Limites críticos de características físico-hídricas de um Argissolo para floresta e pastagem no Sul do Brasil

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Transcrição:

Limites críticos de características físico-hídricas de um Argissolo para floresta e pastagem no Sul do Brasil LUIS EDUARDO AKIYOSHI SANCHES SUZUKI (1), CLÁUDIA LIANE RODRIGUES DE LIMA (1), DALVAN JOSÉ REINERT (2), JOSÉ MIGUEL REICHERT (2), CLÊNIO NAILTO PILLON (3) & PATRÍCIA BIANCA DUPONT (4) RESUMO A compactação é um problema relacionado à degradação do solo. Na área agrícola, valores de parâmetros físicos têm sido sugeridos como críticos ou restritivos ao crescimento e produtividade das plantas. Em áreas sob pastagem e culturas perenes essas indicações ainda são incipientes. Neste estudo objetivou-se definir limites críticos de características físico-hídricas para áreas sob floresta e pastagem e avaliar a intensidade de compactação desses usos em um Argissolo Vermelho distrófico no Sul do Brasil. Os usos do solo foram constituídos de: Floresta - constituída por espécies arbóreas e arbustivas; Pastagem - com cinco anos de idade, constituída de braquiária brizanta (Brachiaria brizantha) consorciada com pensacola (Paspalum lourai) e trevo (Trifolium sp.); Eucalipto 20 - povoamento de Eucalyptus saligna com vinte anos de idade, sendo realizado o preparo convencional do solo para implantação do povoamento; Eucalipto 4,5 - plantio clonal de Eucalyptus saligna conduzido em 2ª rotação, com 4,5 anos de idade. Avaliaram-se a condutividade hidráulica do solo saturado, a porosidade (macro, micro e total) e a densidade do solo. O eucalipto tem potencial para ser utilizado em áreas de recuperação, sem objetivo comercial. A compactação aumenta a densidade e diminui a macroporosidade e porosidade total do solo até a camada de 0,40 m em eucalipto com fins comerciais e até a camada de 0,10 m em pastagem. Valores baseados em restrições ao crescimento e rendimento de culturas anuais ou no intervalo hídrico ótimo têm potencial para ser utilizado em culturas perenes e pastagem. Palavras-Chave: (eucalipto; densidade; porosidade; condutividade hidráulica) Introdução Em áreas agrícolas a compactação do solo tem sido estudada tendo a planta como resposta. Quando se consideram áreas florestais, a resposta das plantas à compactação não é tão simples, pois, diferentemente das culturas anuais, as árvores apresentam um ciclo mais longo, estando sujeitas às variações climáticas e de ação antrópica durante vários anos. A compactação tem sido extensivamente estudada em áreas agrícolas, mas em áreas sob silvicultura ainda há poucas informações [1]. Valores críticos ou restritivos ao crescimento de culturas anuais têm sido sugeridos mas para culturas perenes, como eucalipto, ainda não se tem sugestões. Nesse sentido, uma possibilidade de avaliar a compactação do solo para o crescimento das espécies perenes seria a comparação das áreas de culturas perenes com áreas que ainda não sofreram ação antrópica, como uma mata, ou utilizar os valores já existentes na literatura para culturas anuais e aplicá-los para culturas perenes. O objetivo deste estudo foi definir limites críticos de características físico-hídricas para áreas sob floresta e pastagem e avaliar a intensidade de compactação desses usos em um Argissolo Vermelho distrófico no Sul do Brasil. Material e Métodos A área de estudo está localizada no município de Butiá, situado na região fisiográfica Serra do Sudeste (Escudo Rio-Grandense) do Estado do Rio Grande do Sul. O solo da área foi classificado como Argissolo Vermelho distrófico [2]. Os usos e suas características foram os seguintes: a) Floresta: floresta antropizada constituída por espécies arbóreas e arbustivas com altura de aproximadamente quatro metros, utilizada como abrigo pelos bovinos. b) Pastagem: pastagem com cinco anos de idade, constituída de braquiária brizanta (Brachiaria brizantha) consorciada com pensacola (Paspalum lourai) e trevo (Trifolium sp.). A pastagem foi instalada em uma área de 1200 ha sob preparo convencional no ano de 2001. Anterior ao plantio da pastagem a área foi constituída por floresta natural e em seguida foi utilizada com pastagem e soja. c) Eucalipto 20: povoamento de Eucalyptus saligna com vinte anos de idade, sendo realizado o preparo convencional do solo para implantação do povoamento no ano de 1986. Anterior ao plantio do eucalipto a área foi constituída por pastagem. d) Eucalipto 4,5: plantio clonal de Eucalyptus saligna conduzido em 2ª rotação, com 4,5 anos de idade. O plantio original ocorreu em 1993, com preparo do solo em faixa e escarificador de três hastes. A colheita do eucalipto no (1) Primeiro e Segundo Autores são Professores Adjuntos do Departamento de Solos, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. Campus Universitário s/n, Pelotas/RS, CEP 96010-900. E-mail: luis.suzuki@ufpel.edu.br; clrlima@yahoo.com.br. (2) Segundo e Terceiro Autores são Professores Adjuntos do Departamento de Solos, Centro de Ciências Rurais, Universidade Federal de Santa Maria. Av. Roraima 1000, Santa Maria/RS, CEP 97105-900. E-mail: dalvan@smail.ufsm.br, reichert@smail.ufsm.br. (3) Quinto Autor é Pesquisador da Embrapa Clima Temperado. Rodovia BR 392, Km 78, Pelotas/RS, Caixa Postal 403, CEP 96001-970. (4) Sexto Autor é Mestranda do PPG Agronomia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. Campus Universitário s/n, Pelotas/RS, CEP 96010-900.

primeiro corte, aos 8,5 anos de idade, foi feita manualmente com motosserra e a extração da madeira realizada com Forwarder Valmet 890 com capacidade de carga de 18 Mg, sem queima do resíduo vegetal. O tráfego para colheita do eucalipto no primeiro corte foi aleatório, com número de passadas podendo chegar a 16. O segundo plantio foi feito nas entrelinhas no ano de 2002. Anterior ao plantio original ocorrido em 1993, a área foi utilizada com soja e pastagem. Os pontos de coleta das áreas sob floresta, pastagem e eucalipto 20 estavam em uma altitude de aproximadamente 126 m, enquanto a área de eucalipto 4,5 em uma altitude de aproximadamente 140 m. Na floresta as coletas foram realizadas em um ponto de difícil acesso aos animais devido à arquitetura das espécies arbóreas e arbustivas; contudo, devido à possibilidade dos bovinos conseguirem ter acesso a esse ponto de coleta nos períodos mais secos, essa área foi denominada de floresta antropizada. No eucalipto 4,5 as coletas foram feitas na entrelinha da 1 a e 2 a rotação, entre quatro árvores. No mês de setembro do ano de 2006 foram realizadas as coletas de amostras com estrutura alterada e preservada, sendo abertas três trincheiras para coleta nas camadas de 0,00 a 0,05; 0,05 a 0,10; 0,10 a 0,20; 0,20 a 0,40; 0,40 a 0,60 e 0,60 a 1,00 m. A coleta de amostras com estrutura alterada para determinação da distribuição do tamanho de partículas do solo foi realizada em três trincheiras dentro de cada área, e no laboratório, para cada trincheira, foram feitas duas repetições. A análise granulométrica do solo (Tabela 1) foi realizada pelo método da pipeta [3]. Para as amostras com estrutura preservada coletaram-se em cada trincheira duas amostras por camada de solo, totalizando seis repetições por camada. As amostras foram coletadas no centro da camada em cilindros com 5,0 cm de altura e 2,5 cm de diâmetro. As amostras com estrutura preservada foram saturadas, sendo quantificada a condutividade hidráulica do solo saturado em laboratório, utilizandose um permeâmetro de carga constante [4], e em seguida a macroporosidade, a microporosidade, a porosidade total [3] e a densidade do solo [5]. Os resultados foram analisados por contrastes ortogonais considerando 5% de significância pelo teste de Tukey e análises de regressão e correlação de Pearson. Resultados A floresta apresentou, em relação aos demais usos, menor variação da densidade e da macroporosidade ao longo do perfil (Tabela 2). As diferenças significativas de porosidade e de densidade entre os usos até a camada de 0,40 m indicam interferência mais intensa nas camadas superiores do solo, enquanto que abaixo de 0,40 m a pastagem ou eucalipto praticamente não afetaram o solo (Tabela 3). O eucalipto 20 apresentou maior macroporosidade em todas as camadas avaliadas, seguido pela floresta (Tabela 2). Devido à menor ação antrópica nessas áreas, ao desenvolvimento e decomposição de raízes em maiores profundidades, ao aporte de matéria orgânica e à ação de organismos, a formação de macroporos pode ser favorecida. Embora a camada compactada no eucalipto 4,5 ocorresse até a camada de 0,40 m, sua macroporosidade na camada de 0,00 a 0,10 m esteve próxima a 0,10 m 3 m -3, fato que pode estar associado à concentração de raízes e aporte de matéria orgânica nessa camada. O eucalipto 20 apresentou maior condutividade hidráulica do solo saturado (Tabela 2), diferindo dos demais tratamentos (Tabela 3). Discussão Considerando a equação proposta por Reichert et al. [6], que relaciona a densidade do solo quando o intervalo hídrico ótimo é igual a zero e a argila, a densidade crítica para esse solo é de aproximadamente 1,45 Mg m -3, para um teor médio de argila de 482 g kg -1. Este valor de densidade é superior ao obtido na área de floresta. Isto significa que para áreas visando a produção de culturas, a densidade do solo pode ser superior comparada a uma condição natural, de mata ou campo nativo, por exemplo. Na pastagem, a densidade da camada superficial (0,00 a 0,10 m) do solo foi superior a 1,45 Mg m -3 e a macroporosidade nessa camada foi inferior a 0,10 m 3 m -3, considerado mínimo para o adequado crescimento e desenvolvimento das plantas (Tabela 2). O eucalipto 4,5 apresentou as maiores densidades em todas as camadas avaliadas, e nas camadas superiores a 0,40 m a densidade foi maior que 1,45 Mg m -3 e diferente dos demais usos (Tabela 3). Como o solo foi revolvido apenas na linha de plantio da segunda rotação do eucalipto a compactação causada pela colheita do 1 o plantio permaneceu nas entrelinhas. A diferença de densidade entre as áreas está associada não apenas ao uso do solo, mas também às diferenças de textura (Tabela 1), embora esse fator possa estar contribuindo em menor intensidade (devido ao baixo coeficiente de determinação = r 2 entre Ds com Argila e Areia total). Com decréscimo do teor de argila (Ds = 1,5759-0,0004 Argila; r 2 = 0,07 ** ), e conseqüente aumento da areia total (Ds = 1,1832 + 0,0005 Areia total; r 2 = 0,07 ** ), houve incremento da densidade do solo. Embora a textura do solo também possa influenciar no tamanho de poros, nesse estudo esse fator parece não ter apresentado efeito tão significativo (PT = 0,4037 + 0,00003 Argila; r 2 = 0,00 ns ; PT = 0,4357 0,00004 Areia total; r 2 = 0,00 ns ), sendo a macroporosidade (Macro = 0,3923 0,2224 DS; r 2 = 0,39 ** ) e a porosidade total (PT = 0,6960 0,2003 DS; r 2 = 0,46 ** ) afetadas pelo uso do solo, sem efeito significativo na microporosidade (Micro = 0,3036 0,0221 DS; r 2 = 0,01 ns ). Geralmente a microporosidade é pouco sensível à compactação do solo, sendo o efeito do uso do solo na microporosidade relacionado à intensidade da compactação e distribuição do tamanho de partículas (Micro = 0,2999 + 0,00007 Argila; r 2 = 0,03 * ; Micro = 0,3891 0,0001 Areia total; r 2 = 0,08 ** ). A relação da porosidade com argila e areia total ocorre devido ao arranjo das partículas do solo. A fração

argila do solo possui forma laminar e, com aumento do seu teor, as partículas se encaixam reduzindo a macroporosidade (Macro = 0,1038 0,00004 Argila; r 2 = 0,00 ns ) e aumentando a microporosidade (Micro = 0,2999 + 0,00007 Argila; r 2 = 0,03 * ), formando uma massa argilosa homogênea. Por outro lado, a areia possui um formato irregular, dificultando o encaixe entre as partículas e, nos espaços onde não ocorre contato entre as partículas de areia, formam-se os macroporos (Macro = 0,0466 + 0,0001 Areia total; r 2 = 0,02 ns ). A condutividade hidráulica foi influenciada pela densidade (Log K θs = 9,1355 5,3391 DS; r 2 = 0,19 ** ) e pelo sistema poroso (Log K θs = -5,1130 + 16,0347 PT; r 2 = 0,12 ** ), principalmente a macroporosidade (Log K θs = -1,0853 + 27,4057 Macro; r 2 = 0,43 ** ) e em menor proporção pela microporosidade (Log K θs = 8,3978 20,3833 Micro; r 2 = 0,17 ** ), enquanto a argila (Log K θs = 1,5952 + 0,0004 Argila; r 2 = 0,00 ns ) e areia total (Log K θs = 1,2923 + 0,0013 Areia total, r 2 = 0,00 ns ) não influenciaram a condutividade. Geralmente os macroporos, responsáveis pela infiltração de água e aeração do solo, são os primeiros poros a serem destruídos no processo de compactação. Reichert et al. (2007) propõem duas formas para obtenção de um valor crítico de condutividade hidráulica do solo saturado. Em uma delas, a partir de uma macroporosidade de 0,10 m 3 m -3, valor considerado crítico para o crescimento das plantas [7], correspondendo a uma condutividade de 13,8 mm h -1. Pela equação Log K θs = -1,0853 + 27,4057 Macro, obtém-se uma condutividade de 0,22 mm h -1 para uma macroporosidade de 0,10 m 3 m -3, valor inferior ao obtido por Reichert et al. [6], mas que representa as condições deste estudo. Embora o eucalipto 4,5 tenha apresentado maior densidade e menor macroporosidade que os demais usos, sua condutividade foi superior a 0,22 mm h -1. Devido ao maior diâmetro das raízes de eucalipto, é possível que a presença de um megaporo tenha contribuído de forma significativa para a condutividade hidráulica. A densidade do solo crítica ou restritiva às culturas anuais parece não afetar da mesma forma a cultura do eucalipto. Mesmo as raízes do eucalipto rompendo camadas compactadas, a funcionalidade dos poros para condução da água em maiores profundidades deve ser mais efetiva para que não ocorra escoamento superficial. Em termos de estrutura do solo, o eucalipto parece apresentar grande potencial para reflorestamento e recuperação de áreas, como constatado no eucalipto 20 que apresentou características físicas do solo semelhantes à floresta. Inclusive, sua condutividade hidráulica foi superior à floresta e as demais áreas. No entanto, como cultura comercial a melhor estrutura do solo seria afetada negativamente pela colheita, como verificado no eucalipto 4,5. Dias Junior et al. [8] verificaram que a operação de colheita de eucalipto em diferentes solos causaram maior incremento da densidade após o tráfego do Forwarder em relação ao 1 Feller Büncher e Harvester. No entanto, oito anos após a colheita, o solo apresentava valores de densidade semelhantes aos valores anteriores ao tráfego, que aumentaram novamente devido à nova colheita. Mesmo com corte do eucalipto tendo sido realizado com motossera, o maior impacto na estrutura do solo parece estar relacionado com a operação de retirada da madeira da área pelo tráfego intenso do Forwarder. O estabelecimento de canais permanentes de tráfego localizados em áreas compactadas que permaneceriam utilizadas durante as atividades florestais é uma alternativa para minimizar a compactação em áreas florestais. Conclusões A compactação aumenta a densidade e diminui a macroporosidade e porosidade total do solo, e ocorre até a camada de 0,40 m no eucalipto 4,5 e até a camada de 0,10 m na pastagem. O eucalipto possui potencial para ser utilizado em áreas de recuperação, sem objetivo comercial. Em áreas comerciais há possibilidade de compactação após o tráfego de máquinas ou pisoteio animal. Valores baseados em restrições ao crescimento e rendimento de culturas anuais ou no intervalo hídrico ótimo são efetivos para eucalipto e pastagem (culturas visando a produção comercial). Agradecimentos Aos técnicos e bolsistas da Embrapa Clima Temperado de Pelotas/RS, pelo auxílio nos trabalhos de campo e laboratório. À Capes pela bolsa de estudo durante o doutoramento do primeiro autor. Referências [1] FERNANDES, H.C. & SOUZA, A.P. 2001. Compactação de solos florestais: uma questão para estudo. Revista Árvore, 25:387-392. [2] SANTOS, H.G. et al. 2006. Sistema Brasileiro de Classificação de solos. 2.ed. Rio de Janeiro, Embrapa Solos. 306p. [3] EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). 1997. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro. 212 p. [4] LIBARDI, P.L. 2005. Dinâmica da água no solo. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo. 335p. [5] BLAKE, G.R. & HARTGE, K.H. 1986. Bulk density. In: KLUTE, A. Methods of soil analysis: Physical and mineralogical methods. 2 nd. Madison: American Society of Agronomy, Soil Science Society of America. p.363-375. [6] REICHERT, J.M.; SUZUKI, L.E.A.S. & REINERT, D.J. 2007. Compactação do solo em sistemas agropecuários e florestais: identificação, efeitos, limites críticos e mitigação. In: CERETTA, C.A.; SILVA, L.S. & REICHERT, J.M. Tópicos em Ciência do Solo, volume v. Viçosa, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. p.49-134. [7] VOMOCIL, J.A. & FLOCKER, W.J. 1961. Effect of soil compaction on storage and movement of soil air and water. Transactions of American Society of Agricultural Engineers, 4:242-246. [8] DIAS JUNIOR, M.S.; FONSECA, S.; ARAÚJO JÚNIOR, C.F. & SILVA, A.R. 2007. Soil compaction due to forest harvest operations. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 42:257-264.

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Tabela 1. Cascalho (1), areia total, areia grossa, areia fina, silte e argila para as áreas e camadas em estudo no Argissolo Vermelho distrófico do município de Butiá/RS. Areia Camada Cascalho Total Grossa (m) g kg -1 Fina Silte Argila Floresta 0,00-0,05 8 407 245 162 191 402 0,05-0,10 12 385 210 175 193 422 0,10-0,20 12 379 213 166 187 434 0,20-0,40 23 345 198 147 179 476 0,40-0,60 48 293 171 122 165 542 0,60-1,00 47 277 167 110 144 579 Pastagem 0,00-0,05 38 362 206 156 193 445 0,05-0,10 21 355 200 155 199 446 0,10-0,20 36 334 193 141 185 481 0,20-0,40 41 301 175 126 165 534 0,40-0,60 75 300 186 114 137 563 0,60-1,00 68 282 167 115 130 588 Eucalipto 20 0,00-0,05 30 374 212 162 161 465 0,05-0,10 40 371 213 158 161 468 0,10-0,20 75 385 220 165 157 458 0,20-0,40 274 353 206 147 156 491 0,40-0,60 110 302 185 117 134 564 0,60-1,00 97 285 176 109 120 595 Eucalipto 4,5 0,00-0,05 14 475 272 203 200 325 0,05-0,10 14 460 265 195 194 346 0,10-0,20 19 426 240 186 192 382 0,20-0,40 55 376 226 150 162 462 0,40-0,60 47 314 188 126 151 535 0,60-1,00 37 288 171 117 141 571 (1) Cascalho = partículas de diâmetro entre 20 a 2 mm, areia total = partículas de diâmetro entre 2 a 0,05 mm, areia grossa = partículas de diâmetro entre 2 a 0,2 mm, areia fina = partículas de diâmetro entre 0,2 a 0,05 mm, argila = partículas de diâmetro menor que 0,002 mm. Tabela 2. Densidade, macroporosidade, microporosidade, porosidade total e condutividade hidráulica para os usos e camadas de um Argissolo Vermelho distrófico do município de Butiá/RS. Camada Usos (m) Floresta Pastagem Eucalipto 20 Eucalipto 4,5 Densidade do solo, Mg m -3 0,00-0,05 1,24 1,46 1,04 1,50 0,05-0,10 1,32 1,44 1,28 1,55 0,10-0,20 1,35 1,37 1,44 1,53 0,20-0,40 1,37 1,33 1,43 1,49 0,40-0,60 1,39 1,35 1,39 1,44 0,60-1,00 1,32 1,34 1,34 1,35 Macroporosidade, m 3 m -3 0,00-0,05 0,092 0,032 0,196 0,091 0,05-0,10 0,115 0,039 0,164 0,079 0,10-0,20 0,086 0,061 0,099 0,053 0,20-0,40 0,086 0,059 0,097 0,067 0,40-0,60 0,066 0,068 0,113 0,050 0,60-1,00 0,086 0,064 0,114 0,080 Microporosidade, m 3 m -3 0,00-0,05 0,395 0,378 0,252 0,311 0,05-0,10 0,349 0,365 0,30 0,307 0,10-0,20 0,335 0,345 0,337 0,312 0,20-0,40 0,339 0,357 0,314 0,313 0,40-0,60 0,340 0,344 0,312 0,331 0,60-1,00 0,346 0,349 0,337 0,340

13 14 15 16 17 Porosidade total, m 3 m -3 0,00-0,05 0,487 0,410 0,448 0,402 0,05-0,10 0,465 0,404 0,464 0,386 0,10-0,20 0,421 0,406 0,436 0,365 0,20-0,40 0,424 0,415 0,411 0,380 0,40-0,60 0,406 0,412 0,425 0,381 0,60-1,00 0,432 0,413 0,452 0,420 Condutividade hidráulica, mm h -1 0,00-0,05 12,81 0,00 109,47 13,05 0,05-0,10 4,39 0,27 59,14 4,05 0,10-0,20 0,14 0,14 17,89 0,55 0,20-0,40 4,47 0,00 18,95 6,15 0,40-0,60 4,66 0,23 7,59 3,04 0,60-1,00 0,00 0,00 1,93 3,29 Tabela 3. Contrastes ortogonais e significância para os usos e camadas de um Argissolo Vermelho distrófico do município de Butiá/RS. Contrastes DS (1) Porosidade Macro Micro Total K θs 0,00 a 0,05 m Floresta vs Pastagem ** ** ns ** ns Floresta vs Eucalipto 20 ** ** ** ** ** Floresta vs Eucalipto 4,5 ** ns ** ** ns Pastagem vs Eucalipto 20 ** ** ** ** ** Pastagem vs Eucalipto 4,5 ns ** ** ns ns Eucalipto 20 vs Eucalipto 4,5 ** ** ** ** ** 0,05 a 0,10 m Floresta vs Pastagem * ** ns ** ns Floresta vs Eucalipto 20 ns * ** ns ** Floresta vs Eucalipto 4,5 ** ns ** ** ns Pastagem vs Eucalipto 20 ** ** ** ** ** Pastagem vs Eucalipto 4,5 * ns ** ns ns Eucalipto 20 vs Eucalipto 4,5 ** ** ns ** ** 0,10 a 0,20 m Floresta vs Eucalipto 20 ** ns ns ns ** Floresta vs Eucalipto 4,5 ** * * ** ns Pastagem vs Eucalipto 20 * * ns * ** Pastagem vs Eucalipto 4,5 ** ns ** ** ns Eucalipto 20 vs Eucalipto 4,5 ** ** ** ** ** 0,20 a 0,40 m Floresta vs Eucalipto 20 ns ns ns ns * Floresta vs Eucalipto 4,5 ** ns ns ** ns Pastagem vs Eucalipto 20 ** * ** ns ** Pastagem vs Eucalipto 4,5 ** ns ** ** ns Eucalipto 20 vs Eucalipto 4,5 * ns ns ** * 0,40 a 0,60 m Floresta vs Eucalipto 20 ns ** * ns ns Floresta vs Eucalipto 4,5 ns ns ns ns ns Pastagem vs Eucalipto 20 ns ** * ns ns Pastagem vs Eucalipto 4,5 ns ns ns ns ns Eucalipto 20 vs Eucalipto 4,5 ns ** ns * ns 0,60 a 1,00 m Floresta vs Eucalipto 20 ns ns ns ns ns Floresta vs Eucalipto 4,5 ns ns ns ns * Pastagem vs Eucalipto 20 ns ** ns ** ns Pastagem vs Eucalipto 4,5 ns ns ns ns * Eucalipto 20 vs Eucalipto 4,5 ns * ns * ns (1) DS = densidade do solo, K θs = condutividade hidráulica do solo saturado. ns = não significativo, * = significativo a 5%, ** = significativo a 1%.