Lei nº 1.757, de 27 de Maio de 2003

Documentos relacionados
Altera a Lei nº 7.277/97, que estabelece normas para instalação de antenas de telecomunicações e dá outras providências.

Art. 2º Ficam convocados ao licenciamento ambiental corretivo todos os empreendimentos implantados no município.

I em bens públicos, de uso comum do povo e de uso especial;

LEI Nº 7531, DE 19 DE DEZEMBRO DE A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

DECRETO Nº D E C R E T A :

DECRETO Nº , de 18 de outubro de 2002

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 013, DE 06 DE DEZEMBRO DE 2005.

O Prefeito do Município de Divinópolis, Dr. Galileu Teixeira Machado, no uso de suas atribuições legais,

MUNICÍPIO DE TEUTÔNIA

DILSE KLEIN BICIGO, Prefeita Municipal de Almirante Tamandaré do Sul, Estado do Rio Grande do Sul.

LEI MUNICIPAL n 3.651/2013

LEI Nº /2012 Estabelece normas e procedimentos para a instalação de torres de transmissão de telefonia celular e de outras fontes emissoras no

DELIBERAÇÃO NORMATIVA Nº 62 DE 11 DE JUNHO DE Dispõe sobre o licenciamento ambiental de estações de rádio-base e dá outras providências.

Deliberação Normativa COPAM n.º 58, de 28 de Novembro de (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 04/12/2002)

ESTABELECE NORMAS PARA INSTALAÇÃO DE ESTAÇÃO RÁDIO BASE ERB, MICROCÉLULA DE TELEFONIA CELULAR E EQUIPAMENTOS AFINS.

GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS Secretaria de Estado da Casa Civil

LEI Nº DATA: 24/04/2014 CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Notas: Aprovada pela Resolução Conema nº 10, de 08 de janeiro de Publicada no DOERJ de 19 de fevereiro de 2009.

Lei n.º 7.569, de 04 de Janeiro de 2002 (Atualizada até Lei Municipal nº 8.156/05, de 07 de julho de 2005)

PREFEITURA MUNICIPAL DE NEPOMUCENO

LEI Nº 4.672, DE

LEI Nº 8.896, DE 26 DE ABRIL DE 2002

Lei Geral de Antenas SÃO PAULO, 22 DE AGOSTO DE Desafios para ampliação de infraestrutura e serviços de telecomunicações

PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAU

IT 1819 R.4 - INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE PARCELAMENTO DO SOLO

O POVO DO MUNICÍPIO DE IBIRITÉ, por seus representantes, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

ANEXO I - ORIENTAÇÕES GERAIS E INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS A SEREM APRESENTADAS NO PROJETO PROVISÓRIO DE INSTALAÇÃO (PPI)

Procedimentos para apresentação de documentação para licenciamento municipal ambiental.

CONSELHO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL - COPAM LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ESTAÇÕES RÁDIO-BASE -ERBs E DE EQUIPAMENTOS DE TELEFONIA SEM FIO.

SECRETÁRIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE PORTARIA Nº. 015, DE 21 DE OUTUBBRO DE 2004.

RESOLUÇÃO N 005, DE 26 DE FEVEREIRO DE Revoga Instrução Normativa 11, de

Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010

LEI Nº 8.896, de 26 de abril de O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

LICENCIAMENTO AMBIENTAL PORTARIA Nº 03 DE 19 DE NOVEMBRO DE Nome/Empresa: CLARO S. A. LICENÇA DE REGULARIZAÇÃO

DECISÃO DE DIRETORIA CETESB Nº 389, DE

Aprova o Regulamento de Controle das Áreas de Proteção Adjacentes às Estações de Monitoramento sob responsabilidade da ANATEL.

PORTARIA n.º 475 de 12 de dezembro de 2008.

Parágrafo único. Entende-se como vizinhança o entorno do local afetado pela instalação e funcionamento do empreendimento ou atividade, podendo ser:

LEI Nº 3.273, DE

Para efeito desta Instrução Técnica são adotadas as seguintes definições:

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 470, DE

PREFEITURA MUNICIPAL NOVA VENEZA

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS ADMINISTRAÇÃO LEI 114/1983

RESOLUÇÃO CONSEMMA Nº 12, DE

Legislação Ambiental / EIA RIMA Legislação

Prefeitura Municipal de Amargosa publica:

PREFEITURA MUNICIPAL DE JACAREÍ PALÁCIO PRESIDENTE CASTELO BRANCO JACAREÍ ESTADO DE SÃO PAULO GABINETE DO PREFEITO

IT-1302.R-1 - INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA REQUERIMENTO DE LICENÇAS PARA ATERROS SANITÁRIOS

PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO E DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO MATINHOS PARANÁ BRASIL 2006 LEI DA OUTORGA ONEROSA

DECRETO Nº , de 17 de junho de O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no uso de suas atribuições legais, D E C R E T A:

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 279, DE 27 DE JUNHO DE 2001

ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FELIPE. LEI Nº 797/2017 De 17 de Julho de 2017

TERMO DE REFERÊNCIA RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO (RAS) PARA EMPREENDIMENTOS DESTINADOS À CONSTRUÇÃO DE HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL

DECRETO Nº , DE 4 DE MAIO DE 2004 Regulamenta a outorga onerosa de potencial construtivo adicional, nos termos dos artigos 209 a 216 da Lei nº

RESOLUÇÃO Nº06, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2013.

ANTENAS DE TELECOMUNICAÇÃO

I torre: estrutura metálica destinada a suportar sistemas irradiantes (antenas);

Estado do Rio Grande do Sul

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. PORTARIA CVS Nº 10, DE 5 DE AGOSTO DE 2017 DOE/SP de 16/08/2017 [Página 39]

DECRETO Nº , DE 9 DE JANEIRO DE 2014.

RESOLUÇÃO CONAM Nº 09, DE

Ranking Cidades Amigas da Internet. Eduardo Tude Setembro/2017

Procedimentos para apresentação de documentação para licenciamento municipal ambiental.

=LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N.º 0041/2009= De 18 de dezembro de 2009

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANT ANA DO LIVRAMENTO Palácio Moisés Viana Unidade Central de Controle Interno

Legislação Ambiental Aplicada a Parques Eólicos. Geógrafa - Mariana Torres C. de Mello

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO

NORMA TÉCNICA ELEMENTOS ANEXOS PARA A INSTRUÇÃO DE PEDIDO DE INFORMAÇÃO PRÉVIA

CAPÍTULO I DA AUTORIZAÇÃO DA PERMISSÃO DE USO

Prefeitura Municipal de Coronel João Sá publica:

PROJETO DE LEI Nº 39/2017 DE 09 DE MAIO DE 2017.

DECRETO Nº , de 2 de março de Dispõe sobre a Comissão de Análise Urbanística e Gerenciamento - CAUGE, e dá outras providências.

DECRETO Nº , DE 21 DE MARÇO DE 2019.

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Estruturas de Lazer e Recreação - Licença Prévia (LP) ou Licença Simplificada Prévia (LSP) -

Estado do Rio Grande do Sul Prefeitura Municipal de Jari Terra de lutas e conquistas CNPJ: /

P ORTARIA Nº. 10/2010

Quarta-feira, 06 de Janeiro de 2016 Edição N Cardeno I PORTARIA Nº 001/2016 DE 06 DE JANEIRO DE 2015

ANÁLISE DOCUMENTAL (CHECK LIST) REGULARIZAÇÃO

PORTARIA Nº 005/2019, de 25 de março de 2019

ANEXO I FORMULÁRIO PADRONIZADO PARA SOLICITAÇÃO DE RTV SECUNDÁRIA. Excelentíssimo Sr. Ministro de Estado das Comunicações,

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2017

DOCUMENTOS INICIAIS NECESSÁRIOS AO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

2º - Para o Bioma Cerrado, deverão ser considerados os parâmetros definidos na Resolução SMA 64, de

DIREITO AMBIENTAL. Código Florestal Lei nº /12. Cadastro Ambiental Rural CAR Parte 2. Prof. Rodrigo Mesquita

ESTUDOS TÉCNICOS NO ÂMBITO DO LICENCIAMENTO PCA/RCA

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA OBTENÇÃO DE LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES DO EXTRATIVISMO MINERAL

Licenciamento Ambiental no Brasil

Instalação de Infraestrutura de Telecomunicações

AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: Instrumento de Gestão. Ambiental

MINUTA DA LEI DE TRANSFERÊNCIA DO POTENCIAL CONSTRUTIVO

Procedimentos para apresentação de documentação para licenciamento municipal ambiental.

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 004/2006-DIRAM

Lei Complementar Nº 333 DE 2 DE JULHO DE 2002

Procedimentos para apresentação de documentação para licenciamento municipal ambiental.

Instalação de Infraestrutura de Telecomunicações

Prefeitura Municipal de Coronel João Sá publica:

Lei nº 5.597, de 06 de fevereiro de 1987.

Transcrição:

Lei nº 1.757, de 27 de Maio de 2003 Estabelece normas específicas para o licenciamento ambiental das antenas de telecomunicações com estrutura em torre ou similar e dá outras providências. Considerando o disposto nas leis municipais nº 1.727/02 e.454/95, esta última alterada pela Lei nº 1625/99, a Câmara Municipal de Nova Lima/MG, por seus representantes legais aprova e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte lei: Art 1º - A localização, instalação e operação de antenas de telecomunicações com estrutura em torre ou similar obedecerão as determinações contidas nesta lei e dependerão de licenciamento ambiental junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente SEMAM e ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental CODEMA, sem prejuízo de outras licenças exigíveis. Parágrafo Único: Para efeito desta lei as estruturas verticais com altura superior a 10 (dez) metros são consideradas como estrutura similar a de torre. Art 2º - Em concordância com o artigo 9º da Lei 546/02 ficam convocados ao licenciamento ambiental corretivo todos os equipamentos de que trata esta lei implantados no Município, os quais deverão apresentar a documentação exigida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente SEMAM a partir de convocação formalizada através de ofíxio do Presidente do CODEMA. Parágrafo Único: Nos casos de processos de licenciamento ambiental já em trâmite na SEMAM e no CODEMA, deverão ser apresentadas informações complementares para atendimento das exigências estabelecidas nesta Lei. Art 3º - Para a implantação e operação dos equipamentos de que trata esta Lei serão adotadas as recomendações técnicas publicadas pela Comissão Internacional para Proteção Contra Radiações Não Ionizantes ICNIRP (International Comission On Non Ionizing Radiation Protection) ou outra que vier a substituí-la em conformidade com as orientações da Agência Nacional de Telecomunicações ANATEL. Parágrafo Único: Para atendimento ao disposto no caput deste artigo serão realizadas medições e elaborado laudo radiométrico, conforme requisitos mínimos relacionados nesta norma e em seu Anexo I. Art 4º - O licenciamento ambiental de que trata esta norma dependerá da manifestação favorável dos competentes órgãos responsáveis pelo licenciamento de edificações e de proteção ao patrimônio histórico e cultural e vigilância sanitária municipal nas fases de obtenção de licença prévia ou de licença de operação corretiva.

Art 5º - Para concessão do licenciamento ambiental serão observados os parâmetros de distanciamento mínimo: I 500 (quinhentos) metros a partir do eixo da base de uma torre ou poste para outra, visando a proteção da paisagem urbana; II 30 (trinta) metros a partir do ponto de emissão de radiação, na direção de maior ganho da antena, de qualquer ponto de edificação existente nos imóveis vizinhos que se destinem à permanência de pessoas, salvo nos casos de utilização de microcélulas; III 06 (seis) metros do alinhamento frontal e das divisas laterais e de fundo, a partir do eixo da base da torre ou poste em relação à divisa do imóvel ocupado; IV 03 (três) metros de qualquer elemento da Estação de Rádio Base ERB ou estação de transmissão, incluindo torre e antenas em relação às divisas laterais e de fundo, respeitando o respectivo afastamento ao alinhamento frontal. Art 6º - O licenciamento de antenas em fachadas de edificações é admitido desde que: I as emissões de ondas eletromagnéticas não sejam direcionadas para o interior da edificação na qual se encontram instaladas; II seja promovida a harmonização estética estética com a respectiva fachada. Art 7º - A instalação de equipamentos de transmissão, containers e antenas no topo de edifícios é admitida desde que: I as emissões de ondas eletromagnéticas não sejam direcionadas para o interior da edificação na qual se encontram instaladas; II sejam garantidas condições de segurança para as pessoas que acessarem o topo do edifício; III seja promovida a harmonização estética dos equipamentos de transmissão, containers e antenas com a respectiva edificação. Art 8º - Sempre que tecnicamente viável, deverão ser utilizados postes tubulares metálicos ou de concreto, bem como outras alternativas técnicas, inclusive paisagísticas, visando minimizar os impactos visuais causados pela estrutura de suporte das antenas, evitando assim a utilização de estruturas treliçadas. Art 9º - O licenciamento ambiental junto ao SEMAM e ao CODEMA será procedido em três etapadas seqüenciais, destinadas, respectivamente, à apreciação dos requerimentos da Licença Prévia LP, da Licença de Implantação LI e da Licença de Operação LO.

1º - Para os processos de licenciamento já em trâmite na SEMAM e no CODEMA e para as antenas de telecomunicações com estrutura em torre ou similar já implantadas no Município, o procedimento será uno, via Licença de Operação Corretiva. 2º - A análise de Licença Prévia (LP) e Licença de Operação Corretiva (LOP) dependerá de apresentação de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). 3º- No EIA/RIMA deverá ser analisada a interferência dos equipamentos sobre a área de entorno nos aspectos da exposição a campos eletromagnéticos, ruídos e intrusão visual no ambiente urbano. 4º - No Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) deverá ser apresentado mapeamento em forma de cadastro em meio físico e magnético das ERB s ou das estações de transmissões já existentes e das propostas. 5º -Para análise da LI, o empreendedor deverá apresentar o Plano de Controle Ambiental (PCA), conforme roteiro a ser fornecido pela SEMAM, acompanhado de laudo radiométrico da situação preexistente. Art 10 Para a análise da LO, a partir de seu requerimento, o empreendedor deverá apresentar laudo radiométrico da situação a ser licenciada dentro de um raio de 100 (cem) metros. 1º - Para o licenciamento de estação de transmissão deverão ser realizadas pelo menos duas medições de modo que a primeira identifique a situação preexistente e a segunda avalie as condições do local com a incorporação da radiação emitida pela nova estação. 2º- As medições requeridas para o laudo citado no caput deste artigo deverão ser formalmente comunicadas à SEMAM e ao CODEMA, com antecedência mínima de 10 (dez) dias, para possível acompanhamento. 3º - Somente durante as medições exigidas pela SEMAM e CODEMA, e comunicadas previamente, será permitido o funcionamento do sistema antes da obtenção da LO, não sendo permitida, em nenhuma outra hipótese, a operação sem o licenciamento ambiental devidamente outorgado. 4º - Para avaliação das radiações não ionizantes serão realizadas até 09 (nove) medições, em períodos de 06 (seis) minutos, nos horários de maior tráfego telefônico, em locais serem determinados pela SEMAM e pelo CODEMA. 5º - As medições serão realizadas por profissionais habilitados, com uso de equipamentos que quantifiquem a densidade de potência por integração do

espectro eletromagnético entre 50 MHz (cinqüenta megahertz) e 03 GHz (três gigahertz). 6º - Os equipamentos utilizados deverão ser calibrados e aferidos em laboratórios credenciados pelo fabricante, devidamente comprovado, dentro de suas especificações. 7º - Prédios utilizados como sede de escolas, creches, hospitais e clínicas onde se internem pacientes ou locais onde se verifique grande concentração de pessoas serão, obrigatoriamente, pontos de medição. 8º - O laudo radiométrico resultante das medições deverá ser elaborado por físico ou engenheiro especialista em radiação eletromagnética, cadastrado na SEMAM, e acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica ART. 9º - Na impossibilidade de se obter a permissão para a realização da medição em local privado, a mesma será realizada no local público que mais se aproxime do ponto anteriormente determinado. Art 11 No certificado de outorga da LO serão registradas as condições técnicas autorizadas para seu funcionamento no local. 1º - As antenas transmissoras de ondas eletromagnéticas deverão funcionar de modo que a densidade de potência total, considerada a soma da radiação preexistente com a radiação adicional emitida pela nova antena, medida por equipamento que faça a integração de todas as freqüências na faixa prevista nesta norma não ultrapasse os limites recomendados na forma do artigo 3º. 2º - Os registros das localizações e das densidades de potências das antenas licenciadas pelo órgão ambiental, deverão constar de cadastro junto à Prefeitura. Art 12 No caso de instalação de novas antenas, utilizando-se de estrutura já licenciada pelo órgão ambiental, será dispensada a Licença Prévia, podendo as licenças de Implantação e Operação serem concedidas de forma específica pela SEMAM. Parágrafo Único: Das decisões da SEMAM a que se refere o caput caberá recurso ao CODEMA. Art 13 O licenciamento ambiental corretivo das antenas transmissoras de ondas eletromagnéticas será efetuado mediante a apresentação de Relatório e Plano de Controle Ambiental (RCA/PCA), conforme Anexo II, acompanhado de laudo radiométrico ou do cronograma de medições a fim de possibiltar a apreciação da Licença de Operação (LO).

Parágrafo Único: O Anexo II poderá ser alterado de acordo com as peculiaridades do empreendimento a ser licenciado e a critério da SEMAM. Art 14 As antenas já instaladas ficam sujeitas ao licenciamento corretivo, quando serão analisada, caso a caso, as possibilidade de adequação de suas instalações às exigências contidas nesta norma. Art 15 Havendo incidência de várias antenas transmissoras já instaladas de um mesmo empreendedor, a documentação relativa ao licenciamento corretivo deverá ser apresentada em conjunto para análise, acompanhada de mapa representativo, contendo as seguintes informações: I antenas transmissoras próprias, com indicação de sua altura, especificação da estrutura de suporte, tipo de ocupação do lote ou edificação da instalação; II antenas transmissoras de terceiros, com indicação de sua altura e se há ocorrência do compartilhamento de torre ou estrutura; III prédios residenciais ou comerciais com altura igual ou superior à altura da antena, considerando um raio de 100 (cem) metros da antena objeto de análise; IV ocorrência de áreas de proteção ambiental, escolas, creches, hospitais e clínicas onde se internem pacientes ou locais onde se verifique grande concentração de pessoas; V região de cobertura de cada antena de transmissão. Parágrafo Único: Os mapas deverão ser apresentados em escala adequada, constando nome do logradouro e zoneamento de acordo com a norma legal vigente. Art 16 Nos locais onde a densidade de potência total ultrapasse os limites citados no artigo 3º, as emissões deverão ser imediatamente enquadradas de forma a atender os parâmetros estabelecidos na presente norma, sob pena de ser determinada a desativação da antena. 1º - Os empreendedores responsáveis pelas emissões de ondas eletromagnéticas deverão realizar medições radiométricas com a interrupção alternada das emissões, para diagnóstico e apuração de responsabilidade nos casos citados no caput. 2º - Havendo mais de uma fonte emissora responsável pelo excesso de densidade de potência, será determinada a adequação pelo responsável ou a desativação daquela mais recentemente instalada, e assim sucessivamente, até que sejam atendidos os limites estabelecidos.

Art 17 A instalação de antenas transmissoras, microcélulas e equipamentos afins em área pública dependerá, no processo de licenciamento ambiental, de aprovação de maioria absoluta dos membros do CODEMA, sem prejuízo das medidas mitigadoras e compensatórias ambientais, além das exigências contidas nesta norma e demais dispositivos legais aplicáveis. 1º - Fica vedada a instalação de antenas transmissoras, microcélulas e equipamentos afins com estrutura em torre ou similar em Área de Preservação Permanente, Área de Proteção Especial, Parque Estadual, Parque Municipal, reserva Particular do Patrimônio Natural, Reserva Particular Ecológica e Zonas de Preservação Ambiental. 2º - Em situação de relevante interesse público poderá, exceto em área de preservação permanente, ser admitida pela SEMAM e pelo CODEMA a instalação de equipamentos de telecomunicações nas áreas a que se refere o parágrafo anterior mediante a completa mitigação dos impactos paisagísticos e ambientais. Art 18 Após o licenciamento ambiental, os empreendedores deverão apresentar, anualmente, laudo radiométrico, conforme diretrizes estabelecidas nesta norma e em seu Anexo I. Art 19 A instalação de estrutura vertical para suporte de antenas deverá seguir normas de segurança, mantendo suas áreas devidamente isoladas e aterradas, conforme as prescrições da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, garantindo que os locais expostos à radiação não ionizante, na área considerada ocupacional, sejam sinalizadas com placa de advertência. 1º - As placas de advertência deverão estar em local de fácil visibilidade, seguir padrão estabelecido pela SEMAM e pelo CODEMA, e conter o nome do empreendedor, telefone para contato, nome e qualificação do profissional responsável, número da licença e telefone da SEMAM. 2º - No caso de empreendimento em fase de licenciamento deverá ser instalada placa identificando o empreendedor e o número do processo administrativo em tramitação na SEMAM, além dos telefones para contato. Art 20 Os níveis de ruídos emitidos pelo funcionamento do equipamento da estação de transmissão serão avaliados para enquadramento nos limites presentes na legislação ambiental em vigor. Art 21 O empreendedor que utiliza torre ou poste para telecomunicações deverá apresentar contrato de seguro capaz de cobrir dano patrimonial e físico em relação aos transeuntes e moradores de imóveis vizinhos à área de instalação dos equipamentos. Art 22 Fica criada a Comissão Temporária de Telecomunicações do CODEMA para acompanhamento, avaliação, aprimoramento das normas de procedimentos

técnicos e administrativos para instalação de equipamentos capazes de emitir ondas eletromagnéticas, cujos integrantes serão escolhidos entre os membros do CODEMA. Parágrafo Único: A Comissão de Telecomunicações vigorará pelo período de 12 (doze) meses, devendo apresentar relatórios trimestrais ao CODEMA. Art 23 Casos omissos serão remetidos à apreciação do CODEMA para deliberação específica. Art 24 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Nova Lima, 27 de Maio de 2003. Vítor Penido de Barros Prefeito Municipal ANEXO I RELATÓRIO RADIOMÉTRICO Dados que devem constar no laudo radiométrico: 1 - Dados construtivos e especificações da instalação e data de início de operação. 2 - Mapa contendo a localização e identificação das antenas - inclusive com os respectivos diagramas de irradiação no plano horizontal e vertical - edificações, imóveis vizinhos e vias públicas existentes. 3 - Descrição técnica detalhada das antenas, com todas as especificações e os parâmetros de operação, meios de sustentação, aterramento e outros dados pertinentes à engenharia construtiva, potência total de operação e tecnologia de funcionamento. 4 - Descrição dos procedimentos empregados nas medições, com detalhamento dos pontos medidos e o mapeamento das intensidades máximas atingidas em situação de simulação de emissão em potência nominal de funcionamento, segundo o projeto técnico do equipamento e com todas as faixas de frequências ocupadas, contendo o número máximo de canais e potência máxima irradiada das antenas quando o número máximo de canais estiverem em operação. 5 - Resultado das medidas de densidade de potência em µw/cm2 em cada ponto de medição devida à radiação eletromagnética de fundo, excluída a contribuição da radiação eletromagnética proveniente da nova instalação.

6 - Resultado das medidas de densidade de potência total, em µw/cm2 em cada ponto de medição, contabilizando a contribuição da radiação eletromagnética proveniente da instalação em estudo, destacando as piores situações encontradas em pontos sujeitos à exposição humana, com exceção das pessoas que trabalham na manutenção das antenas. 7 - Cópia de documentos comprobatórios da calibração do equipamentos de medição empregado. ANEXO II ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL RCA E PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL PCA Relatório de Controle Ambiental RCA 1. Informações gerais 1.1 - Nome do empreendimento 1.2 - Nome, endereço, telefone e fax do responsável legal pelo empreendimento 1.3 - Nome, endereço, telefone e fax do responsável técnico pela elaboração dos estudos e projetos ambientais 1.4 - Apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA/MG, pelo responsável técnico pelos estudos. 1.5 - Nome, formação, registro profissional dos técnicos participantes na elaboração dos estudos. 1.6 - Requerimento da licença construtiva e ambiental. 2. Caracterização da estação de transmissão 2.1 - Síntese dos objetivos e justificativas da estação e seus equipamentos. 2.2 - Apresentação de planta (escala de 1:25.000 a 1:10.000) com identificação do local onde se encontra a estação, com apresentação das justificativas para sua posição, bem como a discriminação dos locais quanto à propriedade pública ou particular. 2.3 - Apresentação do projeto com memorial descritivo, incluindo planta com indicação dos equipamentos, sua posição em relação ao terreno e às edificações vizinhas, e das áreas permeáveis e impermeáveis, em escala mínima de 1:2.000, bem como dados sobre: - Tipologia da estação, com identificação da dimensão, morfometria, cor, ganho, eficiência, taxa de onda estacionária, diagrama de irradiação e inclinação em relação ao plano horizontal; - Transmissor, com identificação do número de canais, potência irradiada por canal, potência máxima entregue à estação e freqüência de operação;

- Local de instalação, com identificação dos obstáculos vizinhos, sua distância, dimensões e geometria, assim como dos níveis teóricos de intensidade de potência nos locais onde possam haver pessoas em um raio de 30 (trinta) metros; - Apresentação de normas técnicas adotadas na operação dos equipamentos. 2.4 - Estimativa da geração de empregos diretos e indiretos. 2.5 - Mecanismos de segurança para prevenir acidentes e danos à saúde pública. 3. Diagnóstico da área de influência da estação de transmissão. Deve ser identificada a área geográfica em que haja a incidência direta dos impactos da estação de transmissão, denominada área de influência. A delimitação da área de influência deverá ser justificada, com apresentação dos critérios adotados e do seu mapeamento em escala adequada. Dentre os aspectos a serem abordados, o estudo deverá constar, no mínimo, de: - Descrição do relevo, destacando a topografia, declividade do terreno e sua morfologia; - Caracterização dos níveis de pressão acústica e dos níveis teóricos de densidade de potência total irradiada; - Identificação da tipologia de uso do solo existentes em um raio de 200 metros em torno da estação - residencial, comercial, de serviços, industrial, institucional e público; - Identificação dos bens tombados ou protegidos legalmente, bens de valor cultural, paisagístico e de interesse ambiental na área de influência direta da estação; - Estimativa da população a ser beneficiada pela atividade. 4. Identificação e análise dos impactos sócio-ambientais. Deverão ser arroladas as características da estação que impactam a área de influência. As fontes e atividades consideradas de impacto deverão ser identificadas, associando-se a cada uma delas os impactos decorrentes. Cada impacto ambiental, por sua vez, deverá ser avaliado, considerando-se: as condições de ocorrência, duração prevista, a intensidade, o grupo social atingido e as condições para a sua reversibilidade. Plano de Controle Ambiental (PCA) Este documento deverá constar dos projetos executivos relativos às medidas mitigadoras e de monitoramento necessárias à adequação e acompanhamento ambiental da estação. Todos os projetos deverão ser desenvolvidos de acordo com as normas técnicas aplicáveis a cada assunto e seguirem as diretrizes definidas pelas instituições públicas afetas ao tema. Deverá conter:

1 - Medidas mitigadoras de impactos identificados Se identificados impactos negativos no Relatório de Controle Ambiental - RCA, devem ser arroladas as medidas mitigadoras visando a reparação, atenuação, controle e eliminação dos impactos sócio-ambientais. Estas medidas devem incluir a substituição dos equipamentos da estação no sentido da amenização dos impactos verificados, quando for o caso. Cada medida deverá ser descrita, contendo todos os requisitos, insumos e prazos previstos para serem implementadas, identificando-se o início e o término. 2 - Programa de monitoramento dos impactos identificados Em função das características operacionais, deve ser apresentado o projeto de monitoramento dos impactos identificados. Este projeto deve ser especificado, contendo os parâmetros a serem adotados para o monitoramento. 3 - Cronograma físico Apresentação do cronograma físico de implantação da estação, com destaque para as atividades impactantes previstas para as etapas de implantação e de operação. O cronograma deverá correlacionar sempre a programação de implantação das medidas mitigadoras em relação às atividades. 4 - Referência bibliográfica Deve ser listada toda a bibliografia consultada para elaboração do estudo, inclusive normas técnicas e legais.