AS MUDANÇAS NO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO E OS IMPACTOS NA COBERTURA VEGETAL: EXEMPLO DE CASO EM VARGINHA, MG.



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Transcrição:

AS MUDANÇAS NO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO E OS IMPACTOS NA COBERTURA VEGETAL: EXEMPLO DE CASO EM VARGINHA, MG. Lennon Mazzeu de Oliveira¹ ¹ lennonoliveira@hotmail.com Geografia Bacharelado UNIFAL-MG Trabalho de Iniciação Científica financiado pela FAPEMIG 1775 RESUMO Recentemente foram aprovadas pelo Congresso Nacional alterações significativas no Código Florestal Brasileiro. As Áreas de Preservação Permanente possuem uma vital função para o equilíbrio ambiental, como proteção dos recursos hídricos, paisagem, solos, estabilidade geológica, proteção da biodiversidade além de garantir o bem estar da população. Visando contribuir com esta temática, o presente trabalho analisou os possíveis impactos na cobertura vegetal em áreas que deveriam estar preservadas. Com auxílio de Sistemas de Informações Geográficas (SIG s) as APP s foram delimitadas usando diferentes técnicas de análise espacial, tais como buffer, cálculo de declividade do relevo, identificação das áreas de contribuição do escoamento superficial entre outras. Esse processo foi realizado utilizando os parâmetros do Código Florestal de 1965 (Lei 4771/1965 e Resoluções CONAMA 302 e 303) e do Projeto de Lei 1876/1999 que propôs as alterações, comparando-os. No final, foi elaborada uma Carta de Derivação Ambiental, onde foram integrados os diferentes tipos de Uso da Terra com a demarcação das APP s definidas pelas legislações trabalhadas. Com isso, puderam ser observadas regiões onde já possuem ocupações e atividades irregulares, principalmente o cultivo de café nos topos de morros, evidenciando uma falta de aplicação da lei. A área teste selecionada localiza-se nas proximidades da área urbana de Varginha, Sul de Minas Gerais. Palavras-chave: Área de Preservação Permanente; Código Florestal; Geoprocessamento; Impacto Ambiental; Topo de Morro. Eixo de inscrição/debate: 14 - Geoprocessamento e aplicações ABSTRACT Recently been approved by the National Congress significant changes in the Brazilian

Forest Code. The Permanent Preservation Areas have a vital function for the environmental balance, as protection of water resources, landscape, soils, geological stability, biodiversity protection as well as guarantee the welfare of the population. To contribute to this topic, the present study examined the possible impacts on vegetation cover in areas that should be preserved. With the aid of Geographic Information Systems (GIS) the PPA's were delimited using different spatial analysis techniques, such as buffer, slope relief calculation, identification of the runoff contribution areas among others. This process was performed using the parameters of the 1965 Forest Code (Law 4771/1965 and Resolutions CONAMA 302 and 303) and the Draft Law 1876/1999 which proposed the changes, comparing them. At the end, it was elaborated a Derivation Environmental Charter, which were integrated the different types of Land Use with the demarcation of PPA's defined by the laws worked. Thus, regions which already have irregular occupations and activities could be observed, especially the cultivation of coffee on the tops of hills, indicating a lack of law enforcement. The selected test area is located near the urban area of Varginha, southern Minas Gerais. Key words: Permanent Preservation Area, Forest Code, Geoprocessing, Environmental Impact, Hilltop. 1776 INTRODUÇÃO A cada década que se passa a importância e a influência que o meio ambiente exerce sobre a humanidade e suas atividades são levadas mais em consideração. Nas últimas quatro décadas, porém, o oposto ganhou demasiado enfoque: a influência do homem sobre o meio em que vive e os impactos resultantes desta interação. A primeira conferência mundial que tratou da questão ambiental foi realizada em 1972, em Estocolmo na Suécia. Posteriormente, com o objetivo de avaliar os avanços conquistados e os desafios ainda pendentes, no ano de 1992 foi realizado no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Eco-92, evento que voltou ao Rio de Janeiro em 2012 como a Rio+20. Em 1934 foi decretada a primeira legislação ambiental brasileira onde classificava as florestas em quatro categorias: a) protetoras; b) remanescentes; c) modelo; d) de rendimento. Somente em 1965 com o primeiro Código Florestal foi definida a Área de Preservação Permanente, conhecida pela sigla APP. De acordo com a resolução CONAMA 302 de 20 de Março de 2002, a APP tem a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade

geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. Esta proteção é feita por meio de normalizações que restringem o uso da terra e a supressão da cobertura vegetal nas margens de rios, córregos, cabeceiras e corpos d água, além de vetar a ocupação em áreas com declividades acentuadas e em topos de morros. Recentemente, no ano de 2012, a Câmara dos Deputados aprovou a Lei 12651/2012, baseada no Projeto de Lei 1876/99, o qual o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) foi relator desde 2009. Esse fato causou muita discussão entre as comunidades política, científica, acadêmica, ruralista e popular. Uma das principais discussões da proposta do Novo Código Florestal foi quanto à redução pela metade do parâmetro das APP s em margens de rios de até 10 metros de largura. Os ambientalistas foram bastante pessimistas em relação as alterações propostas. A grande maioria acreditava que muitas terras seriam convertidas em áreas de expansão agrícola, já que a proposta reduziria drasticamente as áreas de APP. Quando se pretende efetuar um estudo, monitoramento e/ou análise acerca de objetos ou eventos do setor ambiental tais como o desmatamento, é imprescindível o uso do geoprocessamento. Tal instrumento de análise permite a visualização e interpretação dos elementos distintos da paisagem, bem como os fatores dinâmicos que os interligam, formando uma rede, um sistema complexo ambiental o qual o homem e suas atividades estão inseridos. 1777 OBJETIVOS Ao se integrar diferentes dados no ambiente de SIG a percepção do usuário sobre o fenômeno mapeado aumenta consideravelmente, ainda mais sobre objetos como um morro, que possui alto nível de abstração em um ambiente de duas dimensões como o de um mapa. Assim, o trabalho produziu o mapeamento das Áreas de Preservação Permanente segundo as legislações referentes ao Código Florestal de 1965 e ao Projeto de Lei 1876 de 1999, que deu origem ao Novo Código Florestal na forma da Lei 12651 de 2012, comparando-os. Com a união dos mapas de APP e de Uso e Ocupação do Solo se gerou uma Carta de Derivação Ambiental identificando atividades irregulares em áreas que deveriam estar preservadas. Por fim, se mensurou em quilômetros quadrados a diminuição que as APP s teriam caso a redação original do PL1876/99 tivesse sido sancionada.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA METZGER et al. (2010) citam alguns possíveis impactos causados pela alteração do Código Florestal, como o aumento da emissão de CO2 e extinção de mais de 100.000 espécies - o que nas palavras dos autores seria uma perda enorme que invalidará qualquer compromisso com a conservação da biodiversidade. Com relação a expansão agropecuária sobre as áreas de preservação, SPAROVEK et al. (2010) defendem a ideia de que a agricultura deveria se expandir apenas em terras onde hoje se pratica a pecuária extensiva. A pecuária por sua vez, deveria intensificar a sua produção, demandando menos área, aumentando a qualidade do produto e contribuindo, ainda, para uma equalização nos preços da carne. A vantagem de análise de maneira sinótica, holística e repetitiva acaba por transformar a geociência em uma ferramenta de uso indispensável para um ordenamento territorial coerente, tornando-se assim, de interesse do Estado para um melhor controle do espaço o qual exerce sua influência. A cobertura vegetal, no que tange o comportamento ao longo dos períodos climáticos dissimilares e a forma como esta se distribui no espaço, permite inferências sobre outros elementos da paisagem, como a litologia, a pedologia e as possíveis alterações bioquímicas provenientes de atividades antrópicas no local. Portanto, a forma como o homem busca moldar a natureza às suas necessidades acaba por gerar intensas alterações ao ambiente natural. O meio físico como a base que sustenta todo o sistema ambiental, mesmo após a sua degradação, continua interagindo e influenciando todas as atividades antrópicas e suas posteriores alterações. Por não ser um agente passivo, quando a alteração é grande, responde de maneira brusca e violenta, como os deslizamentos de terra por exemplo. (MOROZ, et al, 1994) Esta preocupação com relação a instalação de atividades em áreas com determinadas declividades já se apresentava nos trabalhos de DE BIASI (1992) e AGUIAR e KRELING (1984), onde ressaltavam a importância da elaboração de cartas clinográficas subdivididas em classes para um planejamento regional, urbano e agrícola adequado. MOROZ et al (1994) elaboraram um documento cartográfico com a finalidade de fazer um diagnóstico ambiental na sub-bacia do Rio Caulim na Região Metropolitana de São Paulo o qual definiram como Carta de Derivações Ambientais. Esta carta compilava os dados de declividade, uso e ocupação do solo, bem como os 1778

processos resultantes destas interações em conformidade com a Lei Estadual de Proteção aos Mananciais de São Paulo. METODOLOGIA A área de estudo localiza-se no município de Varginha, sul do Estado de Minas Gerais. Constitui a terceira maior cidade do sul do Estado, com população estimada em aproximadamente 130 mil habitantes. (IBGE, 2013) 1779 Figura 1: localização da área abrangida pelo trabalho em relação ao território nacional. As curvas de nível e a drenagem da carta topográfica IBGE na escala 1:50.000 referente a folha Varginha foram vetorizadas com o software R2V e exportadas para o software ArcGIS. Então, as curvas foram interpoladas como forma de adquirir o MDT. O processo de interpolação consiste em estimar os valores de áreas não contempladas pela amostragem. O processo de classificação multiespectral é descrito por CRÓSTA (1992) como a associação de cada pixel de uma imagem à um rótulo (classe) predefinido que descreve um objeto da realidade, podendo ser um tipo de vegetação, um corpo d água, uma cultura agrícola entre outros. O maior desafio à classificação é o fato de ela ser no final das contas uma simplificação muito grande perante a complexidade do mundo real retratada em uma imagem de satélite. (CRÓSTA, 1992)

OLIVEIRA (2002) apud. OLIVEIRA E SILVA (2005) fala sobre a importância em segmentar uma imagem antes do processo de classificação da mesma. Isso se dá pelo fato da influência que as informações de borda exercem sobre as regiões vizinhas e a maneira como as estatísticas dos pixels com dados homogêneos se agrupam. A composição das bandas 5, 4 e 3 de uma imagem do satélite Landsat 5 sensor TM foi escolhida para o processo de classificação, pois propicia uma boa discriminação dos diferentes tipos de uso do terreno. Deste modo, no software SPRING 5.2, após a segmentação, utilizou-se o algoritmo Bhattacharya de maneira supervisionada, ou seja, coletando amostras de pixels dentro de cada uma das classes pretendidas: Água, Mata, Pastagem, Solo Exposto, Café, Área Construída e Queimada para se classificar a imagem por regiões. Como a intenção do trabalho não foi uma diferenciação específica para cultivos agrícolas e solos, as classes escolhidas representaram a área de estudo de forma satisfatória. Apesar disso, houve a necessidade de se corrigir alguns polígonos de forma manual no software ArcGIS 10.1. A técnica buffer, ou mapas de distância, refere-se a áreas construídas ao redor de feições vetoriais como pontos, linhas e polígonos, através de um limiar de distância escolhido pelo usuário no ambiente de SIG. Cada tipo de APP seguiu um parâmetro legal diferente de acordo com o que discorre nas legislações. As delimitações ficaram conforme a Tabela 1. 1780 Tabela 1 Tipos de APP e suas delimitações conforme a legislação utilizada. Código Categoria Legislação APP1 50m ao redor das nascentes L4771/65 e PL1876/99 APP2 APP2a 30m nas faixas marginais da drenagem até 10m de largura 15m nas faixas marginais da drenagem até 10m de largura L4771/65 PL1876/99 APP3 100m nas faixas marginais do Rio Verde APP4 15m no entorno de reservatórios artificiais localizados em zonas rurais L4771/65 e PL1876/99 Resolução CONAMA 302 APP5 Terço superior de elevações com altura entre 50 e 300m em relação a base e declividade superior a 30% (17 ) Resolução CONAMA 303

APP5a Terço superior de elevações com altura mínima de 100m em relação a base e declividade maior que 25 (46%) PL1876/99 L12651/2012 Assim como no trabalho de NOWATZKI et al (2010) que mapeou as APP s em uma bacia no estado do Paraná, se codificou os diferentes tipos, além de se excluir áreas de sobreposição em buffers pertencentes a APP s de códigos distintos. No software ArcGIS, foi criado um arquivo shape com um ponto em cada início de segmento (shape de drenagem) dando origem ao arquivo das nascentes da região 355 no total. Então se aplicou o buffer neste novo arquivo de pontos utilizando-se o parâmetro legal de 50 metros (APP1). Para o tipo APP2 apenas se aplicou diretamente o buffer sobre o shape de linhas correspondente à drenagem, o mesmo com o tipo APP2a. O rio principal em ambas as legislações tem sua delimitação de APP em 100 metros (APP3), então apenas se aplicou o buffer sobre o shape do tipo polígono referente ao rio. Para o código APP4, utilizou-se o inciso III do Art. 3 da Resolução CONAMA 302 que exige uma faixa de 15 metros de APP no entorno de reservatórios artificiais com até 20 hectares de superfície localizados em zonas rurais e que não sejam utilizados para abastecimento público ou geração de energia. Como os quatro reservatórios da área se encaixam na mesma descrição, foi aplicado o buffer sobre os polígonos referentes aos mesmos. A redação do PL1876/99 prevê que as APP s para esses mesmos tipos e tamanhos de reservatórios devem ser delimitadas de acordo com o licenciamento ambiental do empreendimento. Como o reservatório com a maior área da região possui apenas 4,65 hectares, o parâmetro de 15 metros de APP foi mantido, já que a diferença na área total ao final do trabalho seria mínima. As APP s do tipo 5 e 5a, referentes aos topos de morro, são as mais complexas de se trabalhar devido a sua subjetividade de interpretação e análise dos parâmetros de limites de base do morro, de forma legal e também real. (MOREIRA et al, 2003 apud. in CASTELANI e BATISTA, 2007) Os parâmetros de delimitação deste tipo de APP seguem a interpretação do analista, fazendo com que cada trabalho possua sua própria maneira de entender o que é a base de uma elevação. Na resolução CONAMA 303 de 2002, Art. 2, VI, consta a seguinte definição para base de morro ou montanha: plano horizontal definido por planície ou superfície de lençol d água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota da depressão mais baixa ao seu redor;. Conforme mostra VICTORIA (2010), no que tange o parâmetro utilizado por outros autores, o trabalho de SANTOS et al (2007) utilizou a altitude da planície de 1781

uma microbacia como base para todos os morros. COSTA et al (1996) ao trabalharem uma área fortemente ondulada, classificaram como base os locais com declividade superior a 20, e CASTELANI et al (2003) não expõem qual critério foi utilizado como base para as elevações em seu trabalho. A base de uma elevação, segundo HOTT (2005), é um elemento de difícil determinação, pois normalmente não é um elemento euclidiano formado por uma reta e, sim, por uma estrutura bastante irregular, apresentando uma drenagem marcante e característica.. Com o intuito de sistematizar este tipo de mapeamento, RIBEIRO et al (2002; 2005) e HOTT et al (2005) utilizaram as funções hidrológicas dos SIG s como forma de obtenção automática da cota de base das elevações de uma determinada área de estudo. Deste modo, através da ferramenta de direção de fluxo se identifica a área de influência no escoamento superficial de cada elevação. (VICTORIA, 2010) 1782 Figura 2: Morros e seus pontos mínimos e máximos de acordo com o escoamento superficial. Fonte: Hott et al, 2005, p.17. Diante disso, HOTT et al (2005) dizem que tal método supera a subjetividade de se individualizar uma elevação, já que as considera como superfícies contínuas, sequências das mesmas separadas por linhas de fratura. Neste trabalho utilizou-se o MDT como base altimétrica para aquisição das APP s do tipo 5 e 5a. Esta complexidade fez com que OLIVEIRA e FERNANDES FILHO (2013) propusessem uma metodologia para o software ArcGIS 10, onde através de operações matemáticas se demarca esse tipo de APP de forma mais padronizada e acessível. Tal metodologia foi aplicada neste trabalho com algumas adaptações. Assim, primeiramente se executou um filtro sobre o MDT interpolado com o intuito de eliminar as depressões espúrias (sinks) que possam estar presentes no arquivo, ocasionando alterações no escoamento. Após a inversão do MDT, se aplicou a ferramenta de direção de fluxo e delimitação de bacias hidrográficas para se obter a base hidrológica de cada elevação.

Com todo o fluxo correndo para o topo, por meio de operações matemáticas se criou pontos nos pontos máximos de cada linha da base hidrológica pontos de sela e se adicionou a cota altimétrica destes pontos de acordo com a altimetria do MDT. O mesmo processo foi realizado em cima do arquivo de polígonos que representa as bases hidrológicas das elevações, retornando os valores máximos que são convertidos em pontos, esses sendo os pontos de topo. Foi gerada uma tabela que associou os pontos de topo com seus respectivos pontos de sela mais próximos, assim como descreve o inciso VI do Art. 2 da Resolução CONAMA 303 e o inciso IX do Art. 4 da Lei 12651/2012, e se calculou a diferença entre as altitudes destes. Adicionou-se ao arquivo com a base hidrológica das elevações, os valores dos pontos de topo e sela. Reclassificando este novo arquivo, definiu-se os valores dos pixels sendo as cotas dos pontos de sela, chegando-se a base legal de cada morro. Finalmente, através da ferramenta Raster Calculator calculou-se o terço superior de cada elevação, as APP s do tipo 5 e 5a. De acordo com a legislação uma elevação deve obedecer dois critérios para possuir APP em seu topo: altitude e declividade. Usando a ferramenta Slope do software ArcGIS identificou-se em graus a declividade de toda a área de estudo. Posteriormente, para se descobrir as áreas onde ocorrem um uso diferente do que não a preservação prevista em lei, uniu-se as Tabelas de Atributos do arquivo de Classificação e de um arquivo que uniu todas as APP s. Usando a ferramenta Intersect do software ArcGIS, se extraiu somente as áreas do arquivo de Classificação onde coincidiam com os limites das APP s. Finalmente, foram calculadas as áreas das classes Café, Solo Exposto, Área Construída e Queimada que se apresentaram dentro de APP s, pois estas podem ser qualificadas como ilegais. 1783 RESULTADOS Foram identificadas 25 elevações com variação altimétrica entre 50 e 113 metros, porém 5 destas não se encaixaram no quesito declividade. O PL1876/99, não apresenta parâmetros específicos para a delimitação de APP em topos de morro, então se considerou os valores presentes na Lei 12651/2012. Com isso, apenas uma elevação foi identificada.

1784 Figura 3: Comparação na delimitação das APP s de acordo com as legislações trabalhadas. Ambas as legislações preveem a determinação de APP em encostas com declividade superior a 45 graus, porém o pixel com o valor mais alto na área estudada possui valor de 44 graus. Outro tipo de APP que o trabalho não contemplou foi o que se refere a Linhas de Cumeada, já que nenhum morro cujo topo possui APP se encontra a menos de 500 metros de distância de outro. As áreas de cada tipo de APP em quilômetros quadrados e sua representatividade em porcentagem são mostradas conforme Tabela 2:

Tabela 2 Áreas de todos os tipos de APP e suas porcentagens em relação ao total. L4771/65 + PL1876/99 + Área Área % % CONAMA 302 e 303 L12651/2012 (km²) (km²) APP1 X X 2,78 2,78 6,2 9,7 APP2 X 27,54 61,2 APP3 X X 11,69 11,69 26 41,0 APP4 X X 0,15 0,15 0,3 0,5 APP5 X 2,82 6,3 APP2a X 13,90 48,7 APP5a X 0,02 0,07 TOTAL 44,98 28,54 100 100 1785 No mapa de Uso e Ocupação do Solo a classe Pastagem se mostrou com a maior representatividade, constituindo 46%, seguida das classes Café e Mata com 23 e 20% respectivamente. Houve uma redução de 7,3 km² na classe Mata presente nos limites das APP s, passando de 18,53 para 11,23 km², se compararmos as duas legislações. Figura 4: Mapa final referente à Classificação da imagem Landsat 5 TM. Outro fato evidenciado com o trabalho é a falta de aplicação da lei de maneira incisiva. No mapa de Derivações Ambientais, se tem um total de 6,52 km² de usos irregulares, com destaque para o cultivo de café que soma 4,08 km² e está presente praticamente em todos os topos de morro.

1786 Figura 5: Presença de usos irregulares nos limites das APP s, principalmente café nos topos de morro. Nos topos de morro pouco discutidos houve uma grande diferença na mudança do Código Florestal. Com a alteração do parâmetro de altura mínima de 50 para 100 metros e de declividade mínima de 17 para 25 graus, houve uma redução de 99,29%, ou 2,79 km² aproximadamente de área protegida, neste tipo de APP. CONCLUSÕES Fica evidente o prejuízo ambiental que o Novo Código Florestal trás consigo, mesmo a faixa de APP em margens de rios até 10 metros de largura tendo sido mantida em 30 metros ao invés dos 15 metros propostos inicialmente com o PL1876/99, já que as novas exigências limitam muito a ocorrência de APP em topos de morro. Somente parâmetros legais regionais amenizariam as desvantagens que determinadas áreas acabam sofrendo com relação a outras, tendo um único parâmetro legal para um país extenso e diverso como o Brasil. Além disso, as legislações nunca atenderão aos objetivos de todos, pois cada grupo de pessoas possui um interesse distinto sobre a mesma área. Cabe então aos órgãos ambientais competentes realizar de maneira incisiva a fiscalização das Áreas de Preservação

Permanente, assim além de cumprir a lei, haverá a possibilidade de recuperação de áreas com usos ilegais. REFERÊNCIAS AGUIAR, M. B. de, KRELING, P. C. L., Elaboração gráfica de carta de classes de declividades de vertentes. Revista do Departamento de Geografia, FFLCH/USP, 1984. 1787 CASTELANI, C. S., BATISTA, G. T., Mapeamento as Áreas de Preservação Permanente (APP) do município de Santo Antônio do Pinhal, SP: um subsídio à preservação ambiental. Ambi-Agua, Taubaté, v.2, n.1, p.30-43, 2007. CREPANI, E., et al. Sensoriamento remoto e geoprocessamento aplicados ao zoneamento ecológico-econômico e ao ordenamento territorial. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Junho, 2001. CRÓSTA, A. P. Processamento Digital de Imagens de Sensoriamento Remoto. Campinas, SP.: IG/UNICAMP, 1992. DE BIASI, M., A carta clinográfica: os métodos de representação e sua confecção. Revista do Departamento de Geografia, FFLCH/USP, 1992. FELGUEIRAS, C. A.; Análises sobre Modelos Digitais de Terreno em Ambiente de Sistemas de Informação Geográfica. VIII Simpósio Latinoamericano de Percepción Remota y Sistemas de Información Espacial. Sesión Poster. Mérida, Venezuela, 2 a 7 de Novembro de 1997. HOTT, M. C., GUIMARÃES, M., MIRANDA, E. E., Método para determinação automática de Áreas de Preservação Permanente em topo de morros para o Estado de São Paulo, com base em geoprocessamento. Embrapa Monitoramento por Satélite. Documentos, 34. Campinas, 2004. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas populacionais para os municípios brasileiros em 1º de Julho de 2013. Diário Oficial da União. Brasília, 2013. METZGER, J. P., et al. Brazilian Law: Full Speed in Reverse?. Science, AAAS, vol. 329, p. 276-277, 16 de Julho de 2010.

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