Lei Estadual nº /2011

Documentos relacionados
PROJETO DE LEI Nº. Art. 1º. A Lei nº , de 13 de janeiro de 1993, passa a vigorar com as seguintes alterações:

LEI MUNICIPAL Nº 2.242/2016 DE 15 DE JUNHO DE 2016

ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 61, de 2009

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 732, DE 2011

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

MINUTA DE PROPOSTA DE RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO XXX/2013

RESOLUÇÃO Nº Dispõe sobre o Adicional de Qualificação no âmbito da Justiça Eleitoral.

NORMA DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS NORMATIVOS - NOR 101

PREFEITURA DO MUNICIPIO DE PORTO VELHO

Senado Federal Subsecretaria de Informações DECRETO Nº 2.794, DE 1º DE OUTUBRO DE 1998

GOVERNO DE ALAGOAS SECRETARIA DA FAZENDA

Câmara Municipal de São Paulo Vereador Roberto Trípoli - PV

Lei Municipal Nº 143/2010 De 07 de Junho de 2010

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO SECRETARIA GERAL DOS CONSELHOS DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

LEIS LEI Nº DE 22 DE DEZEMBRO DE 2015LEI Nº DE 22 DE DEZEMBRO DE 2015

ESTADO DE ALAGOAS GABINETE DO GOVERNADOR

LEI Nº / de abril de Autoria: Poder Executivo Municipal

FACITEC - Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas IESST Instituto de Ensino Superior Social e Tecnológico

Instrução Normativa SRF nº 682, de 4 de outubro de 2006

Dispõe sobre a regulamentação do uso obrigatório do simulador de direção veicular.

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

CONSIDERANDO a transparência e segurança que resultará da implementação do novo modelo gerencial para a definição da política tarifária;

PORTARIA Nº 72, DE 01 DE FEVEREIRO DE 2012

Federal e dispositivos da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, e dá outras providências.

LEI COMPLEMENTAR Nº. 119 DE 03 DE DEZEMBRO DE 2010.

/FACE: 1

TABELA DE EMOLUMENTOS EXTRAJUDICIAIS LEI ESTADUAL 5.672, de 17/11/1992 Em Vigor a partir de 01/01/2014 Atualizada pelo Provimento CGJ N *

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB Credenciada pelo Decreto Estadual N 7.344, de

Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas. Novo Mercado de. Renda Fixa

Gabinete do Prefeito DECRETO Nº 4049, DE 29 DE AGOSTO DE 2013.

Resumo do Regulamento de Utilização do Cartão Business Travel Bradesco

SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS CIRCULAR SUSEP N.º 528, DE 25 DE FEVEREIRO DE 2016.

O CONGRESSO NACIONAL decreta: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Institui, na forma do art. 43 da Constituição Federal, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia SUDAM, estabelece a sua composição, natureza

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECOLÓGICA DA BAHIA COORDENAÇÃO TÉCNICA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

LEI COMPLEMENTAR Nº DE 16 DE MAIO DE 2011.

Capítulo I. Seção I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E DAS PENALIDADES

FREGUESIA DE QUIAIOS NIPC

RESOLUGÃO CFP N 002/98 de 19 de abril de O CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

BB Crédito Imobiliário

Dispõe sobre autorização de afastamento do País de servidores e empregados do Ministério da Fazenda e suas entidades vinculadas.

Estado do Rio de Janeiro Prefeitura Municipal de Mangaratiba Gabinete do Prefeito

Prefeitura Municipal de Votorantim

PROJETO DE LEI N.º 3.354, DE 2015 (Do Sr. Luiz Nishimori)

UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Minuta de Instrução Normativa

DECRETO N.º 238/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

O PREFEITO MUNICIPAL DE TERESINA, Estado do Piauí, no uso das atribuições legais que lhe confere a Lei Orgânica do Município, e

RECOMENDAÇÃO nº 16/2016

EDITAL DE SELEÇÃO MONITORIA

REGIMENTO INTERNO DA FUNDAÇÃO DE DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS MARGARIDA MARIA ALVES

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA GABINETE DO MINISTRO. PORTARIA n, de 08 de fevereiro de 2007

ESTADO DO MARANHÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FRANCISCO DO BREJÃO CNPJ: / SETOR DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

DECRETO Nº 2.655, DE 02 DE JULHO DE 1998

Art. 5º - A operação do SIDS será executada segundo as diretrizes enunciadas no art. 4º da Lei nº , de 2001.

RECOMENDAÇÃO nº 03/2014

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS - SEJUDH EDITAL SEC/SADH/SEJUDH Nº. 004/2016

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 198, DE 20 DE JULHO DE 2015

Lei de Incentivo à Cultura Lei de 1991

REGULAMENTO DO FUNDO MÚTUO DE PRIVATIZAÇÃO FGTS UNIBANCO C - PETROBRÁS CNPJ Nº / DO FUNDO

DIREITOS POLITICOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS

DECRETO ESTADUAL , DE 16/03/79

O exame de processos de outorga de concessão deve conter em sua introdução as informações básicas relativas ao tipo de processo.

2. ATOS DO DIRETOR-GERAL

LEI COMPLEMENTAR Nº 221 DE 09 DE JANEIRO DE

FAZENDA E TRIBUTO LEI MUNICIPAL Nº 1967/ de dezembro de 2015

TEXTO DOCUMENTO PROJETO DE LEI TÍTULO I. Das Disposições Preliminares

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. CIRCULAR N 016, de 4 de junho de 1973

RDC ANVISA Nº17, DE 28/03/2013

1 Os contratos de que tratam o caput serão por prazo determinado, com duração de 12 (doze) meses, podendo ser renovado por prazo de igual período.

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CAMPINAS EDITAL DE TRANSFERÊNCIA Nº 01 / 2016.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CENTRO DE EDUCAÇÃO, LETRAS E ARTES CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS E RESPECTIVAS LITERATURAS

Capítulo I DO PROGRAMA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

MUNICÍPIO DE PASSO FUNDO SECRETARIA DE CIDADANIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL

REGULAMENTO DA OFERTA TIM CASA FIXO MUNDO (02/05/2016 a 31/07/2016)

ORIENTAÇÃO DE GESTÃO N.º 01.REV2/POFC/2013

DECRETO Nº 239/2015. Aprova o Regimento Interno do Conselho Municipal de Anti Drogas (COMAD) de Gramado.

Coordenação-Geral de Tributação

DECRETO RIO Nº DE 24 DE JUNHO DE 2015

FICHA CADASTRAL DO SERVIDOR

RESOLUÇÃO Nº ANTAQ, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2012.

DECRETO Nº 2.377, DE 16 DE AGOSTO DE Dispõe sobre o plantio e manejo de árvores no município e dá outras providências.

ESTADO DE RONDÔNIA MUNICÍPIO DE PRIMAVERA DE RONDÔNIA PODER EXECUTIVO LEI ORDINÁRIA N 759/GP/2015

Instrução Normativa RFB nº 1.127, de 7 de fevereiro de 2011

HASTA PÚBLICA PROGRAMA DO CONCURSO

Requerimentos reconhecimento de firma autenticação identificação fé pública.

REGULAMENTO ELEITORAL. Artigo 1.º (Objecto)

DIREITO EMPRESARIAL I. Foed Saliba Smaka Jr. Aula 11: 20/03/2015.

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO DOS CURSOS DE LICENCIATURA

DOS OBJETIVOS DO PROGRAMA

PORTARIA N.º 1.900, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2013.

REGIMENTO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU: ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS Educar pela Pesquisa CAPÍTULO 1 DA ORGANIZAÇÃO GERAL

REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE VILA FLOR

CONTRATO ADMINISTRATIVO Nº /2010

PROPOSTAS PARA IMPLANTAÇÃO DO PISO SALARIAL DO MAGISTÉRIO E REESTRUTURAÇÃO DAS CARREIRAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 17 DE ABRIL DE 2015

NORMAS E PROCEDIMENTOS

ATO DA COMISSÃO DIRETORA Nº 17, DE 2011.

LEGISLAÇÃO DOS PEDÁGIOS SOB ADMINISTRAÇÃO DO DAER (atualizado em Junho/2006)

Transcrição:

Lei Estadual nº 12.352/2011 LEI Nº 12.352 DE 08 DE SETEMBRO DE 2011 Dispõe sobre a outorga, mediante delegação a particulares, dos serviços notariais e de registros no Estado da Bahia e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Os serviços notariais e de registros são exercidos em caráter privado, mediante delegação do Poder Público e fiscalização do Tribunal de Justiça. Art. 2º - É facultada aos servidores legalmente investidos na titularidade das serventias oficializadas a opção de migrar para a prestação do serviço notarial ou de registro em caráter privado, na modalidade de delegação instituída por esta Lei. 1º - Os notários e registradores das serventias oficializadas, caso não optem pela condição de delegatários, permanecerão regidos pelas normas aplicáveis aos servidores públicos, sendo-lhes assegurados todos os direitos adquiridos, hipótese em que ficarão à disposição do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia que lhes designará função compatível com aquela para a qual prestaram concurso público. 2º - Os atuais servidores substitutos dos titulares das serventias extrajudiciais e os escreventes permanecerão regidos pelas normas aplicáveis aos servidores públicos, sendo-lhes assegurados todos os direitos adquiridos e, após a investidura dos delegatários, ficarão à disposição do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia que lhes designará função compatível com aquela para a qual prestaram concurso público. 3º - Ocorrendo a situação descrita no 1º, a serventia será declarada vaga e sua titularidade outorgada a particulares sob o regime instituído por esta Lei e em conformidade com a Legislação Federal que normatiza a matéria. 4º - A opção referida no caput deverá ser manifestada por meio de requerimento dirigido ao Presidente do Tribunal de Justiça, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data da publicação desta Lei. 5º - A ausência de requerimento no prazo assinalado no 4º implicará na opção pela continuidade na condição de servidor público. Art. 3º - Os titulares de serviços notariais e de registro, exercidos cumulativamente ou não, com base nos artigos 5º, da Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, e 205, 3º, da Lei nº 10.845/07, são os: I - tabeliães de notas; II - tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos; III - tabeliães de protesto de títulos; IV - oficiais de registro de imóveis; V - oficiais de registro de títulos e documentos e civil das pessoas jurídicas; e VI - oficiais de registro civil das pessoas naturais e de interdições e tutelas. Art. 4º - A natureza, a finalidade, as atribuições, as competências, as incompatibilidades, os impedimentos, as infrações disciplinares, as penalidades, os direitos e os deveres dos notários e registradores são os definidos e disciplinados pela Lei Federal nº 8.935, de 18 de novembro de 1994. Parágrafo único - Além dos deveres impostos na legislação federal, cumpre aos notários e registradores manter atualizada a comprovação do recolhimento dos tributos sobre os atos que praticarem. Art. 5º - O ingresso, por provimento ou remoção, na titularidade dos serviços notariais e de registro declarados vagos depende de concurso público de provas e títulos, realizado pelo Poder Judiciário, não se permitindo a vacância, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de 06 (seis) meses.

Parágrafo único - Na hipótese de abertura de concurso público e por qualquer razão não ser possível prover a serventia com notário ou oficial de registro na modalidade de delegação, o Tribunal de Justiça declarará vago o respectivo serviço e designará substituto para responder pelo cartório até a abertura de novo concurso público. Art. 6º - Para inscrever-se no concurso público para provimento dos serviços notariais e de registro, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos: I - nacionalidade brasileira; II - capacidade civil; III - quitação com as obrigações eleitorais e militares; IV - diploma de bacharel em Direito; e V - conduta condigna para o exercício da atividade delegada. 1º - Ao concurso público poderão concorrer candidatos não bacharéis em Direito que tenham completado, até a data da primeira publicação do edital do concurso de provas e títulos, 10 (dez) anos de exercício em serviço notarial ou de registro. 2º - Na abordagem das matérias e dos conteúdos, as provas do concurso deverão conter aspectos práticos relativos aos procedimentos das atividades de serviços notariais e de registro. 3º - Os valores conferidos aos títulos serão especificados no edital. 4º - Os títulos deverão ser apresentados na oportunidade indicada no edital. Art. 7º - Encerrado o concurso, o Poder Público expedirá ato outorgando a delegação. Art. 8º - A investidura na delegação, perante as Corregedorias da Justiça, dar-se-á em 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual período, uma única vez. 1º - É vedada a outorga da delegação de que trata esta Lei àqueles que já exerçam a titularidade de cartório extrajudicial em qualquer Estado da Federação, devendo o pretenso delegatário, antes da investidura, declarar não ser titular de nenhuma outra delegação de cunho notarial ou registral, sob pena de ser preterido e, por consequência, concedida a delegação ao próximo classificado no certame. 2º - O delegatário de que trata o caput deverá residir em município em área de abrangência do cartório que exercerá a titularidade, sob pena de perda da delegação, hipótese em que será declarada a vacância da serventia. 3º - Não ocorrendo a investidura no prazo estipulado ou havendo violação ao disposto no parágrafo anterior, será tornada sem efeito a outorga da delegação, por ato da autoridade competente. Art. 9º - O exercício da atividade notarial ou de registro terá início dentro de 30 (trinta) dias, contados da investidura. Parágrafo único - Se o exercício não ocorrer no prazo legal, a autoridade competente declarará sem efeito o ato de delegação do serviço. Art. 10 - A fim de garantir o fácil acesso da população ao serviço de registro civil das pessoas naturais, as unidades vagas existentes, inclusive nos distritos, serão levadas a concurso público de provas e títulos. Art. 11 - Extinguir-se-á a delegação a notário ou a oficial de registro por: I - morte; II - aposentadoria facultativa ou compulsória; III - invalidez; IV - renúncia; V - perda, nos termos do art. 35, incisos I e II, da Lei Federal nº 8.935/94; e VI - descumprimento comprovado da gratuidade estabelecida na Lei Federal nº 9.534, de 10 de dezembro de 1997. Art. 12 - O Tribunal de Justiça disciplinará o exercício das atividades dos serviços notariais e de registro.

Art. 13 - Os delegatários responderão solidariamente pelos danos que eles e seus prepostos causarem na prática dos atos próprios do ofício assegurado aos primeiros o direito de regresso, no caso de dolo ou culpa dos prepostos. Art. 14 - Sob pena de infração disciplinar e sem prejuízo das demais cominações legais, é vedada a exigência de qualquer pagamento a título de taxa de urgência, cabendo ao titular do ofício zelar pelos serviços notariais e de registros, para serem prestados com rapidez, qualidade e eficiência, observados os prazos legais pertinentes. Art. 15 - A fixação e a cobrança dos emolumentos relativos aos serviços notariais e de registro são reguladas pelas suas tabelas respectivas, elaboradas pelo Tribunal de Justiça e instituídas por Lei de iniciativa do Poder Executivo, em conformidade com as regras e valores estabelecidos para a fixação e a cobrança da Taxa de Prestação de Serviços na Área do Poder Judiciário. Parágrafo único - Quando o valor declarado para o ato for diverso do atribuído pelo Poder Público, para efeitos de qualquer natureza, os emolumentos serão calculados sobre o maior valor. Art. 16 -Fica instituído o Fundo Especial de Compensação - FECOM, de caráter privado, com a seguinte destinação: Redação de acordo com a Lei nº 13.555, de 29 de abril de 2016. Redação original: "Art. 16 - Fica instituído o Fundo Especial de Compensação - FECOM, de caráter privado, destinado ao provimento da gratuidade dos atos praticados pelos registradores civis de pessoas naturais, bem como a promover compensação financeira às serventias notariais e de registro privatizadas que não atingirem arrecadação necessária ao funcionamento e renda mínima do delegatário." I - provimento da gratuidade dos atos praticados pelos registradores civis de pessoas naturais; II - promover compensação financeira às serventias notariais e de registro privadas que não atingirem arrecadação necessária ao funcionamento e renda mínima do delegatário; III - custeio das despesas com pessoal dos Cartórios de Registro Civil das Pessoas Naturais, enquanto não houver a outorga da totalidade dessas unidades extrajudiciais, desde que se verifique a existência da situação orçamentária prevista no 4º deste artigo. Incisos I, II, e III acrescidos ao art. 16 pela Lei nº 13.555, de 29 de abril de 2016. 1º - Constitui recurso do Fundo Especial de Compensação o percentual correspondente a 23% (vinte e três por cento) do que for cobrado a título de emolumentos. 2º - Fica assegurada às serventias notariais e de registro privatizadas que não atingirem a arrecadação mínima para a garantia de seu funcionamento a complementação financeira em montante a ser definido pelo Conselho Gestor do Fundo Especial de Compensação, respeitado o saldo financeiro, cujo repasse será realizado pelo FECOM, independentemente do ressarcimento dos atos gratuitos praticados por cada serventia. 3º - A compensação financeira de que trata o inciso II do caput deste artigo será fixada pelo Conselho Gestor do FECOM. Redação de acordo com a Lei nº 13.555, de 29 de abril de 2016. Redação original: " 3º - A compensação financeira de que trata o caput será fixada pelo Conselho Gestor do FECOM." 4º - As despesas com pessoal tratadas no inciso III do caput do presente artigo serão pagas pelo excedente dos recursos orçamentários do FECOM de cada exercício,

ressalvada a hipótese de insuficiência total de recursos. 4º acrescido pela Lei nº 13.555, de 29 de abril de 2016. Art. 17 - Fica destinado à Defensoria Pública do Estado da Bahia o percentual correspondente a 2% (dois por cento) do que for cobrado a título de emolumentos. Art. 18 - O Tribunal de Justiça instituirá instrumentos normativos e administrativos para a operacionalização da cobrança da contribuição do FECOM e do percentual destinado à Defensoria Pública. Art. 19 - O Fundo Especial de Compensação será administrado por um Conselho Gestor, com a seguinte composição: I - o Secretário Administrativo do Tribunal de Justiça, que o presidirá; Inciso I revogado pela Lei nº 13.555, de 29 de abril de 2016. II - 03 (três) representantes indicados pelo Tribunal de Justiça, sendo 01 (um) da Presidência, 01 (um) da Corregedoria Geral da Justiça e outro da Corregedoria das Comarcas do Interior; Redação de acordo com a Lei nº 13.555, de 29 de abril de 2016. Redação original: "II - 02 (dois) representantes indicados pelo Tribunal de Justiça, sendo um da Corregedoria Geral da Justiça e outro da Corregedoria das Comarcas do Interior; " III - 03 (três) representantes indicados pelos notários e registradores; e IV - 01 (um) representante do sindicato dos servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia. 1º - Os membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, para um mandato de 02 (dois) anos, no prazo de 30 (trinta) dias após a posse da Mesa Diretora do Tribunal de Justiça, facultada a recondução por um único período. Parágrado único renomeado como 1º pela Lei nº 13.555, de 29 de abril de 2016. Redação original: "Parágrafo único - Os membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente do Tribunal de Justiça." 2º - Os membros nomeados elegerão o Presidente do Conselho Gestor, para um mandato de 02 (dois) anos, no prazo de 30 (trinta) dias após a nomeação, facultada a reeleição por um único período. 2º acrescido pela Lei nº 13.555, de 29 de abril de 2016. Art. 20 - Fica instituída a dotação orçamentária de l% (um por cento) do Fundo Especial de Compensação - FECOM, constante no art. 16 desta Lei, a ser utilizado na dedução dos custos operacionais de administração do respectivo Fundo, cuja utilização será definida pelo Conselho Gestor. Parágrafo único - Ao final do exercício, o excedente dos recursos orçamentários de que trata o caput deste artigo será revertido em favor do próprio FECOM. Art. 21 - Ao Conselho Gestor cabe: I - exercer o controle da execução orçamentário-fínanceira do Fundo Especial de Compensação - FECOM; II - efetuar os pagamentos a cargo do Fundo Especial de Compensação, provendo os correspondentes registros contábeis e prestações de contas; e III - elaborar o seu regimento interno, a ser aprovado pelo Tribunal de Justiça. Art. 22 - O saldo positivo do Fundo Especial de Compensação, apurado em balanço, será transferido para o exercício seguinte. Art. 23 - Fica instituído o "selo de autenticidade" dos atos dos serviços notariais e de registro, de uso obrigatório para cada ato praticado nas atividades oficializadas e delegadas. 1º - O valor do selo de autenticidade não poderá ser repassado ao usuário dos serviços. 2º - Cada ato notarial ou de registro praticado receberá um selo de autenticidade,

inclusive os gratuitos. Art. 24 - O Tribunal de Justiça regulamentará o disposto no artigo anterior, em especial as características, a utilização, a distribuição, o valor e o controle dos selos de autenticidade. Art. 25 - Os ofícios notariais e de registro delegados deverão antecipar o pagamento dos selos de autenticidade que precisam utilizar, mediante recolhimento dos quantitativos correspondentes em favor do órgão competente. Parágrafo único - A critério do Tribunal de Justiça, os Ofícios de Registro Civil das Pessoas Naturais e Tabelionatos de Notas poderão ser temporariamente dispensados do prévio recolhimento de que trata o caput deste artigo, promovendo-se a compensação dos valores por ocasião do reembolso. Art. 26 - O Tribunal de Justiça poderá estabelecer padrões, arquitetura e infraestrutura de sistemas informatizados para garantir maior controle, padronização, automação e qualidade dos serviços realizados nos ofícios extrajudiciais. Art. 27 - Os serviços notariais e de registro atualmente exercidos em caráter privado ficam, automaticamente, submetidos, no que couber, ao cumprimento de todas as disposições desta Lei. Art. 28 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 08 de setembro de 2011. JAQUES WAGNER Governador Eva Maria Cella Dal Chiavon Secretária da Casa Civil