Rede de Atenção Psicossocial



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Transcrição:

NOTA TÉCNICA 60 2011 Rede de Atenção Psicossocial Minuta de portaria que aprova as normas de funcionamento e habilitação do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas Versão de 13 de dezembro de 2011 Brasília, 14 de dezembro de 2011. 1

Introdução A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) foi pactuada na reunião da CIT de 24 de novembro de 2011 e está constituída pelos seguintes componentes: Atenção Básica em Saúde, Atenção Psicossocial Especializada, Atenção de Urgência e Emergência, Atenção Residencial de Caráter Transitório, Atenção Hospitalar, Estratégias de Desinstitucionalização e Reabilitação Psicossocial. O Serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas é um ponto de atenção do Componente Atenção Hospitalar da Rede de Atenção Psicossocial é (RAPS). Resumo da Proposta: A proposta apresentada pelo MS propõe a regulamentação do Serviço Hospitalar de Referência do Componente Atenção Hospitalar da Rede de Atenção Psicossocial e aprova a normas de habilitação e funcionamento do Serviço Hospitalar de Referência. Estabelece como diretriz a articulação do serviço hospitalar de referência com os outros pontos de atenção e em especial com Rede de Atenção às Urgências. O MS propõe o repasse de incentivos financeiros de custeio para implantação e diárias que variam de acordo com o nº de dias de internação. A seguir serão detalhados os recursos financeiros e anexos I e II da proposta do MS Incentivo Financeiro para a Implantação do serviço de referência e valores das diárias de internação: O MS propõe que o valor da diária de internação de até sete dias seja de R$ 200,00 (duzentos reais); do oitavo ao décimo quinto dia o valor seja de R$ 100,00 (cem reais) e a partir do décimo sexto dia o valor seja de R$ 57,00 (cinquenta e sete reais). Mediante solicitação do gestor o MS concederá um incentivo financeiro para implantação do Serviço Hospitalar de Referência de acordo com o quadro: 2

Até 10 leitos De 11 a 20 leitos De 20 a 30 leitos R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais) R$ 66.000,00 (sessenta e seis mil R$ 99.000,00 (noventa e nove mil Este incentivo destina-se a adequação da área física; a capacitação e atualização das equipes e a implantação de um ponto de telessaúde. A SAS publicará norma regulamentando os procedimentos para o Serviço Hospitalar de Referência. A minuta de portaria possui dois anexos com os seguintes detalhamentos: Anexo I > Normas para o funcionamento e habilitação de Serviço Hospitalar de Referência. Anexo II > Requisitos para o processo de habilitação do Serviço Hospitalar de Referência. Sobre as Normas para o funcionamento e habilitação do Serviço Hospitalar de Referência do Anexo I da portaria são detalhados os seguintes itens: 1. Planejamento e distribuição dos serviços: No Plano de Ação Regional da RAPS deverá constar o planejamento regional do Serviço Hospitalar de Referência e deverá levar em conta os seguintes parâmetros: Leitos necessários: 01 leito para cada 23 mil habitantes, tendo como basea portaria nº 1.102 de 2002. O nº de leitos não deverá exceder o percentual de 15% do nº total de leitos do Hospital Geral, até um máximo de 30 leitos. Os projetos que ultrapassarem os parâmetros acima poderão ser analisados pelo MS. Em Municípios/Regiões de até 100 (cem) mil habitantes para a implantação dos leitos, devem existir ações de saúde mental na atenção básica e Centro de Atenção Psicossocial; Em Municípios/Regiões com 100 (cem) mil habitantes ou mais: para a implantação dos leitos devem existir Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Brasília, 14 de dezembro de 2011. 3

outras Drogas ou Centro de Atenção Psicossocial I, II ou III, que realizem atenção às pessoas com transtornos mentais e usuários de álcool ou outras drogas; A implantação dos leitos deve ocorrer em hospitais gerais, preferencialmente de natureza pública ou filantrópica, sendo também desejável a sua utilização como espaços de atuação docente assistencial. 2. Diretrizes para o funcionamento do Serviço Hospitalar de Referência: Compor a Rede de Atenção Psicossocial como parte do sistema de organização e regulação das demandas e fluxos assistenciais nas regiões de saúde, Estabelecer mecanismos regulares de comunicação e integração com outros pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial, preferencialmente os Centros de Atenção Psicossocial, potencializando ações de matriciamento, co-responsabilização pelos casos e garantia da continuidade do cuidado, Oferecer suporte hospitalar para situações de urgência/emergência decorrentes do consumo ou abstinência de álcool e/ou outras drogas, comorbidades psiquiátricas e/ou clínicas advindas da Rede de Atenção as Urgências, da Rede de Atenção Psicossocial e da Atenção Básica; A regulação do acesso aos leitos será de competência da rede de saúde local. Funcionar em regime integral, durante 24 horas, nos sete dias da semana, sem interrupção da continuidade entre os turnos; 2.1 Construir o projeto técnico considerando as seguintes referências: a) Realização de internações de curta duração até a estabilidade clínica do usuário, respeitando as especificidades de cada caso; b) Adoção de protocolos técnicos para o manejo terapêutico dos casos; c) Estabelecimento de fluxos entre os pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial e Rede de Atenção às Urgências; d) Incorporação da estratégia de redução de danos como norteadora de projetos terapêuticos singulares, pactuados nos pontos de atenção da rede de atenção à saúde; Brasília, 14 de dezembro de 2011. 4

e) Articulação com outros pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial para continuidade do tratamento, considerando perspectiva preventiva para outros episódios de internação; f) Mediante demandas de ordem clínica específica, estabelecer mecanismos de integração do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas com outros setores do hospital geral, por intermédio de interconsulta, ou ainda outras formas de interação entre os diversos serviços do hospital geral; g) Deve ser garantida a transferência do usuário para estruturas hospitalares de maior complexidade, devidamente acreditados pelo gestor local, quando as condições clínicas impuserem tal necessidade; h) Deve ser avaliado, permanentemente, pela equipe multiprofissional os indicadores de qualidade e humanização da assistência prestada. i) O projeto técnico do serviço deverá contemplar as seguintes atividades, de acordo com as demandas singulares de cada usuário: Avaliação clínica e psicossocial realizada por equipe multiprofissional, devendo ser considerado o estado clínico/psíquico do paciente; Abordagem familiar, que deve incluir orientações sobre o diagnóstico, o programa de tratamento, a alta hospitalar e a continuidade do tratamento em outros pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial; Articular-se a outros pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial para construção do Projeto Terapêutico Singular; 2.2 Adequação das instalações físicas de acordo com o nº de leitos implantados: 2.2.1 Hospitais com até 10 leitos implantados: a) Leitos de clínica médica qualificados para o atendimento destinado a pessoas adultas em sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. b) Leitos de pediatria qualificados para o atendimento destinado a crianças e adolescentes em sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Brasília, 14 de dezembro de 2011. 5

2.2.2 Hospitais com mais de 10 leitos implantados: a) Enfermaria especializada destinada a pessoas adultas em sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. 2.3 A área física do Serviço Hospitalar de Referência deverá se enquadrar nos critérios e normas estabelecidos pela legislação em vigor: 1. RDC ANVISA Nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para Planejamento, Prorrogação, Elaboração e Avaliação de Projetos Físicos de Estabelecimentos de Assistência à Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; 2. RDC ANVISA nº 63, de 25 de novembro de 2011, que dispõe sobre os requisitos de boas práticas de funcionamento para os serviços de saúde; 3. Resolução Nº 5, de 5 de agosto de 1993, do CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente; As instalações hospitalares de arquitetura vertical, o serviço hospitalar de referência deve ficar o mais próximo possível do andar térreo. 2.4. Distribuição dos Recursos Humanos de acordo com o nº de leitos implantados: Para hospitais que implantem até 4 leitos, a equipe mínima deverá ser: 01 (um) técnico/auxiliar de enfermagem; 01 (um) profissional de saúde mental de nível superior e 01 (um) médico clínico do hospital responsável pelos leitos. Para hospitais que implantem de 5 a 10 leitos, a equipe mínima será: 02 (dois) técnicos /auxiliares de enfermagem; 02 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior; e 01 (um) médico clínico do hospital responsável pelos leitos. Para hospitais que implantem de 11 a 20 leitos, a equipe mínima será: 04 (quatro) técnicos / auxiliares de enfermagem; 01 (um) enfermeiro; 02 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior; 01 (um) médico, preferencialmente psiquiatra, responsável pelos leitos Para hospitais que implantem de 21 a 30 leitos, a equipe mínima será: 06 (seis) técnicos/auxiliares de enfermagem; 01 (um) enfermeiro; 03 (três) profissionais de Brasília, 14 de dezembro de 2011. 6

saúde mental de nível superior; 01(um) médico clínico do hospital responsável pelos leitos e 01 (um) médico psiquiatra do hospital responsável pelos leitos. No anexo II > para o processo de habilitação para cadastramento do Serviço Hospitalar de Referência deverá ser formalizado pelo gestor local e encaminhado ao Ministério da Saúde, instruídos com a seguinte documentação: a) Requerimento com pedido de habilitação do gestor local, definindo o número de leitos, conforme orientações contidas nesta Portaria; b) Identificação da Secretaria Estadual/Municipal de Saúde; c) Projeto técnico do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas; d) Discriminação da Equipe Técnica de referência para os leitos de atenção integral, anexando os currículos; e) Parecer de vistoria realizada pela Secretaria de Estado da Saúde ou pela Secretaria Municipal de Saúde. Esta vistoria deverá ser realizada in loco pela Secretaria de Saúde (Vigilância Sanitária e Área Técnica de Saúde Mental), que avaliará as condições de funcionamento do serviço de referência para atenção integral em saúde mental, álcool e outras drogas para fins de habilitação: área física, recursos humanos, responsabilidade técnica e demais exigências estabelecidas por esta Portaria; f) Aprovação da Comissão Intergestores Bipartite. Algumas considerações sobre a minuta de portaria do Serviço Hospitalar de Referência da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS): Embora o texto tenha deixado margem a várias dúvidas, é evidente na proposta a inclusão do Serviço Hospitalar de Referência como ponto de atenção na RAPS, entretanto o desenho da rede e o Plano de Ação Regional alem dos fluxos para a implantação e operacionalização deste ponto de atenção é pouco explorado nesta proposta de acordo com a concepção de rede de atenção. Propomos: Brasília, 14 de dezembro de 2011. 7

Avaliar o Art. 4º: a implantação de um ponto de telessaúde - o telessaúde não deve ser utilizado especificamente para este componente considerando o pequeno nº de leitos. Esclarecer a redação do Art. 6º: Os leitos habilitados como Serviço Hospitalar de Referência para Álcool e outras Drogas serão automaticamente habilitados como Serviços Hospitalares de Referência para a atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em hospitais gerais. Observar o item 1.2 do anexo I: em Municípios/Regiões de até 100 (cem) mil habitantes para a implantação dos leitos, devem existir > ações de saúde mental na atenção básica e Centro de Atenção Psicossocial; Avaliar o item 2 a letra a do anexo I a redação que diz > como parte do sistema de organização e regulação das demandas e fluxos assistenciais nas regiões de saúde, No subitem 2.2.1 do anexo I sobre os hospitais com até 10 leitos implantados explicar o que são > Leitos de clínica médica qualificados e Leitos de pediatria qualificados, Explicar no Anexo II dos requisitos de habilitação para cadastramento >1º parágrafo da redação. Brasília, 14 de dezembro de 2011. 8

MINUTA - PORTARIA Nº XXXX, DE XX DE DEZEMBRO DE 2011 Aprova, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, as normas de funcionamento e habilitação do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e Considerando a Lei Nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental; Considerando o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8080/1990; Considerando o Decreto Nº 7.179, de 20 de maio de 2010, que institui o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, cria o Comitê Gestor e dá outras providências; Considerando a Portaria Nº 2.197/GM/MS, de 14 de outubro de 2004, que redefine e amplia a atenção integral para usuários de álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS; Considerando a Portaria Nº 1.190/GM/MS, de 4 de junho de 2009, que institui o Plano Emergencial de Ampliação do Acesso ao Tratamento e Prevenção em Álcool e outras Drogas no Sistema Único de Saúde - SUS e define suas diretrizes gerais, ações e metas; Considerando a Portaria GM/MS nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde; Considerando a Política Nacional de Humanização (PNH); Considerando a Portaria xxxx (que institui a Rede de atenção psicossocial) que institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde; Considerando a necessidade da oferta de suporte hospitalar estratégico para a Rede de Atenção Psicossocial e para a Rede de Atenção às Urgências; Considerando o cenário epidemiológico que mostra a expansão do consumo de substâncias psicoativas no País, especialmente do álcool, inalantes e cocaína em suas diferentes apresentações como cloridrato, pasta-base, crack e merla, em associação a um contexto de vulnerabilidade de crianças, adolescentes e jovens; e Considerando a necessidade de intensificar, ampliar e diversificar as ações orientadas para a prevenção, promoção da saúde, preservação da vida e tratamento e redução dos riscos e danos associados ao consumo de substâncias psicoativas, bem como de ampliar o acesso ao tratamento hospitalar em hospitais gerais às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, resolve: Art 1º Regulamenta o Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas do componente Atenção Hospitalar da Rede de Atenção Psicossocial. Art 2º Aprova, na forma do anexo desta Portaria, as normas de habilitação e funcionamento do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em hospitais gerais. Parágrafo único. As Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em seus respectivos âmbitos de atuação, deverão adotar as medidas necessárias à organização, habilitação e qualificação das unidades de que trata o caput deste artigo. Art. 3º Estabelecer que o valor das diárias de internação de até sete dias seja de R$ 200,00 (duzentos reais); do oitavo ao décimo quinto dia o valor seja de R$ 100,00 (cem reais) e a partir do décimo sexto dia o valor seja de R$ 57,00 (cinquenta e sete reais). Art. 4º Conceder incentivo financeiro para implantação do Serviço Hospitalar de Referência para as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas na forma de investimento em: a) adequação da área física; b) capacitação e atualização das equipes em temas relativos aos cuidados das pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas; c) implantação de um ponto de telessaúde. Parágrafo Único. Definir que os valores dos incentivos financeiros de que trata este artigo sejam da Brasília, 14 de dezembro de 2011. 9

seguinte forma: Até 10 leitos De 11 a 20 leitos De 20 a 30 leitos R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais) R$ 66.000,00 (sessenta e seis mil reais) R$ 99.000,00 (noventa e nove mil reais) Art. 5º A Secretaria de Atenção à Saúde publicará norma regulamentando os procedimentos para o Serviço Hospitalar de Referência para a atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em Hospitais Gerais. Art. 6º Os leitos habilitados como Serviço Hospitalar de Referência para Álcool e outras Drogas serão automaticamente habilitados como Serviços Hospitalares de Referência para a atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em hospitais gerais. Parágrafo Único. Os estados e municípios com leitos habilitados no Serviço Hospitalar de Referência para Álcool e outras Drogas receberão os incentivos previstos no Artigo 4º desta portaria mediante solicitação oficial do gestor. Art. 7º Fica revogada a Portaria/GM/MS Nº 2.842/GM/MS, de 20 de setembro de 2010. Art. 8º Fica revogada a Portaria/SAS/MS Nº 480/GM/MS, de 20 de setembro de 2010. Art. 9º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. ANEXO I NORMAS PARA FUNCIONAMENTO E HABILITAÇÃO DE SERVIÇOS HOSPITALARES DE REFERÊNCIA PARA ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM SOFRIMENTO OU TRANSTORNO MENTAL E COM NECESSIDADES DECORRENTES DO USO DE CRACK, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS. 1 - PLANEJAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DOS SERVIÇOS Os gestores dos Estados/Municípios e do Distrito Federal deverão estabelecer planejamento de distribuição regional do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tendo como perspectiva a constituição do componente atenção hospitalar, estratégia para a estruturação da Rede de Atenção Psicossocial e Rede de Atenção às Urgências. No Plano de Ação Regional da Rede de Atenção Psicossocial deve constar o planejamento de distribuição regional do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. 1.1 No planejamento da distribuição dos leitos hospitalares deverão ser levados em conta os seguintes parâmetros/critérios: a) O número de leitos necessários deverá ser estimado a partir do parâmetro de 01 leito para cada 23 mil habitantes, tendo como base a Portaria GM/MS nº 1.101, de 12 de junho de 2002. O parâmetro poderá ser ajustado, mediante pactuação, frente às particularidades da Rede de Atenção Psicossocial das distintas regiões de saúde. b) O número de leitos de atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogaspor hospital, não deverá exceder o Brasília, 14 de dezembro de 2011. 10

percentual de 15% (quinze por cento) do número total de leitos do hospital geral, até o máximo de 30 (trinta) leitos; c) Projetos que ultrapassarem os parâmetros dos itens a) e b) poderão, em caráter de excepcionalidade, ser analisados tecnicamente pelo Ministério da Saúde. 1.2 Estabelece-se como diretriz a articulação entre o Serviço Hospitalar de Referência para a atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e os outros pontos de atenção da rede de saúde, em especial da Rede de Atenção às Urgências, da Rede de Atenção Psicossocial. O Serviço Hospitalar de Referência para a atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, tem como função precípua a preservação da vida, bem como criar condições para a garantia da continuidade do cuidado pelos outros componentes da rede, seguindo os parâmetros: a) Em Municípios/Regiões de até 100 (cem) mil habitantes para a implantação dos leitos, devem existir ações de saúde mental na atenção básica e Centro de Atenção Psicossocial; b) Em Municípios/Regiões com 100 (cem) mil habitantes ou mais: para a implantação dos leitos devem existir Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas ou Centro de Atenção Psicossocial I, II ou III, que realizem atenção às pessoas com transtornos mentais e usuários de álcool ou outras drogas; 1.3 A implantação dos leitos deve ocorrer em hospitais gerais, preferencialmente de natureza pública ou filantrópica, sendo também desejável a sua utilização como espaços de atuação docente assistencial. 2 DIRETRIZES EXIGIDAS PARA O FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO HOSPITALAR DE REFERÊNCIA PARA A ATENÇÃO PARA ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM SOFRIMENTO OU TRANSTORNO MENTAL E COM NECESSIDADES DECORRENTES DO USO DE CRACK, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS O Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas é um ponto de atenção do componente Atenção Hospitalar da Rede de Atenção Psicossocial, na sua área de abrangência e deve observar as seguintes diretrizes: a) Sob a coordenação do gestor local, compor a Rede de Atenção Psicossocial para às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, como parte do sistema de organização e regulação das demandas e fluxos assistenciais nas regiões de saúde, respeitando as atribuições e competências das instâncias do Sistema Único de Saúde; b) Estabelecer mecanismos regulares de comunicação e integração com outros pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial, preferencialmente os Centros de Atenção Psicossocial, potencializando ações de matriciamento, co-responsabilização pelos casos e garantia da continuidade do cuidado; c) Oferecer suporte hospitalar para situações de urgência/emergência decorrentes do consumo ou abstinência de álcool e/ou outras drogas, comorbidades psiquiátricas e/ou clínicas advindas da Rede de Atenção as Urgências, da Rede de Atenção Psicossocial e da Atenção Básica; Brasília, 14 de dezembro de 2011. 11

d) A regulação do acesso aos leitos será de competência da rede de saúde local. e) Funcionar em regime integral, durante 24 horas, nos sete dias da semana, sem interrupção da continuidade entre os turnos; 2.1 - Projeto Técnico do Serviço O Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas deverá construir seus projetos considerando as seguintes referências: a) Realização de internações de curta duração até a estabilidade clínica do usuário, respeitando as especificidades de cada caso; b) Adoção de protocolos técnicos para o manejo terapêutico dos casos; c) Estabelecimento de fluxos entre os pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial e Rede de Atenção às Urgências; d) Incorporação da estratégia de redução de danos como norteadora de projetos terapêuticos singulares, pactuados nos pontos de atenção da rede de atenção à saúde; e) Articulação com outros pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial para continuidade do tratamento, considerando perspectiva preventiva para outros episódios de internação; f) Mediante demandas de ordem clínica específica, estabelecer mecanismos de integração do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogascom outros setores do hospital geral, por intermédio de inter-consulta, ou ainda outras formas de interação entre os diversos serviços do hospital geral; g) Deve ser garantida a transferência do usuário para estruturas hospitalares de maior complexidade, devidamente acreditados pelo gestor local, quando as condições clínicas impuserem tal necessidade; h) Deve ser avaliado, permanentemente, pela equipe multiprofissional os indicadores de qualidade e humanização da assistência prestada. i) O projeto técnico do serviço deverá contemplar as seguintes atividades, de acordo com as demandas singulares de cada usuário: Avaliação clínica e psicossocial realizada por equipe multiprofissional, devendo ser considerado o estado clínico/psíquico do paciente; Abordagem familiar, que deve incluir orientações sobre o diagnóstico, o programa de tratamento, a alta hospitalar e a continuidade do tratamento em outros pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial; Articular-se a outros pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial para construção do Projeto Terapêutico Singular; 2.2 O Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogasnos Hospitais Gerais deverá adequar a instalação física e os recursos humanos de acordo com o número de leitos implantados, segundo a tipologia abaixo: Brasília, 14 de dezembro de 2011. 12

2.2.1 Hospitais com até 10 leitos implantados: a) Leitos de clínica médica qualificados para o atendimento destinado a pessoas adultas em sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. b) Leitos de pediatria qualificados para o atendimento destinado a crianças e adolescentes em sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. 2.2.2 Hospitais com mais de 10 leitos implantados: a) Enfermaria especializada destinada a pessoas adultas em sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. 2.3 Instalações físicas a) A área física do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas deverá se enquadrar nos critérios e normas estabelecidos pela legislação em vigor, a saber: 1. RDC ANVISA Nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para Planejamento, Prorrogação, Elaboração e Avaliação de Projetos Físicos de Estabelecimentos de Assistência à Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; 2. RDC ANVISA nº 63, de 25 de novembro de 2011, que dispõe sobre os requisitos de boas práticas de funcionamento para os serviços de saúde; 3. Resolução Nº 5, de 5 de agosto de 1993, do CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente; b) A área física deve ser adequada, convenientemente iluminada e ventilada, permitindo que os atendimentos sejam desenvolvidos com conforto, privacidade quando necessário, organização e segurança; c) Em instalações hospitalares de arquitetura vertical, o serviço hospitalar de referência para atenção integral em saúde mental deve ficar o mais próximo possível do andar térreo, facilitando o trânsito dos usuários, possibilitando a integração de pequena área livre para atividades, e diminuindo o risco aos usuários do serviço; d) Deve ser buscada a compatibilização entre espaços hospitalares concebidos de acordo com a economia espacial utilizada pela arquitetura hospitalar, e o uso deste mesmo espaço de acordo com a dinâmica da atenção psicossocial, em uma lógica na qual a humanização do cuidado e a convivência se apresentem como favorecedores do processo terapêutico. 2.4 - Recursos Humanos 2.4.1 Para hospitais que implantem até 4 leitos, a equipe mínima deverá ser: a) 01 (um) técnico/auxiliar de enfermagem; b) 01 (um) profissional de saúde mental de nível superior; e c) 01 (um) médico clínico do hospital responsável pelos leitos. Brasília, 14 de dezembro de 2011. 13

2.4.2 Para hospitais que implantem de 5 a 10 leitos, a equipe mínima será: a) 02 (dois) técnicos/auxiliares de enfermagem; b) 02 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior; e c) 01 (um) médico clínico do hospital responsável pelos leitos. 2.4.3 Para hospitais que implantem de 11 a 20 leitos, a equipe mínima será: a) 04 (quatro) técnicos/auxiliares de enfermagem; b) 01 (um) enfermeiro; c) 02 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior; c) 01 (um) médico, preferencialmente psiquiatra, responsável pelos leitos 2.4.4 Para hospitais que implantem de 21 a 30 leitos, a equipe mínima será: a) 06 (seis) técnicos/auxiliares de enfermagem; b) 01 (um) enfermeiro; c) 03 (três) profissionais de saúde mental de nível superior; d) 01(um) médico clínico do hospital responsável pelos leitos; e e) 01 (um) médico psiquiatra do hospital responsável pelos leitos. ANEXO II REQUISITOS PARA O PROCESSO DE HABILITAÇÃO DO SERVIÇO HOSPITALAR DE REFERÊNCIA PARA ATENÇÃO ÀS PESSOAS COM SOFRIMENTO OU TRANSTORNO MENTAL E COM NECESSIDADES DECORRENTES DO USO DE CRACK, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS. O processo de habilitação para cadastramento do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas deverá ser formalizado pelo gestor local e encaminhado ao Ministério da Saúde, instruídos com a seguinte documentação: 1- O processo de habilitação do serviço hospitalar de referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas deverá ser instruído com: a) Requerimento com pedido de habilitação do gestor local, definindo o número de leitos, conforme orientações contidas nesta Portaria; Brasília, 14 de dezembro de 2011. 14

b) Identificação da Secretaria Estadual/Municipal de Saúde; c) Projeto técnico do Serviço Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas; d) Discriminação da Equipe Técnica de referência para os leitos de atenção integral, anexando os currículos; e) Parecer de vistoria realizada pela Secretaria de Estado da Saúde ou pela Secretaria Municipal de Saúde. Esta vistoria deverá ser realizada in loco pela Secretaria de Saúde (Vigilância Sanitária e Área Técnica de Saúde Mental), que avaliará as condições de funcionamento do serviço de referência para atenção integral em saúde mental, álcool e outras drogas para fins de habilitação: área física, recursos humanos, responsabilidade técnica e demais exigências estabelecidas por esta Portaria; f) Aprovação da Comissão Intergestores Bipartite. Brasília, 14 de dezembro de 2011. 15