REVISÃO DO MODELO DE TELECOM 45º ENCONTRO TELE.SÍNTESE BRASÍLIA 06 DE SETEMBRO DE 2016 0
A perda da atratividade da concessão vêm sido evidenciada pelos principais indicadores do setor dos últimos anos Substituição serviços: voz vs. dados Participação voz vs. dados % receita líquida Telecom Brasil Voz Dados & TV 70 30 68 32 63 37 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Substituição serviços: móvel vs. fixo 58 42 53 47 47 53 Assimetria regulatória: Mkt share Autorizatárias Milhões de acessos e MKT Share no Brasil STFC Concessionárias Autorizadas 39 42 45 42 89% 76% 64% 59% 11% 24% 36% 41% 2007 2010 2013 2T16 Redução do ARPU Telefonia Fixa Penetração voz fixo vs. serviços móveis % da população do Brasil ARPU Telefonia Fixa no Brasil R$ / mês Móvel Voz fixo 103 22 122 22 131 22 134 22 138 22 126 21 123 21 122 95 CAGR -5,3% 78 75 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2T16 2007 2010 2013 1S16 Fonte: Teleco, Telebrasil, e ANATEL 1
Apesar do esgotamento do modelo regulatório atual, o Brasil continua sendo um dos países que mais oneram a telefonia fixa Regime 1 Reversibilidade 1 TUPs 2 Linha Fixa 3 Qualidade 4 Penalidades 5 Apenas 3 dos 50 maiores países hoje são concessões - Brasil é um deles Dos 8 países que já utilizaram (ou ainda utilizam) concessões, apenas 2 ainda utilizam o instrumento da reversibilidade, incluindo Brasil; Não houve nenhum caso aplicado de reversão de ativos Brasil é o 4º mais agressivo em densidade de telefone público (4,2 TUP / 1000 habitantes), apesar de ter a 5ª maior penetração em móvel (~140 %) Brasil é o mais agressivo em termos de obrigações com telefonia fixa, com necessidade de instalar 100% das linhas em 7 dias, sem flexibilidade ou targets progressivos (possível em outros países) Brasil é o 2º mais agressivo em termos de indicadores de qualidade para telefonia fixa (21 indicadores), perdendo apenas para Costa Rica O teto para penalidades no Brasil é de R$ 50M (4,5x maior que o 2º país); ANATEL é a 3ª maior emissora entre agências reguladoras do país Notas: (1) 50 maiores países considerando critério do PIB; - não havia sempre informações atualizadas para todos os países comparação entre os países que possuiam informações; (2) e (3) Análise de 24 diferentes países com os dados mais atuais disponíveis em 2015; (4)Situação regulatória em 2014 dados internos Oi, considerando análises dos 11 países; (5) Situação regulatória em 2014 dados internos Oi, considerando análises dos 4 países com teto de multa e 6 países para emitir multas; Ranking considera emissão de multas sobre a receita da indústria; Fonte: Nera e Oliver Wyman; ITU; Banco Mundial, Anatel, Telebrasil, Teleco 2
O futuro do Brasil tem que considerar maior sustentabilidade do negócio e novas políticas para banda larga 1 o passo: evolução no modelo de telefonia fixa Desonerar obrigações da concessão Assegurar a estabilidade financeira do STFC Migrar para regime privado 2º passo: Agenda pública de expansão da banda larga Investir na oferta e demanda de banda larga no Brasil Assegurar solução economicamente e operacionalmente viável Uso de fundos para suportar expansão Todos os interesses devem se alinhar para viabilizar a evolução da concessão para um cenário de sustentabilidade e a expansão da banda larga no Brasil 3
Oferta Baixo custo Alto custo O fomento da banda larga deve considerar tanto o eixo de oferta quanto de demanda dos municípios, evidenciado pelo Modelo de Gaps do Banco Mundial Modelo de Gaps do Banco Mundial (BM) Estímulo para take-up da banda larga Gap de acesso universalização Oferta Demanda Gap de mercado massificação Backhaul Acesso Device Plano / preço Competição Alta renda Demanda Baixa renda Fonte: Banco Central 4
Em outros setores e países, fundos ativos suportam programas de estímulo à demanda de usuários com baixa renda Programa Tarifa Social (fundo setorial CDE 1 ) Setor de Energia, Brasil Programa Lifeline (Universal Service Fund) Setor de Telecomunicações, EUA Mudar Foto ~R$ 2,2 Bn investidos em 2015 para descontos de até 65% na tarifa de famílias de baixa renda Fundo setorial suporta +14 Mn de famílias c/ descontos mensais de ~USD 10 em planos Notas: (1) Conta de Desenvolvimento Energético 5
Suiça Dinamarca Holanda França Coreia do Sul Noruega Reino Unido Alemanha Islandia Bélgica Canada Suécia Finlândia Nova Zelândia EUA Grécia Japão Portugal Estônia Austria Espanha Rep. Tcheca Austrália Irlanda Eslovênia Israel Hungria Itália Eslováquia Polonia Chile Turquia Brasil México A penetração da banda larga tem uma relação relevante com o PIB per capita e desenvolvimento humano de cada país Penetração de banda larga fixa vs. PIB per capita e IDH por país % Penetração de banda larga fixa Índice de desenvolvimento humano (IDH) (1) PIB per capita (2) Penetração de banda larga (3) PIB per capita (USD mil) IDH (#) 1.00 50 40 30 20 10 0 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 0.95 0.90 0.85 0.80 0.75 0.70 0.65 Fonte: ITU; World Bank; UNDP Notas: (1) Dados UNDP referente a 2014; (2) USD PPP, preços correntes Dados 2015; (3) número de assinantes por 100 habitantes Dados 2015; 6
Estudos realizados em outros países indicam que a expansão de banda larga estimula PIB e taxa de emprego Exemplos internacionais de benefícios de banda larga País Descrição País Descrição Não exaustivo União Europeia Gerou >1M empregos e ~ 850B em crescimento de atividade econômica ao longo de 10 anos Turquia Crescimento PIB de até 1,7% e criação de até 380 mil empregos Chile Gerou >110 mil empregos (1,7 p.p. de redução na taxa de desemprego) EUA Aumento de 1pp em penetração aumenta produtividade em 0,1% Colômbia Aumento médio de 0,4% do número de empresas Mundo Aumento de 10% em penetração de BL em um pais impulsiona PIB até 1,4% Índia Gerou, >9 milhões de empregos (1,8% dos 500M de empregos formais) Mercados emergentes Levar penetração de BL até o nível da Europa Ocidental pode adicionar USD 400B em PIB e gerar 14M empregos Fonte: The State of Broadband 2012, ITU 7
A evolução do modelo de concessão deve considerar 5 principais mudanças O que precisa ser feito? Por que precisa ser feito? 1 Converter o regime de concessão (público) para o de autorização / regime privado Permite maior competitividade das concessionárias; modelo mais robusto, flexível e em linha com o benchmark global 2 Desonerar o serviço de telefonia fixa, mesmo se convertido em um regime privado Reverte a destruição de valor e restaura a sustentabilidade financeira do serviço de telefonia fixa 3 Fim da reversibilidade de bens, considerando sua proporcionalidade de uso Aumenta segurança do setor para investimentos e permite a rentabilização de ativos Visão funcional deve considerar ativos multisserviço (fixo & BL) 4 Expandir a banda larga, focando não apenas na oferta mas também na demanda Plano deve ser exequível Atende aos interesses da sociedade, mercado, governo e operadoras; Ajudaria a estimular a economia do Brasil 5 Uso de fundos setoriais para suportar a universalização dos serviços de telefonia fixa e banda larga Garante sustentabilidade de serviços universais associados com regiões de alto custo, estímulo à demanda, entre outros 8
9