FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DO ESTADO DA BAHIA Junho de 2015
1. PCCV - PESQUISA CONJUNTURAL DO COMÉRCIO VAREJISTA BAHIA 1.1 RESULTADOS: 1.1.1 GERAL DO ESTADO DA BAHIA Região: Estado da Bahia Mês: junho de 2015 15 Autopeças e acessórios 203.729 77,56-6,2-9,4-11,0 Concessionárias de veículos 597.074 68,84-8,5-7,0-10,9 Farmácias e perfumarias 237.358 77,16-8,5-26,2-20,8 Lojas de departamentos 480.981 71,36-10,9-9,9 8,1 Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos 273.528 77,69-17,4-21,9-21,7 Materiais de construção 170.191 80,45-7,0-14,2-14,3 Lojas de móveis e decoração 141.487 58,88-5,1-36,0-35,3 Lojas de vestuário, tecidos e calçados 607.730 94,91 19,6-20,7-21,7 Supermercados 1.579.116 92,44-2,7-2,2-6,2 Outras atividades 396.710 92,99-1,2 0,3-6,6 Total do Comércio Varejista 4.687.903 82,38-3,6-11,0-11,1 1.1.2 REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR Região: Metropolitana de Salvador Mês: junho de 2015 15 Autopeças e acessórios 82.482 66,03-5,9-11,2-14,3 Concessionárias de veículos 117.429 48,31-9,3-5,1-12,7 Farmácias e perfumarias 137.478 72,45-9,2-29,4-21,7 Lojas de departamentos 366.129 69,49-11,8-8,1 14,8 Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos 124.004 75,92-22,0-15,8-14,5 Materiais de construção 70.563 74,73-9,8-11,8-10,7 Lojas de móveis e decoração 55.579 54,77-5,3-29,5-29,4 Lojas de vestuário, tecidos e calçados 290.612 84,35 16,6-21,6-22,9 Supermercados 808.335 88,96-2,9-1,8-5,7 Outras atividades 218.106 88,35 2,0 2,2-9,3 Total do Comércio Varejista 2.270.716 77,13-4,4-10,0-8,7
1.1.3 REGIÃO NORTE DO ESTADO DA BAHIA Região: Norte do Estado da Bahia Mês: junho de 2015 15 Autopeças e acessórios 52.092 90,20-8,9-6,4-6,5 Concessionárias de veículos 237.514 78,73-8,4-9,1-6,7 Farmácias e perfumarias 55.129 88,17-4,9-19,1-18,2 Lojas de departamentos 64.290 73,01-5,1-22,3-14,2 Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos 76.965 85,83-9,2-17,5-19,3 Materiais de construção 55.162 89,96-3,6-16,0-16,1 Lojas de móveis e decoração 42.449 63,26-1,1-37,8-37,5 Lojas de vestuário, tecidos e calçados 192.230 113,92 29,1-18,9-18,7 Supermercados 391.560 96,86-2,0-3,2-5,8 Outras atividades 90.828 99,43-8,3-4,4-2,6 Total do Comércio Varejista 1.258.219 90,36-1,3-12,1-11,3 1.1.4 REGIÃO SUL DO ESTADO DA BAHIA Região: Sul do Estado da Bahia Mês: junho de 2015 15 Autopeças e acessórios 69.155 86,45-4,5-9,3-10,0 Concessionárias de veículos 242.131 75,06-8,3-5,8-14,1 Farmácias e perfumarias 44.750 80,87-10,4-23,6-20,6 Lojas de departamentos 50.561 85,59-11,0-4,3-7,1 Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos 72.559 73,24-17,0-33,8-35,6 Materiais de construção 44.466 79,67-6,4-15,6-17,9 Lojas de móveis e decoração 43.459 60,58-8,3-41,2-40,5 Lojas de vestuário, tecidos e calçados 124.888 98,31 13,6-21,5-22,8 Supermercados 379.221 95,90-3,2-2,0-7,6 Outras atividades 87.776 99,29-1,3 1,0-4,0 Total do Comércio Varejista 1.158.967 85,57-4,7-11,8-15,3
1.2 ANÁLISE DA PCCV FECOMERCIO BAHIA/SEFAZ O comércio varejista da Bahia registrou retração de 11,1% no primeiro semestre de 2015. O faturamento real do varejo do estado, no de janeiro a junho, foi de R$ 29 bilhões, o que representa uma perda de 3,6 bilhões de reais em relação ao mesmo período do ano passado. No mês de junho, último dado, a retração foi similar de -11% na comparação anual e com um faturamento de 4,7 bilhões de reais. Exceto Outras s, todos os outros setores faturaram menos no mês do que o registrado em junho de 2014. A atividade que mais puxou esta queda foi o de Vestuário, Tecidos e Calçados com queda de 20,7% e, ponderando com o faturamento, gerou uma contribuição negativa de três pontos percentuais para o resultado geral. A maior variação negativa, no entanto, foi do setor de Decoração com perda no mês de 36%. Porém, com o menor faturamento teve 1,5 p.p de contribuição para a queda dos 11%. As três regiões analisadas pela PCCV seguiram a mesma direção. A queda das vendas na região metropolitana, a mais importante em termos de faturamento, foi de 10%, enquanto as regiões Norte e Sul registraram quedas de 12,1% e 11,%, respectivamente. A deterioração do comércio na Bahia é evidente, contínua e generalizada. No gráfico do de 12 meses, o varejo no estado vem ampliando a perda por um ano chegando a junho com queda de 9,9%. Esse resultado negativo nada mais é do que o reflexo da crise macroeconômica que o país vem enfrentando sem sinais de melhora no curto e médio prazo. O cenário para 2016 também começa a ser contaminado porque o freio do crescimento chinês demonstrado na forte queda da bolsa esta semana gera apreensão sobre as demais economias e o Brasil, como exportador de commodities, terá mais este problema para enfrentar.
A FecomercioBA através de seus indicadores antecedentes já mostrava a situação delicada dos consumidores e do empresário do comércio. Ambos os índices de confiança (ICF e ICEC) estão no patamar pessimista e a inadimplência está em ascensão (alta de 9,6 pontos percentuais em 2015 de 14,4% para 24,1% em agosto). Com isso os consumidores estão reduzindo o seu consumo, não compram produtos de alto valor que gera a necessidade de comprometer a renda com financiamento, pois até com os produtos básicos estão encontrando dificuldade de manter o nível de gastos, como mostra as quedas de Supermercados e Farmácias. O empresário do comércio, por sua vez, reduz o ímpeto de investir e contratar. Na verdade com o faturamento em queda e os custos aumentando a saída que estão encontrando para equilibrar as contas é a readequação do quadro de funcionários. Alguns dados adicionais da região ilustram o momento crítico. A taxa de desocupação da Região Metropolitana de Salvador, divulgada pelo IBGE na semana passado mostrou, em julho, uma taxa de 12,3%, muito acima dos 11,4% de junho e dos 8,9% de julho de 2014. A massa de rendimentos (renda média vezes o número de pessoal ocupado) vem caindo na comparação dos meses de julho e, assim, menos dinheiro pra consumo. Além disso, a inflação continua pressionando o orçamento das famílias. Também na RMSA o IPCA já atinge, em 12 meses até julho, 8,8%, enquanto só o grupo de Alimentos e Bebidas o avanço nos preços já atinge 12,2%. Portanto, as duas principais variáveis que determinam o nível de consumo, renda e emprego, estão sendo fortemente afetadas por esta crise econômica. O varejo, na ponta, sofre de uma maneira impotente, uma vez que nem abaixando os preços através de liquidações e promoções conseguem atrair de volta este consumidor. Enquanto não houver previsibilidade política e econômica, dificilmente os empresários e consumidores mudarão o status atual. A palavra confiança e a sua retomada é fundamental para ter de volta o funcionamento da engrenagem de consumo venda produção.
Total do Comércio Varejista - Variação Acumulada em 12 meses 10% 5,9% 5% 3,2% 0% -5% -10% -15% -0,5% -5,2% 0,1% -0,6% -1,3% -2,0% -2,5% -3,4% -4,1% -4,3% -5,5% -3,9% -6,6% -6,8% -8,0% -11,4% -4,6% -7,7% -8,8% -12,8% -5,9% -6,7% -9,1% -9,9% -10,5% -11,1% -14,0% -14,8% -20% mai-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 Fonte: FecomercioBA/SEFAZBA Região Metropolitana Norte Sul Estado da Bahia * Região: Estado da Bahia ATIVIDADES 1º SEMESTRE 2014 1º SEMESTRE 2015 1º SEM. 2015/ 1º SEM. 2014 Autopeças e acessórios 1.508.576 1.341.904-11,0% Concessionárias de veículos 4.537.313 4.043.939-10,9% Farmácias e perfumarias 1.996.561 1.581.638-20,8% Lojas de departamentos 3.067.277 3.315.309 8,1% Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos 2.366.984 1.853.541-21,7% Materiais de construção 1.315.483 1.127.347-14,3% Lojas de móveis e decoração 1.358.700 878.489-35,3% Lojas de vestuário, tecidos e calçados 3.672.401 2.875.508-21,7% Supermercados 10.348.891 9.707.572-6,2% Outras atividades 2.481.983 2.318.294-6,6% Total do Comércio Varejista 32.654.169 29.043.543-11,1%
1.3 NOTA METODOLÓGICA PCCV FECOMERCIO BAHIA/SEFAZ A nova PCCV utiliza os dados sobre valores mensais de receitas de vendas, informados pelas empresas varejistas para o governo da Bahia por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz), Secretaria de Indústria, Comercio e Mineração do Estado da Bahia (Sicm) e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (FecomercioBA). Essas informações, segmentadas em suas regiões Tributárias, que englobam todos os municípios baianos e nove setores, abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0. Composição do Grupo Outras atividades : combustíveis para veículos automotores; lubrificantes; livros, jornais, revistas e papelaria; artigos recreativos e esportivos; joias e relógios; gás liquefeito de petróleo (GLP); artigos usados e outros produtos novos não especificados. Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado. A metodologia leva em consideração os dados repassados pela Sefaz do estado, os resultados do valor estimado do comércio com base na Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE e na Pesquisa Anual do Comércio do IBGE e foi elaborada com a colaboração da Secretaria de Comércio, Indústria e Mineração do Estado da Bahia. Ao abranger o Estado da Bahia, a PCCV passa a refletir com maior precisão a grande representatividade do interior (Norte e Sul) e da Capital e RM de Salvador em termos de PIB, de comércio e de consumo. O Estado, excetuando-se a capital, responde, em seu conjunto, como o segundo maior mercado produtor e consumidor do País. A série tem seu início oficial com as informações relativas ao mês de janeiro de 2013.