ANÁLISE MICROSCÓPICA FOLIAR DE MUTAMBA (Guazuma ulmifolia LAM., MALVACEAE)

Documentos relacionados
ANATOMIA FOLIAR DE ALGODÃOZINHO-DO-CERRADO: Cochlospermum regium (SCHRANK) PILG., BIXACEAE LEAF ANATOMY OF YELLOW COTTON TREE:

Calyptranthes widgreniana

ILLUSTRATION OF VEGETAL DRUG MICROSCOPIC CHARACTERS FOR THE PHARMACOGNOSTIC QUALITY CONTROL.

DUARTE, M. do R.; GOLAMBIUK, G.

DIAGNOSE ANATÔMICA FOLIAR E CAULINAR DE FRUTO-DE-POMBO: Rh a m n u s s p h a e r o s p e r m a Sw. v a r. p u b e s c e n s

TÍTULO: ANÁLISE MORFOANATÔMICA E HISTOQUÍMICA DE FOLHA DE GENIPA AMERICANA

CARACTERES MACRO E MICROSCÓPICOS DE FOLHA DE LOURO (Laurus nobilis L., LAURACEAE)

ILUSTRAÇÃO DE CARACTERES MICROSCÓPICOS DE DROGAS vegetais PARA O CONTROLE DE QUALIDADE FARMACOGNÓSTICO

CARACTERES MICROSCÓPICOS DE FOLHA DE Maclura tinctoria (L.) D. DON EX STEUD., MORACEAE

Caracteres Anatômicos de Folha e Caule de Piper mikanianum (Kunth) Steud., Piperaceae

MORFODIAGNOSE DE Psidium guajava L., MYRTACEAE. MORPHO-DIAGNOSIS OF Psidium guajava L., MYRTACEAE

ANÁLISE FOTÔNICA E ULTRA-ESTRUTURAL DA EPIDERME FOLIAR DE Galinsoga parviflora CAV. E G. ciliata (RAF.) BLAKE, ASTERACEAE

DIAGNOSE MORFOANATÔMICA DE AROEIRA (Schinus terebinthifolius RADDI, ANACARDIACEAE)

TÍTULO: MORFOANATOMIA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE EUCALYPTUS UROGRANDIS, CULTIVADO NA REGIÃO DE CAMPO GRANDE MS.

ANATOMIA FOLIAR E CAULINAR DE DUAS ESPÉCIES DE Rollinia (ANNONACEAE): R. rugulosa E R. mucosa

Diagnose Morfoanatômica de Folha e Caule de Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers, Bignoniaceae

CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DE FOLHA E CAULE DE Erythrina falcata BENTH. (FABACEAE)

Structural aspects of Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer (Lauraceae) leaves in two distinctive environments

Morfoanatomia Foliar e Caulinar de Dedaleiro: Lafoensia pacari A. St.-Hil. (Lythraceae)

IDENTIFICAÇÃO ANATÔMICA DE FOLHA E CAULE DE SALSEIRO: LEAF AND STEM ANATOMICAL IDENTIFICATION OF CREOLE WILLOW: DUARTE, M. R. 1 ; CHELLA, L.

Morfoanatomia Foliar e Caulinar de Leonurus sibiricus L., Lamiaceae

42 Souza, W. M. de; Santos, C. A. de M.; Duarte, M. do R.; Bardal, D. INTRODUÇÃO Eriobotrya japonica Lindley, Rosaceae, é uma árvore de origem asiátic

20º Seminário de Iniciação Científica e 4º Seminário de Pós-graduação da Embrapa Amazônia Oriental ANAIS. 21 a 23 de setembro

Morfo-anatomia de espécies arbóreo-arbustivas do cerrado

DIAGNOSE MICROSCÓPICA FOLIAR E CAULINAR DE Podocarpus lambertii KLOTZSCH EX ENDL., PODOCARPACEAE

ANATOMIA COMPARATIVA DE TRÊS ESPÉCIES DO GÊNERO Cymbopogon

CÉLULAS E TECIDOS VEGETAIS. Profa. Ana Paula Biologia III

Caracteres Anatômicos de arnica-do-campo: Chaptalia nutans

Farmacobotânica foliar e caulinar de guanandi - Calophyllum brasiliense Cambess. (Clusiaceae)

Anatomia comparada de espécies de arnica: Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. e Chaptalia nutans (L.) Pohl

Article. Morfoanatomia de folha e caule de Genipa americana L., Rubiaceae. Marianna Erbano,¹ Márcia R. Duarte *

ANATOMIA COMPARATIVA DE TRÊS ESPÉCIES DO GÊNERO Cymbopogon

Caracteres anatômicos de catuaba (Trichilia catigua A. Juss., Meliaceae)

Morfo-anatomia do caule e da folha de Piper gaudichaudianum Kuntze (Piperaceae)

DIAGNOSE MORFOANATÔMICA DE CANAFÍSTULA: Peltophorum dubium (SPRENG.) TAUB. (FABACEAE)

CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DE FOLHAS ADULTAS DE HIMATANTHUS OBOVATUS (M. ARG.) WOOD (APOCYNACEAE)

Caracteres morfoanatômicos de folha e caule de Cupania vernalis Cambess., Sapindaceae. Sílvia Raquel Mundo, Márcia do Rocio Duarte*

ANATOMIA E MICROMORFOLOGIA FOLIAR DE Melanopsidium nigrum Colla RESUMO ABSTRACT LEAF ANATOMYAND MICROMORPHOLOGY OF

CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DO AMENDOIN CULTIVADO NA REGIÃO DE MINEIROS, GOIÁS 1. Katya Bonfim Ataides Smiljanic 2

Anatomia dos órgãos vegetativos de Hymenaea martiana Hayne (Caesalpinioideae- Fabaceae): espécie de uso medicinal em Caetité-BA

Estudo anatômico de folha e caule de Pereskia aculeata Mill. (Cactaceae) M.R. Duarte*, S.S. Hayashi

Ruta graveolens L.: USO POTENCIAL EM AULAS PRÁTICAS DE ANATOMIA VEGETAL

ANATOMIA FOLIAR COMPARADA DE ESPÉCIES DE AROEIRA: Myracrodruon urundeuva ALLEMÃO E Schinus terebinthifolius RADDI

ANATOMIA DA RAIZ, FOLHA E CAULE DE RUTA GRAVEOLENS L. (RUTACEAE) ANATOMY OF THE ROOT, LEAF AND STALK IN RUTA GRAVEOLENS L.

CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DE Protium aracouchini OCORRENTE NO PARQUE URBANO DO MUNICIPIO DE SINOP-MT

Caracteres anatômicos de folha e caule de Calea uniflora Less., Asteraceae

ESTUDOS MORFO-ANATOMICO EM FOLHA E CAULE DE Didymopanax moro to toai, DECNE

RESUMO. Palavras-chave: anatomia, tricomas, cistólitos INTRODUÇÃO

Anatomia foliar e caulinar de Forsteronia glabrescens, Apocynaceae

Sedum dendroideum Moc. et Sessé ex DC, Crassulaceae

ANATOMIA FOLIAR DE Mentha x villosa HUDS SOB DIFERENTES ESPECTROS DE LUZ

Foliar Anatomy of Pedra-hume-caá (Myrcia sphaerocarpa, Myrcia guianensis, Eugenia

Anatomia dos Órgãos Vegetativos de Vernonia brasiliana (L.) Druce 1

MORPHO-ANATOMY ANALYSIS OF AERIAL VEGETATIVE PARTS OF Pereskia aculeata Mill., CACTACEAE

Espécies estudadas Voucher Localidade Herbário A.M.G. Azevedo Flores 420 Santana do Riacho SPF C. pallida Aiton Devecchi 33 Devecchi 47

ESTUDO COMPARATIVO DA EPIDERME DE TRÊS ESPÉCIES DE Deguelia AUBL. (FABACEAE)

CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA DE FOLHAS DA ANDIROBA (CARAPA GUIANENSIS AUBL.), PARA FINS DE DEFINÇÕES DE USO POPULAR. Apresentação: Pôster

PODOCARPUS LAMBERTII KLOTZSCH

Anatomia vegetal: como é uma folha por dentro? Luiz Felipe Souza Pinheiro*; Rosana Marta Kolb

Anatomia Foliar de Ocimum basilicum L. Genovese (Lamiaceae)

Morfoanatomia de folhas de Psidium guajava L. (Myrtaceae)

ESTUDO ANATÔMICO DA FOLHA DE DUAS ESPÉCIES DE SOLANACEAE OCORRENTES NO NÚCLEO CABUÇU (GUARULHOS, SP)*

Morfoanatomia de folhas de Himatanthus sucuuba (Spruce) Woodson, Apocynaceae

MÉTODOS DE ANÁLISE DE DROGAS VEGETAIS (COMPARAÇÃO COM MONOGRAFIAS FARMACOPEICAS) IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIE VEGETAL (taxonomista) exsicata 20/03/2017

ASPECTOS MICROSCÓPICOS DE FOLHA E CAULE DE Salvia microphylla KUNTH, LAMIACEAE

ESTUDO ANATÔMICO COMPARATIVO DA GUAVIRA (CAMPOMANESIA ADAMANTIUM CAMB.)

Anatomia Foliar de Cymbopogon densiflorus (Steud.) Stapf e C. nardus (L.) Rendle (Poaceae:Panicoideae)¹ *

Consulta Pública 38/2009

CARACTERIZAÇÃO ANATOMICA DE TRIGO CULTIVADO NAS CONDIÇÕES DO SUDOESTE GOIANO 1. Katya Bonfim Ataides Smiljanic 2

Aula prática 10 Diversidade das Gimnospermas

Adelita A. Sartori Paolil Sérgio Nereu Pagan02. ESTUDO MORFO-ANATÔMICO DE FOLHAS A.De. (CARICACEAE) Jacaratia spinosa (AUBL.)

ANATOMIA E HISTOQUÍMICA DE FOLHAS DE

ESTUDO MORFO-ANATÔMICO DAS FOLHAS DE Urera baccifera GAUDICH 1

ANATOMIA FOLIAR E CAULINAR DE ROSA SPP (L.), ROSACEAE

ILUSTRAÇÃO DE CARACTERES MICROSCÓPICOS DE DROGAS vegetais PARA O CONTROLE DE QUALIDADE FARMACOGNÓSTICO SPRENG.

Caracterização anatômica das folhas de Cunila microcephala Benth. (Lamiaceae)

TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO MORFOANATÔMICA E HISTOQUIMICA DOS RAMOS FOLIARES DO HIBRIDO EUCALYPTUS UROGRANDIS

Caracteres morfo-anatômicos de Baccharis gaudichaudiana DC., Asteraceae

Biologia Professor Leandro Gurgel de Medeiros

Anatomia, histoquímica e ultraestrutura de folhas de Byrsonima basiloba e Byrsonima coccolobifolia (Malpighiaceae)

Morfoanatomia foliar comparada de Gomphrena elegans Mart. e G. vaga Mart. (Amaranthaceae)

8 Duarte, M. do R.; Debur, M. C. INTRODUÇÃO Bauhinia microstachya (Raddi) J. F. Macbride é um representante da secção Schnella, subordinada à subfamíl

CARACTERIZAÇÃO MORFOANATÔMICO DA CULTIVAR BRS ENERGIA (Ricinus communis L.)

Morfoanatomia das Folhas e dos Caules Jovens de Arrabidaea chica (Humb. & Bonpl.) B. Verl. (Bignoniaceae)

ESTRUTURAS FOLIARES DE Vernonia polyanthes Less. (Asteraceae) RELACIONADAS COM A PROSPECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS COM POTENCIAL MEDICINAL

Smallanthus sonchifolius (Poepp.) H. Rob. (yacón): identificação microscópica de folha e caule para o controle de qualidade farmacognóstico

PROGRAMA DE DISCIPLINA

Disciplina: Botânica I (Morfologia e Anatomia Vegetal)

PROGRAMA ANALÍTICO DISCIPLINA NOME: ANATOMIA DA MADEIRA CÓDIGO: IF 301 CRÉDITOS: 04 (T-02 P-02) DEPARTAMENTO DE PRODUTOS FLORESTAIS

CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA FOLIAR DE ESPÉCIMES DE Platonia insignis MART. (Clusiaceae) EM DIFERENTES PERÍODOS SAZONAIS

ANATOMIA FOLIAR E HISTOQUÍMICA DA ESPÉCIE Aristolochia cymbifera. MARIANE BORGES DORNELES ORIENTADOR: PROF. Ms. HENRIQUE ANTONIO DE OLIVEIRA LOURENÇO

Caracterização Morfoanatômica das Folhas Jovens de Eucalyptus globulus Labill ssp. bicostata (Maiden et al.) J.B. Kirkpat.

Contribuição ao estudo anatômico do caule de Himatanthus sucuuba (Spruce ex Müll. Arg.) Woodson, Apocynaceae. C.R.R. Larrosa *, M.R.

Juliane Rocha de Sant Anna¹; Obdúlio Gomes Miguel²; Yedo Alquini³

Estudo Farmacobotânico de Folha e Caule de Baccharis uncinella DC., Asteraceae

Projeto Farmácia Viva, Faculdades Oswaldo Cruz, Rua Brigadeiro Galvão, 540, Barra Funda, São Paulo-SP, Brasil

TECIDOS FUNDAMENTAIS

MERISTEMA APICAL Meristema fundamental Tecidos fundamentais (parênquima, colênquima e esclerênquima) Xilema e floema primários (sistema vascular)

Transcrição:

7 ANÁLISE MICROSCÓPICA FOLIAR DE MUTAMBA (Guazuma ulmifolia LAM., MALVACEAE) MICROSCOPIC ANALYSIS OF THE LEAF OF WEST INDIAN ELM (Guazuma ulmifolia LAM., MALVACEAE) 1 2 3 DUARTE, M. R. *; DRANKA, E. R. K. ; YANO, M. 1 Laboratório de Farmacognosia, Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Av. Pref. Lothário Meissner, 632, Jardim Botânico, 80210-170, Curitiba, PR, Brasil 2 Bolsista PIBIC/CNPq, Curso de Farmácia, UFPR 3 Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, MS, Brasil *Autor para correspondência: Márcia R. Duarte. E-mail: marciard@ufpr.br RESUMO Guazuma ulmifolia Lam. é uma planta arbórea, nativa das Américas e reposicionada atualmente na família Malvaceae. É conhecida comumente como mutamba ou chicomagro, e utilizada na medicinal popular como cicatrizante e no tratamento de distúrbios gastrointestinais e respiratórios. Estudos toquímicos indicaram a presença de taninos e avonoides nos órgãos vegetativos aéreos. Ensaios farmacológicos comprovaram as atividades gastroprotetora e antibacteriana de extratos da planta. Ao analisar a anatomia foliar de G. ulmifolia, este trabalho buscou estabelecer os caracteres estruturais de fácil reconhecimento para a identi cação microscópica dessa potencial droga vegetal. O material foi coletado de espécimes cultivados no Cerrado. Estudaramse o terço inferior do limbo e o pecíolo de folhas adultas, por meio de observações feitas em microscopia fotônica e eletrônica de varredura. Testes microquímicos foram também conduzidos com reativos usuais. Em ambas as faces epidérmicas, ocorrem tricomas estelares e glandulares. Os primeiros são formados por tricomas tectores unicelulares, reunidos pela base. Os glandulares são capitados, apresentando um pedicelo curto e glândula ovoide. A cutícula é nitidamente estriada e os estômatos são anomocíticos e restritos à superfície abaxial. O meso lo é dorsiventral e a nervura central tem secção biconvexa e é percorrida por um único feixe vascular em arco aberto, envolto sucessivamente por bainhas esclerenquimática e parenquimática, esta contendo compostos fenólicos. O pecíolo tem contorno circular e um ou mais feixes vasculares colaterais. Ocorrem células com conteúdo mucilaginoso e fenólico na folha, bem como cristais prismáticos de oxalato de cálcio. Palavras-chave: anatomia, chico-magro, mucilagem, planta medicinal, Sterculiaceae ABSTRACT Guazuma ulmifolia Lam. is a woody plant indigenous to America and included currently in Malvaceae. It is commonly known as West Indian elm or bastard cedar, and used in folk medicine as wound healing and for treating gastrointestinal and respiratory problems. Phytochemical investigations identi ed tannins and avonoids in the aerial vegetative parts. Pharmacological assays demonstrated gastroprotector and antibacterial effects. Studying the leaf anatomy of G. ulmifolia, this work aimed to establish structural characters, easily recognizable for the microscopic identi cation of this potential vegetal drug. The plant material was collected from grown specimens in the Brazilian savannah called Cerrado. It was studied the lower third of the blade and the

8 petiole from mature leaves, by means of light and scanning electron microscopy. Microchemical tests were also performed with standard reagents. In both surfaces, there are star-shaped and glandular trichomes. The former are unicellular non-glandular trichomes, assembled at the base. The glandular ones are capitate, presenting short stalk and ovoid head. The cuticle is striated and the stomata are anomocytic and restricted to the abaxial side. The mesophyll is dorsiventral and the midrib has biconvex contour. It is traversed by one single collateral vascular bundle, in open arc and encircled successively by sclerenchymatic and parenchymatic bundle sheaths, the latter containing phenolic compounds. The petiole has circular shape and one or more collateral vascular bundles. It is found cells bearing mucilage and phenolic compounds in the leaf, as well as prismatic crystals of calcium oxalate. Keywords: anatomy, bastard cedar, medicinal plant, mucilage, Sterculiaceae 1. INTRODUÇÃO A espécie Guazuma ulmifolia Lam., anteriormente enquadrada na família Sterculiaceae, encontra-se reposicionada em Malvaceae, em razão de estudos logenéticos (SOUZA, LORENZI, 2008). É encontrada desde o México até o Sul do Brasil (CARVALHO, 2007), sendo comum no Cerrado, no Pantanal e em orlas de rios, onde é popularmente conhecida como mutamba, araticum-bravo ou chico-magro, entre outros nomes. Apresenta-se como uma arvoreta a árvore perenifólia, com copa arredondada e densa, galhos horizontais, folhas alternas, simples, pilosas e ovaladas a lanceoladas, in orescências amarelas e frutos globosos, secos e verrucosos (LORENZI, MATOS, 2002; CARVALHO, 2007). Possui importância econômica, uma vez que os frutos e as sementes são comestíveis, as ores são melíferas, do caule obtém-se pasta celulósica, enquanto que os órgãos vegetativos são utilizados na medicina popular. Às folhas e raízes são atribuídas ações antidiarreica e cicatrizante, e por sua vez caules e cascas costumam ser indicados para o tratamento de distúrbios respiratórios e gastrointestinais (HEINRICH et al., 1998; LORENZI, MATOS, 2002; FENNER et al., 2006; AGRA, FREITAS, BARBOSA-FILHO, 2007; CARVALHO, 2007; VERA-KU et al., 2010). Estudos toquímicos revelaram a presença de alcaloides e taninos na infusão da casca caulinar (ANDRADE-CETTO, HEINRICH, 2005), bem como a presença de saponinas triterpenoides (CARVALHO, 2007). A investigação de Galina et al. (2005) corroborou parcialmente esses dados, ao detectar taninos, saponinas, avonoides e mucilagem nas cascas. No entanto, Ortega et al. (1998) obtiveram resultados diversos. Para esses autores, embora taninos estejam presentes em folhas e caules de G. ulmifolia, alcaloides, saponinas ou cianoglicosídeos não foram detectados. A atividade antibacteriana de extratos obtidos da casca caulinar foi comprovada em diferentes ensaios (FERNANDES, SANTOS, PIMENTA, 2005;

9 LIMA et al., 2006) e evidenciou-se efeito gastroprotetor (BERENGUER et al., 2007) e anti-hiperglicêmico (ALARCON-AGUILARA et al., 1998; ALONSO-CASTRO, SALAZAR-OLIVO, 2008) das partes aéreas de G. ulmifolia. Felipe et al. (2006) comprovaram a inibição viral, enquanto que a pesquisa de Magos et al. (2008) evidenciou ação hipotensora de extratos da espécie. Diante do crescente interesse que essa espécie tem despertado como medicinal e as insu cientes informações que possibilitem a sua utilização na prática terapêutica, o presente trabalho objetivou investigar os caracteres anatômicos foliares de G. ulmifolia de fácil reconhecimento, para subsidiar a identi cação microscópica dessa potencial droga vegetal. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1. MATERIAL BOTÂNICO Amostras de folhas adultas de Guazuma ulmifolia Lam. (Malvaceae), obtidas a partir do quarto nó foliar, foram coletadas de exemplares cultivados a pleno sol no Cerrado, nos arredores de Campo Grande, Mato Grosso do Sul (aproximadamente nas coordenadas 20º 26' S e 54º 29' O e na altitude de 517m), em março de 2008. A exsicata foi registrada no Herbário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul como CGMS 25727. O material foliar foi dessecado à temperatura ambiente e transportado ao Laboratório de Farmacognosia, Departamento de Farmácia, Universidade Federal do Paraná para ser processado, de acordo com técnicas usuais de microscopia fotônica (MF) e eletrônica de varredura (MEV). 2.2. METODOLOGIA Para a análise microscópica, as folhas dessecadas foram reidratadas e xadas em FAA70 (JOHANSEN, 1940), sendo então preservadas em etanol a 70% (v/v) (BERLYN, MIKSCHE, 1976). O terço inferior da lâmina foliar e o pecíolo foram seccionados à mão livre, nos sentidos transversal e longitudinal, incluindo paradérmico, e corados com azul de astra e fucsina básica (ROESER, 1972). Adicionalmente, fragmentos foliares foram desidratados em série etanólica crescente, in ltrados e emblocados em glicol-metacrilato, seccionados em micrótomo de rotação e corados com azul de toluidina (O'BRIEN, FEDER, McCULLY, 1964). Testes microquímicos foram realizados para elucidar o conteúdo das células e a impregnação das paredes celulares, a saber: evidenciação de lignina com oroglucina clorídrica (FOSTER, 1949), amido com lugol (BERLYN, MIKSCHE, 1976), substâncias lipofílicas com Sudan III (SASS, 1951), mucilagem com azul de metileno (OLIVEIRA, AKISUE, 1997), cristais de cálcio com ácido sulfúrico diluído (OLIVEIRA, AKISUE, 1997) e compostos fenólicos com cloreto férrico (JOHANSEN, 1940).

10 Para a microscopia eletrônica de varredura (SOUZA, 1998), fragmentos foliares foram desidratados sequencialmente em série etanólica e pelo ponto crítico de CO, 2 montados em suporte, metalizados com ouro e examinados em alto vácuo. 3. RESULTADOS Em vista frontal de ambas as faces da lâmina foliar, observam-se tricomas estelares (Figuras 1, 2, 5), que consistem de quatro a nove tricomas tectores unicelulares, reunidos pela base, de paredes espessadas e ponta aguda. Ocorrem também tricomas glandulares (Figuras 3, 4), capitados, de pedicelo relativamente curto e glândula ovoide, inseridos no mesmo nível das demais células epidérmicas. A cutícula é nitidamente estriada (Figura 6) e reveste a epiderme formada de células com paredes anticlinais praticamente retas (Figuras 7, 8). Encontram-se estômatos anomocíticos exclusivamente na face epidérmica abaxial (Figura 8), tipicamente de folha hipoestomática. Em secção transversal, as células-guarda localizam-se no mesmo plano das células adjacentes, a cutícula mostra-se moderadamente espessada e a epiderme é unisseriada (Figura 11). As células da face adaxial são maiores que às da abaxial (Figura 10) e, de um modo geral, se distinguem pelo maior contéudo mucilaginoso e fenólico. O meso lo é dorsiventral (Figura 10), constituído de cerca de quatro estratos de parênquima paliçádico e cinco de parênquima esponjoso pouco diferenciado. Feixes vasculares colaterais, de pequeno porte, distribuem-se no meso lo (Figura 10). Possuem calotas esclerenquimáticas apostas ao xilema e ao oema, e são circundados por uma bainha parenquimática rica em compostos fenólicos, assumindo uma posição transcurrente. A nervura central apresenta secção transversal biconvexa (Figura 9). Junto a ambas as superfícies, ocorrem algumas camadas de colênquima do tipo angularanelar (Figuras 12, 14). Há um único feixe vascular colateral (Figuras 9, 13), em arco aberto e envolto por uma bainha esclerenquimática completa e externamente por uma bainha parenquimática conspícua, constituída de células contendo compostos fenólicos (Figuras 9, 12). O pecíolo possui secção aproximadamente circular (Figura 15). Na região distal (Figuras 15, 16), podem ser encontrados um ou mais feixes vasculares colaterais dispostos em arco fechado, envoltos por uma bainha esclerenquimática completa, enquanto que na proximal, o sistema vascular assume arranjo cêntrico, em que o cilindro oemático é externo ao xilema (Figura 17). Células com conteúdo fenólico e mucilaginoso (Figuras 9-12, 14, 16), bem como

11 com cristais prismáticos de oxalato de cálcio (Figuras 12-14, 16, 17) ocorrem em toda a folha, sendo que há maior concentração de compostos fenólicos nas proximidades do sistema vascular. 4. DISCUSSÃO Com base nas informações de logenia, atualmente complementadas pelas técnicas de biologia molecular que aprofundam o conhecimento sobre as relações evolutivas entre as espécies vegetais, a família Sterculiaceae foi incluída em Malvaceae (SOUZA, LORENZI, 2008). Considerando esse reposicionamento taxonômico, os caracteres anatômicos observados em Guazuma ulmifolia Lam. revelam-se concordantes com os aspectos marcantes do grupo, tais como: presença de tricomas estelares e glandulares, cristais prismáticos de oxalato de cálcio, células contendo compostos fenólicos e células mucilaginosas localizadas na epiderme, principalmente nas da face adaxial, e nos parênquimas. Somam-se a essas características, outras menos notáveis, como meso lo dorsiventral, células epidérmicas com paredes anticlinais retas e feixes vasculares de pequeno porte acompanhados de esclerênquima (METCALFE, CHALK, 1950; 1988). Os aspectos veri cados nesta investigação referentes a folha hipoestomática, com a ocorrência de estômatos anomocíticos (ranunculáceos) e feixes vasculares colaterais circundados por esclerênquima são mencionados para o gênero Guazuma por Metcalfe e Chalk (1950). Resultados parcialmente semelhantes foram descritos por Galina et al. (2005) para a folha de G. ulmifolia. Informações discordantes às deste trabalho referem-se ao fato desses pesquisadores mencionarem a ocorrência de canais secretores na face adaxial da epiderme foliar e no parênquima do pecíolo. Analisando-se as guras ilustrativas publicadas por Galina et al. (2005), os referidos canais secretores têm correspondência com as células mucilaginosas veri cadas nesta investigação. Adicionalmente, esses autores não constataram a presença de tricomas glandulares. Ainda, com relação às estruturas secretoras do gênero, Metcalfe e Chalk (1950) apresentam um diagrama do pecíolo de G. tomentosa Kunth, indicando a ocorrência de cavidades mucilaginosas em meio ao parênquima. Essas estruturas internas não foram con rmadas nesta análise. Os dados obtidos no presente trabalho indicam que os caracteres que se destacam, pelo fato de serem úteis na identi cação do material foliar de G. ulmifolia, consistem de cutícula estriada, tricomas estelares e glandulares capitados, cristais prismáticos de oxalato de cálcio e células contendo mucilagem e compostos fenólicos.

12 5. AGRADECIMENTOS Os autores são gratos ao Centro de Microscopia Eletrônica da UFPR pelas microgra as de varredura e ao PIBIC/CNPq pela bolsa concedida à E.R.K. Dranka. 6. REFERÊNCIAS AGRA, M. F.; FREITAS, P. F.; BARBOSA-FILHO, J. M. Synopsis of the plants known as medicinal and poisonous in Northeast of Brazil. Rev. Bras. Farmacogn., João Pessoa, v. 17, n. 1, p. 114-140, 2007. ALARCON-AGUILARA, F. J.; ROMAN-RAMOS, R.; PEREZ-GUTIERREZ, S.; AGUILAR-CONTRERAS, A.; CONTRERAS-WEBER, C. C.; FLORES-SAENZ, J. L. Study of the anti-hyperglycemic effect of plants used as antidiabetics. J. Ethnopharmacol., Limerick, v. 61, p. 101-110, 1998. ALONSO-CASTRO, A. J.; SALAZAR-OLIVO, L. A. The anti-diabetic properties of Guazuma ulmifolia Lam. are mediated by the stimulation of glucose uptake in normal and diabetic adipocytes without inducing adipogenesis. J. Ethnopharmacol., Limerick, v. 118, p. 252-256, 2008. ANDRADE-CETTO, A.; HEINRICH, M. Mexican plants with hypoglycaemic effect used in the treatment of diabetes. J. Ethnopharmacol., Limerick, v. 99, p. 325-348, 2005. BERENGUER, B.; TRABADELA, C.; SÁNCHEZ-FIDALGO, S.; QUÍLEZ, A.; MIÑO, P.; PUERTA, R.; MARTÍN-CALERO, M. J. The aerial parts of Guazuma ulmifolia Lam. protect against NSAID-induced gastric lesions. J. Ethnopharmacol., Limerick, v. 114, p. 153-160, 2007. BERLYN, G. P.; MIKSCHE, J. P. Botanical microtechnique and cytochemistry. Ames: Iowa State University Press, 1976. 326 p. CARVALHO, P. E. R. Mutamba - Guazuma ulmifolia. Circular Téc. - Embrapa Flor., Colombo, v. 141, p. 1-13, 2007. FELIPE, A. M. M.; RINCÃO, V. P.; BENATI, F. J.; LINHARES, R. E. C.; GALINA, K. J.; TOLEDO, C. E. M.; LOPES, G. C.; PALAZZO-DE-MELLO, J. C.; NOZAWA, C. Antiviral effect of Guazuma ulmifolia and Stryphnodendron adstringens on poliovirus and bovine herpesvirus. Biol. Pharm. Bull., Tokyo, v. 29, n. 6, p. 1092-1095, 2006. FENNER, R.; BETTI, A. H.; MENTZ, L. A.; RATES, S. M. K. Plantas utilizadas na medicina popular brasileira com potencial atividade antifúngica. Rev. Bras. Ciên. Farm., São Paulo, v. 42, n. 3, p. 369-394, 2006. FERNANDES, T. T.; SANTOS, A. T. F.; PIMENTA, F. C. Atividade antimicrobiana das plantas Plathymenia reticulata, Hymenaea courbaril e Guazuma ulmifolia. Rev. Patol. Trop., Goiânia, v. 34, n. 2, p. 113-122, 2005. nd FOSTER, A. S. Practical plant anatomy. 2 ed. New York: D. Van Nostrand, 1949. 228 p.

13 GALINA, K. J.; SAKURAGUI, C. M.; BORGUEZAM-ROCHA, J. C.; LORENZETTI, E. R.; PALAZZO-DE-MELLO, J. C. Contribuição ao estudo farmacognóstico de mutamba (Guazuma ulmifolia - Sterculiaceae). Acta Farm. Bonaerense, La Plata, v. 24, n. 2, p. 225-233, 2005. HEINRICH, M.; ANKLI, A.; FREI, B.; WEIMANN, C.; STICHER, O. Medicinal plants in Mexico: healers' consensus and cultural importance. Soc. Sci. Med., Oxford, v. 47, n. 11, p. 1859-1871, 1998. JOHANSEN, D. A. Plant microtechnique. New York: McGraw-Hill Book, 1940. 523 p. LIMA, M. R. F.; LUNA, J. S.; SANTOS, A. F.; ANDRADE, M. C. C.; SANT'ANA, A. E. G.; GENET, J. P.; MARQUES, B.; NEUVILLE, L.; MOREAU, N. Anti-bacterial activity of some Brazilian medicinal plants. J. Ethnopharmacol., Limerick, v. 105, p. 137-147, 2006. LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais do Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Plantarum, 2002. MAGOS, G. A.; MATEOS, J. C.; PÁEZ, E.; FERNÁNDEZ, G.; LOBATO, C.; MÁRQUEZ, C.; ENRÍQUEZ, R. G. Hypotensive and vasorelaxant effects of the procyanidin fraction from Guazuma ulmifolia bark in normotensive and hypertensive rats. J. Ethnopharmacol., Limerick, v. 117, p. 58-68, 2008. METCALFE, C. R.; CHALK, L. Anatomy of the dicotyledons: leaves, stem, and wood in relation to taxonomy, with notes on economic uses. Oxford: Clarendon, 1950. METCALFE, C. R.; CHALK, L. Anatomy of the dicotyledons: systematic anatomy of nd the leaf and stem. 2 ed. Oxford: Clarendon, 1988. v. 1, 276 p. O'BRIEN, T. P.; FEDER, N.; McCULLY, M. E. Polychromatic staining of plant cell walls by toluidine blue O. Protoplasma, Vienna, v. 59, n. 2, p. 368-373, 1964. OLIVEIRA, F.; AKISUE, G. Fundamentos de farmacobotânica. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 1997. 178 p. ORTEGA, M. E.; CARRANCO, M. E.; MENDOZA, G.; CASTRO, G. Chemical composition of Guazuma ulmifolia Lam. and its potential for ruminant feeding. Cuban J. Agric. Sci., La Habana, v. 32, n. 4, p. 383-386, 1998. ROESER, K. R. Die Nadel der Schwarzkiefer-Massenprodukt und Kunstwerk der Natur. Mikrokosmos, Stuttgart, v. 61, n. 2, p. 33-36, 1972. nd SASS, J. E. Botanical microtechnique. 2 ed. Ames: Iowa State College Press, 1951. 228 p. SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica sistemática. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. 704 p. SOUZA, W. Técnicas básicas de microscopia eletrônica aplicadas às Ciências Biológicas. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Microscopia Eletrônica,

14 1998. p. 1-44. VERA-KU, M.; MÉNDEZ-GONZÁLEZ, M.; MOO-PUC, R.; ROSADO-VALLADO, M.; SIMÁ-POLANCO, P.; CEDILLO-RIVERA, R.; PERAZA-SÁNCHEZ, S. R. Medicinal potions used against infectious bowel diseases in Mayan traditional medicine. J. Ethnopharmacol., Limerick, v. 132, p. 303-308, 2010. LEGENDAS FIGURAS 1-6. Guazuma ulmifolia LAM., MALVACEAE EPIDERME FOLIAR: 1, 2. TRICOMAS TECTORES DO TIPO ESTELAR, RESPECTIVAMENTE EM MEV E MF; 3, 4. TRICOMA GLANDULAR CAPITADO, EM MEV E MF; 5. DETALHE DA BASE DE UM TRICOMA ESTELAR; 6. PORMENOR DA CUTÍCULA ESTRIADA E DE UM ESTÔMATO NA FACE ABAXIAL. ABREVIATURAS: ct - CUTÍCULA, es ESTÔMATO, MEV MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA, MF MICROSCOPIA FOTÔNICA, tg TRICOMA GLANDULAR CAPITADO, tt TRICOMA ESTELAR. BARRA = 20 m (2, 46)

15 FIGURAS 7-10. Guazuma ulmifolia LAM., MALVACEAE FOLHA: 7, 8. VISTA FRONTAL DA EPIDERME, FACES ADAXIAL E ABAXIAL, RESPECTIVAMENTE; 9. SECÇÃO TRANSVERSAL DA NERVURA CENTRAL E DE PARTE DA REGIÃO INTERNERVURAL; 10. REGIÃO INTERNERVURAL, MOSTRANDO MESOFILO DORSIVENTRAL E CÉLULAS COM CONTEÚDO MUCILAGINOSO E FENÓLICO. ABREVIATURAS: cf CÉLULA COM COMPOSTOS FENÓLICOS, ep EPIDERME, es ESTÔMATO, fx FEIXE VASCULAR, mu CÉLULA COM MUCILAGEM, pe PARÊNQUIMA ESPONJOSO, pp PARÊNQUIMA PALIÇÁDICO, tt TRICOMA ESTELAR. BARRA = 20 m (7, 8, 10), 50 m (9)

16 FIGURAS 11-14. Guazuma ulmifolia LAM., MALVACEAE FOLHA, EM SECÇÃO TRANSVERSAL: 11. PORMENOR DE CÉLULAS CONTENDO MUCILAGEM; 12. PARTE DA NERVURA CENTRAL, MOSTRANDO CONTEÚDO FENÓLICO E MUCILAGINOSO DE CÉLULAS JUNTO À SUPERFÍCIE ADAXIAL; 13. FEIXE VASCULAR COLATERAL NA NERVURA CENTRAL; 14. DETALHE DA FACE ABAXIAL DA NERVURA CENTRAL. ABREVIATURAS: cf CÉLULA COM COMPOSTOS FENÓLICOS, co COLÊNQUIMA, cr CRISTAL DE OXALATO DE CÁLCIO, ct - CUTÍCULA, ec ESCLERÊNQUIMA, ep EPIDERME, FLOEMA, mu CÉLULA COM MUCILAGEM, pp PARÊNQUIMA PALIÇÁDICO, xi - XILEMA. BARRA = 20 m

17 FIGURAS 15-17. Guazuma ulmifolia LAM., MALVACEAE PECÍOLO, EM SECÇÃO TRANSVERSAL: 15. ASPECTO GERAL; 16. DETALHE DE EPIDERME, CÉLULAS COM MUCILAGEM E COMPOSTOS FENÓLICOS E ESCLERÊNQUIMA ENVOLVENDO FEIXE VASCULAR; 17. PORMENOR DE UM FEIXE VASCULAR COLATERAL. ABREVIATURAS: cf CÉLULA COM COMPOSTOS FENÓLICOS, co COLÊNQUIMA, cr CRISTAL DE OXALATO DE CÁLCIO, ec ESCLERÊNQUIMA, ep EPIDERME, FLOEMA, fx FEIXE VASCULAR, mu CÉLULA COM MUCILAGEM, xi - XILEMA. BARRA = 20 m (16, 17), 50 m (15) Visão Acadêmica, Curitiba, v.12, n.2, Jul. - Dez./2012 - ISSN 1518-5192