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PETIÇÃO 6.826 DISTRITO FEDERAL RELATOR REQTE.(S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. EDSON FACHIN :SOB SIGILO :SOB SIGILO DECISÃO: 1. Trata-se de petição instaurada com lastro nas declarações prestadas pelos colaboradores João Antônio Pacífico Ferreira (Termo de Depoimento n. 28) e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto (Termos de Depoimento n. 4, 5, 6 e 7), os quais narram que o Grupo Odebrecht detinha créditos em relação aos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, decorrentes de obras públicas realizadas anteriormente. Tais débitos foram reconhecidos administrativa ou judicialmente, contudo, os referidos entes federativos expressavam inexistência de lastro financeiro a fazer frente a tais despesas, cenário a motivar a formação de Comissão Especial que objetivava angariar repasses da União para honrar tais compromissos. Esclarecem, ademais, que a atuação dos agentes públicos estaduais era fundamental para acelerar os trabalhos da aludida Comissão e que Éder de Moraes Dias, agente público estadual, teria solicitado pagamento de vantagem indevida a fim de propiciar o recebimento dos créditos em comento, valores que seriam repassados, a pretexto de contribuição eleitoral, em favor da campanha de reeleição do então Governador do Estado do Mato Grosso, Blairo Maggi. O solicitante, inclusive, teria mencionado que o pedido era de conhecimento do então Governador. Nesse ponto, narram o repasse de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais), o que possibilitou, inclusive, mediante empenho do próprio governador no contexto do Governo Federal, o recebimento dos valores associados às obras já executadas. Em relação ao Estado de Mato Grosso do Sul, narram os colaboradores pagamento de vantagem indevida em favor de agentes públicos, integrantes da Comissão ou não, além de agentes políticos. Nesse cenário, o então Governador Zeca do PT teria direcionado o colaborador a Fadel Tajher Iunes Júnior, visto como arrecadador da campanha do grupo do então governador. Em continuidade das negociações, teriam sido repassados valores também em favor do

Senador da República Delcídio Amaral, que seria candidato do PT ao Governo do Estado do Mato Grosso do Sul. Também são detalhadas reuniões ocorridas entre Delcídio Amaral e representantes do Grupo Odebrecht. Ainda de acordo com o Ministério Público, o colaborador João Pacífico esclarece que, com relação aos valores direcionados à campanha de Delcídio do Amaral, é possível identificar paridade cronológica entre as contribuições eleitorais e a liberação dos pagamentos devidos à companhia. Os pagamentos teriam sido implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas, sendo os beneficiários identificados no sistema Drousys como Caldo (Ministro Blairo Maggi) e Pescador (Deputado Federal Zeca do PT). Noticia o Ministério Público que as situações de Ministro Blairo Maggi e o Deputado Federal Zeca do PT, detentores de prerrogativa de foro, foram definidas em petição própria. Afirmando que não existe menção a crimes praticados por autoridades detentoras de foro por prerrogativa de função nesta Corte, requer o Procurador-Geral da República o reconhecimento da incompetência do Supremo Tribunal Federal para a apuração dos fatos (com exceção das condutas atribuídas ao Ministro Blairo Maggi e ao Deputado Federal Zeca do PT), enviando-se os citados termos às Procuradorias da República nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Postula, ainda, o levantamento do sigilo em relação dos termos de depoimento aqui referidos, uma vez que não mais subsistem motivos para tanto (fl. 6). 2. De fato, conforme relato do Ministério Público, não se verifica, nesta fase, o envolvimento de autoridade que detenha foro por prerrogativa de função nesta Corte, o que determina, desde logo, o envio de cópia das declarações prestadas pelos colaboradores ao juízo indicado como, em tese, competente. 3. Com relação ao pleito de levantamento do sigilo dos autos, anoto que, como regra geral, a Constituição Federal veda a restrição à publicidade dos atos processuais, ressalvada a hipótese em que a defesa do interesse social e da intimidade exigir providência diversa (art. 5º, LX), 2

e desde que a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação (art. 93, IX). Percebe-se, nesse cenário, que a própria Constituição, em antecipado juízo de ponderação iluminado pelos ideais democráticos e republicanos, no campo dos atos jurisdicionais, prestigia o interesse público à informação. Acrescenta-se que a exigência de motivação e de publicidade das decisões judiciais integra o mesmo dispositivo constitucional (art. 93, IX), fato decorrente de uma razão lógica: ambas as imposições, a um só tempo, propiciam o controle da atividade jurisdicional tanto sob uma ótica endoprocessual (pelas partes e outros interessados), quanto extraprocessual (pelo povo em nome de quem o poder é exercido). Logo, o Estado-Juiz, devedor da prestação jurisdicional, ao aferir a indispensabilidade, ou não, da restrição à publicidade, não pode se afastar da eleição de diretrizes normativas vinculantes levadas a efeito pelo legislador constitucional. D outro lado, a Lei 12.850/2013, ao tratar da colaboração premiada em investigações criminais, impôs regime de sigilo ao acordo e aos procedimentos correspondentes (art. 7º), circunstância que, em princípio, perdura, se for o caso, até o eventual recebimento da denúncia (art. 7º, 3º). Observe-se, entretanto, que referida sistemática deve ser compreendida à luz das regras e princípios constitucionais, tendo como lastro suas finalidades precípuas, quais sejam, a garantia do êxito das investigações (art. 7, 2º) e a proteção à pessoa do colaborador e de seus próximos (art. 5º, II). Não fosse isso, compete enfatizar que o mencionado art. 7, 3, relaciona-se ao exercício do direito de defesa, assegurando ao denunciado, após o recebimento da peça acusatória, e com os meios e recursos inerentes ao contraditório, a possibilidade de insurgir-se contra a denúncia. Todavia, referido dispositivo que, como dito, tem a preservação da ampla defesa como razão de ser, não veda a implementação da publicidade em momento processual anterior. 4. No caso, a manifestação do órgão acusador, destinatário da apuração para fins de formação da opinio delicti, revela, desde logo, que não mais subsistem, sob a ótica do sucesso da investigação, razões que 3

determinem a manutenção do regime restritivo da publicidade. Em relação aos direitos do colaborador, as particularidades da situação evidenciam que o contexto fático subjacente, notadamente o envolvimento em delitos associados à gestão da coisa pública, atraem o interesse público à informação e, portanto, desautorizam o afastamento da norma constitucional que confere predileção à publicidade dos atos processuais. Com esse pensamento, aliás, o saudoso Min. TEORI ZAVASCKI, meu antecessor na Relatoria de inúmeros feitos a este relacionados, já determinou o levantamento do sigilo em autos de colaborações premiadas em diversas oportunidades, citando-se: Pet. 6.149 (23.11.2016); Pet. 6.122 (18.11.2016); Pet. 6.150 (21.11.2016); Pet. 6.121 (25.10.2016); Pet. 5.970 (01.09.2016); Pet. 5.886 (30.05.2016); Pet. 5.899 (09.03.2016); Pet. 5.624 (26.11.2015); Pet. 5.737 (09.12.2015); Pet. 5.790 (18.12.2015); Pet. 5.780 (15.12.2015); Pet. 5.253 (06.03.2015); Pet. 5.259 (06.03.2015) e Pet. 5.287 (06.03.2015). Na mesma linha, registro o julgamento, em 21.02.2017, do agravo regimental na Pet. 6.138 (acórdão pendente de publicação), ocasião em que a Segunda Turma desta Corte, por unanimidade, considerou legítimo o levantamento do sigilo de autos que contavam com colaboração premiada, mesmo anteriormente ao recebimento da denúncia. No que toca à divulgação da imagem do colaborador, cumpre enfatizar que a Lei 12.850/2013 determina que, sempre que possível, o registro das respectivas declarações deve ser realizado por meio audiovisual (art. 4, 13). Trata-se, como se vê, de regra legal que busca conferir maior fidedignidade ao registro do ato processual e, nessa perspectiva, corporifica o próprio meio de obtenção da prova. Em tese, seria possível cogitar que o colaborador, durante a colheita de suas declarações, por si ou por intermédio da defesa técnica que o acompanhou no ato, expressasse insurgência contra tal proceder, todavia, na hipótese concreta não se verifica, a tempo e modo, qualquer impugnação, somente tardiamente veiculada. Assim, considerando a falta de impugnação tempestiva e observada a recomendação normativa quanto à formação do ato, a imagem do 4

colaborador não deve ser dissociada dos depoimentos colhidos, sob pena de verdadeira desconstrução de ato processual perfeito e devidamente homologado. Por fim, as informações próprias do acordo de colaboração, como, por exemplo, tempo, forma de cumprimento de pena e multa, não estão sendo reveladas, porque sequer juntadas aos autos. À luz dessas considerações, tenho como pertinente o pedido para levantamento do sigilo, em vista da regra geral da publicidade dos atos processuais. 5. Ante o exposto: (i) determino o levantamento do sigilo dos autos; (ii) defiro o pedido do Procurador-Geral da República para o envio de cópia dos termos de depoimentos dos colaboradores João Antônio Pacífico Ferreira (Termo de Depoimento n. 28) e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto (Termos de Depoimento n. 4, 5, 6 e 7) às Seções Judiciárias de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ficando autorizada, por parte do requerente, a remessa de cópia de idêntico material às Procuradorias da República naqueles Estados. Registro que a presente declinação não importa em definição de competência, a qual poderá ser avaliada nas instâncias próprias. Publique-se. Intime-se. Brasília, 4 de abril de 2017. Ministro EDSON FACHIN Relator Documento assinado digitalmente 5