A TERRITORIALIZAÇÃO DO PO ALENTEJO -- Resultados da Avaliação Intercalar -A. Oliveira das Neves, IESE
Roteiro 1. Elementos de territorialização das políticas públicas no INALENTEJO 1.1. Principais instrumentos 1.2. Coordenação e Governança 2. Elementos de balanço e principais resultados 2.1. A nível dos Objetivos/Contributos 2.2. A nível da Governança (Parcerias e Contratualização) 3. Novo ciclo de programação 2014-2020 3.1. Desafios em presença 3.2. Pressupostos (Eficácia e Eficiência)
1. Elementos de Territorialização das políticas públicas no INALENTEJO Instrumentos Política de Cidades 1.1. Principais Instrumentos [Abordagens inovadoras de instrumentos de política no âmbito do QREN estabeleceram relação forte com PO Regionais] Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação (RUCI) Parcerias para a Regeneração Urbana (PRU) Instrumentos orientados para a Competitividade e Inovação Pólos/Clusters Instrumentos para Territórios de Baixa Densidade PROVERE 1
1. Elementos de Territorialização das políticas públicas no INALENTEJO [Racional da territorialização] Aproximar as intervenções das necessidades efetivas à luz da finalidade dos instrumentos incidência temática e territorial Mobilizar entidades (públicas, associativas e privadas) com interesses, meios e massa crítica para a concretização de objetivos (crescimento económico sustentável, emprego,...) Apostar em novas modalidades de gestão com recurso a práticas de contratualização através do enquadramento das intervenções (iniciativas, projetos, ações, ) em Planos de Ação. Ampliar resultados e efeitos à escala do território a partir da mobilização de recursos de excelência do território (empresas, estabelecimentos de ensino, unidades de I&D, ). 2
1. Elementos de Territorialização das políticas públicas no INALENTEJO 1.2. Coordenação e Governança Comissão Diretiva da Autoridade de Gestão [Participação das Autarquias Locais Vogal] Contratualização de Subvenções Globais com as CIM [Componente reguladora e estratégica do desenvolvimento territorial sem participação das estruturas desconcentradas da Administração Pública]. 3
2. Elementos de Balanço e principais resultados Principais resultados da Avaliação Intercalar do INALENTEJO 2.1. Contributos para Objetivos Requalificação do Parque escolar - Rede do 1º Ciclo do Básico e Educação Pré-escolar; Desenvolvimento urbano através de intervenções no espaço público, nas infraestruturas, na valorização do património e na dinamização cultural Mobilidade territorial, principalmente na vertente melhoria da rede viária; Equipamentos e serviços coletivos de proximidade, principalmente de apoio à população idosa; Incentivos à Inovação (ampliação da capacidade produtiva regional de bens, serviços, tecnologias e processos produtivos e a internacionalização, ). 4
2. Elementos de Balanço e principais resultados Principais resultados da Avaliação Intercalar do INALENTEJO 2.1. Contributos para Objetivos Reduzida expressão e articulação estratégica das iniciativas de projetos e investimentos no âmbito das Estratégias de Eficiência Coletiva e no âmbito das Subvenções Globais, limitando a eficácia e eficiência destes instrumentos de política e contratualização: Reduzido peso das EEC (PCT, Clusters e PROVERE) no conjunto do PO (abrangem apenas 5,1% do investimento apoiado); Participação das Entidades Parceiras do SRTT em EEC dos Pólos e Clusters apresenta presença residual que tende a limitar a profundidade das articulações inicialmente ventiladas. (Investimentos apoiados no âmbito dos restantes Planos de Ação com natureza muito local e atomística. Incapacidade das CIM para alterar o paradigma da execução centrado na predominância de projetos atomizados de relevância local /municipal). Intervenções predominantes nas contratualizações não tiveram como objetivo o desenvolvimento económico e criação de emprego. 5
2. Elementos de Balanço e principais resultados Principais resultados da Avaliação Intercalar do INALENTEJO 2.2. A nível da Governança - Parcerias e Contratualização Articulação com os Programas Operacionais Temáticos Protocolo da Autoridade de Gestão do INALENTEJO com cada Organismo Intermédio (sem subvenção financeira) que lhes confere capacidade de intervenção no que respeita ao modelo de gestão dos SI às empresas. Insuficiente articulação entre as Autoridades de Gestão do PO Regional e dos PO Temáticos na dinamização e encaminhamento de projetos de investimento privado de caráter estruturante para as prioridades da Região, designadamente nas atividades das cadeias de valor estratégico. Práticas de articulação para a Governança concentradas em aspetos de natureza operacional, negligenciando a dimensão estratégica dessa articulação. A Rede de Sistemas de Incentivos (com bom funcionamento operacional em rede sem efetivo nexo estratégico e adequação às especificidades regionais) Grupos de Articulação Temática (atividade assente na especificação das fronteiras entre os PO Regionais e o POVT). 6
2. Elementos de Balanço e principais resultados Principais resultados da Avaliação Intercalar do INALENTEJO 2.2. A nível da Governança - Parcerias e Contratualização Articulação a nível orgânico (interno ao PO) A Comissão de Aconselhamento Estratégico, apoiada pela atividade dos Centros de Observação das Dinâmicas Regionais (CODR), não conseguiu assumir o papel que lhe foi atribuído no modelo de governação do Programa, não assegurando a plenitude das suas funções de suporte ao processo de monitorização e de acompanhamento estratégico (atividade residual). Articulação a nível orgânico (Organismos Intermédios) Insuficiente coordenação estratégica e operacional com os Organismos Intermédios na área empresarial os quais dispõem de competências e recursos com potencial a explorar no sentido de atrair e dinamizar investimento interessante de origem extra-regional (nacional ou estrangeiro), atração indispensável à valorização mais eficaz do potencial locativo dos ativos do território do Alentejo. 7
2. Elementos de Balanço e principais resultados Principais resultados da Avaliação Intercalar do INALENTEJO 2.2. A nível da Governança - Parcerias e Contratualização Fragilidades das práticas existentes: Insuficiente iniciativa de orientação estratégica da procura e focalização, por parte da Autoridade de Gestão face ao diagnóstico de referência, às prioridades e objetivos específicos da Estratégia Regional, o que condicionou a relevância estratégica do projetos e dos respetivos resultados em determinadas áreas e motivou alguma pulverização das operações aprovadas. Reduzida autonomia da Autoridade de Gestão do INALENTEJO na definição do modelo de governação e na capacidade de iniciativa operacional ou estratégica, dado que a integração dos Organismos Intermédios com funções delegadas no âmbito da gestão e acompanhamento dos sistemas de incentivos obedece a um modelo nacional de gestão dos SI às empresas. Dificuldade da AG na utilização dos instrumentos disponíveis e na subjacente adequação dos instrumentos de política, no âmbito dos SI. 8
2. Elementos de Balanço e principais resultados Principais resultados da Avaliação Intercalar do INALENTEJO 2.2. A nível da Governança - Parcerias e Contratualização Práticas positivas ao nível da governação dinamizadas pela AG INALENTEJO Abordagem dos Regulamentos numa perspetiva mais integrada (organização de Concursos de forma a estimular projetos comuns no âmbito das Subvenções Globais - Iluminação pública, sinalização semafórica, ). Dinamização de abordagens de intervenção por parte das CIM, no sentido de evidenciar vantagens de organização de candidaturas comuns. Dinamização da procura por parte da AG, dirigidas a públicos-alvo específicos e estímulo e apoio à preparação de estratégias coletivas com atores do território. Estímulo e apoio persistente à criação de uma Rede Regional de instituições na área da Ciência e Tecnologia para a implementação do Sistema Regional de Transferência Tecnológica (SRTT), com componentes de atividades e serviços destinados às empresas, promovendo a ligação entre a I&D e a área empresarial. Criação em março de 2012 do Gabinete de Apoio ao Investimento. 9
2. Elementos de Balanço e principais resultados Principais resultados da Avaliação Intercalar do INALENTEJO 2.2. A nível da Governança - Parcerias e Contratualização No âmbito da atuação das Entidades de interface com responsabilidade na dinamização da implementação de instrumentos do PO. Identificação de experiências positivas ao nível da governação: PROVERE - Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo. Estratégia para as áreas de baixa densidade do sul do País em que a experiência de trabalho de coordenação e dinamização, levado a cabo pela ADP Mértola, tem produzido resultados visíveis e exemplares no contexto de TBD. Entidade Regional de Turismo do Alentejo. Num contexto de reorganização prolongada e, frequentemente, controversa da intervenção das Regiões de Turismo, a ERT Alentejo conseguiu estruturar um modelo de intervenção com uma base técnica de sustentação estratégica e operacional, estimular uma relação dinâmica com o tecido empresarial e organizar a frente da promoção externa dotada de uma visão integrada que permitiu consolidar a fidelização de segmentos tradicionais da procura e desenvolver novos produtos numa recomposição da oferta regional. 10
3. Novo ciclo de programação 2014-2020 3.1. Desafios em presença Dinamizar a atração de investimento e de residentes (mobilizar argumentos locativos, recursos e modos de atuação). Priorizar a realização de investimentos regionais estruturantes (p.e., reordenamento e infraestruturação de Áreas de Localização Empresarial). Organizar e implementar projetos de partenariado urbano. Dinamizar novas formas de intervenção no território, combinando diversos Fundos de finalidade estrutural (FEDER, FSE e FEADER- e FEAMP) tendo por suporte um modelo de intervenção territorial mais pró-ativo no estímulo ao desenvolvimento económico e à criação de emprego. Assegurar, em sede de programação, uma solução operativa na qual os diversos Fundos envolvidos afetem à partida uma parcela da sua dotação global a este tipo de operações. 11
3. Novo ciclo de programação 2014-2020 3.2. Pressupostos (Eficácia e Eficiência) Configurar Instrumentos Estratégicos Territoriais que deem origem a ITI abrangendo o FEDER e o FSE e o FEADER e FEAMP e para cuja gestão sejam encontradas fórmulas inovadoras que associem as CIM às estruturas regionais do IEFP, da Segurança Social e do MAMAOT (Agricultura e Pescas) de forma a garantir efetivas abordagens integradas de desenvolvimento a nível das NUT III. Reorientar as prioridades dos Municípios para atuações centradas no desenvolvimento económico e na criação de emprego. Estruturar a nível municipal e intermunicipal recursos de financiamento e, sobretudo, técnico-orgânicos de programação, organização e iniciativa, orientados para dinamizar intervenções/instrumentos de partenariado. Reorientar a capacitação institucional no sentido de apoiar prioritariamente as estruturas técnicas de governação dos instrumentos de Programação das Estratégias de Eficiência Coletiva, contribuindo para qualificar e consolidar as intervenções dos atores na fase de implementação dos projetos subordinados à concretização de resultados. 12