Enquadramento Legal ARTIGO 38.º DO DECRETO-LEI N.º76-A/2006, DE 29 DE MARÇO

Documentos relacionados
QUADRO LEGISLATIVO. SECÇÃO VIII Reconhecimentos. Artigo 153.º Espécies

Processo nº 22/PP/2018-G Requerente: (...) Relatora: Dra. Regina Franco de Sousa. Parecer

Diploma: Ministério da Justiça - Portaria n.º 562/2007 Data: Sumário

4632-(2) DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o de Junho de 2006 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

2- Reconhecimentos de assinaturas

Portaria n.º 286/2012 de 20 de setembro

PARECER Nº. 67/PP/2008-P CONCLUSÕES:

PARECER Nº 48/PP/2014-P CONCLUSÕES

Diploma. Regulamenta os procedimentos especiais de aquisição, oneração e registo de imóveis

CRIA A «EMPRESA ON LINE»

Portaria n.º 621/2008, de 18 de julho na redação da Portaria n.º 283/2013, de 30 de agosto*

Publicação dos Documentos de Prestação de Contas das Empresas de Seguros Alteração à Norma Regulamentar n.º 04/2005-R, de 28 de Fevereiro

Regime da Promoção Electrónica de Actos de Registo Comercial e cria a Certidão Permanente

Diploma. Regula o regime da promoção electrónica de actos de registo comercial e cria a certidão permanente


JORNAL OFICIAL Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009

Segunda alteração ao Regime Jurídico do Processo de Inventário, aprovado pela Lei n.º 29/2009, de 29 de Junho

CÓDIGO DO REGISTO PREDIAL

Diploma DRE. Secção I. Procedimentos simplificados de sucessão hereditária. Artigo 1.º. Atendimento prévio

1/5. Link para o texto original no Jornal Oficial. JusNet 86/2003

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI Nº 294/XI

ACORDO DE COOPERAÇÃO JURÍDICA E JUDICIÁRIA ENTRE A REPÚBLICA PORTUGUESA E A REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU, DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

CÓDIGO DO REGISTO COMERCIAL

Regulamento de Inscrição de Juristas de Reconhecido Mérito, Mestres e Doutores em Direito, para a Prática de Actos de Consulta Jurídica

Última actualização em 04/03/2008

Lei n.º 40/2007, de 24 de Agosto

Diploma DRE. Capítulo I. Disposições gerais. Artigo 1.º. Objecto

Legislação Consolidada. Diploma

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

CÓDIGO DO REGISTO CIVIL Decreto-Lei nº 131/95, de 6 de Junho 9 Decreto-Lei nº 324/2007, de 28 de Setembro 13

Legislação Consolidada. Diploma

Decreto-Lei nº 8/2007, de 17 de Janeiro

Registos e Notariado. Atualização nº 1

A LGT no Orçamento do Estado para Audit Tax Advisory Consulting

FUNDO DE ACIDENTES DE TRABALHO RECEITAS E REEMBOLSOS ÀS EMPRESAS DE SEGUROS

Serviços inovadores. A Empresa na Hora; O Documento Único Automóvel; As publicações on-line dos actos das empresas.

ACORDO DE REGULARIZAÇÃO DE RENDAS

Diário da República, 1.ª série N.º de Dezembro de Por outro lado, o Decreto -Lei n.º 116/2008, de 4 de. Portaria n.

Decreto-Lei n.º 8/2007 de 17/01 - Série I nº 12

Parecer da Câmara dos Solicitadores sobre o Projeto de Portaria que. regulamenta o Regime Jurídico do Processo de Inventário

ORÇAMENTO DE ESTADO 2010

CÓDIGOS BALCÃO NACIONAL DE INJUNÇÕES TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO

REGIME ESPECIAL DE CONSTITUIÇÃO IMEDIATA DE ASSOCIAÇÕES

PROJECTO DE REGULAMENTAÇÃO FUNDO DE ACIDENTES DE TRABALHO RECEITAS E REEMBOLSOS ÀS EMPRESAS DE SEGUROS. CAPÍTULO I Disposições gerais

Autoriza o Governo a alterar o Estatuto do Notariado e o Estatuto da Ordem dos Notários

Remunerações dos Serviços Prestados no Âmbito da Penhora

378 Diário da República, 1. a série N. o de Janeiro de 2007 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

PROPOSTA DA ERSE. No âmbito do presente Contrato de Uso das Redes, entende-se por:

Informação Empresarial Simplificada

III EXAME PARA COLABORADOR AUTORIZADO DE NOTÁRIO. Previsto na alínea d), do Artigo 2.º da Portaria n.º 55/2011, de 28 de Janeiro

REGULAMENTO DO REGISTO DAS SOCIEDADE CIVIS DE SOLICITADORES

CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS EDIÇÃO DE BOLSO

Serviços inovadores. A Justiça deve estar ao serviço do desenvolvimento económico e do investimento.

PROPOSTA DE LEI N.º 111/X. Exposição de Motivos

Ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 36.º do Decreto-Lei n.º 211/2004, de 20 de Agosto:

Foi publicada no último dia de 2008, a Lei n.º 64-A/2008 de 31 de Dezembro (Lei que aprova o Orçamento do Estado para 2009).

Decreto-Lei n.º.../2011, de... de...

PROPOSTA DE LEI N.º 177/X. Exposição de Motivos

PERGUNTAS FREQUENTES

CÓDIGO DO REGISTO PREDIAL 2007

Diploma. Altera o Decreto-Lei n.º 55/97, de 8 de Março, que cria os centros de formalidades das empresas. Decreto-Lei n.º 78-A/98 de 31 de Março

CÓDIGO DA ESTRADA EDIÇÃO DE BOLSO

DL 495/ Dez-30 CIRC - Sociedades Gestoras de Participações Sociais (SGPS) - HOLDINGS

PROCESSO EXTRAORDINÁRIO DE ACTUALIZAÇÃO DAS INSCRIÇÕES NO RECENSEAMENTO ELEITORAL ATRAVÉS DA CRIAÇÃO DE UM FICHEIRO CENTRAL INFORMATIZADO

PAVILHÃO MUNICIPAL DE DESPORTOS. Regulamento de Publicidade

FINANÇAS E JUSTIÇA. Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de

Foram inseridas em local próprio as alterações pela portaria 457/2008, de

Regulamento do Documento Único de Cobrança

Aduaneira e cria um incentivo de natureza fiscal à. Regula a certidão permanente de registos, documentos e a

Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Registos e Notariado ª Edição. Actualização nº 1

Artigo 2.º - Compensação devida pela reprodução ou gravação de

Manda o Governo, pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, o seguinte:

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSPECÇÃO E MANUTENÇÃO DE ASCENSORES, MONTA-CARGAS, ESCADAS MECÂNICAS E TAPETES ROLANTES Preâmbulo

Norma Nr.001 / 2000 de 14/01

Decreto-Lei Nº 157/2005 de 20 de Setembro (PSP)

REGULAMENTO DOS SERVIÇOS JURÍDICOS PRESTADOS AOS ASSOCIADOS DO STRN Conselho Directivo Regional do Sul e Ilhas. Artigo 1º (Princípios)

REGULAMENTA O REGISTO NACIONAL DE TURISMO E DEFINE O ÂMBITO E AS SUAS CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO

Regulamento da CMVM n.º 8/2001 Taxas

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PORTARIA

REGULAMENTO E TABELA DE TAXAS FREGUESIA DE SANTA MARIA

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 14 de setembro de Série. Número 162

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DA ECONOMIA E DA INOVAÇÃO

Assunto. Aprova o Regulamento sobre a Actividade do Gestor de Navios. - Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no presente Diploma.

*RN PT* FLEXOPACK - INDÚSTRIA EMBALAGENS, LDA. LUGAR ALÉM DO RIO Nº 35 ANTA ESPINHO

Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I SECÇÃO I. Artigo 1. º. Objecto. Artigo 2.

MODELO DE REGULAMENTO DE BOLSAS NOTA EXPLICATIVA

Lei n.º 45/2003, de 22 de Agosto Lei do enquadramento base das terapêuticas não convencionais

6336 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o de Outubro de 2004

MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DA JUSTIÇA

3 - Documentos particulares autenticados e termos de autenticação

O Registo Central de Beneficiário Efetivo

Lei n.º 44/2004, de 19 de Agosto

DATA: Quinta-feira, 3 de Dezembro de 1992 NÚMERO: 279/92 SÉRIE I-A. EMISSOR: Ministério da Indústria e Energia. DIPLOMA/ACTO: Decreto-Lei n.

Regulamento da CMVM n.º 35/2000 Taxas

Transcrição:

Enquadramento Legal ARTIGO 38.º DO DECRETO-LEI N.º76-A/2006, DE 29 DE MARÇO "Artigo 38.º Extensão do regime dos reconhecimentos de assinaturas e da Autenticação e tradução de documentos 1 - Sem prejuízo da competência atribuída a outras entidades, as câmaras de comércio e indústria, reconhecidas nos termos do Decreto-Lei n.º 244/92, de 29 de Outubro, os conservadores, os oficiais de registo, os advogados e os solicitadores podem fazer reconhecimentos simples e com menções especiais, presenciais e por semelhança, autenticar documentos particulares, certificar, ou fazer e certificar, traduções de documentos, nos termos previstos na lei notarial, bem como certificar a conformidade das fotocópias com os documentos originais e tirar fotocópias dos originais que lhes sejam presentes para certificação, nos termos do Decreto-Lei n.º 28/2000, de 13 de Março. 2 - Os reconhecimentos, as autenticações e as certificações efectuados pelas entidades previstas nos números anteriores conferem ao documento a mesma força probatória que teria se tais actos tivessem sido realizados com intervenção notarial. 3 - Os actos referidos no n.º 1 apenas podem ser validamente praticados pelas câmaras de comércio e indústria, advogados e solicitadores mediante registo em sistema informático, cujo funcionamento, respectivos termos e custos associados são definidos por portaria do Ministro da Justiça. 4 - Enquanto o sistema informático não estiver disponível, a obrigação de registo referida no número anterior não se aplica à prática dos actos previstos nos Decretos-Leis n.os 237/2001, de 30 de Agosto, e 28/2000, de 13 de Março. 5 - O montante a cobrar, pelas entidades mencionadas no n.º 3, pela prestação dos serviços referidos no n.º 1, não pode exceder o valor resultante da tabela de honorários e encargos aplicável à actividade notarial exercida ao abrigo do Estatuto do Notariado, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/2004, de 4 de Fevereiro

6 - As entidades referidas no n.º 1, bem como os notários, podem certificar a conformidade de documentos electrónicos com os documentos originais, em suporte de papel, em termos a regulamentar por portaria do membro do Governo responsável pela área da justiça. 7 - As entidades mencionadas no número anterior podem proceder à digitalização dos originais que lhes sejam apresentados para certificação". Redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 8/2007, de 17 de Janeiro de 2007 PORTARIA N.º657-B/2006, DE 29 DE JUNHO DE 2006 Portaria n.º 657-B/2006, de 29 de Junho de 2006 / Ministério da Justiça. - Estabelece a regulamentação do registo informático dos actos praticados pelas câmaras de comércio e indústria, advogados e solicitadores, ao abrigo do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março. Diário da República. S.1-B n.124 1.º suplemento (29 Junho 2006), p.4632-(6) a 4632-(7). MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Portaria n.º 657-B/2006 de 29 de Junho O n.º 1 do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, estabelece a competência das câmaras de comércio e indústria, dos advogados e dos solicitadores para a prática de reconhecimentos simples e com menções especiais, presenciais e por semelhança, autenticar documentos particulares e certificar, ou fazer e certificar, traduções de documentos. Todavia, o n.º 3 do mesmo artigo condiciona a validade desses actos a registo em sistema informático, cujo funcionamento, respectivos termos e custos associados são definidos por portaria do Ministro da Justiça, pelo que importa aprová-la. Assim: Manda o Governo, pelo Ministro da Justiça, tendo em conta o disposto no n.º 3 do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março, o seguinte:

Artigo 1.º Registo informático A validade dos reconhecimentos simples e com menções especiais, presenciais e por semelhança, das autenticações de documentos particulares e da certificação, ou realização e certificação, de traduções de documentos nos termos previstos na lei notarial, efectuados por câmaras de comércio e indústria, reconhecidas nos termos do Decreto-Lei n.º 244/92, de 29 de Outubro, advogados e solicitadores, depende de registo em sistema informático. Artigo 2.º Competência para o desenvolvimento e gestão do sistema informático 1 - O desenvolvimento e gestão do sistema informático referido no artigo anterior incumbe às entidades com competência para a prática dos respectivos actos, com as seguintes excepções: a) No caso dos advogados, é competente a Ordem dos Advogados; b) No caso dos solicitadores, é competente a Câmara dos Solicitadores. 2 - As entidades competentes para o desenvolvimento e gestão do sistema informático devem garantir os meios de segurança necessários à sua correcta e lícita utilização, designadamente mediante o uso de meios de autenticação das pessoas que acedem ao sistema e de soluções informáticas que impeçam a alteração dos registos. Artigo 3.º Dados recolhidos Relativamente a cada um dos actos referidos no artigo 1.º, devem ser registados no sistema informático os seguintes elementos: a) Identificação da natureza e espécie dos actos; b) Identificação dos interessados, com menção do nome completo e do número do documento de identificação; c) Identificação da pessoa que pratica o acto; d) Data e hora de execução do acto; e) Número de identificação do acto.

Artigo 4.º Execução do registo 1 - O registo informático é efectuado no momento da prática do acto, devendo o sistema informático gerar um número de identificação que é aposto no documento que formaliza o acto. 2 - Se, em virtude de dificuldades de carácter técnico, não for possível aceder ao sistema no momento da realização do acto, esse facto deve ser expressamente referido no documento que o formaliza, devendo o registo informático ser realizado nas quarenta e oito horas seguintes. Artigo 5.º Protocolos As entidades competentes para o desenvolvimento e gestão do sistema informático podem celebrar protocolos que permitam a utilização do mesmo sistema por parte de diversas entidades com competência para a prática dos actos. Artigo 6.º Notificação 1 - O sistema informático apenas se considera em funcionamento depois de a sua disponibilização aos utilizadores ser notificada à Direcção-Geral dos Registos e do Notariado. 2 - Deve igualmente ser objecto de notificação à Direcção-Geral dos Registos e do Notariado a celebração dos protocolos previstos no artigo anterior, bem como qualquer alteração a que estes sejam sujeitos. Artigo 7.º Custos associados 1 - As entidades competentes para o desenvolvimento e gestão do sistema informático podem cobrar um preço pelo serviço de registo. 2 - O disposto no número anterior não pode implicar um aumento do custo total do acto que implique a violação do disposto no n.º 5 do artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março.

Artigo 8.º Produção de efeitos A presente portaria produz efeitos desde 30 de Junho de 2006. Artigo 9.º Entrada em vigor A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Pelo Ministro da Justiça, João Tiago Valente Almeida da Silveira, Secretário de Estado da Justiça, em 26 de Junho de 2006.