Investigação do Potencial de diferenciação óssea das Células-Tronco do Tecido Adiposo associadas a Nanopartículas de Dióxido de Titânio (TiO2)

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Transcrição:

Investigação do Potencial de diferenciação óssea das Células-Tronco do Tecido Adiposo associadas a Nanopartículas de Dióxido de Titânio (TiO2) Isabela L. de Lima 1, Cristiane A. Duarte 1, Paloma S. Castro 1, Lorenna C. Di Filice 1, Letícia S. Castro-Filice 3, Nilson F. O. Neto 1, Morgana S. Lima 1, Anielle C. A. Silva 5, Luiz R. G.F ilho 2, Vivian A. Goulart 2 1 Laboratório de Nanobiotecnologia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG. 2 Instituto de Genética e Bioquímica, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG, 3 Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia MG, 4 Fundação Oswaldo Cruz, Salvador -BA, 5 Instituto de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia - MG Resumo. As CTM-TAs são capazes de diferenciar-se em vários tecidos, inclusive o ósseo. Já existem estudos de associação de CTM-TAs com cerâmicas porosas para reconstrução e reparo ósseo. Dentre estas tem-se o dióxido de titânio (TiO2). Estre trabalho avaliou o potencial da diferenciação óssea das CTM-TAs associadas a nanopartículas (NPs) de TiO2 composta por 35,44% de anatase e 64,56% de rutila. As CTM-TAs foram cultivadas com meio DMEM baixa glicose, DMEM com fatores osteogênicos sem NPs e meio DMEM osteogênico com 5µg/ml de NPs. A enzima Fosfatase Alcalina (FA) foi quantificada nos tempos de 7, 14 e 21 dias e observou-se que aos 7 dias após o tratamento, a atividade de FA estava baixa. Aos 14 dias a atividade da FA aumentou nas células com DMEM osteogênico com e sem nanopartículas, mas não apresentou diferença estatística. Aos 21 dias, também houve aumento da FA nas CTM-TAs cultivadas com DMEM osteogênico com e sem NPs, mas não havendo também diferença estatística. Desta forma, pode-se concluir que a associação de NPs de TiO2 com CTM-TAs não aumentou a produção de FA, sugerindo que as NPs de TiO2 na concentração de 5ug/ml não influenciaram no potencial de diferenciação óssea das CTM-TAs. Palavras-chave: Células-Tronco, nanopartículas, Dióxido de Titânio, diferenciação óssea 1. INTRODUÇÃO As células-tronco mesenquimais (CTMs) foram originalmente isoladas da medula óssea, mas recentemente tem sido identificadas em outros tecidos, como tecido adiposo, epiderme e cordão umbilical (MARKARIAN et al., 2014), fígado fetal (ZHANG et al., 2005), pulmão fetal (ZHENG et al.), placenta (FUKUCHI et al., 2004), endométrio (SCHWAB et al., 2008), ligamento periodontal (PARK et al., 2011), polpa dentária (ZUK et al., 2002), membrana sinovial (HERMIDA-GOMEZ et al., 2011), osso compacto e trabecular (SAKAGUCHI et al., 2004; ZHU et al., 2010). As CTMs apresentam também capacidade de modulação das respostas imunes. As lesões teciduais normalmente são acompanhadas por inflamação, que via mediadores quimiotáticos, mobilizam e direcionam as CTMs aos locais danificados. As CTMs além do reparo tecidual atuam liberando fatores de crescimento preparando o microambiente nos arredores da lesão (MA et al., 2014). Muitos pesquisadores têm registrado que o tecido adiposo é uma fonte abundante de células estromais multipotentes, de forma que seu uso tem sido mais frequente, pois esse material é rotineiramente descartado após a cirurgias de abdominoplastia e lipoaspiração. A 714

coleta deste tecido é realizada por métodos menos invasivos com obtenção de maior quantidade de células que na coleta da medula óssea, além de possibilitar fácil isolamento e expansão em cultura das mesmas. Entre essas pesquisas existem muitos resultados envolvendo a capacidade de diferenciação óssea destas células, com grande aplicação clínica na medicina regenerativa (ZUK et al., 2002; HEO et al., 2016). Além disso, existem estudos associando biomateriais e nanomateriais com CTM-TAs para regeneração óssea, onde foram aplicados vários nanocompósitos, materiais e partículas para imitar o crescimento do osso, além de vários avanços em nanoscaffolds para diminuir as reações auto-imunes e manter o controle sobre infecções microbianas (YI et al., 2016). No âmbito da utilização de biomateriais, o titânio tem sido apresentado como fator influenciador da diferenciação óssea. Este material já é amplamente utilizado em implantes ósseos e dentários, onde já existem estudos relacionando as ligas de titânio e nanopartículas (DOMINGUEZ, 2012; HOU et al., 2013; SANTIAGO-MEDINA et al., 2015). As nanopartículas podem agir estimulando a diferenciação óssea, penetrando ou não a membrana de forma que ativam vias de sinalização para transcrição de genes relacionadas a diferenciação óssea (PATIL e PAUL, 2014). Uma nova perspectiva para a avaliação da biocompatibilidade de nanomateriais e regeneração tecidual surge ligando esses dois aspectos com a utilização de CTM-TAs. As propriedades da nanotecnologia associadas às características promissoras destas células, como a plasticidade, padrão de crescimento e imunomodulação, podem trazer diversos benefícios no âmbito da regeneração óssea. 2. OBJETIVOS Este trabalho visou avaliar o potencial da diferenciação óssea, quantificando a enzima fosfatase alcalina das CTM-TAs associadas a NPs de TiO2 sintetizadas na temperatura de 650ºC, compostas por 35,44% de anatase e 64,56% de rutila, na concentração de 5µg/ml, após 7, 14 e 21 dias de tratamento. 3. METODOLOGIA A enzima FA foi quantificada através de kit Fosfatase Alcalina Labtest. O kit parte do princípio que a enzima hidrolisa a timolftaléina monofosfato liberando timolftaleína, que apresenta cor azul em meio alcalino. A cor obtida no teste é diretamente proporcional a atividade enzimática. As células foram submetidas a ação de Lauril Fosfato de sódio, detergente para lisar as células. Após a lise, as amostras foram misturadas ao reagente 1 e 2 do kit, que são timolttaleína monofosfato e um tampão, respectivamente, e estavam previamente aquecidos em banho-maria por 2 minutos à 37 C. Essa mistura ficou incubando também em banho-maria por 10 minutos. Após este tempo foi adicionado o reagente 3, que contém carbonato de sódio e hidróxido de sódio, que deixa o meio alcalino. As amostras então ficaram incubadas por 30 minutos. Após processamento as amostras foram lidas em espectrofotômetro no comprimento de onda de 590nm. Em seguida, as amostras foram analisadas e quantificadas de acordo com as especificações do Fabricante nos tempos estabelecidos (7, 14 e 21 dias). 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A quantificação de FA após 7dias do tratamento das CTM-TAs com as NPs de TiO2 apresentaram uma atividade de FA baixa, com valores próximos ao do controle (células sem meio indutor da osteogênese) (Figura 01). FA é considerada um marcador inicial para 715

diferenciação osteogênica. Juntamente com a osteopontina e a osteocalcina é responsável por dar suporte a formação de nódulos ósseos, que participam da mineralização da matriz no processo de osteogênese (YANG et al., 2016). Figura 01. Quantificação da Enzima Fosfatase Alcalina em Unidades por litro após 7 dias do tratamento das células-tronco mesenquimais de tecido adiposo humano. Aos 14 dias a atividade da FA aumentou significativamente nas células com DMEM osteogênico com e sem nanopartículas em relação ao controle, mas não apresentou diferença estatística entre a quantidade de FA produzida pelas CTM-TAs em meio osteogênico sem NPs quando comparada com as CTM-TAs com NPs (figura 02). Uma das principais funções fisiológicas da FA no organismo é a hidrólise de ésteres de fosfato no processo de osteogênese, fornecendo os grupos de fosfato necessários para a deposição de hidroxiapatita. De maneira geral é esperado um aumento da atividade de FA durante o avanço do estágio inicial da diferenciação osteogênica (PATIL e PAUL, 2014; SHARMA et al., 2014). 716

Figura 02. Quantificação da Enzima Fosfatase Alcalina em Unidades por litro após 14 dias do tratamento das células-tronco mesenquimais de tecido adiposo humano. Aos 21 dias, também houve aumento da FA nas CTM-TAs cultivadas com DMEM osteogênico com e sem NPs quando comparada com o controle, mas quando comparando a presença ou ausência de NPs nas CTM-TAs cultivadas com meio osteogênico não houve diferença estatística (figura 03). Figura 03. Quantificação da Enzima Fosfatase Alcalina em Unidades por litro após 21 dias do tratamento das células-tronco mesenquimais de tecido adiposo humano. Tais testes confirmam que a quantificação da fosfatase alcalina é um importante marcador osteogênico no estágio de diferenciação de osteogênese no Isolamento e cultivo de células-tronco mesenquimais (ZHU et al., 2013). 5. CONCLUSÃO As CTM-TAs quando cultivadas em meio osteogênico aumentaram significativamente a quantidade de fosfatase alcalina produzida independente da presença ou não das NPs de TiO2, sugerindo que as NPs não influenciam no potencial de diferenciação óssea de CTM-TAs. 6. AGRADECIMENTOS Agradecimentos à FAMPEMIG, CNPQ e CAPES pelo fomento no Laboratório de Nanobiotecnologia- UFU. 7. REFERÊNCIAS DOMINGUEZ, C. O. A. A. Titanium as a Biomaterial for Implants, Recent Advances in Arthroplasty, DOI: 10.5772/27413. Available from: https://www.intechopen.com/books/recent-advances-in-arthroplasty/titaniumas-a-biomaterial-for-implants. Dr. Samo Fokter (Ed.), InTech, v., n., p. 2012. 717

FUKUCHI, Y. et al. Human Placenta-Derived Cells Have Mesenchymal Stem/Progenitor Cell Potential. STEM CELLS, v. 22, n. 5, p. 649-658. 2004. HEO, J. S. et al. Comparison of molecular profiles of human mesenchymal stem cells derived from bone marrow, umbilical cord blood, placenta and adipose tissue. Int J Mol Med, v. 37, n. 1, Jan, p. 115-25. 2016 HERMIDA-GOMEZ, T. et al. Quantification of cells expressing mesenchymal stem cell markers in healthy and osteoarthritic synovial membranes. J Rheumatol, v. 38, n. 2, Feb, p. 339-49. 2011 HOU, Y. et al. Effects of titanium nanoparticles on adhesion, migration, proliferation, and differentiation of mesenchymal stem cells. International Journal of Nanomedicine, v. 8, n., 09/23, p. 3619-3630. 2013. MA, S. et al. Immunobiology of mesenchymal stem cells. Cell Death Differ, v. 21, n. 2, 02//print, p. 216-225. 2014 MARKARIAN, C. F. et al. Isolation of adipose-derived stem cells: a comparison among different methods. Biotechnology Letters, v. 36, n. 4, p. 693-702. 2014. PARK, J. C. et al. Isolation and characterization of human periodontal ligament (PDL) stem cells (PDLSCs) from the inflamed PDL tissue: in vitro and in vivo evaluations. J Clin Periodontol, v. 38, n. 8, Aug, p. 721-31. 2011. PATIL, S. e PAUL, S. A Comprehensive Review on the Role of Various Materials in the Osteogenic Differentiation of Mesenchymal Stem Cells with a Special Focus on the Association of Heat Shock Proteins and Nanoparticles. Cells Tissues Organs, v. 199, n. 2-3, p. 81-102. 2014. SAKAGUCHI, Y. et al. Suspended cells from trabecular bone by collagenase digestion become virtually identical to mesenchymal stem cells obtained from marrow aspirates. Blood, v. 104, n. 9, p. 2728. 2004 SANTIAGO-MEDINA, P. et al. Titanium Oxide: A Bioactive Factor in Osteoblast Differentiation. International Journal of Dentistry, v. 2015, n., 11/18 08/12/received 10/19/revised 10/27/accepted, p. 357653. 2015. SCHWAB, K. E. et al. Identification of surface markers for prospective isolation of human endometrial stromal colony-forming cells. Hum Reprod, v. 23, n. 4, Apr, p. 934-43. 2008. SHARMA, U. et al. Alkaline phosphatase: an overview. Indian J Clin Biochem, v. 29, n. 3, Jul, p. 269-78. 2014 YANG, X. et al. The stimulatory effect of silica nanoparticles on osteogenic differentiation of human mesenchymal stem cells. Biomed Mater, v. 12, n. 1, Dec 02, p. 015001. 2016. YI, H. et al. Recent advances in nano scaffolds for bone repair. Bone Research, v. 4, n., 12/13 06/28/received ZHANG, H. et al. The existence of epithelial-to-mesenchymal cells with the ability to support hematopoiesis in human fetal liver. Cell Biol Int, v. 29, n. 3, Mar, p. 213-9. 2005. ZHENG, C. et al. Human multipotent mesenchymal stromal cells from fetal lung expressing pluripotent markers and differentiating into cell types of three germ layers. v., n. 1555-3892 (Electronic), 20100127 DCOM- 20100413. ZHU, H. et al. A protocol for isolation and culture of mesenchymal stem cells from mouse compact bone. Nat Protoc, v. 5, n. 3, Mar, p. 550-60. 2010. ZHU, Y. et al. Control over the gradient differentiation of rat BMSCs on a PCL membrane with surfaceimmobilized alendronate gradient. Biomacromolecules, v. 14, n. 2, Feb 11, p. 342-9. 2013. ZUK, P. A. et al. Human Adipose Tissue Is a Source of Multipotent Stem Cells. Molecular Biology of the Cell, v. 13, n. 12, December 1, 2002, p. 4279-4295. 2002 718