LESÕES NA PRÁTICA DO JUDÔ: REVISÃO DE LITERATURA*

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Transcrição:

LESÕES NA PRÁTICA DO JUDÔ: REVISÃO DE LITERATURA* Vinicius Beltrão** RESUMO: O Judô é um esporte olímpico, caracterizado por um grande número de técnicas e bases filosóficas, e que tem sido apontado por vários estudos como um dos esportes que apresenta o maior número de ocorrências de lesões. Tendo em vista a carência de estudos que possam esclarecer detalhes destas ocorrências, este estudo de cunho qualitativo, exploratório, descritivo e de natureza bibliográfica, tem como objetivo geral analisar as lesões mais frequentes e decorrentes da prática do Judô entre atletas. Foram selecionados e analisados artigos científicos, monografias, dissertações e teses, além de literatura pertinente ao tema, publicados no período de 2006 a 2016. A análise dos dados foi realizada com apoio do quadro operacional, de modo que visa demonstrar o entendimento global dos estudos. Em relação à incidência de lesões, os resultados demonstraram que o segmento anatômico mais acometido foram os joelhos e ombros, respectivamente. Estas relações mostram prevalência de Lesão Desportiva (LD) na região do joelho (26,65%), seguidos dos ombros (24,39%). O tipo de lesão desportiva mais prevalente mostrado na literatura foram as entorses, as fraturas e as distensões. Como alternativa para aumentar o detalhamento dos dados, considerando os aspectos clínicos, será tanto o aprofundamento deste estudo em parceria com o departamento médico/fisioterápico responsável pelo atendimento nos locais de treinamento/clubes dos praticantes, como também eventuais procedimentos preventivos para a manutenção e recuperação dos praticantes desses centros de treinamento. Palavras Chave: Judô, Saúde, Esporte, Lesões. * Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Esp, Angelo Miguel Espíndola, Co-orientador: George Roberts Piemontez, MsC. Palhoça, 2017. **Acadêmico do curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina. Endereço eletrônico: beltra0_@hotmail.com

INJURIES IN A PRACTICE OF JUDO: LITERATURE REVIEW Abstract: Judo is an Olympic sport, characterized by a large number of techniques and philosophical foundations, and which has been pointed out by several studies as one of the sports that presents the highest number of occurrences of injuries. Given the lack of studies that can clarify details of these occurrences, this qualitative, exploratory, descriptive and bibliographical study has the general objective of analyzing the most frequent injuries resulting from Judo practice among athletes. Scientific articles, monographs, dissertations and theses were selected and analyzed, in addition to relevant literature, published in the period from 2006 to 2016. Data analysis was performed with the support of the operational framework, in order to demonstrate the overall understanding of the studies. Regarding the incidence of lesions, the results showed that the anatomic segment most affected were the knees and shoulders, respectively. These relationships show a prevalence of Sports Injury (LB) in the knee region (26.65%), followed by shoulders (24.39%). The most prevalent type of sports injury reported in the literature was sprains, fractures and strains. As an alternative to increase the detail of the data, considering the clinical aspects, will be the deepening of this study in partnership with the medical / physiotherapeutic department responsible for attending the training sites / clubs of practitioners, as well as possible preventive procedures for maintenance and recovery Of the practitioners of these training centers. Key-Words: Injuries, Judo Athletic Injuries, Martial Arts.

1.0 INTRODUÇÃO O Judô, por ser um esporte olímpico e praticado no mundo inteiro, tem a visibilidade e a facilidade de oferecer a todos a sua prática, independente de sexo, idade, estrutura física ou classe social. O Judô vem sendo praticado desde 1882 quando Jigoro Kano, fundador e criador do Judô, instituiu esta modalidade no Japão, desde então vem ganhando espaço e caiu ao gosto de todos por ser um esporte culturalmente forte e que visa a defesa pessoal usando a força do oponente contra ele mesmo. Esta modalidade desportiva individual requer movimentos rápidos e explosivos e muitas vezes mudanças bruscas de direção. Estes fatores caracterizam os desportos de combate, mais concretamente o Judô, tornando-o um desporto com riscos elevados de lesão. (FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE JUDÔ, 2006). É difícil determinar com precisão a origem dos vários desportos que presentemente atraem as pessoas, quer como praticantes, quer como simples espectadores. O número de lesões em atletas de diversas modalidades desportivas tem aumentado nos últimos anos. Este dado permite-nos refletir sobre a exigência física a que os corpos destes atletas se encontram expostos, para conseguir atingir os resultados esperados pelas diferentes entidades empreendedoras, tais como clube e patrocinadores (COHEN, 2002). Um dos fatores que têm contribuído para o aumento da incidência de lesões passa pelos desportos estarem cada vez mais profissionalizados sendo, por isso praticados por uma elite competitiva (TADIELLO, 2006). Contusões, entorses, luxações, fraturas, tendinites, distensões, rupturas de ligamentos entre outras são parte inerente do envolvimento com atividades físico-esportivas; contudo, a existência de detalhamentos sobre a situação sob as quais ocorrem as lesões e as variáveis que as influenciam ainda levantam questionamentos. Praticantes de Judô estão sujeitos a lesões, pelo fato de sempre estarem sendo exigidos em todo momento, alguns praticantes são levados ao seu máximo estado, seja este físico ou mental. As lesões são fatores comuns no dia a dia como uma queda ou uma torção de tornozelo, mas atletas de alto nível estão mais propícios a essas lesões. Este tema foi escolhido devido a uma prévia prática desta modalidade por parte do investigador, o que deste modo demonstrou um interesse acrescido neste esporte, como também a falta de estudos mais detalhados. Os esportes são meios que possibilitam as pessoas a se sentirem melhores tanto no aspecto físico como mental, auxiliando no desenvolvimento psicomotor e na integração social com métodos que visam à melhora moral da pessoa para sua melhor estima, ajudando no crescimento pessoal, profissional e social. Segundo Simões (2005) e Williams (1992)

afirmam que não há lesões desportivas, apenas lesões, algumas das quais ocorrem em consequência da atividade desportiva. Devido às características das ações motoras, observa-se que os praticantes estão constantemente sujeitos as lesões decorrentes dos golpes, que podem muitas vezes afastar os praticantes dos treinamentos e das competições, por períodos de tempo indeterminados (GRACIE, 2008; IDE; PADILHA, 2004). No caso do Judô, a literatura o define como uma arte que baseia suas técnicas nas projeções, domínio, quedas e pegadas (BARSOTTINI et al, 2006), o que desenvolvem no praticante algumas características como equilíbrio, agilidade, força estática de membros superiores e explosão de membros inferiores, assim como capacidade aeróbica e anaeróbica (CARAZZATO et al,1996). Graças as suas características e a quantidade crescente de competições, o Judô apresenta um considerável risco para ocorrência de lesões (GOMES et al, 2007). Por ser uma luta com agarre, onde os objetivos e técnicas da modalidade apresentam características, como as derrubadas, projeções, alavancas, técnicas que possibilitam derrubar o adversário e coloca-lo em risco de lesões (CASADO, 1999). Com a crescente onda de promoção da saúde, e ao incentivo a atividade física entre a sociedade atual, há uma preocupação de tornar esse conhecimento um pouco mais adiante, no que diz respeito às lesões, o índice de ocorrência entre elas a fim de decidir qual atividade física atende ao determinado publico alvo, tornando transparente todo e qualquer risco que o praticante tem em realizar qualquer atividade física. Percebe-se que um grande número de pessoas sofre com a falta de coordenação motora e capacidade condicional, por isso deve-se programar atividades físicas diárias no seu dia a dia podendo o Judô ser uma dessas atividades, propiciando aos praticantes que sejam adultos saudáveis. E com este estudo busca-se trazer para os treinos de Judô um estudo voltado diretamente a atletas a fim de terem uma melhor adaptação orgânica, melhorando seu desempenho e diminuindo a incidência de lesões ocasionadas pelo treino. A relevância deste estudo se dá pelos resultados que a literatura nos traz, para nos permitir saber quais as lesões mais prevalentes em atletas de Judô, desta forma, tanto o Profissional de Educação Física como outros profissionais da área da saúde, e/ou que trabalham com os atletas se encontrem mais bem preparados. Assim sendo, é também importante fazer um levantamento das lesões mais frequentes no Judô, de modo a que o Profissional de Educação Física consiga proporcionar uma intervenção preventiva e com melhores resultados.

Abordando este assunto tem-se em vista colaborar com os atletas de Judô para futuras prevenções de leões e cuidados específicos para melhorarem o rendimento nas lutas e fazer com que os atletas tenham mais continuidade aos seus treinos, pois dependendo das lesões, atletas de alto rendimento podem tanto ficar uma semana parados como meses/anos. Então vê-se a importância da realização de um estudo com o propósito de orientar, prevenir e tornar esse esporte cada vez mais praticado e acessível a todos, tendo como principal objetivo do estudo analisar na literatura quais eram as lesões mais frequentes decorrentes da prática do Judô entre atletas. 2.0 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 TIPOS DE PESQUISA Este estudo aplicado se caracteriza como sendo de cunho qualitativo, exploratório, descritivo e bibliográfico. Configura-se de natureza aplicada, pois terá como objetivo gerar conhecimento de uso prático, na solução de problemas específicos que acontecem na realidade e na aplicação desses conhecimentos (SILVA et al, 2011). Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa será bibliográfica, do tipo revisão sistemática de literatura que consiste em uma investigação científica que objetiva responder a uma pergunta específica utilizando métodos explícitos e ordenados para identificar, selecionar e analisar criticamente os estudos, sintetizando os resultados (CASTRO, 2001). Sua característica qualitativa diz respeito à descrição, compreensão e significado, onde o processo é mais importante do que o produto. A interpretação e análise de dados são enfatizadas em detrimento aos métodos estatístico, com descrições e narrativas (THOMAS; NELSON, 2002). O cunho exploratório orienta o tema em que possui poucos estudos relativos na atualidade, buscando o aprimoramento e a familiaridade com as ideias envolvidas (SILVA et al, 2011). Sua característica descritiva tem como a finalidade de descrever algo, um fato ou fenômeno, em que os dados serão observados, registrados, classificados e interpretados (SILVA et al., 2011). 2.2. PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS Esta pesquisa bibliográfica (ALVEZ-MAZZOTTI; GEWANDSZNAJDER, 2002; LAVILLE; DIONE, 1999), foi desenvolvida a partir de artigos científicos publicados em periódicos e livro-texto. Para tanto serão realizadas duas etapas para o processo de revisão

sistemática: 1) Identificação e seleção das bases de dados; 2) Levantamento e análise da produção científica. A primeira etapa consiste em selecionar bases de dados que atendam a dois critérios de inclusão: 1) caracterizar-se como uma base de dados cientificamente confiável; 2) apresentarse nos idiomas português e inglês. Deste modo será possível selecionar algumas bases de dados na rede mundial de computadores: PUBMED, LILACS, ScIELO, MEDLINE. A segunda etapa tem como objetivo o levantamento de dados que possibilita o levantamento e análise de produção científica nos idiomas português e inglês, desenvolvida através de quatro passos: 1) busca simples de produções científicas sobre as categorias principais deste estudo, usando os descritores lesões esportivas, Judô, saúde e esporte, e suas traduções correspondentes; 2) havendo delimitação de ano para os artigos científicos, encontrados do ano 2006 a 2016; 3) análise preliminar da relevância do artigo aos termos investigados; 4) estudo minucioso dos artigos analisando-se criticamente a metodologia adotada e os resultados obtidos. Deste modo foi possível selecionar um determinado número de artigos nos idiomas determinados. 2.3 ANÁLISES DOS DADOS A análise dos conteúdos foi realizada com o apoio do quadro operacional (LAVILLE; DIONE, 1999), utilizando as ferramentas de unidades de significância e reagrupamento temático. Deste modo, as apresentações descritivas, expondo as características metodológicas e os resultados, e sintéticas, as quais resumem as informações através do quadro-síntese, visarão demonstrar o entendimento global dos estudos, sem que aja negligência dos aspectos específicos de cada uma das produções científicas investigadas. 3.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram analisados contendo as informações metodológicas relevantes para este estudo, que seriam o tamanho da amostra contendo a quantidade de praticantes que participaram do estudo, taxa de lesão desportiva (LD) contendo informação da quantidade de praticantes que apresentou lesão no referido estudo, locais acometidos contendo o percentual dos locais anatômicos mais afetados e tipo de lesão mostrando o percentual das mais comuns. 3.1 RESULTADOS Tabela 1 - Comparações dos estudos publicados de 2006 a 2009 sobre lesões desportivas em praticantes de Judô.

Autores e ano da Tamanho da Taxa de LD Locais acometidos Tipo de lesão publicação amostra BARSOTTINI et 78 atletas 82% LD/atleta Joelho: 28%; Leves: 10%; al, 2006 Ombro: 16%; (subluxações, entorses) Dedos/mãos: 12%; Moderadas: 9%; Dedos dos pés: 10%. (deslocamentos, tendinite) Graves: 69% (fraturas, ligamentos) SOUZA et al, 2006 93 atletas 69,9% LD/atleta Joelhos: 26,3% (6,3% ligamentares); Entorses: 26,3%; Ombros: 21,8% Contusões: 15,4%; (5,4% deslocamentos); Distensões: 14,5%; Dedos/mãos: 17,2% Lesão ligamentar: 12,7%. (2,7% deslocamentos); Tornozelo: 10% (6,3% torsões). OLIVEIRA; 35 atletas 91,4% LD/atleta Ombros: 36%; Contusões: 26,3%; PEREIRA, 2008 Joelhos: 32%; Entorses: 17,5%; Dedos/mãos: 22%; Lesões musculares: 17,5%; Outras áreas: 10%. Fraturas: 15,7%; Tendinites: 14,4%; Luxações: 8,7%. CARVALHO et al, 39 atletas 100% Ombros: 28,9%; Contusão: 25,7%; 2009 Tornozelos: 23,7%; Entorses: 23,7%; Joelhos: 22,7%; Luxações: 21,6%; Cotovelos: 8,7%; Distensões: 12,3%; Dedos/mãos: 6,2%; Fraturas: 9,2%; Rupturas: 7,2%. Fonte: Elaboração do Autor, 2017. Após a tabela pode-se analisar que dos 245 praticantes dos estudos, 81,1% relatou alguma lesão decorrente da prática na modalidade. A região mais acometida foi a dos membros superiores (40%), com destaque para os ombros (27,2%) e dedos das mãos (14,3%). Nos membros inferiores o local com maior destaque de incidência foram os joelhos (25,6%). Em relação ao tipo da lesão, as duas que mais se destacaram foram os entorses e as contusões, com as médias de 22,5% e 22,4% respectivamente. As luxações também se mostraram bastante incidentes, aparecendo em 10,1% dos casos, seguidos das fraturas com 8,3%. Segundo a literatura, é possível afirmar que a alta incidência que acomete a região do ombro se dá em cunho competitivo, onde os atletas têm assumido uma postura de risco

durante a queda, atingindo o solo lateralmente a fim de evitar o golpe perfeito, o ippon, no qual o judoca vencido atinge o solo com a totalidade de suas costas, com isso acometendo a articulação dos ombros (BARSOTTINI et al, 2006). Tabela 2 Comparações dos estudos publicados entre 2011 a 2015 sobre lesões desportivas em praticantes de Judô. Autores e ano da publicação. SILVA et al, 2011. Tamanho da amostra. Taxa de LD Locais Acometidos 129 atletas 98% Joelho: 24,77% Ombro: 14,16% Cotovelo: 11,5% Dedos/Punho: 9,73% JUNGES, 2012. 28 atletas 100% Joelho: 27% Ombro: 23% Tornozelo: 18% Outros: 14% SOUZA, 2014. 32 atletas 98% Ombro: 28,9% Tornozelo: 23,7% Joelho: 22,7% DORTA, 2015. 50 atletas 95% Joelho: 32,26% Ombros: 31,58% Tornozelo: 19,36% Mãos/dedos: 26,31% Fonte: Elaboração do autor, 2017. Tipos de lesão Leve: 30,97% (subluxações, entorses) Moderada: 28,31% (deslocamentos, tendinite) Grave: 29,2% (fraturas, ligamento) Entorses: 58% Tendinite: 32% Deslocamentos/Tendinites: 28% Subluxações: 26% Lesão ligamentar/menisco: 18% Luxações: 25,27% Lesão Muscular: 13,18% Entorses/Fratura: 12,9% Lombalgia: 8,79% Entorses e luxações: 32% Fraturas: 29,4% Contusões: 19,3% Os resultados encontrados na literatura após analisaram 239 praticantes, mostraram inicialmente que 91% da amostra já sofreram algum tipo de lesão e 9% não sofreram. Em relação à incidência de lesões, os resultados demonstraram que o segmento anatômico mais acometido foram os joelhos (26,65%) para membros inferiores, e ombros (24,39%) para membros superiores. Também houve grande incidência na região dos dedos das mãos e tornozelos, com 14,3% e 8,4% de média. Os tipos de lesões mais ocorrentes no joelho foram lesões ligamentares, de menisco e o Judô apresenta um considerável risco para ocorrência de lesões, sendo apontado com destacado risco relativo, e, nos ombros, segunda região que mais aparece com lesões

identificou-se que a grande maioria das lesões era deslocamentos, subluxações, luxações e tendinites. A análise dos resultados deste estudo deve considerar que os atletas entrevistados podem não se lembrar de todas as lesões que sofreram. No entanto, é preciso destacar que essa possível omissão tenha atuado apenas no sentido de diminuir o total de ocorrências. Nesse sentido, várias pesquisas deverão focar sobre a relação desse esporte e a ocorrência de lesões, relatando casos específicos como, especialmente nas articulações mais acometidas, como joelho, ombro, tornozelo e cotovelo. 3.2 DISCUSSÃO O estudo analisado não especificou as lesões de acordo com as causas das mesmas, porém a maioria dos estudos foi feita durante o período de treinamento pré-competitivo, mostrando que a maior incidência de lesões se dá durante os treinos que antecedem os campeonatos, onde, segundo Sena (2014), essa relação pode vir a ocorrer devido à maior intensidade de treinamentos para manter o nível, treinamentos esses muitas vezes feitos com adversários de diferentes níveis de peso, vindo logo em seguida acompanhado dos campeonatos. Outro fator relatado na literatura seria um fenômeno caracterizado pelo excesso de treinamento, o qual é conhecido como overtraining, onde apresenta entre seus vários sintomas o aumento da incidência de lesões. Além disso, o overtraining é responsável pela diminuição do desempenho levando a erros de execução nas técnicas de ataque e defesa, facilitando a ocorrência de lesões durante a luta (CARVALHO et al, 2009). Percebe-se que nos estudos feitos a partir de 2006, os atletas eram acometidos em lesões do tipo leve (contusões, entorses) e moderadas (subluxações, tendinites, deslocamentos), mas também com número considerável de lesões do tipo grave (fraturas, lesões ligamentares) aonde os locais mais afetados eram joelhos, ombros, dedos das mãos/pés. A continuação dos estudos nos diz que os estudos feitos a partir de 2008 e 2009 mostram melhora e/ou diminuição nas lesões graves, mas nos mostra que as contusões são as maiores responsáveis pelas lesões nos atletas, sendo a região do ombro e joelhos as mais afetadas. A partir dos estudos feitos em 2011, percebe-se que as lesões do tipo leve ainda são as mais acometidas, tendo joelhos e ombros como os principais locais lesionados. No estudo feito em 2012, ainda com joelhos e ombros sendo os locais mais acometidos por lesões, notase que ao contrário do estudo do ano anterior, as lesões leves como principais taxas de lesões,

em 2012 as lesões do tipo moderadas estão em maior evidência, como tendinites e subluxações. Seguindo, estudos realizados em 2014 e 2015, mostram que as entorses e luxações acometem mais os atletas, tendo também joelhos e ombros como principais locais de lesões, não podendo deixar de destacar o aumento no número de lesões na região do tornozelo, onde mostrou grande crescente de lesões nos estudos feitos a partir de 2012. 4.0 CONCLUSÃO Depois de feita a revisão de literatura através da análise dos artigos, concluiu-se que a localização anatômica mais acometida nos membros inferiores foram os joelhos, onde aparece tendo uma incidência relativamente alta seguidos dos tornozelos, já nos membros superiores, os mais acometidos foram os ombros e os dedos das mãos. O tipo de lesão desportiva mais prevalente mostrado na literatura foram as entorses, as fraturas e as distensões. A grande maioria dos atletas de Judô não realiza atividades preventivas de lesão. O presente estudo vem alertar da necessidade desse trabalho de preventivo que tem fundamental importância para diminuir o índice de lesões, que pode afetar a vida diária ou profissional dos atletas praticantes de judô. Uma alternativa para aumentar o detalhamento dos dados, introduzindo aspectos clínicos, será o aprofundamento deste estudo em parceria com o departamento médico/fisioterápico responsável pelo atendimento nos locais de treinamento/clubes dos praticantes, onde também poderiam ser citados os aspectos técnicos relacionados às lesões, sendo possível acrescentar os diagnósticos cedidos pelo setor médico e fisioterapeutas. REFERÊNCIAS BARROSO, Guilherme Campos; THIELE, Edilson Schwansee. Lesão muscular nos atletas. Rev. Bras. Ortop. Vol 46, n.4; 2011. BARSOTTINI, Daniel, GUIMARÃES, Anderson Eduardo; MORAIS, Paulo Renato de. Relação entre técnicas e lesões em praticantes de judo. Revista Brasileira Esporte. Vol 12 nº1. Jan/fev 2006 BARSOTTINI, Daniel; GUIMARÃES, Anderson Eduardo; PACHECO, Marcos Tadeu T. Associação entre golpes e lesões no judô. Instituto de Pesquisa e desenvolvimento. São Paulo. 2004

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