Leigos e Leigas Sacramentinos Congregação do Santíssimo Sacramento Província de Santa Cruz 50 anos da Canonização de São Pedro Julião Eymard

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Transcrição:

Leigos e Leigas Sacramentinos Congregação do Santíssimo Sacramento Província de Santa Cruz 50 anos da Canonização de São Pedro Julião Eymard Ano V - nº 49 /2012 - Roteiro de Formação Continuada A Eucaristia como fonte de humanização das relações interpessoais Junho 2012 1

1. Orientações Práticas do encontro Gostaria de tratar neste roteiro de alguns pontos importantes no tema Eucaristia como fonte de humanização das relações interpessoais. O primeiro, como Um Caminho, o segundo, como Um desafio e, por último, A Celebração. Entretanto, o foco mesmo deseja ser a relação. Para a organização deste encontro seria interessante colocar um espelho deitado no centro da mesa. O objetivo é para que todos visualizem que nossas relações são baseadas em nosso ponto de vista e o outro é reflexo daquilo que somos. É importante tomar consciência de que também somos formados a partir de nossas relações e por elas enxergamos o mundo e percebemos Deus em nosso caminho. Assim, somos convidados a olhar para nossa forma de ser e de nos relacionar com o outro e com Deus. A partir disto, poder direcionar essa dimensão Eucarística em nossa vida: Eucaristia como Relação. Por esse caminho vamos buscando nosso crescimento e amadurecimento. 2. Fraternidade Palavra de Acolhida Acolhemos a todos no desejo de um bom caminho rumo a nossa Assembleia e ao movimento de acolhida que temos feito aos vocacionados, que vamos incluindo em nosso convívio. Vamos dar mais um passo, buscando agora refletir sobre a Eucaristia como fonte de nossas tantas realidades, e dela brotando nosso desejo de estar com o outro. Fazer do outro sinal da morada de Deus e reconhecer nele a encarnação da própria experiência de Cristo. Vamos começar este momento de acolhida, passando o espelho de mão em mão, e cada um se olhe no espelho e faça a acolhida de si mesmo. Reafirme para si mesmo a certeza desse acolhimento. Depois, passe o espelho à frente e vá observando o rosto de cada pessoa trazendo a sua memória o primeiro contato que fez vocês se aproximarem. Este é um exercício de acolhimento: primeiro, você acolhe a si mesmo em suas realidades e, depois, acolhe o outro. 3. Fraternidade - Palavra de Memória Leitura da Ata: fazer memória, recordar o encontro anterior. 4. Fraternidade Partilha de vida orientada e oração 4.1 Partilha de vida Como continuidade da acolhida, o momento da partilha de vida pode recolher do grupo alguns sinais daquilo que foi buscado no início deste encontro. Seria propício, para aqueles que desejarem, partilhar como foi a experiência do primeiro contato/relação que teve com a pessoa que iniciou o encontro de hoje e perceber como este relacionamento se dá hoje. 4.2. Oração Inicial Estamos reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Façamos um breve momento de silêncio, trazendo à mente nossos relacionamentos de vida, pessoas que estão presentes conosco hoje, mas também pessoas que já passaram por nossa vida. Perceber o sentido de cuidado que cada uma dessas lembranças nos traz. Invoquemos o Espírito Santo como elo da relação entre o Pai e o Filho. Sigamos com a Leitura para nos prepararmos para a relação com Deus por sua palavra : At 20,28-36. 28 Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos estabeleceu como guardiães, como pastores da Igreja de Deus que ele adquiriu com o seu sangue. 29 Eu sei que, depois de minha partida, surgirão entre vós lobos ferozes, que não pouparão o rebanho. 30 Além disso, do vosso próprio meio aparecerão homens com doutrinas perversas, que arrastarão discípulos atrás de si. 31 Por isso, estai sempre atentos: lembrai-vos de que durante 2

três anos, dia e noite, com lágrimas, não parei de exortar a cada um em particular. 32 Agora entrego-vos a Deus e à sua palavra misericordiosa, que tem poder para edificar e dar a herança a todos os que foram santificados. 33 Não cobicei prata, ouro ou vestes de ninguém. 34 Vós bem sabeis que estas minhas mãos providenciaram o que era necessário para mim e para os que estavam comigo. 35 Em tudo vos mostrei que, trabalhando desse modo, se deve ajudar aos fracos, recordando as palavras do Senhor Jesus, que disse: Há mais felicidade em dar do que em receber. 36 Tendo dito isto, Paulo ajoelhou-se e orou com todos eles. 5. Fraternidade Palavra Refletida Pela leitura bíblica deste nosso encontro, percebemos o sentido do cuidado, e sua aproximação com a oração. O estar em relação exige de nós prestarmos atenção ao cuidado da relação. Colocar na mente e em foco. Se no início de um relacionamento já nos apresentamos no cuidado de saber que tipo de relação desejamos e qual o caminho que essa relação terá. Como caminho de oração, é preciso escutar a voz de Deus dentro de mim. Através desta voz no meu interior posso reconhecer a imagem que Deus faz de mim 1. E essa escuta também se traduz como oração e relacionamento com Deus. Para o caminho de Leigos e Leigas Sacramentinos, é importante perceber que Deus não fala a mim somente na palavra da Bíblia e da Liturgia, mas também pela realidade de meu corpo, de minha alma, de meu mundo de relacionamentos e de trabalho. Caminho Acredito que um pensamento deve ter sido o primeiro de tantos leigos, se não de todos, ou seja, logo no início, você pensou assim: O que estou fazendo aqui? Quem são essas pessoas? Qual caminho será trilhado? Todos esses questionamentos vinham a nossa mente a partir de um único propósito: o cuidado que cada um estava tendo ao entrar nessa forma de relacionamento, nessa forma de fraternidade. E com a oração estávamos acompanhando cada um desses nossos momentos. Mas esse relacionamento não era um relacionamento qualquer. Ele exigiria de cada um o sinal de entrega de si mesmo, de uma identificação comum, de uma busca profunda de se conhecer e de conhecer aquilo que estava sendo acolhido como vocação. E nessa hora se iniciava o caminho pessoal de cada um neste carisma. Mais importante ainda: iniciava-se a caminhada comum do grupo. A Eucaristia nos guiava a cada encontro, desejando ser o primeiro sinal que nos unia. A Eucaristia a toda hora nos convidava ao relacionamento. Quando falamos do cuidado que temos com as coisas ou com as pessoas ou com as relações, não estamos falando de um cuidado estético ou cuidado de um preciosidade, mas sim de um cuidado que passa pela ética, ou seja, de um cuidado que preserva o que é bom; de um cuidado que deseja transformar aquilo que não é bom em algo bom; de um cuidado que se realiza em nossa prática de ações diárias; de um cuidado de fazer parte de algo e crescer junto nesse caminho. Estamos buscando um amadurecimento. É importante saber desde já que esse caminho do relacionamento exige de mim um cuidado com o outro. Se eu me disponho a me relacionar com o outro, estou assumindo essa responsabilidade de cuidar do outro e cuidar dessa relação. Desafio Para criar uma reflexão, permitam-me apresentar agora um outro ponto de vista: Será que o cuidado de que estamos falando é fazer o caminho no lugar do outro? Ou será que o cuidado passa pelo testemunho de meu caminho percorrido e deixa o outro livre para se aproximar e desejar fazer a mesma experiência? Estou colocando este assunto, pois pode ser um grande risco em nosso percurso, ou seja, quando encontramos um caminho que nos realiza e estou dizendo de um caminho que nos transforma e nos liberta de tantos elementos opressores corremos o risco de desejar, ou até mais, de exigir que o outro percorra esse mesmo caminho. Aí estamos agindo quase que de forma parecida a de um opressor. Estamos, nesse 1 GRÜN, Anselm. Amadurecimento espiritual e humano na vida religiosa. Paulinas. 2009. 3

caso, retirando do outro a liberdade de fazer a experiência por decisão própria. Estamos, assim, deixando de ter o cuidado de cuidar da liberdade do outro. Nestas nossas relações é necessário buscarmos a maturidade. Essa maturidade é alcançada pela capacidade de se relacionar e de desempenhar nossas ações em equipe. A comunidade em que estamos, seja nossa família, nosso trabalho, o grupo religioso ao qual pertencemos, deve ser para cada pessoa um lugar de partilha viva, de autoconhecimento, um espaço de confiança, onde cada qual possa crescer em amor por si e pelo próximo. A Celebração Quando desejamos aproximar-nos da Eucaristia, o desejo vem por saber que ela é fonte de muitas de nossas realidades. Numa abordagem eucarística, o tema Eucaristia como fonte de humanização, eu gostaria de propor uma elaboração inicial apresentada por Anselm Grün: Jesus não quis o ser humano unilateralmente espiritual: nem o herói, nem a pessoa exclusivamente espiritual e desencarnada. E completa: a meta e o sentido da vida não são os humanos perfeitíssimos, mas um SER íntegro, enraizado em Deus e na vida humana. Somos um grupo guiado pela e para a Eucaristia; digo isso pelo fato de nos encontrarmos para celebrar. Essa celebração deve ser vista também como uma relação. É na celebração que encontramos a fonte que precisamos para direcionar todos nossos relacionamentos com aquilo que acabamos de celebrar. Quero, então, comentar aqui o sinal ritual que nos faz terminar nossa Celebração Eucarística e que de alguma forma nos remete aos demais relacionamentos de nossa vida cotidiana. A frase: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Respondemos: Graças a Deus. Esse diálogo final nos permite experimentar que a missa como ritual chegou a seu final e somos agora enviados a ser missão na vida cotidiana. Isso é muito bonito, nos percebermos como seres orientados por Deus aos relacionamentos para podermos ser testemunhas da relação maior com Deus. É como se cada um de nós fosse um terreno fértil ou uma tenda. Quando estamos celebrando a Eucaristia, juntamos todas nossas realidades e somamos à realidade comum. Todas nossas tendas pessoais, nossos terrenos, nossos mundos e colocamos tudo isso como uma só tenda, uma só terra fértil e um só mundo. Cada um de nós com sua tenda junta-se pra formar a tenda maior do altar de Deus, a própria Igreja. E só conseguimos fazer essa dinâmica a partir do encontro, da relação, do desejo de estar junto e em comunidade. Aí nos realizamos como um ser-com... Para terminar, vale enfatizar que muitos santos e santas, e com São Pedro Julião Eymard não foi diferente, viveram seus relacionamentos e sua forma de oração e espiritualidade que possibilitaram responder às perguntas de seu tempo, de dar fruto em prol das pessoas, de cuidar daquilo que era possível cuidar e assim ser sinal na vida de cada um. A força criativa que brotava de sua vida era a expressão da maturidade espiritual e humana a que chegaram. A meta, então, da vida espiritual é que a imagem de Cristo Eucarístico dentro de uma pessoa se revele de modo simples. Que o indivíduo encontre aquela vocação e aquela forma que Deus pensou para ele. Cada um encontre a forma que lhe é particular, escutando a voz de Deus dentro de sua realidade pessoal, em sua história de vida. 6. Fraternidade Palavra partilhada Para esta partilha retome o experiência de se abrir e buscar perceber-se nesses caminhos e pelo amadurecimento: Como estão estabelecidas minhas relações sociais e a cooperação com outras pessoas? Qual meu nível de discernimento, o modo e as condições de minha atuação profissional? Como me percebo lidando com o amor e o cuidado? Como determino meu posicionamento com relação à arte e minha parte criativa? 4

Completando a sugestão: que possamos viver um momento de Adoração em conjunto, onde buscaremos a dimensão da escuta de Deus, falando a nosso coração para expressarmos mais o Amor que brota dessa Fonte Eucarística. 7. Fraternidade Palavra de compromisso do mês A sugestão aqui não poderia ser outra. Gostaria de propor cada um descubra a escala interior de valores tanto no caminho do relacionamento e do cuidado, como no caminho de oração e de espiritualidade. Ainda nesta proposta, buscar sintonizar esse dois caminhos num equilíbrio de maturidade e experiência de realização de vida. 8. Fraternidade Avaliação Avaliemos nosso encontro, completando as seguintes frases: a. O encontro foi positivo porque... b. Apesar disso ele poderia... c. Por isso sugiro que... 9. Fraternidade Palavra Informada Lembrar da Assembleia... ANIVERSÁRIOS Religiosos Padre Francisco De Oliveira Marques Júnior 02 de Padre Sebastião Leite Mezêncio 06 de Ir. Renivaldo Bruno da Cruz 15 de Padre Hernaldo Pinto Farias 24 de Leigos e Leigas Sacramentinos Bárbara Lúcia Batista Camargo Barbosa Uberaba 04 de Liduina Maria Silva Araújo Fortaleza / São Benedito 08 de Maria da Conceição Martins Santana Caratinga 12 de Maria Goretti dos Santos Uberaba 13 de Maristella Alves Ribeiro Silva Uberaba - 15 de Luisa Cançado Machado BH Servas - 16 de Maria do Socorro Reis Miranda Sant Ana RJ 17 de Ivanete Maria Ferreira Vieira Sant Ana RJ 18 de Eduardo Diniz Freitas Sete Lagoas 21 de João Figueiredo de Matos Uberaba 26 de Maurício Gomes Costa Caratinga 28 de Maria Edina da Silva Américo Sant Ana RJ 30 de Promessa de Vida Comunidade de Leigos e Leigas Sacramentinos de Caratinga 27 de 5

10. Fraternidade Palavra e Partilha do Pão Como de costume, o grupo organize a convivência da partilha da mesa, na certeza de que este é um espaço rico para nossas relações e de crescimento em nossa vivência. 11. Pensamento do Mês: Examinai tudo e ficai com o que é bom! São Paulo Roteiro gentilmente elaborado por: Marcelo Soares de Lacerda 6