1ª COMISSÃO DISCIPLINAR

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Transcrição:

1ª COMISSÃO DISCIPLINAR PROCESSO Nº 034/2017 Jogo: E.C. Bahia (BA) X E.C. Vitória (BA) - categoria profissional, realizado em 30 de março de 2017 Copa do Nordeste Denunciados: 1º) Regis Augusto Salmazzo, atleta do Esporte Clube Bahia, incurso no Art. 258 do CBJD; 2º) Patric Cabral Lalau, atleta do Esporte Clube Vitória, incurso no Art. 254- A 1º inciso I do CBJD; 3º) Argel Fucks, técnico do Esporte Clube Vitória, incurso no Art. 243-F do CBJD 4º) Esporte Clube Bahia, incurso no Art. 257 3º do CBJD; 5º) Esporte Clube Vitória, incurso no Art. 257 3º do CBJD ACÓRDÃO Vistos, relatado e discutido o processo em epígrafe, acordam os Auditores da Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol, por unanimidade de votos, absolver Regis Augusto Salmazzo, atleta do Esporte Clube Bahia, quanto à imputação ao Art. 258 do CBJD; multar em R$ 20.000,00 as equipes do Esporte Clube Bahia e Esporte Clube Vitória, ambas por infração ao Art. 257 3º do CBJD; por maioria de votos, absolver Patric Cabral Lalau, atleta do Esporte Clube Vitória, quanto à imputação ao Art. 254-A 1º inciso I do CBJD, contra o voto do Auditor Dr. Rafael Feitosa, que desclassificava a infração para o Art. 250 2º do CBJD, e o suspendia por 01 partida; suspender por 03 partidas, Argel Fucks, técnico do Esporte Clube Vitória, por infração ao Art. 258, face a desclassificação do Art. 243-F, ambos do CBJD, contra o voto do Auditor Dr. Douglas Blaichman, que mantinha a denúncia no Art. 243-F do CBJD, e o suspendia por 04 partidas e multa de R$ 2.000,00. Determinando prazo de 07 dias para cumprimento da obrigação, devendo comprovar nos autos do processo o cumprimento da referida obrigação no prazo de 48 horas, sob pena das medidas previstas no Art. 223 do CBJD. Gustavo Koch Pinheiro Relator 1

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Relatório: Foi apresentada denúncia contra o atleta Regis Augusto Salmazzo do Bahia em face de sua expulsão pelo segundo cartão amarelo por ter subido as escadas de acesso à arquibancada por comemorar o gol junto a sua torcida. Pelo que requer a aplicação da pena do art. 258 do CBJD. No mesmo sentido, o atleta Patric Cabral Lalau foi expulso ao em decorrência do segundo cartão amarelo, por que teria empurrado o pescoço de seu adversário. Por tal ato, a procuradoria assevera que o atleta teria praticado agressão física e estaria incurso na infração do art. 254-A do CBJD. Por fim, destaca o tumulto registrado pela súmula e os fatos ocorridos ao final do jogo: Nesse sentido, entende que a conduta do Técnico Argel Fucks implica na infração contida no art. 243-F do CBJD e que os clubes Bahia e Vitória devem responder pela rixa/tumulto, na forma do art. 257 3º do CBJD. 3

O relatório de antecedentes aponta que todos são primários, com exceção dos clubes. Voto: Foi produzida prova de vídeo. É o breve relatório. 1º e 2º Denunciados: Regis Augusto Salmazzo e Patric Cabral Lalau. Quanto aos dois primeiros denunciados, entendo ser o caso de rejeição da denúncia. Já é entendimento pacificado nesta Comissão que os cartões amarelos não configuram infração disciplinar grave, mas mera infração desportiva. Apenas excepcionalmente poderá a Procuradoria oferecer denúncia em desacordo com as decisões disciplinares da equipe de arbitragem, sejam elas positivas ou negativas. A exceção a tal regra exige: a) o cometimento de infração grave; e b) que tenham escapado à atenção da arbitragem. A exceção no CBJD se justifica, eis que ao escapar da atenção da arbitragem, obviamente, o fato não foi objeto de decisão disciplinar, logo, não há que se falar em modificação, estando em sintonia com o caput do art. 58-B. Como dito, é fundamental que a falta seja grave. Ou seja, infrações cuja penalidade seja a aplicação da pena de expulsão, tal como definido nas Regras do Jogo: Infrações sancionáveis com cartão amarelo: (...) 4

Um substituto ou um jogador substituído será advertido com cartão amarelo se cometer uma das três infrações: 1. for culpado de conduta antidesportiva. Infrações sancionáveis com expulsão Um jogador, um substituto ou um jogador substituído será expulso e receberá o cartão vermelho se cometer uma das seguintes sete infrações: (...) 6. empregar linguagem e/ou gesticular de maneira ofensiva, grosseira ou abusiva. Como bem estabelecido pelas Regras do Jogo, as infrações praticadas no campo de jogo já foram devidamente apenas pelo árbitro da partida. Pela reincidência na advertência os atletas foram expulsos e ainda ficaram obrigados a cumprir uma suspensão automática. Portanto, como a súmula tem presunção de veracidade e não foi trazida nenhuma outra prova aos autos a demonstrar que o tratava-se de falta grave não observada pela equipe de arbitragem (art. 58-A CBJD), entendo pela rejeição da denúncia contra os atletas Regis Augusto Salmazzo e Patric Cabral Lalau. 3º Denunciado - Argel Fucks Quanto ao denunciado Argel Fucks, entendo que merece ser apenado por infração ao art. 258 e não ao art. 243-F do CBJD. Restou devidamente demonstrado pela súmula que em momento de grande tumulto e confusão junto ao túnel de acesso o denunciado instigou o confronto ao invés de tentar conduzir seus atletas ao vestiário. Tal fato é reforçado pela prova de vídeo produzida nos autos. A conduta e comportamento do denunciado é reforçado na entrevista coletiva onde o mesmo ainda continua a instigar a violência. A conduta do treinador não é ofensiva a ninguém em especial. No entanto, é altamente reprovável e em desacordo com a ética e disciplina esportiva esperada de um treinador em um momento de conflito. 5

Por tais razões, acolho em parte a presente denúncia, desclassificando a infração para o art. 258 do CBJD por entender a conduta do denunciado incompatível com a ética e disciplina esportiva esperada de um treinador, estabelecendo a sua suspensão por três partidas. Clubes denunciados Por fim, merece igualmente ser acolhida a denúncia em relação aos clubes denunciados. A súmula e a prova de vídeo demonstram com clareza o tumulto generalizado e a confusão ocorrida na entrada do e no acesso aos vestiários ao final do jogo. Pode-se perceber vários empurrões, socos e pontapés. No entanto, discordo parcialmente do entendimento da douta Procuradoria quanto a extensão do enquadramento da infração. Embora a infração disciplinar contenha o termo rixa, penso que não se assemelha exatamente ao tipo do direito penal. Os envolvidos no crime de rixa são ao mesmo tempo sujeitos passivos e ativos. No entanto, trata-se de crime autônomo e tem a especial função de permitir a responsabilização criminal em decorrência de um homicídio ou lesão corporal grave quando não é possível determinar quem desferiu o golpe determinante. No entanto, penso que a aplicação e interpretação no direito desportivo disciplinar tem outros contornos. Penso que não foi redigido com a previsão de hipótese de homicídio ou ainda lesão corporal grave ou gravíssima decorrente um tumulto. Logo, não teríamos um resultado grave a apenar, mas a conduta em si. Nesse sentido, entendo que um inquérito promovido pela Procuradoria poderia determinar com mais clareza quem efetivamente praticou atos de agressão, quem participou do tumulto e quem apenas defendeu-se ou separou os agressores (exceção de punibilidade). Se a regra geral fosse identificar todos os participantes, não teria necessidade de estabelecer a hipótese do 3º do art. 257 do CBJD. Logo, a penas ao clubes é complementar à pena que deve ser aplicada aos seus participantes: 6

Art. 257. Participar de rixa, conflito ou tumulto, durante a partida, prova ou equivalente. PENA: suspensão de duas a dez partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código. 1º No caso específico do futebol, a pena mínima será de seis partidas, se praticada por atleta. 2º Não constitui infração a conduta destinada a evitar o confronto, proteger outrem ou a separar os contendores. 3º Quando não seja possível identificar todos os contendores, as entidades de prática desportiva cujos atletas, treinadores, membros de comissão técnica, dirigentes ou empregados tenham participado da rixa, conflito ou tumulto serão apenadas com multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil reais). A regra estabelecida também nos aponta que a infração de rixa pode ser atribuída a alguns atletas identificados, e não por acaso, com a mesma pena da infração de agressão. Seja como for, pela prova produzida é possível determinar que o tumulto se iniciou na entrada do túnel, estendendo-se até a zona mista. Nesse sentido, me pareceu realmente impossível determinar todos os envolvidos, eis que muitos estavam sem camisa e alguns de costas para as câmeras. O inquérito apenas traria a possibilidade de apenas alguns atletas pelo ocorrido, mas não possibilitaria a determinação integral de seus participantes. Por tais razões, acolho a denúncia para condenar ambos os clubes ao pagamento de multa de R$ 20.000,00. Registro que o valor da multa vai fixado no limite máximo em função da reincidência dos infratores, ter sido praticada em concurso, pela gravidade e pelo fato de que o valor sanção deve ser proporcional à grandeza dos clubes envolvidos de modo a constituir efetiva sanção. É como voto. Gustavo Koch Pinheiro 7

Auditora 1ª CD/STJD 8