Oficina de Integração: Incorporação dos ACE nas ESF. Ceara -2010

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Transcrição:

Oficina de Integração: Incorporação dos ACE nas ESF Ceara -2010

Integração VS AB CONDIÇÃO OBRIGATÓRIA PARA: Construção da integralidade na atenção Cumprimento dos objetivos do Pacto pela Saúde Alcance de metas e resultados Denise, Sabrina e Karina

CONVÊRGENCIAS CONCEITUAIS VS Conjunto articulado de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, sob a ótica da integralidade do cuidado abordagem individual e coletiva dos problemas de saúde * AB Conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Sanitária *Teixeira, Pinto, Vilasboas, 2004

Pressupostos comuns Integração VS - AB Foco nas pessoas e no território Envolvimento da população na identificação de problemas e fortalezas das comunidades Planejamento voltado às necessidades Promoção da saúde como ação transversal Trabalho em equipe

COMPLEXIDADE Crenças e valores Território Relações de poder Integralidade da Ação Prevenção Delimitação geográfica Vig. Amb. Análise Sit. Saúde Vínculo Vig. Saúde Trab. Contr.DT e DANTS Promoção da Saúde Vig. San. Responsabilização Continuidade do Cuidado Participação Social Definição de Risco

Como agir isoladamente? É aqui que as ESF atuam! Território vacina obesidade tratamento TB gravidez violência surtos adolescência malária dengue sedentarismo drogas Hipertensão envelhecimento sífilis congênita Diabetes hanseníase chagas homogeneidade de cobertura vacinal - setorial - governabilidade dengue e violência - intersetorial - governança DANTS promoção da saúde

Sociedade Civil Organizada Promoção da Saúde - Intersetorialidade - Espaços Privados Território Equipamentos da Assistência Social Escolas Espaços Públicos Equipamentos de Saúde Igrejas ONG Equipamentos da Cultura

Construção das redes Integração VS - AB Assistência à Saúde Vigilância em Saúde Promoção da Saúde e intersetorialidade Vasos Comunicantes Estratégias Facilitadoras da Articulação

Diretrizes de Integração VS - AB Integração de territórios Planejamento e programação Monitoramento e avaliação Educação permanente em saúde Organização do processo de trabalho Participação e controle social Promoção em saúde

Portaria 1007 Define critérios para regulamentar a incorporação do Agente de Combate às Endemias - ACE, ou dos agentes que desempenham essas atividades, mas com outras denominações, na atenção primária à saúde para fortalecer as ações de vigilância em saúde junto às equipes de Saúde da Família.

Funções Essenciais: aquelas relacionadas ao controle ambiental, de controle de endemias/zoonoses, de riscos e danos à saúde, de promoção à saúde entre outras.

A incorporação dos ACE nas equipes de SF pressupõe a reorganização dos processos de trabalho, com integração das bases territoriais dos Agentes Comunitários de Saúde e do Agente de Combate às Endemias, com definição de papéis e responsabilidades, e a supervisão dos ACE pelos profissionais de nível superior da equipe de Saúde da Família.

Art. 2º Instituir incentivo financeiro para as equipes de Saúde da Família que incorporarem os ACE na sua composição. 1º A adesão a esta Portaria é opcional e ocorrerá por decisão do gestor municipal e representa uma das ações indutoras da integralidade da atenção. 2º Como forma de manter as equipes de trabalho e garantir o controle de doenças, as modalidades de contratação e financiamento dos atuais quadros municipais utilizadas pelos Municípios deverão ser mantidas.

3º A não adesão do Município à inclusão dos ACE nas equipes de SF não desobriga às equipes de Atenção Básica/SF a desenvolverem ações de vigilância em saúde de sua competência. 4º O número de ACE que vão compor cada equipe de SF será definido pelo gestor municipal de acordo com as necessidades do território, observado o perfil epidemiológico e sanitário, densidade demográfica, área territorial e condições sócio-econômicas e culturais, e preferencialmente devem ser alocados aqueles ACE que já desenvolvem ações no território.

Art. 3º O valor dos recursos financeiros para as equipes de Saúde da Família que tiverem ACE incorporados corresponde a uma parcela extra-anual do incentivo mensal destas Equipes de Saúde da Família.

Art. 5º Os critérios de elegibilidade de Municípios para o recebimento dos incentivos financeiros federais para as equipes de SF que tiverem ACE incorporado, são: I - Municípios que tenham aderido ao Pacto pela Saúde, por meio da homologação dos respectivos Termos de Compromisso de Gestão; e II- Municípios conforme cobertura estimada de SF e porte populacional: a) Municípios com até 10.000 habitantes, ter 100% de cobertura de equipes de SF; b) Municípios com 10.001 a 50.000 habitantes, ter cobertura de equipes de SF mínima de 80%;

c) Municípios com 50.001 a 100.000 habitantes, ter cobertura de equipe de SF mínima de 60%; d) Municípios com 100.001 a 500.000 habitantes, ter cobertura de equipe de SF mínima de 40%; e e) Municípios com população maior que 500.000 habitantes, ter cobertura de equipe de SF mínima de 30%. Parágrafo único. Municípios com até 50.000 habitantes somente serão elegíveis para habilitação caso optem por incorporar o ACE a todas as equipes de SF do Município.

Art. 6º - Estabelecer que a definição dos Municípios de cada Estado devam ser habilitados ao recebimento dos recursos referentes a esta Portaria se dará por meio de pactuação na respectiva Comissão Intergestores Bipartite - CIB ou Colegiado de Gestão Regional - CGR, respeitados os critérios definidos no art. 5º desta Portaria e o teto financeiro por Estado estabelecido no Anexo I a esta Portaria. 1º As CIB tem até o dia 30 de junho de 2010 para enviar ao Departamento de Atenção Básica deste Ministério a listagem dos Municípios com o quantitativo de equipes que deverão ser habilitadas ao recebimento de recursos referentes a esta Portaria.

2º Para a definição dos Municípios que poderão ser habilitados ao recebimento de recursos referentes a esta Portaria, as CIB ou CGR deverão levar em consideração aspectos epidemiológicos da região, assim como a existência anterior de iniciativa por parte dos Municípios de incorporação de ACE nas equipes de SF, bem como deverá exigir dos Municípios habilitados uma proposta de incorporação dos ACE nas equipes de SF conforme o Anexo II a esta Portaria.

Art. 7 O processo de credenciamento dos Municípios ao recebimento do incentivo financeiro para equipes de Saúde da Família que incorporem Agentes de Combate às Endemias desempenhando suas atividades de forma integrada à Saúde da Família, deve obedecer ao seguinte fluxo: I - após receber a listagem da CIB em conformidade com o art. 6º desta Portaria, o Ministério da Saúde publicará Portaria específica credenciando os Municípios ao recebimento do incentivo federal para as equipes de SF que tiverem ACE incorporado; e II - após credenciamento, os Municípios deverão cadastrar no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - SCNES os ACE vinculados às equipes de SF para recebimento do incentivo federal, que se dará no mês subsequente a este cadastramento.

1º Nenhum ACE poderá estar cadastrado em mais de uma equipe de SF. 2º A gestão municipal terá até 3 (três) competências subsequentes à publicação do credenciamento das equipes de SF no Diário Oficial da União - DOU, para informar no SCNES a incorporação do ACE à equipe de SF. 3º Findo o prazo definido no parágrafo 2º deste artigo, o Município que deixou de cadastrar no SCNES o ACE nas equipes de SF, terá estas equipes descredenciadas ao recebimento dos recursos desta Portaria. 4º O repasse dos recursos desta Portaria terá periodicidade anual, devendo ocorrer depois de decorridos 12 meses do repasse anterior.

OBRIGADA! Integrar para cooperar Sabrina A incorporação da vigilância em saúde na APS precisa ser compreendida como parte do processo de reorientação do modelo de atenção