EFEITO FOTOELÉTRICO. Propriedade corpuscular da radiação eletromagnética Reforço à teoria quântica de Planck (quanta de energia)

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Transcrição:

EFEITO FOTOELÉTRICO Elétrons são emitidos da matéria após absorverem a energia de uma radiação eletromagnética (de baixos comprimentos de onda visível ou UV) que incida sobre ela. Descoberto acidentalmente por Hertz (1886) Solução: Einstein (1905); prêmio Nobel (1921) Luz é composta de pacotes (quanta) de energia: fótons Propriedade corpuscular da radiação eletromagnética Reforço à teoria quântica de Planck (quanta de energia)

1. Descoberta dos fotoelétrons Heinrich Hertz experimentos com ondas de rádio Existência prevista matematicamente por Maxwell em 1864 Detectadas pela primeira vez por Hertz em 1885 1. Fonte: bobina de indução de alta voltagem, aplicada entre as duas meias-hastes condutoras. 2. Emissor: haste de latão (26 cm) interrompida no centro, formando um transmissor de faísca ( spark gap ) com polos constituídos de pequenas esferas. A alta voltagem produz uma faísca que forma um caminho de condução, levando a carga a oscilar e a emitir radiação eletromagnética (l ~ tamanho das meias-hastes). 3. Detector (antena): anel de cobre interrompido (pequeno gap ), com uma pequena esfera de latão em uma extremidade e uma ponta móvel na outra. O diâmetro do anel deve ser tal que uma corrente nele oscilando possua um período natural próximo ao do transmissor (~7,5 cm). Uma faísca sinaliza a presença de carga oscilante (radiação eletromagnética) no detector.

Acidentalmente detecta algo mais Ocasionalmente Hertz colocava o detector em um local escuro, a fim de melhor observar a faísca. Tamanho da faísca (distância máxima entre a esfera de latão e a ponta móvel) diminuia no escuro. Faísca mais vigorosa ao expor o detector à luz ultravioleta. Em 1887 Hertz reporta suas observações experimentais, sem procurar qualquer explicação teórica. Wilhelm Hallwachs detecção simples Efeito da luz em corpos eletricamente carregados (1888) Placa de zinco negativamente carregada, acoplada a um eletroscópio de folhas de ouro. Eletroscópio perde sua carga muito lentamente. Ao incidir luz UV sobre a placa, o eletroscópio perde rapidamente sua carga. Caso a placa de zinco for previamente carregada positivamente, a perda rápida de carga no eletroscópio por ação da luz UV não é observada. Clareia um pouco a situação, mas não oferece uma teoria

J. J. (Joseph John) Thomson identifica as partículas Luz UV causa a emissão de elétrons (1899) Novo método experimental: colocar a superfície que será exposta à radiação em um tubo de vácuo, ou seja, transformá-la no cátodo de um tubo de raios catódicos. Raios catódicos serão ejetados do cátodo por ação da luz UV (ao invés de um alto campo elétrico). Explicação da época: Efeitos esperados: átomos do cátodo contém elétrons, que serão agitados e vibrarão por ação do campo elétrico oscilante da radiação incidente; eventualmente alguns elétrons serão libertados, e ejetados do cátodo. um aumento da intensidade de radiação agitará os elétrons mais violentamente, levando a uma maior quantidade de elétrons ejetados e que possuirão uma maior energia cinética (velocidade), em média; um aumento na frequência agitará os elétrons mais rapidamente, levando a uma ejeção mais rápida; uma luz muito fraca levará um tempo para agitar o elétron a uma amplitude de vibração suficiente para que seja ejetado, ou seja, é esperado um retardo na ejeção.

Philipp Lenard encontra algumas surpresas Dependência da energia dos fotoelétrons emitidos com a intensidade e a frequência da luz incidente (1902) Carregou a placa coletora negativamente, de forma a repelir os elétrons fotoejetados na placa emissora. Somente elétrons ejetados com energia cinética suficiente para vencer o potencial retardador chegariam ao coletor, provocando uma leitura no amperímetro. Existe um potencial mínimo V 0 (limite ou de corte), abaixo do qual nenhum fotoelétron chega ao coletor. Esperado (classicamente) : energia da radiação eletromagnética depende de sua intensidade e independe de sua frequência V 0 deve depender da intensidade da luz efeito fotoelétrico deve ocorrer para qualquer frequência da luz Experimentalmente: V 0 independe da intensidade da luz efeito fotoelétrico só ocorre para frequências acima de 0 (limiar ou de corte)

2. Resultados experimentais encontrados Dependência da corrente medida com a voltagem aplicada Corrente elétrica medida no amperímetro atinge um valor limite: corrente de saturação (I sat ) Para voltagens negativas ainda existe corrente, até um valor limite: potencial de corte ou potencial limite (V 0 ) O que ocorre Luz incide sobre a placa emissora e provoca a emissão de fotoelétrons É necessária uma energia mínima W 0 (função trabalho) para remover o elétron do metal Fotoelétrons emitidos possuem energia cinética suficiente para alcançar a placa coletora, mesmo sem voltagem ou voltagem negativa aplicada entre as placas O fotoelétron de maior energia é aquele que atinge a placa coletora mesmo movendo-se contra o potencial negativo V 0 K max = ev 0

Luz incidente: frequência e intensidade Corrente de saturação depende da intensidade da luz incidente Potencial de corte independe da intensidade da luz incidente Corrente de saturação independe da frequência da luz incidente Potencial de corte depende da frequência da luz incidente

3. Explicação clássica do efeito fotoelétrico Teoria ondulatória clássica da luz Dependência com a intensidade Intensidade de luz aumenta Amplitude do campo elétrico oscilante aumenta Força aplicada aos elétrons (F = e.e) aumenta Energia cinética máxima (K max = e.v 0 ) aumenta Classicamente: Intensidade de luz aumenta V 0 aumenta (contradiz observações experimentais)

Dependência com a frequência Energia dos fotoelétrons (K = e.v) independe da frequência da luz Efeito fotoelétrico é independente da frequência da luz Classicamente: frequência de luz muda V 0 não muda (contradiz observações experimentais) Retardamento na ejeção Energia luminosa está uniformemente distribuida sobre a frente de onda Luz suficientemente fraca: elétron leva um tempo para absorver a energia suficiente para escapar Classicamente: retardo entre início de incidência da luz e ejeção do fotoelétron (contradiz observações experimentais)

4. Teoria quântica do efeito fotoelétrico Albert Einstein teoria quântica Interpretação bastante simples dos resultados de Lennard: a energia radiante está quantizada em pacotes concentrados chamados fótons (1905). A energia da radiação incidenté será E = h depende apenas de sua frequência Na fotoemissão, um fóton (quantum de energia) é absorvido por um elétron É necessária uma energia W para remover o elétron do metal A energia cinética do elétron ejetado será K = h - W A energia mínima para remover o elétron do metal é W 0 : função trabalho Para que o elétron chegue ao coletor deverá ter uma energia mínima E = ev 0 A energia cinética máxima do elétron ejetado será K max = h - W 0 Fotoelétrons devem respeitar a equação: V 0 = W 0 e + h e ν Previsão para o gráfico de V 0 contra reta de coeficiente angular h/e Deve existir uma frequência mínima abaixo da qual o efeito fotoelétrico não ocorre (K = 0): frequência de corte 0 ν 0 = W 0 h

Teoria corpuscular quântica da luz Dependência com a intensidade Intensidade de luz aumenta Aumenta número de fótons Aumenta corrente fotoelétrica Energia dos fótons não muda Energia cinética máxima dos elétrons (K max = h - W 0 = ev 0 ) não muda Quanticamente: Intensidade de luz aumenta I 0 aumenta (em acordo com observações experimentais) V 0 não muda

Dependência com a frequência Energia dos fótons depende da frequência da luz Energia cinética máxima dos elétrons (K max = h - W 0 = ev 0 ) depende da frequência da luz Quanticamente: frequência de luz muda V 0 muda (em acordo com observações experimentais) Retardamento na ejeção Energia luminosa está concentrada em pacotes (fótons) Luz fraca: poucos pacotes, porém se sua energia for suficiente para que o elétron escape, a transferência dar-se-á toda ao mesmo tempo Quanticamente: não ocorre retardo entre início de incidência da luz e ejeção do fotoelétron (em acordo com observações experimentais)

Consequências da teoria quântica: efeitos esperados no efeito fotoelétrico Aumento da intensidade da luz mais fótons mais elétrons ejetados Diminuição da frequência da luz fótons menos energéticos elétrons com menor energia Abaixo do limiar da frequência fótons não soltam o elétron não ocorre efeito fotoelétrico

Robert Millikan confirma a teoria quântica de Einstein Dependência do potencial limite com a frequência da luz incidente (1914) Millikan não aceita a teoria quântica de Einstein, que lhe parece um ataque à teoria ondulatória da luz. Realiza uma série de experimentos (~10 anos!) no efeito fotoelético. Confirma a dependência do potencial de corte V 0 com a frequência. Confirma a existência da frequência de corte 0. Calcula e confirma o valor da constante de Planck h (0,5% de acurácea), reforçando a teoria quântica. http://nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/1923/millikan-lecture.pdf