1- Evolução da refrigeração e da climatização

Documentos relacionados
ESTRUTURA DO CURSO 08:00-10:00 RTQ-R

Equipamentos Água Gelada Água Torre

ARTIGO. Sobre monitoramento a Distancia e aplicação automática de medicamentos. Sistema de monitoração a distancia e aplicação de medicamentos.

Cogeração SISTEMA DE COGERAÇÃO DE ENERGIA

MANUAL DO AVALIADOR O que é uma Feira de Ciência? Por que avaliar os trabalhos? Como os avaliadores devem proceder?

PLANOS DE CONTINGÊNCIA, PROGRAMA DE ALERTA E PREPARAÇÃO DE COMUNIDADES PARA EMERGÊNCIAS LOCAIS

Banco de Sons. Nota Técnica

Manutenção volante. A DDS SERVIÇOS possui muita experiência com este modelo de manutenção com resultados altamente satisfatórios.

Dos Serviços de Obras, Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Sanitária.

Biogás. Página 1 de 5

Critério de Desenvolvimento da Embalagem de Transporte. Magda Cercan Junho/2013 São Paulo

PALAVRAS-CHAVE Handhelds, Manutenção de Subestação, Tecnologia da Informação.

Curso Técnico (Integrado/Concomitante/Subsequente) em Curso de (Engenharia, Tecnologia, Licenciatura) em Nome do Curso MATRIZ CURRICULAR

INTERPRETAÇÃO MOLECULAR DA TEMPERATURA:

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM SISTEMAS HIDRÁULICOS

ALTERNATIVAS E IDEIAS SUSTENTÁVEIS PARA UMA MELHOR UTILIZAÇÃO DO LIXO ATRAVÉS DA RECICLAGEM E REAPROVEITAMENTO

ANEXO I EDITAL - CONVITE nº 008/2005-ANATEL-ER01 PROCESSO nº /2005 PROJETO BÁSICO

1 Circuitos Pneumáticos

CIÊNCIAS 9 ANO PROF.ª GISELLE PALMEIRA PROF.ª MÁRCIA MACIEL ENSINO FUNDAMENTAL

Lei nº de 24 de julho de 2000.

Experiência: Gestão Estratégica de compras: otimização do Pregão Presencial

O IMPACTO AMBIENTAL DEVIDO A POLÍTICA DE CRESCIMENTO DA FROTA DE VEÍCULOS. Curso de Graduação Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação/UNICAMP

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA PMCMV Fundo de Arrendamento Residencial - FAR PROJETO BÁSICO

Preparação de Água Quente Sanitária

AutoFilt Type RF3 Exemplos de aplicação.

FACULDADE MULTIVIX CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 2º PERÍODO MARIANA DE OLIVEIRA BERGAMIN MONIQUE MATIELLO GOMES THANIELE ALMEIDA ALVES

FONTES E FORMAS DE ENERGIA

1. Súmula. 2. Objetivos. 3. Método

Derretimento de gelo nas calotas polares Aumento do nível dos oceanos Crescimento e surgimento de desertos Aumento de furacões, tufões e ciclones

REQUERIMENTO. (Do Sr. Vittorio Medioli) Senhor Presidente:

Análise Qualitativa no Gerenciamento de Riscos de Projetos

A dissertação é dividida em 6 capítulos, incluindo este capítulo 1 introdutório.

ATIVIDADE DE FÍSICA PARA AS FÉRIAS 8. o A/B PROF. A GRAZIELA

UTILIZAÇÃO DE SENSORES CAPACITIVOS PARA MEDIR UMIDADE DO SOLO.

Proposta e desenvolvimento de um sistema de controle de baixo custo para irrigação automatizada

REGULAMENTO DA POLÍTICA DE MANUTENÇÃO E GUARDA DO ACERVO ACADÊMICO DA ESCOLA DE DIREITO DE BRASÍLIA EDB

3 Metodologia de pesquisa

Msc. Eng. Fernando Pozza

SENAI BAHIA ÁREA AUTOMOTIVA DESCRITIVO DE CURSO

Teoria dos erros em medições

CHAMADA MCT / FINEP ENERGIA DE PRODUTOS E SERVIÇOS COM TECNOLOGIA INOVADORA NA ÁREA DE

EMPRESAS

PROJETO V.I.P. EQUIPE ESPECIALIZADA EM ATENDIMENTO PERSONALIZADO PARA PISCINAS ESPECIAIS!

j ,11111,1111 (21)PI A2 (22) Data de Depósito: 30/06/2009 (43) Data da Publicação: 09/03/2011 (RPI 2096)

O Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil

PLANILHA ELETRÔNICA PARA PREDIÇÃO DE DESEMPENHO OPERACIONAL DE UM CONJUNTO TRATOR-ENLEIRADOR NO RECOLHIMENTO DO PALHIÇO DA CANA-DE-AÇÚCAR

Biologia Professor: Rubens Oda 6/10/2014

Os Registros na Pesquisa. Christiane Zubler

Implantação de um serviço de limpeza terminal a vapor em salas operatórias

LIXO ELETRÔNICO: origens e reaproveitamento

Normas de Utilização do Laboratório de Fisiologia e Aspectos Práticos e Éticos da Experimentação Animal Curso de Nutrição (UFV/CRP)

A aposta em investimento em energias renovaveis em STP

Aula Prática 1 - Gerador Van de Graaff e interação entre corpos carregados

Sinais da. Boa Nutrição. Alice Silveira Granado. CRN 3 : Nutricionista

GrupoFercar. Um grupo de referência

Nota Técnica sobre centrais de GLP, com operação de sistema Pit Stop

Estudo aponta influência do código de barras e da tecnologia na decisão de compra do consumidor e na estratégia do varejo

Engenharia de Software II

2 PLANEJAMENTO AMBIENTAL. 2.2 Conceito de Planejamento Ambiental

CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE PROJETO DE MUSEU DE ARTES VISUAIS 1

O ESTILO DE VIDA E A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DOS FUNCIONÁRIOS DA REITORIA / UFAL PARTICIPANTES DO PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL

CENTRO EDUCACIONAL SIGMA

Possibilidade de vida em Planetas

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes

2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar?

Ao considerar o impacto ambiental das empilhadeiras, observe toda cadeia de suprimentos, da fonte de energia ao ponto de uso

Política de Responsabilidade Socioambiental - (PRSA) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA).

Findeter financiamento para a reconstrução e a mitigação de mudanças climáticas

ECOLOGIA. Conceitos fundamentais e relações alimentares

Regulamento Interno Férias Desportivas Verão 15

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO JULIANA LEME MOURÃO ORIENTADOR: PAULO GUILHERMETI

DIVULGAÇÃO DE TECNOLOGIA DE BAIXO CUSTO PARA O AQUECIMENTO SOLAR DE ÁGUA, EM CERRO LARGO/RS: UMA AÇÃO DA EXTENSÃO EM PROL DA MORADIA SUSTENTÁVEL

Os salários de 15 áreas de TI nas cinco regiões do Brasil

Panorama da Inovação no Brasil. Hugo Ferreira Braga Tadeu 2014

R2200P. Fluidos Dielétricos

RELATÓRIO GERENCIAL AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOCENTE, CURSO E COORDENADOR DE CURSO GRADUAÇÃO PRESENCIAL

MANUAL DE INSTRUÇÕES DO MILIOHMÍMETRO MODELO MO-1200

IFRN - Campus Parnamirim Curso de eletricidade turma de redes de Computadores Figura 35 Relé eletromecânico

ANEXO II PROJETO DE MELHORIA DO ENSINO MÉDIO NOTURNO REGULAMENTO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

Abril Educação Fontes de energia, calor e temperatura Aluno(a): Número: Ano: Professor(a): Data: Nota:

Araucária Serviços Topográficos, Projetos e Consultoria CNPJ / São José do Ouro/RS Tel.:

FILTRO DISCO CERÂMICO À VÁCUO (FDVC)

Código: MINV-P-003 Versão: 03 Vigência: 03/2011 Última Atualização: 02/2016

Registro Hospitalar de Câncer Conceitos Básicos Planejamento Coleta de Dados Fluxo da Informação

SISTEMAS DISTRIBUÍDOS

TRATAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA

Arquitetura e Organização de Computadores. Histórico. Gerações

Consciente de que para alcançar uma sociedade mais justa as empresas precisam contribuir socialmente, QUEM SOMOS O INSTITUTO DE OLHOS DR.

Carlos Nascimento Lisboa 16 de Fevereiro de 2012

XII BioCiências: Mostra de Projetos Experimentais de Itumbiara-GO 1 Caracterização da Proposta

FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA Edição revista (*) Nº : : Gás não inflamável e não tóxico.

DECRETO nº 2.303/2012

OFICINA: POLUIÇÃO DO SOLO E PRODUÇÃO DE SABÃO RECICLADO

Melhorando a qualidade de energia elétrica para o sistema de sinalização metroferroviário

EDITAL PARA INSCRIÇÃO DE TRABALHOS NO III CURSO DE EXTENSÃO SOBRE O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EDUCAÇÃO DO IFMG

Transcrição:

1- Evolução da refrigeração e da climatização Damos o nome de REFRIGERAÇÃO ao processo de remoção do calor de um meio, a partir da redução da temperatura e da manutenção dessa condição por meios mecânicos ou naturais. Encontramos inúmeras aplicações para a refrigeração, sendo as principais na conservação de alimentos, no transporte, na produção industrial e na climatização. Na segunda metade do século XVII os cientistas descobriram que organismos microscópios, presentes nos alimentos, multiplicavam-se rapidamente em temperaturas elevadas e, dessa forma, deterioravam os alimentos, porém, pareciam hibernar (dormir) sob temperaturas em torno de 10 o C ou menores. Temperaturas mais baixas não matavam estes microorganismos, mas controlavam o seu crescimento. Dessa forma, não demorou muito para que o comércio de gelo natural se tornasse uma atividade rentável. Este gelo era distribuído até longas distâncias através de navios. O gelo era levado até as residências em carroças, onde era armazenado em armários isolados, chamados de geladeiras, conforme ilustrado na Figura 1.1. Figura 1.1- Distribuição de gelo natural em carroças e armazenagem em geladeiras. Fonte: http://programs.northlandcollege.edu/owl/apa%20sample%20paper.htm http://www.thesun.co.uk/sol/homepage/hold_ye_front_page/4696531/fridge.html Assim, o alimento podia ser mantido em seu estado natural pelo uso do frio ao invés de preservá-lo através da defumação ou salgamento, técnicas utilizadas até então. O uso da refrigeração para esse fim estendeu-se para boa parte da população mundial. Porém, as dificuldades para obtenção do gelo natural das geleiras e o inconveniente do derretimento inspirou o trabalho de diversos cientistas, que buscaram uma alternativa ao gelo natural. O objetivo era produzir gelo artificialmente. O professor universitário Willian Cullen, em1755, trabalhando com o éter, um fluido volátil (que se vaporiza mais facilmente que a água), baixou a pressão do mesmo para facilitar a evaporação e acelerar o processo de retirada de calor de uma pequena quantidade de água. No experimento, o éter a baixa pressão retirou calor da água que estava depositada em um recipiente. Pela primeira vez se produziu gelo artificial, conforme esquematizado na figura 1.2. 1

Figura 1.2- Esquema de produção do gelo artificial Conforme pode ser observado na figura 1.2, o processo de retirada de calor da água pelo éter é descontínuo, necessitando de constante reposição do éter. A solução para esse problema foi providenciar um circuito fechado para a condensação do éter. A primeira descrição detalhada de um equipamento para produção de gelo foi patenteada por Jacob Perkins, em 1834 (Figura 1.3). O primeiro equipamento real foi construído por James Harrison (escocês), entre 1856 e 1857. Em 1862, em uma exibição internacional em Londres foi apresentada a primeira máquina de produzir gelo artificial. Figura 1.3- Foto de Jacob Perkins e ilustração da patente da máquina de produzir gelo. Durante décadas estes sistemas foram aperfeiçoados. Com a invenção dos motores elétricos foram desenvolvidos os primeiros refrigeradores para uso doméstico, que passaram a ser vendidos na segunda década do século XX (Figura 1.4). 2

Figura 1.4 exposição de um refrigerador elétrico antigo. Os sistemas mais simples de refrigeração (Figura 1.5) utilizam 4 componentes principais (compressor, evaporador, condensador e dispositivo de expansão) por onde circula internamente um fluido refrigerante (que a exemplo do éter, também evapora facilmente a baixas pressões quando recebe calor). Figura 1.5- Esquema de um ciclo de refrigeração A descoberta do ciclo de refrigeração e o desenvolvimento da máquina frigorífica abriram o caminho para o uso prático do ar condicionado. O que pode ser considerado como o primeiro equipamento de ar condicionado foi patenteado em 1897, por Joseph McCreaty (Estados Unidos). Seu sistema foi denominado lavador de ar (um sistema de resfriamento baseado no borrifamento de água). O Dr. Willis Haviland Carrier (Estados Unidos) realizou com sucesso o controle de temperatura e umidade ao instalar, em 1906, um equipamento de ar condicionado em uma oficina gráfica. Este equipamento era baseado no sistema de lavador de ar, que resfriou e saturou o ar até o ponto de orvalho. Até o final da Segunda Guerra Mundial, o condicionamento de ar era utilizado principalmente em aplicações industriais. Posteriormente, iniciou-se o desenvolvimento de sistemas visando ao conforto humano, conforme ilustrado na Figura 1.6. 3

Figura 1.6- Utilização de aparelhos de ar condicionado nas residências. Fonte: http://content.time.com/time/nation/article/0,8599,2003081,00.html Atualmente, o setor de refrigeração e ar condicionado ocupa um lugar de destaque na vida da civilização. Pode-se utilizar a climatização para controle de poluentes numa sala limpa hospitalar, para congelamento rápido de produtos alimentícios, para armazenamento de frutas e verduras logo após a colheita, para conforto automotivo, para produção de bebidas fermentadas entre outras aplicações. No entanto, nas últimas décadas, o volume de pesquisas na área tem aumentado significativamente. O objetivo tem sido desenvolvimento de compressores e trocadores de calor mais eficientes bem como fluidos refrigerantes que não agridam o meio ambiente. Os cloro-flúor-carbonos (CFCs) haviam-se tornado, desde a década de 20, o refrigerante padrão da indústria devido as suas excelentes características termodinâmicas e químicas Figura 1.7. Figura 1.7 Ilustração de uma molécula de CFC No entanto, desde que, em 1974, foi apresentado um modelo teórico, que previa a destruição de moléculas de ozônio na atmosfera por átomos de cloro oriundos da decomposição de moléculas de CFCs, a comunidade científica passou a expressar preocupação com a continuada liberação desses gases na atmosfera. 4

Essa preocupação foi enormemente aumentada com a identificação de um processo de rarefação da camada de ozônio da atmosfera. Há cientistas que afirmam que esse é um fenômeno cíclico e que não está relacionada com a ação humana. Há outros que afirmam que as poderosas indústrias químicas patrocinam pesquisas alarmantes para introduzirem novos fluidos refrigerantes e garantirem suas patentes por mais algumas décadas. Polêmicas a parte, na Figura 1.8 é possível visualizar imagens da camada de ozônio desde 1979 até 2005. Figura 1.8- Fotos representativas do buraco na camada de ozônio. A camada de ozônio é fundamental para a vida na Terra, uma vez que protege o planeta da incidência da radiação ultravioleta, causadora de diversas doenças, como cataratas, câncer de pele, além da morte dos fitoplânctons, que são pequenas algas que vivem na superfície dos oceanos e que são responsáveis pela maior parte da produção de oxigênio. Pesquisas têm sido realizadas no mundo todo para avaliar as características dos substitutos dos antigos CFCs, obrigando, também, o desenvolvimento de novos compressores e novos trocadores de calor. A utilização dos novos fluidos refrigerantes exige uma maior qualificação dos profissionais da área, pois uma manutenção deficiente implica a contaminação do sistema e a formação de ácidos nocivos ao compressor e aos componentes do sistema. Fluidos refrigerantes como o R134a são muito sensíveis à presença de umidade do ar e exigem que o processo de evacuação (desidratação) do interior das tubulações seja realizado com bomba de vácuo e seguindo procedimentos corretos. Tanto na refrigeração como no condicionamento de ar, tem sido crescente a preocupação em relação à conservação de energia e, também, com a qualidade do ar interior. Nesse sentido, é cada vez maior a adoção de equipamentos tecnologicamente mais avançados e de menor consumo, com a utilização em massa da automação, possibilitando uma maior eficiência, ambientes mais limpos, economia de energia e maior controle do funcionamento dos equipamentos, mas, também exigindo dos profissionais conhecimentos básicos de eletricidade e eletrônica. O consumo do setor de climatização e de refrigeração é de aproximadamente 13% do total do consumo de energia elétrica no Brasil (dados do PROCEL) sendo que no setor residencial essa participação chega a 30%. 5

Para contribuir com a redução do consumo elétrico residencial a Embraco está apresentando uma grande novidade em seu site Clube da Refrigeração : o lançamento global da tecnologia wisemotion, o primeiro compressor sem óleo para ser utilizado em refrigeradores residenciais. Esse novo compressor é fruto de 10 anos de pesquisas da empresa (Figura 1.9). Figura 1.9- Foto ilustrativa de um compressor Embraco wisemotion. Disponível no site: http://www.clubedarefrigeracao.com.br/ https://www.youtube.com/watch?v=4cenp4whdfg&list=uulevipygfknm9mlqha0ee1w Segundo dados apresentados no site da Embraco, o wisemotion possibilitará benefícios como melhor conservação dos alimentos, maior aproveitamento do espaço interno do refrigerador e baixo ruído. Além disso, a redução no consumo de energia pode chegar a mais de 20% quando comparada aos compressores de alta eficiência mais vendidos no mercado mundial. É preciso lembrar que temos mais de 50 milhões de refrigeradores domésticos em uso no Brasil e que a redução do consumo de energia em cada aparelho produz um efeito em grande escala. Também devemos destacar que os equipamentos do tipo divididos (splits) já representam 70% das vendas dos aparelhos de climatização residencial no Brasil. Comparativamente, podese afirmar que estes aparelhos proporcionam uma redução de cerca de 30% de energia em relação aos aparelhos de ar condicionado de janela utilizados há uma década. Na Figura 1.10 ilustramos um aparelho multi-split, que funciona com uma unidade condensadora e quatro unidades evaporadoras. Já na Figura 1.11 e 1.12, ilustramos um sistema split simples com uma unidade evaporadora e uma unidade condensadora. 6

Figura 1.10- Ilustração de um sistema split. Figura 1.11- Ilustração de um sistema multi-split. 7

Figura 1.12- Ilustração de um sistema multi-split. Considerando a evolução permanente do setor, fica evidente a existência de uma grande demanda por pessoal técnico adequadamente capacitado na área, para que possam acompanhar o ritmo de evolução tecnológica e não serem eliminados do mercado de trabalho. 8