TRÊS TRÓPICOS DA TROPICÁLIA: DESIGN, MÚSICA E CONTRACULTURA

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Transcrição:

TRÊS TRÓPICOS DA TROPICÁLIA: DESIGN, MÚSICA E CONTRACULTURA Three Tropics of the Tropicália: Design, Music and Counterculture 1. Introdução Marina Carvalho Pereira <marina.cp1996@gmail.com>, Ana Beatriz Pereira de Andrade anabiaandrade@openlink.com.br O Tropicalismo ou Tropicália foi um movimento que emergiu na cena cultural brasileira no ano de 1967. As expressões desse movimento subverteram padrões musicais, comportamentais e estéticos vigentes na época, trazendo uma série de rupturas em diversas áreas da cultura nacional. O tropicalismo, como atitude, foi amplamente difundido, sobretudo na área musical, mas também se fez presente em outras áreas culturais como no teatro, no cinema e nas artes plásticas. Inspirados no Manifesto Antropofágico, organizado por Oswald de Andrade, os tropicalistas buscavam realizar uma síntese entre diferentes musicalidades e temáticas por meio da antropofagia. Conforme Celso Favaretto destaca, em Tropicália, Alegoria, Alegria, A atividade dos tropicalistas foi associada à antropofagia oswaldiana pela crítica e por eles próprios, enquanto proposta cultural e maneira de integrar procedimentos de vanguarda. A ruptura dos tropicalistas residia exatamente no fato que as referências mais contrastantes e variadas, eram devoradas para forjar uma atitude inovadora no cenário musical. O Designer e pesquisador do tema Jorge Caê Rodrigues lista algumas dessas inúmeras referências: O Tropicalismo vai misturar Oswald de Andrade com Carmen Miranda, santos barrocos com guitarras elétricas, Carolinas e Ovnis. Incorpora influências que vão do concretismo ao psicodelismo, signos orientais e todas as linguagens artísticas surgidas [...], fazendo o design das capas de disco da MPB tropicalista e pós tropicalista refletir de forma nítida e rigorosa o comportamento da época. (RODRIGUES, 2007, p. 24) Dentro do Design Gráfico, mais especificamente nos projetos gráficos das capas de discos, ocorreram proposições de paradigmas estéticos com o espírito inovador e irreverente do movimento. 2. Breves considerações sobre a indumentária tropicalista

Assim como em outros movimentos de contracultura emergentes ao redor do mundo, a subversão comportamental tinha um papel importante a cumprir dentro da tropicália. O corpo tornava-se integrante do discurso político. Viagem que: Heloisa Buarque de Hollanda explica em sua obra Impressões de As preocupações com o corpo, o erotismo, a subversão de valores e comportamentos apareciam como demonstração da insatisfação com um momento onde a permanência do regime de restrição promovia a inquietação, a dúvida e a crise da intelectualidade. (HOLLANDA, 2004, p. 70) Por tratarem-se de subversões ligadas ao corpo, rapidamente essa dimensão foi traduzida para o vestuário do grupo tropicalista. O que eles usavam, assim como as capas de discos mencionadas anteriormente, era um meio onde poderia ser incorporada a atitude e a estética do movimento. Além das roupas usadas pelos cantores tropicalistas em apresentações e aparições públicas havia também a possibilidade de inserir figurinos em fotografias nas capas de discos. 3. O figurino como elemento das capas de discos Entre as diversas capas de discos que são objeto dessa pesquisa como um todo, serão aqui apresentadas duas. São elas as capas de Gilberto Gil (1968) e Tropicália ou Panis et Circensis (1968), disco manifesto do grupo tropicalista. Nessas capas as fotografias dos artistas e seus trajes são elementos importantes dentro da significação da capa como um todo, além disso, os dois discos tiveram extrema relevância para o movimento. Segundo Rodrigues, os dois discos junto com o primeiro disco de Caetano Veloso são parte da tríade musical nuclear que detona a tropicália e, além disso, eles materializam em suas capas as imagens tropicalistas. A Capa de Gilberto Gil (1968) conta com projeto gráfico de Rogério Duarte em parceria com o artista plástico Antônio Dias e o fotógrafo David Drew Zingg. Figura 1: Capa de Gilberto Gil (1968). Fonte: Projeto gráfico de Rogério Duarte, Antônio Dias e David Drew Zingg. 2

Na parte superior estão faixas verdes e amarelas convergindo em direção ao centro onde aparecem faixas sinuosas em vermelho e branco e depois preto, formando uma nuvem, onde três fotos do cantor estão posicionadas. A foto central está maior e as duas menores ao lado são envolvidas com faixas verdes e amarelas que se direcionam para a borda da capa, trazendo uma sensação de deslocamento. Na porção inferior encontra-se uma nuvem vermelha de ponta a ponta e mais uma vez as faixas verdes e amarelas. Na faixa verde está o nome de Gil, numa tipografia desenhada como se viesse de baixo para cima, o que segue a sensação de deslocamento conferida no resto da capa. Toda essa construção de cores e formas gera um tom arte-pop para a capa. Não à toa, afinal a arte-pop era uma das vanguardas artísticas amplamente incorporadas pelo movimento tropicalista. A escolha das cores também não é aleatória, pois traz o verde e amarelo, cores da bandeira brasileira, manchados com vermelho, remetendo ao sangue. Cabe ressaltar que o ano era 1968, quando a repressão e violência do regime militar viriam a atingir seu ápice. Nas duas fotos menores, localizadas nas laterais, uma delas mostra Gil usando um traje militar tradicional e empunhando uma espada, ele tem a outra mão na cintura e um sorriso forçado. Novamente, um sútil ataque ao regime 3

militar vigente no período. Na outra foto ele usa uma jaqueta vermelha, um chapéu preto, óculos escuros e tem um volante nas mãos, aliada a sua pose na foto o traje faz alusão à imagem do malandro, presente no imaginário popular. A foto ao centro mostra Gil, olhando diretamente ao com uma expressão desafiadora e ao mesmo tempo debochada. O deboche, aliás, permeia quase todos os elementos da capa. Seu traje é uma farda preta com bordados em dourado e uma faixa vermelha, ela se assemelha bastante ao fardão usado pelos membros da Academia Brasileira de Letras, além dela os óculos pequenos posicionados próximos à ponta do nariz. A imagem que se constrói aqui é a de um sábio, um poeta, mas ao mesmo tempo essa intelectualidade é ironizada. Observa-se também certa similaridade com as roupas que os Beatles vestem na capa do seu disco de 1967 Sgt. Pepper s Lonely Hearts Club Band. O discurso visual revela uma das influências musicais mais importantes para os tropicalistas. Figura 2: Fardão utilizado pelos membros da Academia Brasileira de Letras A capa de Tropicália ou Panis et Circensis (1968) projetada pelo artista plástico Rubens Gerchman, traz uma fotografia, de Olivier Perroy, com todos os artistas participantes do disco, sobreposta em um fundo preto, com uma moldura contendo as cores da bandeira do Brasil: verde, amarelo e azul. O 4

formato da moldura confere à fotografia certa profundidade, que está presente também no título com sua tipografia geometrizada. Figura 3: Capa de Tropicália ou Panis et Circensis. Fonte: Projeto Gráfico de Rubens Gerchman, com fotografia de Olivier Perroy O posicionamento dos artistas na fotografia ecoa novamente a capa de Sgt. Pepper s Lonely Hearts Club Band dos Beatles. Estão presentes onze artistas, dois deles em retratos. Alguns deles usam vestuários e objetos que servem um propósito alegórico. Ao fundo Os Mutantes seguram suas guitarras, destacando a importância da incorporação do rock dentro da canção tropicalista. Do lado deles o baiano Tom Zé tinha em mãos uma bolsa de couro, representando o imigrante nordestino. Torquato Neto usa traje casual e boina, possivelmente uma alusão à França e aos protestos estudantis que lá ocorreram no ano de 1968. Rogério Duprat, no outro lado, tem em mãos um penico o qual ele segura como uma xicara de chá, uma referência ao dadaísta Marcel Duchamp. Na frente Gilberto Gil, usa um traje oriental estampado, similar a roupas usadas por integrantes do movimento hippie, uma das mais importantes expressões contraculturais do momento. Essas duas capas mostram como a antropofagia, no sentido de devoração e assimilação, cumpria um papel fundamental dentro da construção da estética tropicalista. Elas exemplificam também o modo como trajes, 5

objetos, entre outros itens de vestuários, poderiam ser inseridos dentro da relação dialógica de elementos verbais e não verbais na execução de projetos gráficos de capas de discos e tornarem-se parte da mensagem ali proposta. 4. Considerações finais A pesquisa encontra-se ainda em sua fase inicial e, portanto, de levantamento teórico em andamento. Pretende-se prosseguir colocando em cena as singularidades do período observado, com finalidade de propor reflexões e posteriores análises em Design. Levando em consideração tanto a importância da produção gráfico-visual, quanto o contexto histórico, político, social e cultural do Brasil. O processo do levantamento buscará um equilíbrio entre o referencial bibliográfico/textual com o imagético/ iconográfico. As discussões propostas aqui já colaboram em parte com a compreensão do tema, e serão relevantes assim que chegar o momento de analisar todas as capas que são objetos da presente pesquisa. 5. Referências BRANDÃO, Antônio Carlos; DUARTE, Milton Fernandes. Movimentos culturais de juventude. 7ª ed. São Paulo: Moderna, 1990. CALADO, Carlos. Tropicália: A história de uma revolução musical. São Paulo: 34, 1997. FAVARETTO, Celso Fernando. Tropicália: Alegoria, Alegria. 3ª ed. São Paulo: Ateliê editorial, 2000. HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Impressões de viagem: CPC, vanguarda e desbunde 1960/1970. 5ª ed. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2004. RODRIGUES, Jorge Caê Anos Fatais: design, música e tropicalismo. Rio de Janeiro: 2AB, 2007. RODRIGUES, Jorge Caê. O Design Tropicalista de Rogério Duarte in MELO, Chico Homem de (org.). O design gráfico brasileiro: anos 60. 2ª ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008. VELOSO, Caetano. Verdade tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. 6