A IMPORTÂNCIA DA MONITORIA DA SEMIOLOGIA MÉDICA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA

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Transcrição:

A IMPORTÂNCIA DA MONITORIA DA SEMIOLOGIA MÉDICA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA Alessandra Alves Gomes Martins 1 Sandra Barreto Fernandes da Silva 2 Rafael Lima da Cunha 3 Raul Rodrigues Barros 4 Kédma Suelen Braga Barroso 5 RESUMO: A Semiologia Médica é o alicerce do início da construção da relação médico-paciente e, portanto, necessita ser bem sedimentada para que seja baseada em conhecimento técnico e científico da prática clínica. O objetivo deste trabalho é avaliar a atividade e a aprendizagem da monitoria, segundo a ótica dos monitores da semiologia, com o propósito de elaborar sugestões de aprimoramento para os semestres seguintes. Trata-se de um estudo transversal, qualiquantitativo e observacional, utilizando como instrumento de pesquisa um questionário composto de dez perguntas que abordavam os exames semiológicos de maior dificuldade e os de maior aprendizado, aplicado a doze discentes monitores da disciplina de Semiologia da Faculdade de Medicina- Barbalha, da Universidade Federal do Cariri. Os resultados mostraram que a semiotécnica de maior dificuldade entre os monitores foi o exame neurológico, com 10 dos votos, e o de maior aprendizado foi o exame do Aparelho Respiratório. Concluímos, portanto, que a monitoria exerce fundamental importância na formação acadêmica de seus monitores, contribuindo para o aprimoramento do exercício da anamnese e exame físico com o paciente. Palavras-chave: Semiologia Médica; Monitoria Acadêmica; discentes. 1. INTRODUÇÃO Semiologia vem do grego Semeion (sinal) e Logos (discurso), ou seja, o estudo dos sinais das doenças. É a arte, ciência metodizada do diagnóstico clínico; requisito indispensável para a terapêutica e o prognóstico (RODRIGUES, 2003). O exame semiológico bem feito torna desnecessária a solicitação de exames complementares, vários deles dispendiosos e, outros, às vezes, inacessíveis. Somente a anamnese bem realizada faz em torno de 6 dos diagnósticos clínicos. Quando associada ao exame físico a acurácia aumenta para perto de 8. Essa associação possui a vantagem de indicar corretamente o melhor exame complementar a ser solicitado, com reflexos econômicos imediatos, principalmente no setor público de assistência médica (BENSEÑOR, 2006). Coube a Hipócrates, meio milênio antes de Cristo, sistematizar o método clínico, dando à anamnese e ao exame físico este pautado basicamente na inspeção e palpação uma estrutura que em quase nada difere da que encontramos hoje. A pedra angular da medicina ainda é o exame clínico e nunca será demais repetir sua importância (PORTO, 1987).

No entanto, apesar de toda a relevância que possui a semiologia médica, notamos um pouco do abandono da prática de se chegar ao diagnóstico por meio da conversa e da análise física do paciente. Isso é, em parte, devido à tecnologia altamente eficaz na investigação de doenças por meio de exames cada vez mais complexos. Não devemos nos esquecer, entretanto, de que a tecnologia surgiu para auxiliar no diagnóstico de doenças e não para substituir a relação médico-paciente tão aprimorada milenarmente e que nos últimos anos vem sendo menosprezada pela praticidade dos exames e pela rapidez das consultas. Este trabalho se propõe a avaliar a atividade da Monitoria em Semiologia Médica buscando aprimorar o aprendizado em semiologia e elaborar sugestões de melhoria para os semestres seguintes, bem como, avaliar o aproveitamento que os alunos, monitores de semiologia, adquiriram para a sua formação acadêmica e profissional, a fim de se formar profissionais mais qualificados e humanizados que saibam valorizar a importância da relação médico-paciente. 2. MATERIAS E MÉTODOS Trata-se de um estudo quali-quantitativo, transversal, realizado com 12 discentes que tiveram experiência como monitores na disciplina de Semiologia da Faculdade de Medicina de Barbalha, da Universidade Federal do Cariri, durante os anos letivos 2012 e 2013. Para avaliar o aprendizado e a relevância da monitoria na vida acadêmica dos monitores de Semiologia foi elaborado um questionário com 10 questões que abordavam os assuntos que os monitores tiveram maior dificuldade e os que obtiveram maior aprendizado, bem como sugestões de melhoria para os anos seguintes, assim como o impacto que a monitoria teve na vida acadêmica dos mesmos. A participação para o preenchimento do questionário foi voluntária e anônima, aplicado durante os meses de setembro e outubro de 2013. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Ao abordar a contribuição de que a monitoria em Semiologia teve na formação médica dos acadêmicos em questão, principalmente no que se refere ao aprimoramento da semiotécnica da anamnese e do exame físico do paciente, todos foram unânimes em afirmar a contribuição da monitoria em sua formação acadêmica. Podemos inferir, portanto que a atividade extracurricular da monitoria em Semiologia acarreta grande aprendizado para o discente monitor. Gráfico 1 Contribuição da monitoria em Semiologia para a formação médica dos monitores, principalmente no que se refere à abordagem do paciente e em maior segurança para a prática da anamnese e do exame físico. Contribuição da monitoria para a formação dos Monitores de Semiologia Sim Não 10

Os resultados obtidos no gráfico 2 representa qual atividade os alunos tiveram maior dificuldade para a prática da monitoria em Semiologia, demonstrando que 10 deles afirmaram que o assunto de maior dificuldade foi o exame neurológico; os demais assuntos questionados foram: exame do tórax, exame do abdome e exame da cabeça e pescoço. Portanto, percebe-se que há deficiência na prática do exame neurológico entre os monitores de Semiologia, necessitando de maior ênfase no treinamento dessa área. Gráfico 2 Qual assunto de maior dificuldade para a prática da monitoria em Semiologia. Assunto de maior dificuldade para a atividade prática da monitoria 10 Exame Neurológico Exame Cabeça e Pescoço Exame do Abdome Exame do Tórax O gráfico 3 demonstra qual o assunto de maior aprendizado durante a prática da monitora, no qual 75% dos discentes questionados afirmaram que a maior aprendizagem foi no exame de tórax, 17% afirmaram que foi no exame neurológico e 8% afirmaram que foi no exame do abdome. Diante do exposto, inferimos que, ao contrário do que acontece com o exame neurológico, os alunos adquirem maior conhecimento no exame do tórax. Gráfico 3 Assunto de maior aprendizado durante a prática da monitoria em Semiologia Médica. Assunto de Maior Aprendizado. 17% 8% 75% Exame do Tórax Exame do Abdome Exame Neurológico Exame Cabeça e Pescoço O gráfico 4 refere-se em qual dos Aparelhos do exame torácicos, Cardíaco ou Pulmonar, os monitores apresentam maior dificuldade.os dados demonstram que 58% dos entrevistados afirmaram possuir algum tipo de dificuldade no exame cardíaco

enquanto nenhum afirmou possuir dificuldade no exame pulmonar, o que demonstra claramente uma maior dificuldade na análise do exame cardíaco, necessitando também de maior treinamento nesta área. Gráfico 4 Análise da maior dificuldade no exame torácico. Dificuldades no Exame Torácico 25% Exame do Coração Exame do Pulmão 17% 58% Dificulade em Ambos os Exames Não Houve Dificuldade Por fim, o gráfico 5 aborda sugestões para aprimorar a monitoria de Semiologia nos anos subseqüentes, tais como: discussão periódica de casos clínicos entre os monitores e os alunos do quarto semestre, o qual recebeu 42% dos votos, seguido com a sugestão da maior presença e interação dos professores nas atividades práticas de semiologia, que também recebeu 33% dos votos; outras sugestões foram capacitações internas periódicas através da discussão das grandes síndromes entre os monitores, com 25% dos votos e uma maior interação entre os monitores, com dos votos. Este gráfico, portanto sugere atividades que possam capacitar e aprimorar as habilidades dos acadêmicos enquanto monitores de semiologia, para que, cada vez mais capacitados, possam ajudar melhor os alunos do quarto semestre. Gráfico 5 O que poderia contribuir para um melhor aprimoramento da monitoria no próximo ano. 33% Melhorias Para o Próximo Ano de Monitoria Discussão periódica de casos clínicos 42% entre os monitores e os alunos do 4 semestre Capacitações internas periódicas através da discussão das grandes síndromes entre os monitores Maior presença e interação dos professores nas atividades práticas de semiologia Maior interação entre os monitores 25% Nenhuma das anteriores

4. CONCLUSÃO A monitoria em semiologia médica traz bastantes benefícios e aprendizagem para o monitor junto à sua formação acadêmica, no entanto, algumas deficiências ainda precisam ser sanadas para uma melhor experiência prática na docência junto à disciplina de semiologia, já que esta introduz os alunos na relação médico-paciente, ao qual terá fundamental relevância durante toda a vida acadêmica e profissional do estudante, necessitando, porém ser bem introduzida por professores e monitores qualificados e empenhados na aprendizagem da disciplina. 5. AGRADECIMENTOS Agradecemos à Universidade Federal do Cariri, Faculdade de Medicina de Barbalha, e aos professores da disciplina de Semiologia Médica por nos conceder a oportunidade tão enriquecedora de sermos monitores nessa instituição. 6. REFERÊNCIAS BENSEÑOR, I.J.M. A semiologia no século XXI. Simpósio sobre ensino da semiologia. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2006. Disponível em www.ufrj.br. PORTO CC. Exame Clínico. 2 ed, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1992. RODRIGUES, Y.T. and RODRIGUES, P.P.B. Semiologia Pediátrica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 2ed.