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 76,0 75,0 59,0 55,0 7,0 7,0 142,0 137,0 TOTAL Escolas 143,6 209,2 289,6 308,2 119,3 116,9 552,5 634,3 Peso sobre o total 26,0% 33,0% 52,4% 48,6% 21,59% 18,42% 100% 100% Nota: Dados a 31 de Dezembro do ano informação das IES 33

Por último, outra forma de agrupar os docentes será pelas habilitações que possuem, ou seja: a) Docentes com Licenciatura b) Docentes possuidores de Mestrado c) Docentes possuidores do grau de Doutor d) Docentes com o grau de doutor e ainda o título de Agregação Da leitura dos Quadros nº 11 e 12 podemos salientar os seguintes aspectos: Já é significativo o número de doutores (aproximadamente 2.000) e relevante o aumento de docentes com esse grau comparando 2009 com 2010 (mais de 300); Também é relevante o número de docentes em PROTEC, programa de apoio à obtenção do grau de doutor e que permite aos docentes em PROTEC ter uma redução da carga horária de 50%. São 1.093 os docentes em PROTEC; Refere a alínea b) do artigo 49º do RJIES que o corpo docente das instituições de ensino politécnico deve dispor, no conjunto dos docentes que desenvolvam actividade docente na instituição, no mínimo de um detentor do título de especialista ou do grau de doutor por cada 30 estudantes. Considerando que frequentam as IES politécnicas cerca de 114.000 estudantes (ver quadro nº8), serão necessários 3.800 doutores, ou seja faltam 1.800. No pressuposto que os docentes em PROTEC terminam o seu doutoramento nos próximos 2 a 3 anos, e considerando ainda o número de pedidos de provas de especialistas, as IES cumprirão com a meta estabelecida no RJIES quanto ao número de doutores ou especialistas; Os Institutos Politécnicos com melhor rácio número de estudantes/docentes doutorados são o Instituto Politécnico de Viana do Castelo e o Instituto Politécnico de Bragança. Pelo contrário, os Institutos com um rácio ainda longe do previsto no RJIES são o IPCA, a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. 34

Quadro n.º 11 Docentes por habilitações em 2009 e 2010 Licenciatura Mestrado Doutoramento Total Docentes INSTITUTOS POLITÉCNICOS em PROTEC 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 em 2010 BEJA 77 76 126 130 36 40 239 246 30 BRAGANÇA 103 106 178 163 130 158 411 427 85 CASTELO BRANCO 129 155 161 175 74 90 364 420 34 CÁVADO E AVE 39 50 75 89 26 39 140 178 33 COIMBRA 177 233 370 354 161 182 708 769 141 GUARDA 24 33 143 143 36 45 203 221 16 LEIRIA 262 233 323 257 152 216 737 706 113 LISBOA 514 511 441 468 221 259 1.176 1.238 104 PORTALEGRE 82 77 100 121 30 45 212 243 32 PORTO 332 341 448 479 251 295 1.232 1.416 112 SANTARÉM 86 95 164 179 57 74 307 348 46 SETÚBAL 120 172 238 246 118 128 476 546 81 TOMAR 85 76 99 107 37 48 220 230 29 VIANA DO CASTELO 116 156 151 171 90 108 357 435 84 VISEU 102 95 200 202 88 93 566 389 43 TOTAL 2.248 2.409 3.216 3.283 1.507 1.820 7.348 7.812 983 Peso sobre o total 30,6% 30,8% 43,8% 42,0% 20,5% 23,3% 100% 100% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 41 60 80 92 32 34 153 186 52 ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 23 34 17 15 11 12 51 61 4 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 9 59 70 80 21 23 100 162 27 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA 38 44 108 100 7 14 153 158 9 ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 62 61 49 45 15 17 126 123 18 TOTAL escolas 173 258 324 332 86 100 583 690 110 Peso sobre o total 29,7% 37,4% 55,6% 48,1% 14,8% 15,9% 100% 100% Nota: Dados a 31 de Dezembro do ano informação das IES 35

Quadro n.º 12 Rácio estudantes/docentes doutorados Rácio Docentes em Estudantes Doutores INSTITUTOS POLITÉCNICOS estudantes/doutores PROTEC 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 BEJA 3.017 3.241 36 40 83,8 81,0 14 30 BRAGANÇA 7.111 7.434 130 158 54,7 47,0 49 85 CASTELO BRANCO 4.417 4.566 74 90 59,7 50,7 17 34 CÁVADO E AVE 2.946 3.630 26 39 113,3 93,1 24 33 COIMBRA 10.057 11.334 161 182 62,5 62,3 63 141 GUARDA 3.140 3.300 36 45 87,2 73,3 3 16 LEIRIA 11.495 12.097 152 216 75,5 55,9 137 113 LISBOA 13.639 14.559 221 259 61,7 56,2 69 104 PORTALEGRE 2.790 2.726 30 45 93,0 60,6 18 32 PORTO 16.000 17.121 251 295 63,7 58,1 29 112 SANTARÉM 4.613 4.227 57 74 80,9 57,1 26 46 SETÚBAL 6.370 6.696 118 128 54,0 52,3 34 81 TOMAR 3.661 3.513 37 48 99,8 73,5 17 29 VIANA DO CASTELO 3.972 4.261 90 108 44,1 39,5 38 84 VISEU 6.255 6.726 88 93 70,7 72,0 44 43 TOTAL 99.483 105.431 1.507 1.820 66,0 57,9 582 983 Peso sobre o total 100% 100% 20,5% 23,3% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 1.886 2.045 32 34 58,9 60,1 22 52 ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 1.689 1.114 11 12 153,5 92,8 0 4 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 1.414 1.469 21 23 67,3 63,9 17 27 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA 1.672 1.745 7 14 238,9 124,6 10 9 ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 1.782 1.945 15 17 118,8 114,4 9 18 TOTAL 8.443 8.318 86 100 98,2 83,2 58 110 Peso sobre o total 100% 100% 14,8% 15,9% Nota: Dados a 31 de Dezembro do ano informação das IES 36

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1.4. Funcionários (Pessoal não docentes) Conforme o Documento INDEZ 2010 Pessoal Existente em Instituições de Ensino Superior Publico, as IES possuíam, a 31/12/2010, 16.211 funcionários não docentes (incluindo investigadores), dos quais 74% pertenciam a Institutos de natureza Universitária e 26% a Institutos de natureza Politécnica. Constata-se, também, que 59% do pessoal das IES são docentes, 38% não docentes e 2% investigadores. O quadro seguinte resume a informação sobre os funcionários não docentes e respectiva relação com o corpo docente e estudantes inscritos, dos quais se salienta: São aproximadamente 4.250 os funcionários não docentes das IES Politécnicas o que dividindo por 7.227 docentes existentes, representa um rácio de 1 funcionário não docente para cada 1,7 docentes. As IES com menor rácio são a Escola de Enfermagem de Lisboa (1/1), a Escola Superior do Estoril (0,9/1), o IP da Guarda (1,2/1), o IP de Castelo Branco (1,2/1) e o IP de Portalegre (1,2/1). Com maior rácio estão a Escola Náutica Infante D. Henrique (3,8/1) e o IPCA (2,9/1); No que se refere à relação entre o número de estudantes e o número de funcionários, verificam-se rácios reduzidos na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (14,1), IP de Castelo Branco (17,1) e IP da Guarda (18,2). Já o IPCA (78,9) e a Escola Náutica Infante D. Henrique (44,6) apresentam os rácios mais elevados. 38

Quadro n.º 13 Funcionários (Pessoal não docente) em 2010 INSTITUTOS POLITÉCNICOS Funcionários Docentes (ETI) Estudantes Rácio Docentes/ Funcionários Rácio Estudantes/ Funcionários BEJA 163 213 3.241 1,3 19,9 BRAGANÇA 297 427 7.434 1,4 25,0 CASTELO BRANCO 267 333 4.566 1,2 17,1 CÁVADO E AVE 46 132 3.630 2,9 78,9 COIMBRA 430 637 11.334 1,5 26,4 GUARDA 181 221 3.300 1,2 18,2 LEIRIA 474 708 12.097 1,5 25,5 LISBOA 453 1.037 14.559 2,3 32,1 PORTALEGRE 166 202 2.726 1,2 16,4 PORTO 444 1.139 17.121 2,6 38,6 SANTARÉM 193 285 4.227 1,5 21,9 SETÚBAL 195 449 6.696 2,3 34,3 TOMAR 174 230 3.513 1,3 20,2 VIANA DO CASTELO 164 302 4.261 1,8 26,0 VISEU 266 390 6.726 1,5 25,3 TOTAL 3.913 6.705 105.431 1,7 26,9 Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 93 147 2.045 1,6 22,0 ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 25 96 1.114 3,8 44,6 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 53 116 1.469 2,2 27,7 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA 124 127 1.745 1,0 14,1 ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 41 37 1.945 0,9 47,4 TOTAL 336 522 8.318 1,6 24,8 Nota: Dados a 31 de Dezembro de 2010 informação das IES e de INDEZ 2010 (DGES) 39

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1.5. Investigação e Desenvolvimento (I&D) Artigo 7º do RJIES Instituições de ensino politécnico 1- Os institutos politécnicos e demais instituições de ensino politécnico são instituições de alto nível orientadas para a criação, transmissão e difusão da cultura e do saber de natureza profissional, através da articulação do estudo, do ensino, da investigação orientada e do desenvolvimento experimental. Há actualmente 11 Unidades de Investigação com sede nas instituições de Ensino Superior Politécnico que são reconhecidas e financiadas pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), variando a classificação dessas unidades entre Excelente, Muito Bom e Bom. Para além destas 11 unidades, há ainda grupos de I&D com sede no Politécnico de unidades com sede em Universidades ou Institutos de I&D, nomeadamente em Laboratórios Associados. Existe ainda investigação individual nomeadamente traduzida em publicações em revistas científicas. As 11 Unidades de Investigação reconhecidas distribuem-se geograficamente pelo país e pelas diversas áreas científicas. Em termos de áreas científicas há 2 unidades nas Ciências Naturais (Ciências Agrárias), 1 nas Ciências da Saúde, 5 nas Ciências da Engenharia e Tecnologias (2 em Engenharia Electrotécnica e Informática, 2 em Engenharia Mecânica e 1 em Engenharia Química e Biotecnologia) e 3 em Ciências Sociais (2 em Economia e Gestão e 1 em Ciências e Políticas da Educação). Unidades reconhecidas na área da Engenharia e Tecnologias Subárea de Engenharia Mecânica Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto [MECH-Centro-Leiria-4044] Coordenador Científico: Paulo Jorge da Silva Bártolo Instituição Executante: Instituto Politécnico de Leiria Sítio na Internet: http://www.cdr-sp.ipleiria.pt Resultado da avaliação 2007: Excellent Centro de Investigação e Desenvolvimento em Engenharia Mecânica - CIDEM [MECH-Norte-Porto-615] Coordenador Científico: Luis Miguel Pereira Durão Instituição Executante: Instituto Superior de Engenharia do Porto - Instituto Politécnico do Porto Sítio na Internet: http://www.dem.isep.ipp.pt/cidem/ Resultado da avaliação 2007: Very Good Subárea de Engenharia Electrotécnica e Informática Centro de Investigação em Sistemas Confiáveis e de Tempo Real - CISTER [COMP-Norte-Porto-608] Coordenador Científico: Eduardo Manuel de Médicis Tovar Instituição Executante: Instituto Superior de Engenharia do Porto - Instituto Politécnico do Porto Sítio na Internet: http://www.cister.isep.ipp.pt Resultado da avaliação 2007 após reapreciação: Excellent Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão - GECAD (Knowledge Engineering and Decision Support Research Centre) [COMP-Norte-Porto-760] Coordenador Científico: Zita Maria Almeida do Vale Instituição Executante: Instituto Superior de Engenharia do Porto - Instituto Politécnico do Porto Sítio na Internet: http://www.gecad.isep.ipp.pt/gecad/ Resultado da avaliação: Good 41

Subárea de Engenharia Química e Biotecnologia Centro de Investigação de Engenharia Química e Biotecnologia [CEBI-LVT-Lisboa-702] Coordenador Científico: Amin Karmali Instituição Executante: Instituto Superior de Engenharia de Lisboa - Instituto Politécnico de Lisboa Sítio na Internet: http://www.deq.isel.ipl.pt/cieqb/ Resultado da avaliação 2007: Good Unidades reconhecidas na área de Ciências Sociais Subárea de Economia e Gestão Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade - CICF [ECO-Norte-Barcelos-4043] Coordenador Científico: Maria José Fernandes Instituição Executante: Instituto Politécnico do Cávado e do Ave Sítio na Internet: http://www.cicf.ipca.pt/ Resultado da avaliação 2007: Good Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior - UDI/IPG [ECO-Centro-Guarda-4056] Coordenador Científico: Fernando Augusto de Sá Neves dos Santos Instituição Executante: Instituto Politécnico da Guarda Sítio na Internet: http://www.ipg.pt/udi/ Resultado da avaliação: Good Subárea de Ciências e Políticas da Educação Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde [EDU- Centro-Viseu-4016] Coordenador Científico: Manuela Maria da Conceição Ferreira Instituição Executante: Instituto Politécnico de Viseu Sítio na Internet: http://www.ipv.pt/ci/ Nº total de investigadores: 124 Nº total de inv. doutorados: 56 Nº total de inv. doutorados integrados: 51 Nº total de grupos de investigação: 2 Resultado da avaliação 2007: Good Unidades reconhecidas na área de Ciências Naturais Subárea de Ciências Agrárias Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade - CERNAS [AGR-Centro-Coimbra-681] Coordenador Científico: Manuel Fernando de Miranda Páscoa Instituição Executante: Escola Superior Agrária de Coimbra - Instituto Politécnico de Coimbra Sítio na Internet: http://www.esac.pt/cernas/ Resultado da avaliação 2007: Good Centro de Investigação de Montanha - CIMO [AGR-Norte- Braganca-690] Coordenador Científico: Jaime Camilo Afonso Maldonado Pires Instituição Executante: Escola Superior Agrária de Bragança - Instituto Politécnico de Bragança Sítio na Internet: http://www.cimo.esa.ipb.pt/portal/ Resultado da avaliação 2007: Good Unidades reconhecidas na área de Ciências da Saúde Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Domínio de Enfermagem [HESC-Centro-Coimbra-742] Coordenador Científico: Manuel Alves Rodrigues Instituição Executante: Escola Superior de Enfermagem de Coimbra Sítio na Internet: http://www.esenfc.pt/ui/site/ Resultado da avaliação 2007: Good 42

1.6. Cooperação Internacional A mobilidade transnacional de docentes e estudantes tem vindo a merecer importância crescente por parte das instituições de ensino superior. Sendo um ambicioso objectivo da Declaração de Bolonha, constitui um pilar da consolidação do Espaço Europeu de Ensino Superior. Os programas de mobilidade de estudantes, ao permitirem o contacto com novas culturas, com novas formas de estar e de ser, fomentam o entendimento, a tolerância e a capacidade de adaptação à mudança em especial dos futuros profissionais agora estudantes -, habilitando-os, assim, a viver e trabalhar num espaço sem fronteiras. Conforme artigo 8º do Regime jurídico das instituições de ensino superior (Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro, são atribuições das instituições de ensino superior, no âmbito da vocação própria de cada subsistema: a) A realização de ciclos de estudos visando a atribuição de graus académicos, bem como de outros cursos pós - secundários, de cursos de formação pós-graduada e outros, nos termos da lei; b) A criação do ambiente educativo apropriado às suas finalidades; c) A realização de investigação e o apoio e participação em instituições científicas; d) A transferência e valorização económica do conhecimento científico e tecnológico; e) A realização de acções de formação profissional e de actualização de conhecimentos; f) A prestação de serviços à comunidade e de apoio ao desenvolvimento; g) A cooperação e o intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições congéneres, nacionais e estrangeiras; h) A contribuição, no seu âmbito de actividade, para a cooperação internacional e para a aproximação entre os povos, com especial destaque para os países de língua portuguesa e os países europeus; i) A produção e difusão do conhecimento e da cultura. O programa de mobilidade, não só de estudantes mas também de docentes e funcionários não docentes, insere-se maioritariamente no programa Erasmus, sem prejuízo de outras mobilidades, como é o caso da mobilidade entre Portugal e Brasil e entre Portugal e o Instituto Politécnico de Macau. Na seguinte figura apresentam-se alguns países com quem existe mobilidade entre as Instituições de ensino politécnico de Portugal e universidades, institutos politécnicos, universidades politécnicas e universidades de ciências aplicadas de outros países. 43

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Erasmus - programa Aprendizagem ao Longo da Vida O Programa Erasmus, criado em 1987, procura apoiar a criação de um Espaço Europeu de Ensino Superior e reforçar o contributo do ensino superior e do ensino profissional avançado no processo de inovação a nível Europeu. Com o intuito de promover a mobilidade de estudantes e de docentes do Ensino Superior, o programa ERASMUS realizase entre estados membros da União Europeia, países do Espaço Económico Europeu (como a Noruega, Islândia e Liechtenstein), bem como países candidatos como a Turquia, permitindo a permanência noutro país por um período de 3 a 12 meses. É ainda objectivo deste programa promover a criatividade, a competitividade e a empregabilidade, aumentar a participação na aprendizagem ao longo da vida, promover a aprendizagem e a diversidade das línguas e explorar os resultados, os produtos e os processos inovadores. O Programa Erasmus deve o nome ao filosofo holandês Erasmus de Roterdão, que viveu e trabalhou em vários locais da Europa, procurando expandir e ganhar novos conhecimentos. ERASMUS é também a sigla de European Region Action Scheme for the Mobility of University Students (em português, Esquema de Acção Regional Europeia para a Mobilidade de Estudantes Universitários). Trata-se da maior iniciativa de intercâmbio estudantil no mundo que pretende, até 2012, atingir os três milhões de estudantes em mobilidade e conta com a participação de cerca de 90% das instituições de ensino superior europeias. Em Portugal, a Agência Nacional PROALV Programa Aprendizagem ao Longo da Vida é quem gere o Programa ERASMUS. Actualmente, esta acção está integrada no Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida/ Lifelong Learning Programme (LLP), um programa da União Europeia assinado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia, a 15 de Novembro de 2006, iniciado a 1 de Janeiro de 2007 e que durará até 31 de Dezembro de 2013. O quadro 14 resume o número de estudantes, docentes e funcionários, por instituição, que em 2010 participaram no programa de mobilidade Erasmus. Da análise deste quadro verifica-se que as IES politécnicas acolheram cerca de 2000 estudantes, 539 docentes e 44 funcionários com origem noutros países, de acordo com os dados fornecidos pelas IES. Já Portugal enviou cerca de 1.300 estudantes, 300 docentes e 30 funcionários para instituições com sede em países estrangeiros. 45

Quadro n.º 14 Mobilidade ERASMUS INSTITUTOS POLITÉCNICOS Alunos enviados Alunos recebidos Docentes enviados Docentes recebidos Funcionários enviados Funcionários recebidos BEJA 52 53 23 48 1 0 BRAGANÇA 241 250 14 119 0 0 CASTELO BRANCO 73 84 30 29 0 0 CÁVADO E AVE 25 24 5 32 2 10 COIMBRA 160 165 46 43 0 0 GUARDA 21 72 15 26 0 0 LEIRIA 143 189 17 43 0 0 LISBOA 212 237 44 54 0 0 PORTALEGRE 27 27 14 15 0 0 PORTO 144 332 45 67 23 34 SANTARÉM 50 32 10 0 0 0 SETÚBAL 35 108 22 40 0 0 TOMAR 43 36 7 5 0 0 VIANA DO CASTELO 61 80 4 10 0 0 VISEU 45 75 13 8 0 0 TOTAL 1332 1764 309 539 26 44 Escolas não Integradas ESC. SUP. ENFERMAGEM DE COIMBRA 58 20 32 26 0 0 ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE -- -- -- -- -- -- ESC SUP. ENFERMAGEM DO PORTO 9 5 8 5 0 0 ESC SUP. ENFERMAGEM DE LISBOA * ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL * TOTAL 66 25 40 31 0 0 Nota: Informação obtida directamente das IES * Dados não facultados pelas IES 46

Outras Mobilidades Todas as instituições de ensino superior estão a encetar esforços para incrementar e aumentar a mobilidade académica internacional, quer de estudantes como docentes e funcionários, com o objectivo de avançar em direcção à sociedade global do conhecimento. A Declaração de Bolonha é um desses exemplos, já que simplifica e uniformiza o reconhecimento de estudos, habilitações e diplomas. As instituições de ensino superior portuguesas possibilitam ainda mobilidade com instituições brasileiras e com Macau. O quadro 15 resume o número de estudantes que participaram em mobilidade no âmbito de outros programas que não o Erasmus, Portugal recebeu cerca de 200 estudantes e enviou 275 estudantes, números que já se consideram expressivos. A grande maioria dos estudantes portugueses ruma ao Brasil para efectuar períodos de mobilidade quer em Licenciatura quer em Mestrados. 47

Quadro n.º 15 Outros programas de mobilidade em 2010 INSTITUTOS POLITÉCNICOS Estudantes enviados Estudantes recebidos BEJA 3 0 BRAGANÇA 28 52 CASTELO BRANCO 0 2 CÁVADO E AVE 6 1 COIMBRA 7 1 GUARDA 80 5 LEIRIA 46 62 LISBOA 9 2 PORTALEGRE 0 0 PORTO 64 24 SANTARÉM 0 0 SETÚBAL 17 4 TOMAR 2 3 VIANA DO CASTELO 13 21 VISEU 0 3 TOTAL 275 180 Escolas não Integradas ESC. SUP. ENFERMAGEM DE COIMBRA 0 9 ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE -- -- ESC SUP. ENFERMAGEM DO PORTO 0 0 ESC SUP. ENFERMAGEM DE LISBOA * ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL * TOTAL 0 9 Nota: Informação obtida directamente das IES * Dados não facultados pelas IES Quadro n.º 16 Mobilidade Erasmus em 2010, por países Países Estudantes Recebidos Estudantes enviados Alemanha 27 14 Áustria 19 2 Bélgica 115 52 Bósnia 1 0 Bulgária 13 9 Croácia 4 0 Dinamarca 8 12 Eslováquia 14 15 Eslovénia 29 33 Espanha 388 361 Estónia 21 12 Finlândia 68 49 França 50 21 Grécia 36 20 Holanda 19 23 Hungria 32 38 Irlanda 5 7 Itália 86 127 Letónia 20 19 Lituânia 147 53 Luxemburgo 7 0 Noruega 11 17 Polónia 306 272 Reino Unido 5 28 Rep. Checa 69 115 Suécia 3 16 Roménia 87 58 Turquia 79 30 Ao abrigo da mobilidade Erasmus os estudantes portugueses optam maioritariamente por Espanha (361) como destino para efectuar um período de mobilidade, seguindo-se a Polónia (272), Itália (127) e República Checa (115). Os estudantes estrangeiros quer mais procuram Portugal para efectuar um período de mobilidade são maioritariamente alunos de Espanha (388), Polónia (306), Lituânia (147) e Bélgica (115). 48

2ª Parte Análise da situação financeira das Instituições de Ensino Superior Politécnico 49

2.1. Receitas As receitas das Instituições de Ensino Superior Politécnico necessárias paraa suportar as despesas de funcionamento provêm de duas grandes fontes de financiamento, a saber,: Transferências do Estado, nomeadamentee das dotações do Orçamento do Estado; Receitas próprias. Conforme quadros 17 a 20 e figura 7, verifica-se que a principal fonte de financiamento das instituições de ensino superior politécnico são as transferências do Estado representando cerca de 60% das receitas totais (incluindo os saldoss s transitados). No entanto, uma vez que os saldos transitt tados, salvo casos excepcionais, não podem ser utiliza dos como fonte de financiamento de despesa, o peso das transferências do Estado nas receitas totais de cada instituição é maior (73,3%). A segunda fonte de financiamento são as propin nas que represr sentam cerca de 17% ou 21% das receitas totais, conso ante sejam, ou não, considerados, os saldos transitt tados,. Com efeito como anteri ormente se referiu, por regra, r estess saldos não podem ser utilizados para compr romissos. Figura 7 - Estrutura da receita por fonte de financiamento - 2007 a 2010 2007 2008 2009 20100 18% 16% 16% 18% 11% 11% 7% 5% 14% 57% 15% 58% 18% 59% 17% 60% OE Propinas Outras Saldos Transitados 50

Quadro 17 Estrutura das receitas 2007 INSTITUTOS POLITÉCNICOS MCTES 16 Propinas Outras Receitas Próprias Total antes Saldos Transitados Saldos Transitados Total de Receitas BEJA 11.283.349 1.894.429 2.544.207 15.721.985 3.298.115 19.020.100 BRAGANÇA 16.505.812 3.058.857 3.387.249 22.951.918 1.861.231 24.813.149 CASTELO BRANCO 15.253.772 3.144.236 2.738.397 21.136.405 4.309.542 25.445.947 CÁVADO E AVE 3.085.107 1.054.101 786.898 4.926.106 386.038 5.312.144 COIMBRA 27.262.222 6.256.592 4.319.105 37.837.919 7.155.471 44.993.390 GUARDA 11.192.191 2.474.116 1.664.181 15.330.488 1.206.771 16.537.259 LEIRIA 22.379.703 8.664.630 2.893.539 33.937.872 4.887.369 38.825.241 LISBOA 44.165.780 9.156.556 5.012.337 58.334.673 19.605.163 77.939.836 PORTALEGRE 8.632.639 2.227.682 1.811.866 12.672.187 1.090.751 13.762.938 PORTO 41.188.471 12.646.586 14.354.321 68.189.378 15.997.101 84.186.479 SANTARÉM 11.970.217 3.353.802 2.705.851 18.029.870 3.542.536 21.572.406 SETÚBAL 18.215.912 4.065.247 4.374.048 26.655.207 5.618.527 32.273.734 TOMAR 9.466.668 2.456.986 949.871 12.873.525 758.674 13.632.199 VIANA DO CASTELO 10.342.279 2.260.184 3.939.543 16.542.006 788.328 17.330.334 VISEU 17.488.379 4.463.080 3.631.587 25.583.046 10.830.934 36.413.980 TOTAL 268.432.501 67.177.084 55.113.000 390.722.585 81.336.551 471.747.633 Peso por tipo de receita 56,9% 14,2% 11,7% 82,8% 17,2% 100% Peso das receitas sem saldos transitados 68,7% 17,2% 14,1% 100% Escolas não Integradas ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 8.507.924 1.390.194 988.863 10.886.981 5.980.280 16.867.261 ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE 3.799.627 187.020 561.266 4.547.913 37.059 4.584.772 16 Inclui OE + Financiamento CET 51

Quadro 18 Estrutura das receitas 2008 INSTITUTOS POLITÉCNICOS MCTES Propinas Outras Receitas Próprias Total antes Saldos Transitados Saldos Transitados Total de Receitas BEJA 11.321.979 2.146.957 2.383.745 15.852.681 3.090.022 18.942.703 BRAGANÇA 17.735.494 3.338.640 3.103.351 24.177.485 1.770.427 25.947.912 CASTELO BRANCO 15.227.496 3.205.360 1.950.727 20.383.583 2.436.538 22.820.121 CÁVADO E AVE 3.247.354 1.663.917 747.402 5.658.673 277.131 5.935.804 COIMBRA 27.905.731 7.978.425 3.859.370 39.743.526 5.890.856 45.634.382 GUARDA 11.304.744 2.641.690 1.310.900 15.257.334 1.000.431 16.257.765 LEIRIA 23.999.089 9.776.893 3.784.492 37.560.474 743.986 38.304.460 LISBOA 44.636.883 11.214.866 4.166.273 60.018.022 17.058.453 89.824.875 PORTALEGRE 9.170.975 2.397.265 1.636.800 13.205.040 605.460 13.810.500 PORTO 46.491.860 13.148.529 16.765.502 76.405.891 21.549.537 97.955.428 SANTARÉM 12.126.047 3.808.873 3.520.458 19.455.378 3.210.720 22.666.098 SETÚBAL 18.568.582 4.866.392 4.852.181 28.287.155 4.955.223 33.242.378 TOMAR 10.044.362 2.940.610 914.372 13.899.344 524.735 14.424.079 VIANA DO CASTELO 12.511.618 2.715.691 4.825.199 20.052.508 218.974 20.271.482 VISEU 17.647.620 5.108.934 2.395.804 25.152.358 10.558.283 35.710.641 TOTAL 281.939.834 76.953.042 56.216.576 415.109.452 81.336.551 471.747.633 Peso por tipo de receita 59,8% 16,3% 11,9% 88,0% 17,2% 100% Peso das receitas sem saldos transitados 67,9% 18,5% 13,5% 100% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 8.475.563 1.539.244 757.445 10.772.252 5.486.248 16.258.500 ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 3.000.000 319.704 1.216.348 4.536.052 43.498 4.579.556 52

Quadro 19 Estrutura das receitas 2009 INSTITUTOS POLITÉCNICOS MCTES Propinas Outras Receitas Próprias Total antes Saldos Transitados Saldos Transitados Total de Receitas BEJA 11.763.947 2.520.434 1.180.316 15.464.698 2.589.489 18.054.187 BRAGANÇA 19.756.807 4.417.189 4.013.769 28.187.765 1.310.852 29.498.617 CASTELO BRANCO 16.621.733 3.663.761 1.732.483 22.017.977 1.454.927 23.472.903 CÁVADO E AVE 4.093.002 1.952.148 510.397 6.555.547 6.375 6.561.922 COIMBRA 30.703.713 9.646.226 1.972.252 42.322.191 4.395.724 46.717.915 GUARDA 11.562.549 2.525.740 1.172.594 15.260.883 763.350 16.024.233 LEIRIA 27.120.599 11.715.368 7.522.443 46.358.410 0 46.358.410 LISBOA 46.420.877 13.436.440 2.211.748 62.069.065 15.498.561 77.567.626 PORTALEGRE 9.885.326 2.425.656 782.171 13.093.153 26.272 13.119.425 PORTO 45.657.504 16.452.833 5.819.102 67.929.439 31.068.935 98.998.374 SANTARÉM 13.213.679 4.189.657 1.203.984 18.607.320 2.206.972 20.814.292 SETÚBAL 19.458.835 6.207.815 2.279.845 27.946.495 7.497.730 35.444.225 TOMAR 9.776.317 3.375.351 1.392.220 14.543.888 689.069 15.232.957 VIANA DO CASTELO 12.854.279 3.884.900 2.311.686 19.050.865 201.422 19.252.287 VISEU 18.288.537 5.453.539 1.772.633 25.514.709 10.544.058 36.058.767 TOTAL 297.177.704 91.867.057 35.877.644 424.922.404 78.253.736 503.176.140 Peso por tipo de receita 59,1% 18,3% 7,1% 84,4% 15,6% 100% Peso das receitas sem saldos transitados 69,9% 21,6% 8,4% 100% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 8.112.907 2.059.329 693.110 10.865.346 5.031.314 15.896.660 ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 3.231.078 506.113 602.435 4.339.626 815.905 5.155.531 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 6.038.982 1.843.662 419.216 8.301.860 0 8.301.860 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA 8.323.165 2.138.917 680.556 11.142.638 1.436.172 12.578.810 ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 3.606.262 1.814.547 186.494 5.607.303 1.298 5.608.601 TOTAL Escolas 29.312.394 8.362.568 2.581.811 40.256.773 7.284.689 47.541.462 Peso por tipo de receita 61,7% 17,6% 5,4% 84,7% 15,3% 100% Peso das receitas sem saldos transitados 72,8% 20,8% 6,4% 100% 53

Quadro 20 Estrutura das receitas 2010 MCTES Propinas Outras Receitas Próprias Total antes Saldos Transitados Saldos Transitados Total de Receitas BEJA 13.231.730 2.556.520 1.141.788 16.930.038 2.853.954 19.783.992 BRAGANÇA 22.852.130 5.361.682 1.950.256 30.164.068 3.505.500 33.669.568 CASTELO BRANCO 18.926.986 3.488.718 786.963 23.202.667 1.353.305 24.555.972 CÁVADO E AVE 4.711.446 2.476.378 156.666 7.344.490 232.199 7.576.689 COIMBRA 31.893.748 8.902.270 3.387.301 44.183.319 5.252.882 49.436.201 GUARDA 12.949.951 2.697.235 698.652 16.345.838 741.222 17.087.060 LEIRIA 31.070.683 11.608.533 3.185.801 45.865.017 2.961.476 46.450.919 LISBOA 52.085.204 15.222.205 3.309.434 70.616.843 14.897.280 85.514.123 PORTALEGRE 11.257.371 2.368.259 541.031 14.166.660 535.757 14.702.417 PORTO 54.887.117 16.428.828 5.673.914 76.989.858 54.576.874 131.566.732 SANTARÉM 15.000.325 4.392.146 1.178.913 20.571.384 1.195.013 21.766.397 SETÚBAL 22.206.403 6.750.120 2.428.106 31.384.629 8.854.157 40.238.786 TOMAR 11.630.350 3.280.990 1.142.738 16.054.078 284.005 16.338.083 VIANA DO CASTELO 15.216.536 3.670.419 1.924.270 20.811.225 1.285.783 22.097.008 VISEU 20.940.823 5.973.083 772.798 27.686.704 10.945.663 38.632.367 TOTAL 338.860.802 95.177.385 28.278.631 462.316.819 109.475.070 569.416.314 Peso por tipo de receita 59,3% 16,6% 4,9% 91,9% 19,1% 100% Peso das receitas sem saldos transitados 73,3% 20,6% 6,1% 100% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 9.248.351 2.195.650 935.510 12.379.511 4.531.007 16.910.518 ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 3.494.159 562.045 586.101 4.642.305 1.111.347 5.753.652 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 6.860.925 1.990.719 296.800 9.148.444 0 9.148.444 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA 9.555.798 2.603.189 679.973 12.838.960 0 12.838.960 ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 4.141.453 2.145.632 126.188 6.413.273 2.266 6.415.539 TOTAL Escolas 33.300.686 9.497.235 2.624.572 45.422.493 5.644.620 51.067.113 Peso por tipo de receita 65,2% 18,6% 5,1% 95,5% 11,1% 100% Peso das receitas sem saldos transitados 73,3% 20,9% 5,8% 100% 54

O quadro 21 apresenta o grau de dependência das Instituições de Ensino Superior Politécnico relacionando as transferências do Estado com as despesas totais. 17 Dos dados fornecidos podem ser tecidos os seguintes comentários: O contributo das transferências do Estado nas despesas totais dos 15 institutos politécnicos passou de 78,8% em 2006 para 74,7% em 2010, ou seja, a dependência das Instituições de Ensino Superior Politécnico em relação às transferências do Estado aumentou, ou, analisado na óptica das origens de fundos, as Instituições de Ensino Superior Politécnico dependem em cerca de 75% das transferências do Estado para pagar os compromissos assumidos; O nível de dependência situa-se entre 64,6% (Cávado e Ave, com maior independência em relação às transferências do Estado) e 82,7% (Guarda, com maior dependência em relação às transferências do Estado). No caso das Escolas não integradas o grau de dependência varia entre 63,3% (Hotelaria e Turismo do Estoril) e 76,7% (Escola Náutica); 17 Transferências do Estado/Despesas Totais 55

Quadro 21 Evolução da dependência financeira (peso das receitas Orçamento de Estado sobre as despesas totais), não incluindo PIDDAC INSTITUTOS POLITÉCNICOS Grau de dependência Variação 2006 2007 2008 2009 2010 2006-2010 BEJA 72,8% 70,4% 70,5% 75,2% 80,9% Aumentou BRAGANÇA 76,2% 71,6% 71,7% 76,0% 75,0% Diminuiu CASTELO BRANCO 76,4% 70,4% 71,0% 75,1% 81,8% Aumentou CÁVADO E AVE 70,6% 61,3% 56,6% 66,1% 64,6% Diminuiu COIMBRA 76,4% 69,7% 67,6% 73,4% 73,3% Diminuiu GUARDA 80,0% 72,0% 72,9% 75,7% 82,7% Aumentou LEIRIA 69,4% 61,0% 61,4% 62,8% 68,4% Diminuiu LISBOA 73,4% 69,8% 71,6% 69,0% 75,9% Aumentou PORTALEGRE 71,1% 63,2% 68,3% 78,5% 82,2% Aumentou PORTO 76,6% 63,4% 69,2% 67,8% 72,9% Diminuiu SANTARÉM 69,9% 62,3% 60,8% 67,7% 72,3% Aumentou SETÚBAL 77,6% 67,8% 70,0% 71,0% 75,6% Diminuiu TOMAR 72,5% 71,6% 70,6% 65,4% 74,3% Aumentou VIANA DO CASTELO 58,8% 55,7% 62,3% 70,4% 70,8% Aumentou VISEU 75,4% 70,4% 69,5% 72,8% 78,4% Aumentou TOTAL 73,8% 70,4% 69,5% 70,3% 74,7% Aumentou Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 79,7% 74,8% 74,0% 57,3% 63,5% Diminuiu ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 121,2% 108,7% 87,1% 77,9% 76,7% Diminuiu ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO -- -- -- 68,9% 74,5% -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- 70,0% 71,2% -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 62,3% 63,3% -- 56

No Quadro 22 é apresentada a evolução das transferências Orçamento de Estado para as Instituições de Ensino Superior Politécnico, sobre o qual se referirá o seguinte: As transferências nos últimos 5 anos, com excepção de 2007, têm aumentado acompanhando o aumento do número de estudantes. No entanto, entre 2006 e 2010 o aumento de estudantes nos 15 institutos politécnicos foi de 15,6% (estudantes do Bacharelato, Licenciatura, Mestrado e CET) enquanto que o aumento das transferências do Estado nesse mesmo período foi de 16,8%. A grande maioria dos Institutos Politécnicos teve um aumento percentual de transferências do Estado superior ao aumento percentual do número de estudantes quando se compara a situação em 2006 com 2010. Contudo, alguns institutos politécnicos (IPCA, Coimbra, Lisboa e Viseu) foram as instituições mais prejudicadas no actual modelo de financiamento uma vez que o aumento do número de estudantes foi superior ao ajustamento nas transferências do Estado. Figura 8 Evolução das receitas provenientes de transferências do MCTES e das propinas por estudantes inscritos Institutos Politécnicos 4.000,0 3.000,0 2.000,0 1.000,0 0,0 3.340,6 2.998,0 3.003,2 3.123,1 3.464,6 625,6 750,3 814,7 965,5 973,1 2006 2007 2008 2009 2010 OE por estudantes n-1 Propinas por estudantes n-1 57

INSTITUTOS POLITÉCNICOS Quadro 22 Evolução das transferências do Orçamento do Estado 18 OE- MCTES OE- MCTES OE- MCTES OE- MCTES OE- MCTES OE- MCTES 2006 2007 2008 2009 2010 Variação 2006/2010 Nº de estudantes 19 Variação 2006/2010 BEJA 11.849.632 11.283.349 11.321.979 11.763.947 13.231.730 11,7% 0,9% BRAGANÇA 17.828.923 16.505.812 17.735.494 19.756.807 22.852.130 28,2% 22,6% CASTELO BRANCO 16.576.497 15.253.772 15.227.496 16.621.733 18.926.986 14,2% -1,2% CÁVADO E AVE 3.810.826 3.085.107 3.247.354 4.093.002 4.711.446 23,6% 128,1% COIMBRA 29.793.152 27.262.222 27.905.731 30.703.713 31.893.748 7,1% 22,3% GUARDA 12.262.406 11.192.191 11.304.744 11.562.549 12.949.951 5,6% -4,8% LEIRIA 23.770.328 22.379.703 23.999.089 27.120.599 31.070.683 30,7% 22,6% LISBOA 47.014.246 44.165.780 44.636.883 46.420.877 52.085.204 10,8% 12,8% PORTALEGRE 9.212.891 8.632.639 9.170.975 9.885.326 11.257.371 22,2% 4,9% PORTO 46.842.717 41.188.471 46.491.860 45.657.504 54.887.117 17,2% 12,6% SANTARÉM 12.741.377 11.970.217 12.126.047 13.213.679 15.000.325 17,7% 12,0% SETÚBAL 19.590.293 18.215.912 18.568.582 19.458.835 22.206.403 13,4% 5,3% TOMAR 9.418.713 9.466.668 10.044.362 9.776.317 11.630.350 23,5% 12,8% VIANA DO CASTELO 10.481.249 10.342.279 12.511.618 12.854.279 15.216.536 45,2% 39,0% VISEU 18.842.361 17.488.379 17.647.620 18.288.537 20.940.823 11,1% 11,9% TOTAL 290.035.611 268.432.503 281.939.834 297.177.704 338.860.802 16,8% 15,6% Escolas não Integradas ESC.SUP. DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 9.556.682 8.507.924 8.475.563 8.112.907 9.248.351-3,2% -- ESC. NAUTICA INFANTE D.HENRIQUE 4.080.847 3.799.627 3.000.000 3.231.078 3.494.159-14,4% -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO -- -- -- 6.038.982 6.860.925 -- -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- 8.323.165 9.555.798 -- -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 3.606.262 4.141.453 -- -- 18 Inclui dotação do Orçamento de Estado + reforços + financiamento dos CET. 19 Inclui número de estudantes de Bacharelato, Licenciatura, Mestrado e CET. 58

No Quadro 23 é apresentada a evolução das transferências Orçamento de Estado para as Instituições de Ensino Superior Politécnico por estudante. Verifica-se que a média nacional das transferências do Estado por estudante (licenciatura + CET + Mestrado) é de cerca de 3.500. Na figura 9 apresenta-se a evolução das transferências do Estado e das Propinas ao longo dos últimos 5 anos. Figura 9 Evolução das receitas provenientes de transferências do MCTES e das propinas Institutos Politécnicos Unidade: milhares de euros 400.000 300.000 290.036 268.433 281.940 297.178 338.861 200.000 100.000 0 54.314 67.177 76.487 91.867 95.177 2006 2007 2008 2009 2010 OE - Transferências Propinas 59

Quadro 23 Evolução das transferências do Orçamento do Estado por estudantes inscritos em n-1 INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2006 2007 2008 2009 2010 Variação 2006/2010 BEJA 4.032 3.598 3.555 3.847 4.508 11,8% BRAGANÇA 3.482 2.759 2.879 3.002 3.264-6,2% CASTELO BRANCO 3.816 3.336 3.128 3.571 4.313 13,0% CÁVADO E AVE 2.601 2.003 1.648 1.777 1.676-35,6% COIMBRA 3.360 2.986 2.700 2.963 3.171-5,6% GUARDA 3.818 3.263 3.175 3.534 4.169 9,2% LEIRIA 2.614 2.371 2.447 2.613 2.823 8,0% LISBOA 3.605 3.423 3.451 3.514 3.819 5,9% PORTALEGRE 3.186 3.384 3.054 3.583 4.194 31,7% PORTO 3.115 2.723 3.059 3.094 3.445 10,6% SANTARÉM 3.702 3.190 2.989 3.022 3.417-7,7% SETÚBAL 3.576 3.043 3.100 3.099 3.570-0,1% TOMAR 2.959 3.069 2.803 2.697 3.207 8,4% VIANA DO CASTELO 3.687 3.469 3.836 3.924 3.914 6,2% VISEU 3.215 2.953 2.957 2.918 3.421 6,4% TOTAL 1 3.341 2.998 3.003 3.123 3.465 3,7% Escolas não Integradas ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE COIMBRA -- -- 5.514 5.900 6.182 -- ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE -- -- 6.977 7.514 5.785 -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO -- -- -- 5.431 6.099 -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- -- 7.223 -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- -- 2.462 -- TOTAL 2 -- -- -- -- 5.345 -- 60

As receitas provenientes de propinas são dos recursos utilizados pelas Instituições de Ensino Superior Politécnico. O quadro 24 apresenta a evolução das receitas provenientes de propinas, salientando-se os seguintes aspectos: As propinas permitem suportar cerca de 21% das despesas das instituições. O Politécnicos de Beja e de Castelo Branco são as instituições com menor dependência desta receita (aproximadamente 15%) enquanto o IPCA, o Politécnico de Leiria e a Escola Superior do Estoril têm uma dependência desta receita superior a 25%; As receitas das propinas cobradas aumentaram cerca de 75,2% de 2006 para 2010. E, uma vez que o aumento de estudantes no mesmo período foi de 15,6%, houve um aumento real do valor das propinas por estudante em todas as Instituições de Ensino Superior Politécnico, situação que, em muitos casos, se deve ao aumento do número de estudantes de mestrado cujo valor de propinas é superior aos estudantes de licenciatura. 61

INSTITUTOS POLITÉCNICOS Quadro 24 - Receitas provenientes de propinas Propinas Propinas Propinas Propinas Propinas Propinas (variação) Peso das propinas nas despesas totais Estudantes (variação) 2006 2007 2008 2009 2010 2006/2010 2010 2006/2010 BEJA 1.604.676 1.894.429 2.146.957 2.520.434 2.556.520 59,3% 15,6% 0,9% BRAGANÇA 2.531.492 3.058.857 3.338.640 4.417.189 5.361.682 111,8% 17,6% 22,6% CASTELO BRANCO 2.425.160 3.144.236 3.205.360 3.663.761 3.488.718 43,9% 15,1% -1,2% CÁVADO E AVE 879.341 1.054.101 1.663.917 1.952.148 2.476.378 181,6% 34,0% 128,1% COIMBRA 5.179.846 6.256.592 7.978.425 9.646.226 8.902.270 71,9% 20,5% 22,3% GUARDA 1.820.205 2.474.116 2.641.690 2.525.740 2.697.235 48,2% 17,2% -4,8% LEIRIA 5.938.680 8.664.630 9.805.256 11.715.368 11.608.533 95,5% 25,5% 22,6% LISBOA 8.674.747 9.156.556 11.214.866 13.436.440 15.222.205 75,5% 22,2% 12,8% PORTALEGRE 1.617.357 2.227.682 2.397.265 2.425.656 2.368.259 46,4% 17,3% 4,9% PORTO 10.054.843 12.646.586 12.654.468 16.452.833 16.428.828 63,4% 21,8% 12,6% SANTARÉM 2.274.834 3.353.802 3.808.873 4.189.657 4.392.146 93,1% 21,2% 12,0% SETÚBAL 3.331.813 4.065.247 4.866.392 6.207.815 6.750.120 102,6% 23,0% 5,3% TOMAR 2.027.859 2.456.986 2.940.610 3.375.351 3.280.990 61,8% 21,0% 12,8% VIANA DO CASTELO 2.212.477 2.260.184 2.715.691 3.884.900 3.670.419 65,9% 17,1% 39,0% VISEU 3.740.775 4.463.080 5.108.934 5.453.539 5.973.083 59,7% 22,3% 11,9% TOTAL 54.314.105 67.177.084 76.487.344 91.867.057 95.177.385 75,2% 21,0% 15,6% Escolas não Integradas ESC.SUP. DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 1.229.028 1.390.194 1.539.244 2.059.329 2.195.650 78,6% 15,1% -- ESC. NAUTICA INFANTE D.HENRIQUE -- -- -- 506.113 562.045 -- 11,7% -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 1.843.662 1.990.719 -- 21,6% -- -- -- -- 2.138.917 2.603.189 -- 19,4% -- -- -- -- 1.814.547 2.145.632 -- 32,8% -- 62

2.2. Despesas de funcionamento As despesas, em termos de classificador económico, poderão ser agrupadas em três grandes grupos: Despesas com pessoal Despesas correntes de funcionamento Despesas de capital Da análise do quadro 25 destaca-se o seguinte, quando se compara 2010 com 2006: O aumento da despesa foi de 15,5% para um acréscimo de 15,6% do número de estudantes inscritos. A subida da despesa é equivalente ao aumento em percentagem do número de alunos. Contudo, se tivermos ainda em consideração a inflação de 2006 a 2010, podemos afirmar que existe contenção da despesa nas instituições de ensino superior e um melhor aproveitamento dos Recursos Financeiros e Humanos; O aumento da despesa foi significativamente superior ao aumento do número de estudantes nos Institutos Politécnicos de Bragança, Castelo Branco, Guarda, Leiria, Porto, Setúbal e Tomar; A evolução da despesa foi significativamente inferior à evolução do número de estudantes nos Institutos Politécnicos do Cávado e do Ave, Coimbra, Lisboa e Viana do Castelo; 63

INSTITUTOS POLITÉCNICOS Quadro 25 Variação das despesas totais (a preços correntes) Total da Despesa Variação da despesa Evolução do nº de estudantes 2006 2007 2008 2009 2010 2006/10 2006/2010 A B C D E F = (E-A)/A -- BEJA 16.272.593 16.021.502 16.058.454 15.651.809 16.363.433 0,6% 0,9% BRAGANÇA 23.384.050 23.041.785 24.727.752 25.993.118 30.483.193 30,4% 22,6% CASTELO BRANCO 21.700.826 21.663.050 21.432.534 22.121.181 23.147.570 6,7% -1,2% CÁVADO E AVE 5.394.879 5.035.012 5.736.852 6.191.865 7.290.075 35,1% 128,1% COIMBRA 38.988.365 39.102.534 41.291.734 41.832.525 43.514.610 11,6% 22,3% GUARDA 15.335.698 15.537.876 15.507.515 15.283.011 15.654.259 2,1% -4,8% LEIRIA 34.245.076 36.673.869 39.071.423 43.192.410 45.441.187 32,7% 22,6% LISBOA 64.037.085 63.254.617 62.314.348 67.228.070 68.603.841 7,1% 12,8% PORTALEGRE 12.953.803 13.651.908 13.426.912 12.591.359 13.697.977 5,7% 4,9% PORTO 61.186.890 64.997.140 67.141.675 67.379.613 75.286.240 23,0% 12,6% SANTARÉM 18.218.951 19.215.104 19.952.564 19.505.506 20.749.174 13,9% 12,0% SETÚBAL 25.238.793 26.882.983 26.519.443 27.404.179 29.360.053 16,3% 5,3% TOMAR 12.985.990 13.221.595 14.218.095 14.948.952 15.649.593 20,5% 12,8% VIANA DO CASTELO 17.822.486 18.561.916 20.069.860 18.246.533 21.490.586 20,6% 39,0% VISEU 24.984.441 24.827.556 25.391.782 25.113.104 26.726.220 7,0% 11,9% TOTAL 392.749.926 401.688.447 412.860.943 422.683.235 453.458.011 15,5% 15,6% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 11.992.118 11.381.012 11.456.811 14.156.459 14.553.352 21,4% -- ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 3.366.444 3.494.602 3.446.124 4.147.552 4.795.047 42,4% -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 9.234.158 8.701.034 8.665.800 8.766.441 9.211.296-0,2% -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- 11.893.029 13.423.543 -- -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 5.784.043 6.540.349 -- -- 64

O quadro 26 apresenta a evolução da despesa por estudante, a preços correntes, calculada pela seguinte fórmula: DESPESAS TOTAIS -------------------------------------------- NÚMERO DE ESTUDANTES Da análise dos dados do quadro 26 verifica-se que: A despesa por estudante diminuiu de 2006 para 2010 cerca de 0,2%, sendo que essa diminuição se verificou em seis Institutos Politécnicos (Beja, Cávado e Ave, Coimbra, Lisboa, Viana do Castelo e Viseu) e aumentou em nove Institutos Politécnicos (Bragança, Castelo Branco, Guarda, Leiria, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal e Tomar); O Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA) foi a instituição que registou maior diminuição de despesa por estudante (40,7%) e o Instituto Politécnico de Setubal (IP Setubal) a instituição com maior aumento de despesa por estudante (10,5%). O IPCA é a instituição politécnica com menor despesa por estudante (2.076 ) enquanto a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) é a instituição com a maior despesa por estudante (8.566 ). Esta diferença pode ser justificada devido ao peso do número de professores adjuntos e coordenadores em relação ao total de docentes, e pelo tipo de ensino ministrado (predominando ou não cursos das áreas das tecnologias). As 5 Instituições com maior despesa por estudante são: ESEnfC (8.566 ); ESE Lisboa (7.693 ); ENIDH (7.563 ); ESE Porto (6.699 ) e IP de Viana do Castelo (5.187 ). As 5 Instituições com menor despesa por estudante são: IPCA (2.076 ); ESHTE (3.564 ); IP Coimbra (3.898 ); IP Leiria (3.928 ) e IP Viseu (4.032 ). 65

Quadro 26 Evolução das despesas por estudante (a preços correntes) INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2006 2007 2008 2009 2010 Variação 2006/2010 BEJA 5.189 5.030 5.251 5.333 5.172-0,3% BRAGANÇA 3.909 3.741 3.757 3.713 4.156 6,3% CASTELO BRANCO 4.746 4.450 4.604 5.041 5.127 8,0% CÁVADO E AVE 3.503 2.555 2.491 2.203 2.076-40,7% COIMBRA 4.270 3.784 3.985 4.160 3.898-8,7% GUARDA 4.471 4.365 4.739 4.920 4.793 7,2% LEIRIA 3.628 3.740 3.764 3.924 3.928 8,2% LISBOA 4.963 4.891 4.718 4.929 4.712-5,1% PORTALEGRE 5.078 4.546 4.867 4.691 5.117 0,8% PORTO 4.045 4.276 4.550 4.229 4.421 9,3% SANTARÉM 4.855 4.736 4.564 4.443 4.937 1,7% SETÚBAL 4.216 4.488 4.224 4.406 4.660 10,5% TOMAR 4.209 3.690 3.922 4.123 4.498 6,9% VIANA DO CASTELO 5.979 5.690 6.126 4.693 5.187-13,2% VISEU 4.218 4.160 4.052 4.102 4.032-4,4% TOTAL 4.386 4.279 4.339 4.322 4.379-0,2% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 7.682 7.405 8.332 9.463 8.566 11,5% ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 8.654 8.127 8.014 6.867 7.563-12,6% ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO -- -- -- 7.792 6.699 -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- 8.989 7.693 -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 3.439 3.564 -- 66

Através do quadro 27, que apresenta a evolução do peso das despesas com pessoal nas despesas totais, podemos tecer os seguintes comentários: O aumento em grande parte das instituições politécnicas do peso das despesas com pessoal nas despesas totais tem como principais justificações o aumento dos descontos suportados por cada instituição (nomeadamente o aumento dos descontos para a Caixa Geral de Aposentações), os aumentos de salários e a progressão na carreira exigida pelo actual ECPDESP. Estes aumentos foram superiores ao aumento das receitas e, consequentemente, ao aumento das despesas totais. Deste modo, foram sacrificadas outras despesas, nomeadamente as despesas de funcionamento, despesas correntes e mesmo despesas de capital; As 5 instituições com maior peso das despesas com pessoal nas despesas totais são os Institutos Politécnicos de Castelo Branco (85,4%), ESHTE (83,8%), IP Portalegre (83,2%), IP Santarém (83,2%) e IP Coimbra (83,0%); As 5 instituições com menor peso das despesas com pessoal nas despesas totais são os Institutos Politécnicos de ESEnfC (60,6%), ESE Lisboa (63,2%), IP Viana do Castelo (68,5%), IPCA (71,6%) e IP Leiria (73,6%). 67

Quadro 27 Evolução das despesas com pessoal nas despesas totais INSTITUTOS POLITÉCNICOS Peso das despesas com pessoal nas despesas totais Variação 2006 2007 2008 2009 2010 2006/2010 BEJA 70,3% 79,0% 83,4% 79,3% 77,1% Aumentou BRAGANÇA 79,5% 89,6% 90,2% 82,4% 73,6% Diminuiu CASTELO BRANCO 78,4% 85,4% 92,3% 86,5% 85,4% Aumentou CÁVADO E AVE 61,3% 79,3% 76,6% 72,7% 71,6% Aumentou COIMBRA 74,6% 83,7% 86,9% 82,3% 83,0% Aumentou GUARDA 78,9% 86,3% 92,2% 82,2% 80,4% Aumentou LEIRIA 66,3% 73,9% 82,1% 74,8% 73,6% Aumentou LISBOA 71,4% 74,7% 75,3% 79,0% 81,9% Aumentou PORTALEGRE 78,9% 82,1% 86,6% 86,7% 83,2% Aumentou PORTO 73,6% 77,6% 80,6% 78,2% 74,4% Aumentou SANTARÉM 73,8% 78,1% 80,5% 82,2% 83,2% Aumentou SETÚBAL 77,4% 85,9% 85,1% 83,4% 81,1% Aumentou TOMAR 79,7% 84,5% 83,5% 77,5% 78,9% Diminuiu VIANA DO CASTELO 70,1% 72,3% 71,0% 77,8% 68,5% Diminuiu VISEU 71,1% 80,8% 83,5% 83,4% 81,2% Aumentou TOTAL 73,2% 81,1% 83,7% 80,2% 78,4% Aumentou Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 64,0% 73,5% 76,8% 62,1% 60,6% Diminuiu ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 80,3% 75,6% 83,8% 72,8% 71,5% Diminuiu ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 67,6% 81,2% 89,0% 80,0% 81,8% Aumentou ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- 77,8% 63,2% -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 84,6% 83,8% -- 68

O quadro 28 relaciona o valor das transferências do Estado com as despesas com pessoal, sendo de realçar o facto de, desde 2007, as despesas com pessoal em grande parte dos Institutos Politécnicos serem superiores às transferências do Estado (excepto nos Institutos Politécnicos de Beja, Guarda e Viana dos Castelo em 2010), ou seja, desde 2007 que as Transferências do Estado são insuficientes para pagar as despesas com pessoal. 69

Quadro 28 Despesas com pessoal/transferências do OE INSTITUTOS POLITÉCNICOS Peso das despesas com pessoal nas transferências do OE Variação 2006 2007 2008 2009 2010 2006/2010 BEJA 96,5% 112,2% 118,3% 110,9% 95,6% Diminuiu BRAGANÇA 104,3% 125,1% 125,8% 115,9% 101,1% Diminuiu CASTELO BRANCO 102,6% 121,3% 130,0% 125,4% 106,0% Aumentou CÁVADO E AVE 86,8% 129,5% 135,3% 137,3% 110,8% Aumentou COIMBRA 97,7% 120,0% 128,6% 119,0% 118,0% Aumentou GUARDA 98,7% 119,8% 126,4% 111,4% 97,5% Diminuiu LEIRIA 93,0% 118,7% 129,2% 133,8% 108,7% Aumentou LISBOA 95,9% 104,2% 104,3% 116,7% 108,5% Aumentou PORTALEGRE 111,0% 129,8% 126,8% 125,3% 101,5% Diminuiu PORTO 96,1% 122,4% 116,4% 115,5% 107,1% Aumentou SANTARÉM 105,5% 125,3% 132,5% 131,3% 115,9% Aumentou SETÚBAL 99,7% 126,8% 121,5% 117,8% 107,8% Aumentou TOMAR 109,9% 118,0% 118,2% 130,2% 106,8% Diminuiu VIANA DO CASTELO 119,2% 129,8% 114,0% 135,7% 99,4% Diminuiu VISEU 94,3% 114,7% 120,2% 116,6% 104,9% Aumentou TOTAL 99,8% 121,1% 122,5% 120,5% 107,0% Aumentou Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 80,3% 98,3% 103,8% 115,0% 101,2% Aumentou ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 66,3% 69,5% 96,3% 100,7% 101,1% Aumentou ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO -- -- -- 119,2% 112,5% -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- 112,8% 92,0% -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 212,5% 132,3% -- 70

2.3. Despesas em Edifícios e outras construções De entre as despesas de capital realçamos, pelo peso que representam, as despesas com edifícios e com outras construções. Importa, sobretudo, salientar estas despesas, realizadas pelos Institutos Politécnicos no período de 2006 a 2010,foram superiores a 87 milhões de Euros. Da análise destes valores, conforme quadro seguinte, podemos retirar que, em igual período, os Institutos Politécnicos de Leiria, Lisboa e Porto foram responsáveis pela aplicação de 55% das despesas em edifícios e outras construções nas Instituições Politécnicas. Em 2010, e conforme o quadro nº 29 e a figura nº 10, a principal fonte de financiamento da despesa em edifícios e outras construções é proveniente de fundos comunitários, correspondendo a 29% da despesa, seguido pelos fundos provenientes do PIDDAC (22%). Salienta-se ainda o facto de cerca de 20% da despesa ter origem em fundos próprios das Instituições. 71

Quadro 29 Despesas em edifícios e outras construções INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2006 2007 2008 2009 2010 Total 2006 a 2010 Peso Relativo BEJA 159.280 134.140 3.265.097 0 79.609 3.638.126 4,2% BRAGANÇA 16.011 76.571 138.493 347.708 2.349.983 2.928.766 3,4% CASTELO BRANCO 1.848.660 2.719.371 2.114.223 0 77.428 6.759.682 7,7% CÁVADO E AVE 1.089.205 1.316.691 3.076.979 715.456 1.215.435 7.413.766 8,5% COIMBRA 723.592 48.730 221.473 0 221.394 1.215.189 1,4% GUARDA 271.271 126.715 17.750 0 174.187 589.923 0,7% LEIRIA 4.635.462 4.527.622 1.829.985 2.521.173 7.301.527 20.815.769 23,8% LISBOA 3.290.105 7.290.157 3.843.406 1.102.681 179.450 15.705.799 18,0% PORTALEGRE 481.275 723.742 0 0 85.623 1.290.640 1,5% PORTO 4.871.788 2.086.205 1.538.719 0 2.880.601 11.377.313 13,0% SANTARÉM 17.915 34.380 34.069 0 3.423.997 3.510.361 4,0% SETÚBAL 4.326.208 3.109.326 177.333 0 655.524 8.268.391 9,5% TOMAR 77.643 30.117 0 0 0 107.760 0,1% VIANA DO CASTELO 347.606 562.438 665.923 0 489.773 2.065.740 2,4% VISEU 1.184.701 44.600 293.956 125.210 42.868 1.691.335 1,9% TOTAL 23.340.722 22.830.805 17.217.406 4.812.228 19.177.399 87.378.560 100% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 38.703 1.105.965 122.645 -- -- 1.267.313 -- ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 113.308 299.775 21.560 -- -- 434.643 -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 86.863 20.379 17.702 -- -- 124.944 -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- -- -- -- -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- -- 104.879,0 89.830,0 194.709 -- 72

Quadro 30 Despesas em edifícios e outras construções, por fonte de financiamento -2010 INSTITUTOS POLITÉCNICOS OE PIDDAC Fundos Comunitários Receitas Próprias Outras Total BEJA 0 79.609 0 0 0 79.609 BRAGANÇA 1.724.905 385.244 0 239.834 0 2.349.983 CASTELO BRANCO 0 0 0 77.428 0 77.428 CÁVADO E AVE 0 1.133.006 82.429 0 0 1.215.435 COIMBRA 207.525 0 0 13.869 0 221.394 GUARDA 174.187 0 0 0 0 174.187 LEIRIA 0 556.757 3.619.620 666.369 3.005.450 7.301.527 LISBOA 0 179.450 0 0 0 179.450 PORTALEGRE 0 0 0 85.623 0 85.623 PORTO 306.814 261.939 95.256 2.216.592 0 2.880.601 SANTARÉM 0 1.190.317 2.210.237 23.443 0 3.423.997 SETÚBAL 137.838 44.352 11.702 461.632 0 655.524 TOMAR -- -- -- -- -- -- VIANA DO CASTELO 14.400 327.986 32.423 114.964 0 489.773 VISEU 1.442 0 0 41.426 0 42.868 TOTAL 2.567.111 4.108.051 5.603.405 3.893.381 3.005.450 19.177.399 Percentagem sobre o total 13,4% 21,4% 29,2% 20,3% 15,7% 100% Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA -- -- -- -- -- -- ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE -- -- -- -- -- -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO -- -- -- -- -- -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- -- -- -- -- -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 0 59.979 0 29.851 0 89.830 73

Figura 10 Peso das despesas em edifícios e outras construções, por fonte de financiamento em 2010 16% 13% OE 20% 22% PIDDAC Fundos Comunitários Receitas Próprias 29% Outras 74

3ª Parte Serviços de Acção Social (SAS) 75

3.1. Áreas de intervenção e financiamento Artigo 20º do RJIES Acção Social escolar e outros apoios educativos 1 - Na sua relação com os estudantes, o Estado assegura a existência de um sistema de acção social escolar que favoreça o acesso ao ensino superior e a prática de uma frequência bem sucedida, com discriminação positiva dos estudantes economicamente carenciados com adequado aproveitamento escolar. 2 A acção social escolar garante que nenhum estudante é excluído do sistema de ensino superior por incapacidade financeira. 3 No âmbito do sistema de acção social escolar, o Estado concede apoios directos e indirectos geridos de forma flexível e descentralizada. 4 São modalidades de apoio social directo: a) Bolsas de estudo; b) Auxílio de emergência. 5 São modalidades de apoio social indirecto: a) Acesso à alimentação e ao alojamento; b) Acesso a serviços de saúde; c) Apoio a actividades culturais e desportivas d) Acesso a outros apoios educativos. 6 Na sua relação com os estudantes, o Estado assegura ainda outros apoios, designadamente: a) A atribuição de bolsas de estudo de mérito a estudantes com aproveitamento escolar excepcional; b) A concessão de apoios a estudantes com necessidades especiais, designadamente aos portadores de deficiência; c) A promoção da concretização de um sistema de empréstimos para autonomização dos estudantes. Os Serviços de Acção Social são unidades funcionais integrantes das instituições de ensino superior, dotadas de autonomia administrativa e financeira, vocacionadas para assegurar a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior e melhorar as possibilidades de sucesso escolar dos estudantes, através da concessão de apoios e da prestação de serviços. A acção social tem tido, assim, um papel fundamental na democratização do acesso ao ensino superior, fazendo parte da política governamental que a tem entendido como uma prioridade nacional para a qualificação dos portugueses. As áreas de intervenção têm sido: A concessão de apoios financeiros (bolsas de estudo e auxílios de emergência); A alimentação (com uma oferta cada vez mais diversificada, ultrapassando a tradicional refeição em linha e criando novos modelos para acompanhar os interesses dos estudantes); O alojamento (com grande variedade a nível de tipologia); Os serviços de saúde, serviços de aconselhamento, apoio psico-pedagógico e apoio a actividades culturais e desportivas. 76

Todas as modalidades são relevantes para a integração do estudante na vida académica, fomentando o sucesso escolar, sendo que as dificuldades que se fazem sentir, quer sociais (aumento de famílias monoparentais, por divórcio ou abandono do lar) quer económico-financeiras (instabilidade de emprego, desemprego, endividamento das famílias) fazem com que a área com maior expressão financeira seja a das bolsas de estudo, razão pela qual se dá relevo neste capítulo do presente Anuário. O conjunto de actividades que organiza ou actividades e serviços que presta dentro das suas competências obriga a um conjunto de despesas de funcionamento cuja cobertura, tal como para o funcionamento de cursos, provém essencialmente de transferências do Estado. O quadro seguinte apresenta as transferências do Estado para o funcionamento da Acção Social e eventuais financiamentos a actividades organizadas pelos grupos académicos. São apresentadas apenas as transferências de 2010 uma vez que nos últimos anos o valor das transferências não tem sofrido alterações significativas. Deste quadro destaca-se o seguinte: O valor médio das transferências do Estado para o funcionamento dos SAS dos Institutos é de 84,5 por aluno(?), considerando os 15 Institutos Politécnicos; As diferenças de transferências por instituto são elevadas e justificadas pela falta de uma fórmula transparente. 77

Quadro 31 Transferências do Estado para os SAS INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2010 Nº de estudantes a 31.12.2009 Valor por estudante BEJA 397.455 2.935 135,4 BRAGANÇA 671.052 7.001 95,9 CASTELO BRANCO 403.153 4.388 91,9 CÁVADO E AVE 62.601 2.811 22,3 COIMBRA 847.648 10.057 84,3 GUARDA 479.750 3.106 154,5 LEIRIA 1.057.265 11.007 96,1 LISBOA 764.551 13.639 56,1 PORTALEGRE 470.528 2.684 175,3 PORTO 762.443 15.934 47,9 SANTARÉM 519.419 4.390 118,3 SETÚBAL 555.358 6.220 89,3 TOMAR 483.023 3.626 133,2 VIANA DO CASTELO 429.503 3.888 110,5 VISEU 362.366 6.122 59,2 TOTAL 8.266.115 97.808 84,5 Escolas não Integradas ESC SUP DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 404.859 1.496 270,6 ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 0 604 0,0 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 0 1.125 0,0 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA 0 1.323 0,0 ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 146.132 1.682 86,9 78

3.2 Bolsas O modelo de atribuição de bolsas de estudo foi totalmente reformulado no último ano em análise (2010), na sequência da publicação do Decreto-Lei n.º 70/2010, de 16 de Junho, que redefine as condições de acesso às prestações sociais e a todos os apoios sociais que tenham subjacente a verificação da condição de rendimentos. Na sequência dos normativos deste Decreto-Lei, foi publicado o Despacho n.º 14474/2010, de 16 de Setembro Regulamento de atribuição de bolsas de Estudo a estudantes do ensino superior e o Aviso n.º 20906- A/2010, de 19 de Outubro Normas técnicas nacionais para atribuição de bolsas de estudo a estudantes do ensino superior no ano lectivo de 2010/11. Esta reforma teve como objectivos principais o reforço da justiça social e a afectação prioritária dos recursos aos estudantes mais carenciados, tendo aumentado a exigência a nível de aproveitamento escolar. Foi também harmonizado o sistema de apoios sociais em todo o ensino superior publico e privado, universitário e politécnico, abrangendo os estudantes de CETs, licenciaturas e mestrados, bem como aqueles que se encontrem a frequentar estágios profissionais, desde que em situação de carência económica. 79

Quadro 32 Evolução dos valores transferidos em Bolsas de Estudo Variação INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2007 2008 2009 2010 2007/2010 BEJA -- 1.107.108 1.003.035 1.198.901 -- BRAGANÇA 2.418.721 3.219.782 4.676.850 4.184.237 * 73,0% CASTELO BRANCO 2.030.025 2.397.734 2.569.107 3.384.864 66,7% CÁVADO E AVE 1.024.430 1.299.052 2.542.037 2.430.412 137,2% COIMBRA 3.004.074 3.167.781 3.615.039 -- -- GUARDA 1.257.295 1.584.947 1.526.323 1.938.678 54,2% LEIRIA 4.562.950 5.032.874 5.210.817 6.193.219 35,7% LISBOA 2.432.339 2.466.370 2.565.924 2.449.149 0,7% PORTALEGRE 1.166.255 1.171.572 1.399.071 1.455.595 24,8% PORTO 6.837.660 5.568.772 8.161.791 6.534.612-4,4% SANTARÉM 1.361.800 1.592.995 1.347.928 1.536.099 12,8% SETÚBAL 2.503.850 2.793.241 2.350.924 1.925.196-23,1% TOMAR 1.650.468 1.682.182 1.681.989 1.452.769-12,0% VIANA DO CASTELO 1.619.554 1.932.690 2.699.875 2.728.052 68,4% VISEU 2.500.362 3.170.176 4.087.187 4.265.573 70,6% TOTAL 34.369.782 38.187.277 45.437.897 41.677.356 21,3% Escolas não Integradas ESC. SUP. ENFERMAGEM DE COIMBRA 617.134 689.581 1.198.919 1.038.102 68,2% ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE 37.109 108.851 97.648 57.649 55,3% ESC SUP DE ENFERMAGEM DO PORTO 1.715.509 1.781.380 1.913.122 -- -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA 338.043 605.376 660.000 -- -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 397.352 145.501 649.837 428.718 7,9% Fonte: DGES e IES *Falta pagamento de bolsas relativas a dois meses do ano lectivo 2010/2011 80

Quadro 33 Evolução do nº de estudantes Bolseiros INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2007 2008 2009 2010 Variação 2007/2010 BEJA 792 752 820 747-5,7% BRAGANÇA 2.126 2.133 2.344 2.161 1,6% CASTELO BRANCO 1.535 1.594 1.523 1.288-16,1% CÁVADO E AVE 583 740 1.082 1.109 90,2% COIMBRA 2.361 2.580 2.805 2.056-12,9% GUARDA 1.001 1.073 1.014 944-5,7% LEIRIA 2.530 2.656 2.925 3.294 30,2% LISBOA 1.500 1.567 1.523 1.394-7,1% PORTALEGRE 895 901 935 742-17,1% PORTO 3.480 3.700 4.373 3.890 11,8% SANTARÉM 1.014 1.074 1.187 975-3,8% SETÚBAL 1.434 1.507 1.341 1.041-27,4% TOMAR 975 1.023 910 749-23,2% VIANA DO CASTELO 1.056 1.156 1.311 1.401 32,7% VISEU 1.998 2.040 2.388 2.019 1,1% TOTAL 23.280 24.496 26.481 23.810 2,3% Escolas não Integradas ESC. SUP. ENFERMAGEM DE COIMBRA 634 611 634 533-15,9% ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE 31 49 45 44 41,9% ESC SUP DE ENFERMAGEM DO PORTO 599 622 668 620 3,5% ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- 128 353 -- -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- 233 201 -- Fonte: DGES e IES 81

Quadro 34 Evolução do valor transferido em bolsas por estudante bolseiro Variação INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2007 2008 2009 2010 2007/2010 BEJA -- 1.472,2 1.223,2 1.605,0 -- BRAGANÇA 1.137,7 1.509,5 1.995,2 1.936,3 70,2% CASTELO BRANCO 1.322,5 1.504,2 1.686,9 2.628,0 98,7% CÁVADO E AVE 1.757,2 1.755,5 2.349,4 2.191,5 24,7% COIMBRA 1.272,4 1.227,8 1.288,8 -- -- GUARDA 1.256,0 1.477,1 1.505,2 2.053,7 63,5% LEIRIA 1.803,8 1.895,1 1.781,5 1.880,2 4,2% LISBOA 1.621,6 1.573,9 1.684,8 1.756,9 8,3% PORTALEGRE 1.303,1 1.300,3 1.496,3 1.961,7 50,5% PORTO 1.964,8 1.505,1 1.866,4 1.679,8-14,5% SANTARÉM 1.343,0 1.483,2 1.135,6 1.575,5 17,3% SETÚBAL 1.746,1 1.853,5 1.753,1 1.849,4 5,9% TOMAR 1.692,8 1.644,4 1.848,3 1.939,6 14,6% VIANA DO CASTELO 1.533,7 1.671,9 2.059,4 1.947,2 27,0% VISEU 1.251,4 1.554,0 1.711,6 2.112,7 68,8% TOTAL 21.005,9 23.427,8 25.385,7 27.117,5 29,1% Escolas não Integradas ESC. SUP. ENFERMAGEM DE COIMBRA 973,4 1.128,6 1.891,0 1.947,7 100,1% ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE 1.197,1 2.221,4 2.169,9 1.310,2 9,4% ESC SUP DE ENFERMAGEM DO PORTO 2.864,0 2.864,0 2.864,0 -- -- ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA -- 4.729,5 1.869,7 -- -- ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL -- -- 2.789,0 2.132,9 -- Fonte: DGES e IES 82

Figura 11 Evolução do nº de estudantes e estudantes bolseiros 120.000 100.000 80.000 96.910 98.071 104.038 110.831 60.000 40.000 20.000 0 24.544 25.906 28.414 25.208 2007 2008 2009 2010 Nº de estudantes Nº de bolseiros Figura 12 Evolução do peso dos estudantes bolseiros no total de estudantes 30,0% 28,0% 26,4% 27,3% 26,0% 25,3% 24,0% 22,7% 22,0% 20,0% 2007 2008 2009 2010 83

Quadro 35 Evolução das transferências do MCTES para os SAS INSTITUTOS POLITÉCNICOS 2009 2010 Variação Peso por estudante 2009/2010 2009 2010 BEJA 521.347 397.455-23,8% 177,6 125,6 BRAGANÇA 671.052 671.052 0,0% 95,9 91,5 CASTELO BRANCO 435.823 403.153-7,5% 99,3 89,3 CÁVADO E AVE 249.584 62.601-74,9% 88,8 17,8 COIMBRA 3.392.515 847.648-75,0% 337,3 75,9 GUARDA 486.707 479.750-1,4% 156,7 146,9 LEIRIA 1.083.733 1.057.265-2,4% 98,5 91,4 LISBOA 810.612 764.551-5,7% 59,4 52,5 PORTALEGRE 477.751 470.528-1,5% 178,0 175,8 PORTO 774.745 762.443-1,6% 48,6 44,8 SANTARÉM 558.225 519.419-7,0% 127,2 123,6 SETÚBAL 561.949 555.358-1,2% 90,3 88,1 TOMAR 487.230 483.023-0,9% 134,4 138,8 VIANA DO CASTELO 463.088 429.503-7,3% 119,1 103,7 VISEU 362.366 362.366 0,0% 59,2 54,7 TOTAL 11.336.727 8.266.115-27,1% 115,9 79,8 Escolas não Integradas ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE COIMBRA 404.859 400.771-1,0% 270,6 235,9 ESCOLA NÁUTICA INFANTE D.HENRIQUE 0 0 -- 0,0 0,0 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO 0 0 -- 0,0 0,0 ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE LISBOA 0 0 -- 0,0 0,0 ESC. SUP. HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL 146.132 147.507 0,9% 86,9 80,4 Fonte: Conta Geral do Estado 2009 e IES 84

Conclusão Da informação recolhida junto das Instituições de Ensino Politécnico e da Direcção Geral do Ensino Superior, podemos tirar as seguintes conclusões: 1. Existem 15 Institutos Politécnicos, 5 Escolas de Ensino politécnico não integradas. Algumas Universidades têm também escolas politécnicas 2. Em 31.12.2010 a população estudantil dos Institutos Politécnicos e das 5 escolas politécnicas era aproximadamente de 92.200 estudantes em cursos de licenciatura, 13.800 em cursos de mestrado e 4.811 em cursos de especialização tecnológica. 3. Nessa data existiam 7.228 docentes ETI, sendo que 1.920 tinham o grau de doutor e 4249 funcionários não docentes, o que corresponde a uma média de um funcionário para cada 26,9 estudantes e para 1,7 docentes; 4. São 11 os centros de investigação reconhecidos pela FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia); 5. O custo médio de um estudante no ensino superior politécnico é de 4.379, valor que não tem subido nos últimos anos. 6. Aproximadamente 75% das receitas necessárias para suportar as despesas são provenientes do Orçamento do Estado. As propinas representam cerca de 21%. Assim, é elevada a dependência financeira das IES em relação ao Estado; 7. As transferências do Estado têm acompanhado a variação do número de estudantes, sendo em 2010 a média de transferência por estudante de 3.465 euros nos 15 institutos politécnicos; 8. O aumento em grande parte das instituições politécnicas do peso das despesas com pessoal nas despesas totais tem como principais justificações o aumento dos descontos suportados por cada instituição (nomeadamente o aumento dos descontos para a Caixa Geral de Aposentações), os aumentos de salários e a progressão na carreira exigida pelo actual ECPDESP. Estes aumentos foram superiores ao aumento das receitas e, consequentemente, ao aumento das despesas totais. Deste modo, foram sacrificadas outras despesas, nomeadamente as despesas de funcionamento, despesas correntes e mesmo despesas de capital; 9. As despesas com pessoal são, em grande parte dos Institutos Politécnicos, superiores às transferências provenientes do OE, ou seja, globalmente as transferências do Estado via OE não chega para pagar as despesas com Pessoal. Assim, as outras despesas de funcionamento e investimento são unicamente suportadas por receitas próprias. 10. As transferências do Estado para o normal funcionamento dos Serviços de Acção Social são de 84,5 Euros por estudante, verificando-se uma dispersão por instituições que não tem justificação; 11. Devido a alterações nas regras de atribuição de Bolsas, o número de bolseiros reduziu para aproximadamente 25.000 estudantes, representando, ainda assim, cerca de 23% do total de estudantes que frequentam as Instituições de ensino superior politécnico. 85

Anexo Caracterização de cada Instituição 86

Instituto Politécnico de Beja Data de criação: 26 de Dezembro de 1979, entrou em funcionamento a 7 de Agosto de 1987 Actual Presidente: Prof. Vito Carioca Escolas: Escola Superior Educação Escola Superior Agrária Escola Superior de Tecnologia e Gestão Escola Superior de Saúde Oferta Formativa: Curso 2009/2010 2010/2011 Variação Licenciatura - diurno 17 29 +12 Licenciatura pós laboral 1 6 +5 Licenciatura - distância 0 1 +1 Mestrado 5 8 +3 CET 9 10 +1 Outros Cursos 5 3-2 Total 37 57 20 87

Número de Estudantes: Curso 2009/2010 2010/2011 Variação Licenciatura 2.697 2.769 +72 Mestrado 67 151 +84 CET 171 244 +73 Outros Cursos 82 77-5 Total 3.017 3.241 +224 Novas Inscrições 1.º ano pela primeira vez: Curso 2009/2010 2010/2011 Variação Licenciatura 792 863 +71 Mestrado 29 145 +116 CET 165 230 +65 Outros Cursos 50 77 +27 Total 1.036 1.315 +279 Corpo Docente: Docentes 2009/2010 2010/2011 Variação Total Docentes ETI 207,0 213,1 +6,1 Docentes Doutorados ETI 34,4 39,3 +4,9 Docentes em PROTEC 14 30 +16 Assistentes 94,8 98,8 +4 Adjuntos 101,5 103,3 +1,8 Coordenadores 15 11-4 Docentes doutorados por total de docentes ETI 16,6% 18,4% +1,8% Número de Estudantes por Docente 14,6 15,2 +0,6 88

Instituto Politécnico de Bragança Data de criação: 26 de Dezembro de 1979 Actual Presidente: Prof. João Alberto Sobrinho Teixeira Escolas: Escola Superior Educação de Bragança Escola Superior Agrária de Bragança Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela Escola Superior de Saúde de Bragança Oferta Formativa: Curso 2009/2010 2010/2011 Variação Licenciatura - diurno 42 42 0 Licenciatura pós laboral 0 2 +2 Licenciatura - distância 0 0 0 Mestrado 32 32 0 CET 19 19 0 Outros Cursos 7 4-3 TOTAL 100 99-1 89

Número de Estudantes: Curso 2009/2010 2010/2011 Variação Licenciatura 5.704 5.731 +27 Mestrado 873 1.071 +198 CET 424 532 +108 Outros Cursos 110 100-10 Total 7.111 7.434 +323 Novas Inscrições 1.º ano pela primeira vez: Curso 2009/2010 2010/2011 Variação Licenciatura 1.613 1.611-2 Mestrado 421 495 +74 CET 407 503 +96 Outros Cursos 65 34-31 Total 2.506 2.643 +137 Corpo Docente: Docentes 2009/2010 2010/2011 Variação Total Docentes ETI 410,8 426,6 +15,8 Docentes Doutorados ETI 129,9 158,1 +28,2 Docentes em PROTEC 49 85 +36 Assistentes 221,4 208,2-13,2 Adjuntos 164,4 192,4 +28 Coordenadores 25,0 26,0 +1 Docentes doutorados por total de docentes ETI 31,6% 37,1% 5,4% Número de Estudantes por Docente 17,3 17,4 +0,1 90

Instituto Politécnico de Castelo Branco Data de criação: 26 de Dezembro de 1979 Actual Presidente: Prof. Carlos Maia Escolas: Escola Superior Agrária Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias Escola Superior de Artes Aplicadas Escola Superior de Educação Escola Superior de Gestão Escola Superior de Tecnologia Oferta Formativa: Curso 2009/2010 2010/2011 Variação Licenciatura - diurno 30 30 0 Licenciatura pós laboral 0 1 +1 Licenciatura - distância 0 0 0 Mestrado 22 22 0 CET 6 7 +1 Outros Cursos 2 3 +1 TOTAL 60 63 +3 91

Número de Estudantes: Curso 2009/2010 2010/2011 Variação Licenciatura 4.014 3.747-267 Mestrado 240 583 +343 CET 134 185 +51 Outros Cursos 29 51 +22 Total 4.417 4.566 +149 Novas Inscrições 1.º ano pela primeira vez: Curso 2009/2010 2010/2011 Variação Licenciatura 1.079 1.119 +40 Mestrado 240 339 +99 CET 134 162 +28 Outros Cursos 0 25 +25 Total 1.453 1.645 +192 Corpo Docente: Docentes 2009/2010 2010/2011 Variação Total Docentes ETI 318,6 333,1 +14,5 Docentes Doutorados ETI 69,0 80,7 +11,7 Docentes em PROTEC 17 34 +17 Assistentes 82,3 50,5-31,8 Adjuntos 196,1 187,7-8,4 Coordenadores 28,6 20,6-8,0 Docentes doutorados por total de docentes ETI 21,7% 24,2% +2,6% Número de Estudantes por Docente 13,9 13,7-0,2 92

Instituto Politécnico do Cávado e do Ave Data de criação: 1996 Actual Presidente: Prof. João Carvalho Escolas: Escola Superior de Gestão Escola Superior de Tecnologia Oferta Formativa: Curso 2009/2010 2010/2011 Variação Licenciatura - diurno 13 13 0 Licenciatura pós laboral 9 11 +2 Licenciatura - distância 0 1 +1 Mestrado 7 15 +8 CET 7 11 +4 Outros Cursos 5 3-2 Total 41 54 +13 93