Manual de Gestão de Risco de Liquidez para Fundos de Investimento

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Transcrição:

Manual de Gestão de Risco de Liquidez para Fundos de Investimento Aprovado pela Diretoria Executiva em 25/09/2017 1

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 3 Capítulo I - FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES... 4 1. Abrangência... 4 2. Responsabilidades... 4 3. Estrutura... 5 Capítulo II - PRINCÍPIOS GERAIS DA GESTÃO DE RISCOS... 6 Capítulo III METODOLOGIAS... 8 1. Liquidez do Ativo... 8 2. Liquidez do Passivo (LVaR)... 8 3. Liquidez de todos os fundos da BB DTVM... 9 4. Liquidez de Fundos de Condomínio Fechado e Fundos com Prazo de Carência para Resgate... 9 5. Disponibilidade Mínima de Recursos... 9 6. Liquidez em Estresse (LE)... 10 7. Situações Especiais de Iliquidez... 10 8. Liquidez segundo a Concentração de Cotistas... 11 Capítulo IV - ACOMPANHAMENTO E CONTROLE... 11 1. Acompanhamento... 11 2. Controle... 11 REGISTRO DE VERSÕES... 12 2

INTRODUÇÃO Risco de Liquidez é a possibilidade de um fundo ou carteira não cumprir com todas as suas obrigações, previstas ou imprevistas, sem afetar sua rotina diária e nem sofrer perdas significativas tendo em vista a necessidade de negociar abaixo do preço de mercado pelo motivo de alguma descontinuidade no mercado ou negociação de volume bem superior ao volume normalmente negociado no mercado secundário. Este Manual tem por objetivo definir as métricas e processos utilizados para gerenciamento do risco de liquidez dos fundos de investimento e carteiras administradas, geridos pela BDTVM. A liquidez possui um aspecto dinâmico do mercado que se torna mais importante em momentos de estresse, sendo assim este manual aborda este aspecto estabelecendo práticas e metodologia para estes períodos de crise. Este Manual contém a estrutura da Gestão de Risco de Liquidez e as práticas adotadas para acompanhamento e controle do Risco de Liquidez que levam em consideração a liquidez dos ativos e as características do passivo 3

Capítulo I - FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES 1. Abrangência A gestão do risco de liquidez abrange todas as carteiras administradas e fundos de investimento geridos e/ou administrados pela BB Gestão de Recursos DTVM (BB DTVM). A BB DTVM assume sua personalidade jurídica segundo as seguintes categorias: Categoria Administrador Fiduciário: Supervisionar a gestão de riscos implementada por gestor contratado; Gerir, em conjunto com o gestor de recursos, o risco de liquidez. Categoria Gestor de Recursos: Gerir os riscos das carteiras de valores mobiliários; Gerir, em conjunto com o administrador, o risco de liquidez. Supervisionar terceiro contratado para mensurar os riscos de mercado e de liquidez das carteiras de valores mobiliários. 2. Responsabilidades O Conselho de Administração da BB DTVM é responsável pela aprovação das políticas da Empresa, conforme disposto no Estatuto Social, Capítulo V - Seção 11- Art. 16, inciso I. A Diretoria Executiva é responsável pela aprovação do presente manual, o qual será revisado anualmente ou quando se fizer necessário. O Comitê de Riscos é responsável pela aprovação das métricas para a gestão de liquidez no âmbito da BB DTVM. A Gerência Gestão de Riscos e Conformidade (GRC), vinculada diretamente ao Diretor Presidente, é responsável pela captura, processamento e disponibilização diária das informações de liquidez dos fundos e carteiras administradas. As Divisões de Gestão de Fundos são responsáveis pelo acompanhamento diário da liquidez dos fundos sob sua responsabilidade, devendo incorporar e utilizar essa informação de forma diligente na gestão diária dos fundos. A Divisão Gestão de Riscos de Mercado e de Liquidez de FI e a Divisão Modelagem para Risco de Mercado e Liquidez de FI são responsáveis, em conjunto, pelos 4

estudos e proposições de metodologias, parâmetros de estresse e processos internos para aprovação pelo Comitê de Riscos. A Divisão Gestão de Riscos de Mercado e de Liquidez de FI é responsável, também, pela preparação de relatório gerencial de acompanhamento e controle, emitido 2 vezes ao mês, conforme descrito no capítulo IV tem 2. A Divisão de Produtos é responsável pela análise de similaridade para fundos novos multicotistas, conforme descrito no capítulo III item 2, e apresentação no Comitê de Produtos, a título informativo. A Divisão de Administração Fiduciária é responsável, em relação a fundos com administração externa, pela comunicação ao Administrador dos eventos de iliquidez, conforme capítulo III item 8, mediante aviso da Divisão responsável pela gestão do fundo. 3. Estrutura As equipes envolvidas na gestão de riscos encontram-se destacadas nas áreas hachuradas no organograma abaixo: Figura 1 - Estrutura Organizacional da BB DTVM 5

A estrutura da Gerência Gestão de Riscos e Conformidade, com as respectivas atribuições/prerrogativas e estrutura de cargos, é apresentada no organograma abaixo. Figura 2 Gerência Gestão de Riscos e Conformidade Atribuições e composição de cargos GERÊNCIA DE GESTÃO DE RISCOS E CONFORMIDADE Modelagem para Risco de Mercado e Liquidez Informações para Risco de Mercado e Liquidez Gestão de Risco de Mercado e de Liquidez de FI Gestão de Risco Operacional Conformidade Desenvolver modelos de mensuração de: Riscos; Valor justo de ativos; Curvas de fatores de risco; Cenários de estresse; Classificação de risco dos fundos. Apurar o valor e diversas métricas de risco de ativos, passivos e instrumentos financeiros Produzir informações gerenciais de risco de mercado e liquidez Propor políticas de risco e planos de contingência de riscos de mercado e de liquidez de FI Controlar limites de risco de mercado e de liquidez Propor políticas de gestão de risco operacional para produtos, processos, serviços e sistemas Acompanhar as perdas operacionais e limites de perdas operacionais estabelecidos Identificar e avaliar os normativos aos quais se sujeita a BB DTVM Monitorar a existência de procedimentos e controles para a conformidade da BB DTVM Realizar testes de aderência (backtest) nos modelos de risco de mercado e liquidez Disponibilizar as informações gerenciais de valor de ativos, passivos e instr. financeiros Assessorar na avaliação da atribuição de performance dos fundos e/ou carteiras Avaliar o risco operacional de produtos e serviços quando de sua criação e/ou revitalização Propor mecanismos de adequação e monitoramento de conformidade Equipe: Equipe: Equipe: Equipe: Equipe: 1 Gerente de Divisão 3 Assessores Seniores 2 Assessores Plenos 1 Gerente de Divisão 3 Assessores Seniores 4 Assessores Plenos 1 Gerente de Divisão 4 Assessores Seniores 2 Assessores Plenos 1 Gerente de Divisão 2 Assessores Seniores 2 Assessores Plenos 1 Gerente de Divisão 3 Assessores Seniores 1 Assessor Pleno Capítulo II - PRINCÍPIOS GERAIS DA GESTÃO DE RISCOS O presente manual é parte integrante das Políticas de Gestão de Riscos de Mercado e Liquidez para Fundos e Carteiras Administradas, aprovadas pelo Conselho de Administração da BB DTVM. Acesse o documento Políticas de Gestão de Risco de Mercado e de Liquidez da BB DTVM para Fundos e Carteiras Administradas no link: http://www.bb.com.br/docs/pub/siteesp/sitedtvm/dwn/politicarml.pdf. Entende-se que a boa governança de riscos envolve, entre outros, os seguintes elementos: envolvimento da alta direção; responsabilidades claramente definidas; 6

segregação de funções entre front-office, middle-office e back-office; área de gestão de risco independente; rotinas adequadas de auditoria e supervisão. Na gestão do risco de liquidez, respeitando o princípio do conservadorismo, consideramos que, em momentos adversos de mercado, todos os fundos e carteiras geridos são concorrentes entre si no que diz respeito à necessidade de liquidez. O monitoramento do risco de liquidez das carteiras e fundos é realizado diariamente e as avaliações feitas para condições de normalidade e de estresse. São utilizados dados de negociação em mercado de títulos, obtidas de fontes de dados públicas e independentes, dados de negociações intragrupo, obtidas em banco de dados interno, e metodologia própria para quantificação das variáveis necessárias à estimação da liquidez diária de cada fundo. Os cálculos de risco de liquidez de ativos são feitos considerando-se todos os instrumentos financeiros existentes na carteira ou fundo de investimento que possam ser avaliados, do ponto de vista da liquidez, por meio de séries históricas obtidas junto a instituições públicas e/ou privadas, que possibilitem a estimação consistente de seus históricos diários de negociação. No caso de ativos não enquadrados na condição acima, a liquidez é considerada nula ou inexistente. Para a gestão do risco de liquidez do passivo é utilizada a métrica de LVaR. Referida métrica, similar ao VaR (value-at-risk), estima uma probabilidade de resgate líquido, considerando-se um intervalo de tempo, uma série histórica móvel e um intervalo de confiança definidos e aprovados pelo Comitê de Riscos da BB DTVM. A avaliação do risco de liquidez em condições de estresse, para os ativos e para o passivo do fundo, é realizada mediante aplicação de parâmetros de choque aprovados pelo Comitê de Riscos, os quais refletem situações, respectivamente, de redução de negócios e aumento de resgates verificados ao longo dos últimos anos. Estes parâmetros devem ser avaliados anualmente ou sempre que houver necessidade. 7

Capítulo III METODOLOGIAS Podemos definir o risco de liquidez como as perdas decorrentes da inexpressividade do mercado secundário. Representa a possibilidade de ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis descasamentos entre pagamentos e recebimentos que possam afetar a capacidade de pagamento do fundo, levandose em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. 1. Liquidez do Ativo A liquidez diária do fundo é acompanhada por meio do Índice de Liquidez do Fundo, cuja métrica fornece, em forma percentual, o total de ativos passíveis de negociação (conversão em recursos) em 1 (um) dia útil. O Índice de Liquidez do Fundo é obtido por meio do somatório dos índices de liquidez apurados para cada ativo. No cálculo da Liquidez do Fundo são consideradas ainda as seguintes variáveis: os prazos de cotização do fundo e de pagamento ao cliente; a classificação contábil dos instrumentos (marcados a mercado (MtM) ou mantidos até o vencimento (HtM)); a disponibilidade dos instrumentos (livres de bloqueio por garantias, aluguel etc). Os ativos sem divulgação de dados de mercado secundário são considerados sem liquidez na apuração do Índice de Liquidez dos fundos. 2. Liquidez do Passivo (LVaR) O gerenciamento do risco de liquidez do passivo do fundo utiliza a métrica LVaR (VaR de Liquidez). Referida métrica, baseada na metodologia do valor em risco (VaR), procura estimar a perda máxima potencial de volume de recursos do fundo a partir da variação de sua quantidade de cotas. Para fundos com menos de 60 dias úteis de histórico será considerado o LVaR de outro fundo definido de acordo com análise de similaridade, baseado nos seguintes critérios: 8

Tipo de Fundo; Política ; Regras de movimentação; Público-alvo. Manual de Gestão de Risco de Liquidez para Fundos 3. Liquidez de todos os fundos da BB DTVM O índice de liquidez diária da BBDTVM (ILBBDTVM) é calculado com base na soma das posições dos ativos dos fundos, aplicadas as mesmas premissas e exceções adotadas individualmente para cada fundo. O cálculo do LVaR da BBDTVM é efetuado com base na soma das aplicações ou resgates individuais de cada fundo. 4. Liquidez de Fundos de Condomínio Fechado e Fundos com Prazo de Carência para Resgate O índice de liquidez dos fundos de condomínio fechado e dos fundos com prazo de carência para resgate será calculado diariamente para os seguintes prazos: Fundos de Condomínio Fechado para a data de vencimento do fundo. Fundos com Carência para Resgate para a data de vencimento da carência. O cálculo da liquidez dos ativos que compõem estes fundos segue metodologia específica: Ativos com prazo de vencimento anterior ao vencimento do fundo ou ao vencimento da carência para resgate serão considerados 100% líquidos e seus índices de liquidez serão iguais ao seu percentual de composição no fundo. Ativos com vencimento posterior ao vencimento do fundo ou vencimento da carência para resgate terão seus índices de liquidez calculados conforme capítulo III itens 1 e 3. 5. Disponibilidade Mínima de Recursos Como forma de reduzir o risco de liquidez, os fundos mantêm, dentro dos limites legais e regulamentares e de acordo com sua estratégia, posições em títulos públicos federais e operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais que são os ativos com maior volume de negociação do mercado. Adicionalmente a BB DTVM monitora diariamente a liquidez dos fundos, conforme descrito no capítulo IV item 2. 9

6. Liquidez em Estresse (LE) Manual de Gestão de Risco de Liquidez para Fundos Os parâmetros de choque para estimação da liquidez em situação de estresse, seja para ativos, seja para o passivo do fundo, foram definidos a partir da análise histórica de negociações e de resgates em períodos de redução de negócios. Os parâmetros de choque para ativos são aplicados diretamente na média diária corrente de negociação, reduzindo seu volume e, por consequência, o índice de liquidez. Na avaliação do passivo do fundo, a situação de estresse é dada pela pior observação de resgate líquido observado desde 2008, de modo a representar, sempre de modo conservador, a potencial pior saída líquida de recursos em um dia. Em casos de fundos criados após 2008, a potencial pior saída líquida é dada pela maior entre as duas situações: Pior resgate do fundo; Pior resgate do fundo escolhido de acordo com a análise de similaridade, conforme critérios definidos no capítulo III item 2. 7. Situações Especiais de Iliquidez Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos financeiros componentes da carteira, inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributário do Fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, a BB DTVM no papel de gestora, fica encarregada de comunicar ao Administrador referida ocorrência. A BB DTVM na função de administradora poderá declarar o fechamento do Fundo para a realização de resgates em casos excepcionais de iliquidez, sendo obrigatória a convocação de Assembleia Geral Extraordinária, no prazo máximo de 1 (um) dia, para deliberar, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do fechamento para resgate, sobre as seguintes possibilidades: a. Substituição da ADMINISTRADORA, do gestor ou de ambos; b. Reabertura ou manutenção do fechamento do FUNDO para resgate; c. Possibilidade do pagamento de resgate em ativos financeiros; d. Cisão do FUNDO; 10

e. Liquidação do FUNDO. É facultado ao administrador suspender, a qualquer momento, novas aplicações no FUNDO, desde que tal suspensão se aplique indistintamente a novos investidores e cotistas atuais. A suspensão do recebimento de novas aplicações em um dia não impede a reabertura posterior do FUNDO para aplicações. O FUNDO deve permanecer fechado para aplicações enquanto perdurar o período de suspensão de resgates. 8. Liquidez segundo a Concentração de Cotistas O gerenciamento da liquidez dos fundos também leva em consideração a concentração de cotistas. A liquidez do fundo é confrontada com o percentual de participação dos cotistas (maior, 3 maiores, 5 maiores e 10 maiores) a fim de verificar sua adequabilidade à possibilidade de resgates totais e concomitantes de cada grupo. Capítulo IV - ACOMPANHAMENTO E CONTROLE 1. Acompanhamento O acompanhamento da liquidez é diário, mediante acesso à intranet em área específica e de acesso restrito aos funcionários da BB DTVM. 2. Controle O controle da liquidez é realizado diariamente, em primeira camada, pelos gestores, utilizando os relatórios disponibilizados na intranet. Em segunda camada, o controle é feito pela área de risco, mediante a geração e envio de relatórios gerenciais à Diretoria e aos Gerentes Executivos de Gestão. Além dos controles acima, é gerado o Relatório Mensal de Exposição ao Risco, em atendimento ao Artigo 23, parágrafo 1º, inciso V da instrução CVM 558. 11

REGISTRO DE VERSÕES Manual de Gestão de Risco de Liquidez para Fundos Versão 1.0 Junho 2016 aprovada pela Diretoria Executiva em 19/07/2016. Versão 1.1 Outubro 2016 aprovada pela Diretoria Executiva em 25/10/2016 Versão 1.2 Dezembro 2016 aprovada pela Diretoria Executiva em 12/12/2016 Versão 1.3 Setembro 2017 aprovada pela Diretoria Executiva em 25/09/2017 12