AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO MEL COMERCIALIZADO NOS MUNICÍPIOS DE FRAIBURGO E VIDEIRA, SC

Documentos relacionados
Produção do mel 29/10/2010

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO UFERSA DISCIPLINA: INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Alimentos, Rod. Admar Gonzaga 1346, CEP: , Itacorubi, Florianópolis, SC.

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE MÉIS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE UBERABA

Fontes do Mel. Fontes naturais do mel. Néctar (Honeydew)(Cana de açúcar

IDENTIFICAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE MEL DE ABELHAS Apis mellifera DO SERTÃO PARAIBANO.

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DO MEL COMERCIALIZADO NA REGIÃO CELEIRO 1 QUALITY ASSESSMENT OF COMMERCIALIZED HONEY IN THE CELEIRO REGION

Profª Me. Tatiane da Silva Poló

AVALIAÇÃO DO MEL COMERCIALIZADO NO SUL DO BRASIL E NO URUGUAI 1. INTRODUÇÃO

Portaria ADAB nº 207 DE 21/11/2014

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO MEL DE DIFERENTES ESPÉCIES DE ABELHAS NATIVAS CRIADAS NA CETREVI-EPAGRI-VIDEIRA

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DO MEL E PREPARO DO PÓLEN COMO AGENTE DE CRISTALIZAÇÃO

ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DOS MÉIS PRODUZIDOS E COMERCIALIZADOS NO ESTADO DE SERGIPE

Anais do 1º Seminário sobre Criação de Abelhas & 1 Economia Solidária, Estado do Rio de Janeiro 2008 UFRRJ Seropédica, RJ, Brasil

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE MEL PRODUZIDO EM SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

ANÁLISE DO TEOR DE HIDROXIMETILFURFURAL DO MEL DE Melipona flavolineata NO DECURSO DO PROCESSO DE DESUMIDIFICAÇÃO POR AQUECIMENTO

Avaliação Microbiológica e Físico-química de Méis Comercializados no Município de Toledo, Pr

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Disponível em: <

1. INTRODUÇÃO. A.A.P. Almeida 1, P.C.R. Ribeiro 2, V.C.Z. Costa³, T.M.G. Almeida 4

Caracterização físico-química de méis de Apis mellifera L. da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL IDENTIDADE E QUALIDADE DO MEL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Farmácia Laboratório de Farmacognosia

Características físico-químicas de meis produzidos por espécies de meliponíneos

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA FARINHA DE MANDIOCA PRODUZIDA EM DIFERENTES ESTADOS DO PAÍS.

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO MEL PRODUZIDO POR DIFERENTES ESPÉCIES DE ABELHAS NATIVAS CRIADAS NA CETREVI-EPAGRI VIDEIRA

DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE MÉIS PRODUZIDOS EM PEQUENAS COMUNIDADES RURAIS DO INTERIOR DA PARAÍBA.

DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE MÉIS COMERCIALIZADOS NA REGIÃO DE GUAXUPÉ - MG

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DO MEL COMERCIALIZADO EM SANTO AUGUSTO- RS

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE MÉIS COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE CUIABÁ-MT

CONTROLE DA QUALIDADE DE AMOSTRAS DE MEL DE Apis mellifera L. (HYMENOPTERA, APIDAE), PROCEDENTES DA REGIÃO DOS CAMPOS GERAIS-PARANÁ.

COMPARISON OF PHYSICAL AND CHEMICAL ANALYSIS OF HONEY (APIS MELLIFERA L.) WITH HONEY GLUCOSE CORN

ANÁLISE DE AMIDO EM LEITE EM PÓ

MICROBIOLOGIA DO MEL DE ÁPIS E MELIPONAS LOCALIZADOS NA REGIÃO DE SALVADOR - BA E DE ENTRE RIOS BA

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS DE PROCESSO PARA OBTENÇÃO DE MEL CO- CRISTALIZADO COM SACAROSE

AVALIAÇÃO DE ADULTERAÇÕES E MANUSEIO INADEQUADO EM MÉIS DE ABELHAS AFRICANIZADAS COMERCIALIZADOS SEM FISCALIZAÇÃO

DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE UMIDADE E CINZAS DE PEIXE SALGADO-SECO COMERCIALIZADO NA ZONA OESTE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO RJ

ELABORAÇÃO DE VINAGRE UTILIZANDO MEL DE ABELHA (APIS MELLIFERA) EXCEDENTE DE PRODUÇÃO

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUIMICAS DE MÉIS COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE SETE LAGOAS-MG

VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE MÉIS PRODUZIDOS E COMERCIALIZADOS NO SERTÃO PARAIBANO.

PARÂMETROS DE QUALIDADE DA POLPA DE LARANJA

Avaliação da qualidade de méis produzidos no estado de Sergipe

AVALIAÇÃO DE ADULTERAÇÕES E MANUSEIO INADEQUADO EM MÉIS COMERCIAIS DE ABELHAS AFRICANIZADAS

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS EM MEL EVALUATION OF PHYSICAL-CHEMICAL AND MICROBIOLOGICAL PARAMETERS IN HONEY

AVALIAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO MEL DE APIS MELLIFERA PRODUZIDO NA REGIÃO DE SINOP/MT

BARRINHA DE CEREAL COM USO DE MEL EM SUBSTITUIÇÃO DO XAROPE DE AGLUTINAÇÃO

11º ENTEC Encontro de Tecnologia: 16 de outubro a 30 de novembro de 2017

AULA 3. Prof a Dra. Rosa Lúcia Carneiro da Silva

Autor (1) Claudiany Silva Leite Lima; Autor (2) Eleilde de Sousa Oliveira; Orientador (1) Denise Silva do Amaral Miranda.

MÉTODOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS DE DETERMINAÇÃO DE 5-HIDROXIMETILFURFURAL EM DIFERENTES TIPOS DE MEL

Análise dos teores totais de CaO e MgO em rochas calcárias da região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais

Caracterização Físico-Química de Mel proveniente da Serra Gaúcha

Qualidade físico-química de mel de abelha Apis mellifera de diferentes floradas

Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel de Abelhas sem Ferrão Gênero Melipona

TÍTULO: AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE POLPAS DE FRUTAS COMERCIALIZADAS EM MONTES CLAROS-MG

Mel. Prof Dra Édira Castello Branco de Andrade Gonçalves.

ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE SUCO DE CAJU. Iwalisson Nicolau de Araújo 1 Graduando em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual da Paraíba.

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MÉIS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DE MERITI, RJ

Características físico-químicas do mel comercializado na região de Uberlândia

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS SAÚDE E TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS JAM DA SILVA BARBOSA

DETERMINAÇÃO DA AUTENTICIDADE DOS MÉIS VENDIDOS NAS FEIRAS LIVRES E COMÉRCIOS POPULARES

ANÁLISE DAS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DE AMOSTRAS DE MEL COMERCIALIZADO EM FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE ASSIS CHATEAUBRIAND, PR.

IMPLANTAÇÃO DA CASA DO MEL AOS APICULTORES DE BOTUCATU

Caracterização físico-química de méis produzidos no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE MÉIS COMERCIAIS DE ABELHAS AFRICANIZADAS

Inspeção de mel. Histórico. Produção de mel no Brasil. Produção de mel no Brasil e no mundo 27/05/2013. Jean Berg Alves da Silva

Avaliação dos padrões de qualidade de salsichas de frango e comparação com as informações do rótulo, legislação e literatura

Avaliação da composição centesimal e determinação de minerais em rações para cães e gatos

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE MÉIS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE ARACATI-CE

AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE MÉIS PRODUZIDOS POR Apis mellifera NO MUNICÍPIO DE BREJO MA RESUMO

QUALIDADE DE MÉIS DE APIS MELLIFERA

ANÁLISE DE AMIDO EM SUPLEMENTO DE PROTEÍNA PELO TESTE QUALITATIVO DE IODO

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DO MEL PRODUZIDO NA REGIÃO NOROESTE DO RS

COMPARAÇÃO DE PARÂMETROS LABORATORIAIS EM DIFERENTES TIPOS DE GELEIAS CONVENCIONAIS DE MORANGO

ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS E FÍSICO QUÍMICAS DE DIFERENTES MARCAS COMERCIAIS DE MEL

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DO LEITE CRU E DO LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADOS NO OESTE DE SANTA CATARINA

O posicionamento do conjunto dos órgãos próprios dos Ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego explicita que:

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E MICROSCÓPICA DE MÉIS COMERCIALIZADOS EM FEIRAS-LIVRES DA CIDADE DE CUIABÁ-MT

XXV - MEL. Esta classificação é em fotômetro ou espectrofotômetro a 560nm, em célula de 1cm, usando como branco a glicerina pura.

Avaliação da qualidade de méis de abelhas Apis mellifera comercializados no município de Ouricuri-PE

TÍTULO: FERMENTAÇÃO DE EXTRATO HIDROSSOLÚVEL DE SOJA VERDE POR BACTÉRIAS PROBIÓTICAS

INSTRUÇÃO NORMATIVA MAPA Nº 30, DE

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO MEL DE ABELHA Apis mellifera DO SERTÃO PARAIBANO

ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE QUEIJOS FUNCIONAIS

PRODUTIVIDADE DAS COLMEIAS DE

Jornal Oficial das Comunidades Europeias. DIRECTIVA 2001/110/CE DO CONSELHO de 20 de Dezembro de 2001 relativa ao mel

COMPARAÇÃO DAS QUALIDADES FÍSICO-QUIMICAS DA MAÇÃ ARGENTINA RED COM A MAÇÃ NACIONAL FUJI

AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE AMOSTRAS DE MÉIS ORGÂNICOS DESTINADOS À EXPORTAÇÃO

MEL DE ABELHAS Apis mellifera: CONDICÕES-HIGIÊNICO-SANITÁRIAS.

Avaliação da qualidade físico-química do mel comercializado na cidade de Crato, CE

DETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E DA CONCENTRAÇÃO DE METAIS EM MÉIS DE DIFERENTES REGIÕES BRASILEIRAS

Maria Celeste da Costa Bento

Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO MEL DA ABELHA JATAÍ (Tetragonisca angustula)

USO DO MÉTODO ESPECTROFOTOMÉTRICO PARA A DETERMINAÇÃO DE ENXOFRE EM FERTILIZANTES.

Análise físico-química de mel com própolis comercializados no município de Caxias, Maranhão, Brasil

Análise Físico-química e Microbiológica do Mel de Abelha. Physical and chemical analysis and microbiological Bee Honey

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E MICROBIOLÓGICAS DE PÓLEN APÍCOLA DA MICRORREGIÃO DE RIBEIRA DO POMBAL, BAHIA, BRASIL

QUALIDADE DA FARINHA DE MANDIOCA COMERCIALIZADA NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO ACRE S. da S. Torres 2, M. T. Furtado 1,

Caracterização polínica, física e organoléptica de méis de Apis mellifera produzidos e comercializados no estado do Paraná

Transcrição:

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO MEL COMERCIALIZADO NOS MUNICÍPIOS DE FRAIBURGO E VIDEIRA, SC Suzane Bogo 1 Nei Carlos Santin 2 Mônica Frighetto 3 RESUMO O mel é um produto de fácil acesso aos consumidores em todo o País durante o ano inteiro, em razão da flora diversificada, extensão territorial e variabilidade climática. A sua produção gera bons resultados econômicos e, apesar de existirem diversas espécies de abelhas produtoras de mel, a principal é a Apis mellifera L. Pode ocorrer variações na composição do mel conforme a fonte vegetal da qual é derivado, as condições climáticas, o solo, entre outros fatores. Por ser um produto de fácil adulteração, é de grande valia sua análise físico-química para garantir sua qualidade. Foram adquiridas, para avaliação, sete marcas de méis diferentes, comercializados em Fraiburgo e Videira, SC. Tais marcas apresentaram homogeneidade quanto aos parâmetros umidade, acidez, ph e reação de Lugol, enquadrando-se nas especificações para qualidade do mel da legislação brasileira. Quanto aos parâmetros sacarose aparente, cinzas, sólidos insolúveis e reações de Fiehe e Lund, algumas marcas apresentaram variabilidade, além disso, todas se encontram abaixo do valor mínimo para açúcares redutores, estando, assim, fora das especificações da legislação vigente. Palavras-chave: Mel. Análises físico-químicas. Qualidade. 1 INTRODUÇÃO O mel é muito consumido no mundo inteiro e desempenha papel importante na dieta humana, sendo utilizado também nas indústrias de cosméticos, produtos farmacêuticos e alimentícios (PEREIRA, 2008). A principal espécie de abelha produtora do mel comumente utilizado para o consumo humano é a Apis mellifera L. (SOUZA et al., 2008). De acordo com a Instrução Normativa n. 11, de 2000 (BRASIL, 2000), entende-se por mel o produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que ficam sobre partes vivas de plantas, que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colmeia. A composição do mel varia principalmente conforme a fonte vegetal do qual é derivado, como o solo, a espécie da abelha, o estado fisiológico da colônia, a maturação do mel e as condições meteorológicas na colheita (ALVES et al., 2005). Os principais componentes do mel são os açúcares, que somam cerca de 80%, a água, com proporção entre 17 e 20%, além de outros compostos presentes em quantidades mínimas, mas que são os grandes responsáveis pelas características por meio das quais o mel é conhecido, como cor, aroma e sabor (BARTH et al., 2005). Mais de 181 substâncias diferentes foram identificadas no mel, algumas exclusivas dele. Entre os principais estão minerais, aminoácidos, proteínas, enzimas e ácidos orgânicos (CRANE, 1985). As análises físico-químicas são realizadas no mel a fim de comparar os resultados obtidos com o padrão regulamentado por instituições presentes no País, garantindo, assim, a qualidade do produto para o consumidor (BERTOLDI 1 Graduada em Farmácia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina; suzane_bogo@hotmail.com 2 Mestre em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina; Docente na Universidade do Oeste de Santa Catarina de Videira; Farmacêutico-Bioquímico; nei.santin@unoesc.edu.br 3 Mestre em Farmacologia pela Universidade Federal de Santa Catarina; Docente na Universidade do Oeste de Santa Catarina de Videira; Farmacêutica-Bioquímica; monica.frighetto@unoesc.edu.br 109

Suzane Bogo, Nei Carlos Santin, Mônica Frighetto et al., 2007). A legislação brasileira que regulamenta a padronização do mel a ser comercializado é a Instrução Normativa n. 11, de 20 de outubro de 2000, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) (BRASIL, 2000). As análises físico-químicas recomendadas pela legislação para o controle de qualidade do mel são subdivididas conforme a característica a ser determinada. Desse modo, a maturidade é avaliada por meio da umidade, sacarose aparente e açúcares redutores; para verificar a pureza, realizam-se análises de sólidos insolúveis em água, minerais (cinzas) e pólen. A deterioração é confirmada pela presença de fermentação, nível de acidez livre, atividade diastásica e concentração de hidroximetilfurfural (HMF) (BRASIL, 2000). A atividade apícola é bem desenvolvida na região analisada e apesar do produto ser de fácil acesso, possui um alto custo, o que pode influenciar na adulteração para a obtenção de um menor valor de fornecimento ao consumidor, o que leva a uma qualidade insuficiente. Este trabalho foi desenvolvido com a finalidade de avaliar a qualidade de amostras de méis comercializados nos municípios de Fraiburgo e Videira, SC. 2 MATERIAL E MÉTODOS As amostras foram coletadas em pontos de comercialização nos municípios de Fraiburgo e Videira, SC, totalizando sete amostras de marcas e origens distintas. As análises físico-químicas foram realizadas no Laboratório de Química Geral e Inorgânica da Universidade do Oeste de Santa Catarina de Videira. As amostras foram submetidas às análises para a determinação de parâmetros como umidade, cinzas, acidez livre, ph, açúcares redutores, sacarose aparente e sólidos insolúveis. Realizaram-se também as reações de Lund, Lugol e Fiehe para verificar, respectivamente, possível adição de proteínas, amido e presença de HMF. A determinação da umidade foi realizada por secagem direta em estufa a 105 C; para análise de cinzas, as amostras foram carbonizadas diretamente em bico de Bunsen e, posteriormente, incineradas em mufla a 550 C, resfriadas e pesadas até atingir peso constante; para avaliação da acidez titulou-se a amostra com hidróxido de sódio 0,05N até ph 8,5. O ph foi determinado em solução de mel a 10% com potenciômetro digital (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2005). A concentração de açúcares redutores foi determinada a partir de uma solução de mel a 2% em água destilada, a qual foi utilizada como titulante, da mistura de 40 ml de água destilada, juntamente com 10 ml de cada reagente de Fehling A e B, padronizados; essa mistura foi mantida em ebulição durante a titulação. A mudança da cor azul para incolor e a formação de um precipitado vermelho de óxido cuproso indicaram o final da titulação. Para a determinação da sacarose aparente, inicialmente a amostra foi acidulada com ácido clorídrico concentrado (cerda de 1 ml) e, em seguida, colocada em banho-maria a 100 ± 2 C por 30 a 45 minutos. Após o resfriamento, adicionou-se hidróxido de sódio a 40% até alcalinizar a amostra e completou-se o volume da solução. Esta solução foi adicionada à bureta e procedeu-se a titulação conforme realizado em açúcares redutores (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2005). Os sólidos insolúveis em água foram determinados por gravimetria. Após completa eliminação dos açúcares das amostras, colocaram-se os cadinhos em estufa a 135 C durante uma hora, e depois de decorrido o tempo foram devidamente resfriados em dessecador e pesados. Para a reação de Lund, pesaram-se cerca de 2 g da amostra em uma proveta de 50 ml com tampa, a qual foi diluída com o auxílio de 20 ml de água destilada. Em seguida, foram adicionados 5 ml de solução de ácido tânico 0,5%, e o volume foi completado com água até 40 ml, agitou-se bem e, após 24 horas de repouso, verificou-se a formação de precipitado (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2005). Na reação de Fiehe foram pesados 5 g de amostra em um béquer de 50 ml, adicionados 5 ml de éter e agitada vigorosamente. Em seguida, a camada etérea foi transferida para um tubo de ensaio e adicionou-se 0,5 ml de solução clorídrica de resorcina recém preparada, ao final a solução ficou em repouso por 10 minutos. Observou-se a presença ou não de coloração vermelha intensa. Na reação de Lugol, pesaram-se 10 g da amostra em um béquer de 50 ml, adicionaram-se 20 ml de água, em seguida foi agitada, colocada em banho-maria por uma hora, resfriado e adicionado 0,5 ml de solução de Lugol. Observou-se a mudança da coloração (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2005). Todas as amostras foram analisadas em triplicatas para cada parâmetro avaliado. 110

Avaliação das características físico-químicas do mel comercializado nos municípios de Fraiburgo e Videira, SC 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados encontrados foram disponibilizados em tabelas, de acordo com as características que definem o mel. Conforme a Instrução Normativa n. 11/00 do MAPA (BRASIL, 2000), os parâmetros que determinam a maturidade das amostras analisadas estão apresentados na Tabela 1. O mel possui a característica de ser higroscópico, absorvendo facilmente a água, e depende das condições de armazenamento e de manejo e, ainda, da região (SILVA et al., 2006). Segundo a Instrução Normativa (BRASIL, 2000), o teor de umidade não deve ser superior a 20 g/100 g. Além de interferir na viscosidade, o elevado teor de umidade favorece a fermentação do mel, levando à deterioração (CRANE, 1985). Todas as amostras analisadas apresentaram valores de acordo com a legislação; as amostras 1 e 2 representam, respectivamente, o maior e o menor valor encontrado. Os açúcares redutores, glicose e frutose, representam os componentes majoritários do mel e estão diretamente relacionados a propriedades como viscosidade, higroscopicidade, granulação, valor energético e atividade antibacteriana (CRANE, 1985). A glicose é menos solúvel em água, caracterizando a cristalização do mel, enquanto a frutose é mais adocicada (PEREIRA, 2008). A sacarose em alto teor pode representar uma maturação inadequada do mel, em decorrência de uma colheita prematura, quando ainda não foi totalmente transformada em frutose e glicose, pela ação da invertase (SOUZA et al., 2008). De acordo com a Tabela 1, todas as amostras analisadas estão abaixo do valor exigido do teor de açúcares redutores, pois o mínimo permitido é de 65g/100g. Já a concentração máxima de sacarose permitida é de 6 g/100 g (BRASIL, 2000). Portanto, dentre as amostras, duas encontram-se acima do valor permitido. Tabela 1 Valores médios dos parâmetros físico-químicos que determinam a maturidade do mel de amostras comercializadas em Fraiburgo e Videira, SC Amostras Umidade (g/100 g) Sacarose aparente (g/100 g) Açúcares Redutores (g/100 g) 1 18,45 12,27 55,05 2 12,81 4,08 54,73 3 13,68 6,72 54,45 4 17,89 0,00 55,36 5 14,20 0,00 57,80 6 15,54 0,00 55,55 7 13,26 0,00 58,74 Limites* Máx. 20 Máx. 6 Mín. 65 Fonte: os autores. Nota: * Estabelecidos pela IN n. 11, de 2000 (BRASIL, 2000). Conforme descrito pelo Instituto Adolfo Lutz (2005), existem dois métodos para a determinação de açúcares redutores. O utilizado neste trabalho corresponde ao método B, o qual se refere a glicídios redutores em glicose. No entanto, essa metodologia não se mostrou apropriada, visto que mesmo com a repetição da análise, todas as amostras apresentaram um valor abaixo do esperado. O cálculo presente no método é inconclusivo, pois a fórmula possui legenda confusa e que leva a entender que duas variáveis com legendas distintas correspondem ao mesmo valor. A Tabela 2 apresenta dois dos três parâmetros que determinam a pureza do mel, sendo o terceiro a presença de pólen, o qual deve ser positivo, pois é natural no mel, no entanto, essa característica não foi determinada neste trabalho. Os minerais aparecem em quantidades mínimas no mel, mas também estão inclusos entre os componentes que podem modificar a sua coloração (SILVA et al., 2006). Entre os minerais presentes estão o cálcio, o ferro, o manganês e o fósforo (PEREIRA, 2008). Porém, o que se apresenta em maior quantidade é o potássio, chegando a ter 100 vezes a quantidade do ferro (CRANE, 1985). O teor máximo de cinzas permitido no mel, segundo a Instrução Normativa n. 11/00 do MAPA, é de 0,6 g/100 g; valores superiores caracterizam o mel como melato. 111

Suzane Bogo, Nei Carlos Santin, Mônica Frighetto Tabela 2 Valores médios dos parâmetros físico-químicos que determinam a pureza do mel de amostras comercializadas em Fraiburgo e Videira, SC Amostras Cinzas (g/100 g) Sólidos insolúveis (g/100 g) 1 0,53 0,09 2 0,51 0,03 3 0,39 0,09 4 0,38 0,03 5 0,34 0,00 6 1,75 0,19 7 0,25 0,03 Limites* Máx. 0,6 Máx. 0,1 Fonte: os autores. Nota: * Estabelecidos pela IN n. 11, de 2000 (BRASIL, 2000). A análise de sólidos insolúveis permite avaliar as impurezas presentes no mel, como resíduos de cera, patas e asas de abelhas ou mesmo produtos provenientes do processamento (SILVA et al., 2006). A normativa vigente (BRA- SIL, 2000), estabelece o limite máximo de 0,1 g/100 g de sólidos insolúveis. Dessa forma, a amostra 6 apresenta-se acima dos valores estipulados para cinzas e sólidos insolúveis, e isso deve-se, provavelmente, pelo fato de que ela era comercializada como mel com pedaços de favo. A deterioração do mel pode ser avaliada por meio dos parâmetros fermentação, acidez, atividade diastásica e presença de hidroximetilfurfural (BRASIL, 2000). No entanto, conforme apresentado na Tabela 3, foram determinados a acidez e o ph. Além disso, foi avaliada a presença de hidroximetilfufural (HMF), por intermédio da reação de Fiehe, conforme Resolução n. 12, de 1978, da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos (CNNPA). Entre as amostras analisadas, apenas a número 6 não apresentou resultado positivo para a reação de Fiehe, estando em acordo com a Resolução. Segundo Schlabitz, Silva e Souza (2010, p. 85), o resultado positivo para a reação de Fiehe sugere que as amostras foram submetidas a elevado aquecimento, à estocagem em locais com altas temperaturas ou, até mesmo, ao adicionamento de xaropes açucarados, podendo, ainda, indicar a presença de HMF acima de 200 mg/kg. No entanto, em estudo realizado pelas autoras, houve contradições entre os resultados da reação de Fiehe e as análises quantitativas de HMF, confirmando a necessidade da análise quantitativa para a confirmação de adulterações. A acidez do mel tem origem conforme a variação dos ácidos orgânicos, das diferentes fontes de néctar, bem como da ação das bactérias presentes na maturação do mel e a presença de minerais (SILVA et al., 2006). Os ácidos orgânicos, além de contribuirem para a resistência a micro-organismos, realçam o sabor do mel (CRANE, 1985). Todas as amostras analisadas estão em acordo com a legislação, pois apresentam valores de acidez inferiores a 50 meq/kg (BRASIL, 2000). Apesar de não haver indicação obrigatória da análise de ph para avaliação da qualidade do mel, este foi determinado, pois tem elevada importância, influenciando na velocidade de formação de hidroximetilfurfural (ALVES et al., 2005). O ph do mel geralmente é inferior a 4,0, sendo influenciado pela origem botânica e constituintes das cinzas, concentração de diferentes ácidos, cálcio, sódio, potássio, entre outros (VENTURINI; SARCINELLI; SILVA, 2007). Os valores médios de ph variaram entre 3,75 e 4,32. 112

Avaliação das características físico-químicas do mel comercializado nos municípios de Fraiburgo e Videira, SC Tabela 3 Valores médios dos parâmetros físico-químicos que determinam a deterioração do mel de amostras comercializadas em Fraiburgo e Videira, SC Amostras Acidez (meq/kg) Reação de Fiehe ph 1 34,98 Pos 4,10 2 27,02 Pos 4,23 3 22,07 Pos 4,32 4 32,47 Pos 3,89 5 21,18 Pos 4,15 6 29,68 Neg 3,75 7 22,38 Pos 3,94 Limites* Máx. 50 Neg** NE*** Fonte: os autores. Nota: * Estabelecidos pela IN n. 11, de 2000 (BRASIL, 2000) e RE n. 12. de 1978 (BRASIL,1978). ** Neg: Negativo; Pos: Positivo. *** NE: não estabelecido. A Tabela 4 apresenta os resultados das reações de Lund e Lugol das amostras analisadas. A reação de Lund indica a presença de substâncias albuminóides, componentes naturais do mel que precipitam pela adição de ácido tânico na amostra (BERTOLDI; GONZAGA; REIS, 2004). Além disso, determina se houve adição de água ou outro diluente. O depósito formado deve encontrar-se entre 0,6 e 3,0 ml no mel natural (BRASIL, 1978). Quantidades menores indicam que o mel é artificial, adulterado ou sofreu perdas durante o processamento (RIBEIRO et al., 2009). Valores altos estão relacionados à alimentação das abelhas com hidrolisados protéicos. No entanto, esse teste qualitativo para proteínas mostrou não ser conclusivo, pois essa faixa de 0,6 a 3,0 ml não permite acusar nem mesmo adulterações grosseiras propositais. Schlabitz, Silva e Souza (2010) relatam que em testes realizados, foram adicionados até 70% de calda de açúcar refinado a algumas amostras de mel e, apesar disso, apresentaram precipitados dentro da faixa estabelecida, levando a uma interpretação errônea. Desse modo, a reação de Lund, quando utilizada isoladamente, não pode comprovar por si só, a adulteração do produto. Entre as amostras analisadas, apenas a amostra 7 não apresentou precipitado dentro dos limites estabelecidos e é, portanto, negativa para a reação. É importante destacar que entre todas as amostras avaliadas, apenas a 7 não apresentou sinais de cristalização durante o período de trabalho, no entanto a cristalização do mel é um processo natural. Segundo Masson (1985), o mel, após certo tempo, deve apresentar-se pastoso, granulado e opaco em razão da cristalização dos açúcares, um fenômeno que pode ser uma garantia da pureza do produto. O resultado positivo na reação de Lugol indica que o produto foi adulterado com amido (BERA; ALMEIDA- -MURADIAN, 2007). Portanto, todas as amostras analisadas apresentaram resultado negativo (Tabela 4), excluindo a possibilidade de tal adulteração. Tabela 4 Resultados das reações que determinam a presença de aditivos no mel de amostras comercializadas em Fraiburgo e Videira, SC Amostras Reação de Lund Reação de Lugol 1 Pos Neg 2 Pos Neg 3 Pos Neg 4 Pos Neg 5 Pos Neg 6 Pos Neg 7 Neg Neg Limites * Pos ** Neg ** Fonte: os autores. Nota: * Estabelecidos pela RE n. 12, de 1978 (BRASIL, 1978). ** Neg: Negativo; Pos: Positivo. 113

Suzane Bogo, Nei Carlos Santin, Mônica Frighetto 4 CONCLUSÃO As sete marcas de mel analisadas apresentaram homogeneidade quanto aos parâmetros umidade, acidez, ph e reação de Lugol, enquadrando-se nas especificações para qualidade do mel da legislação brasileira. Quanto aos parâmetros sacarose aparente, cinzas, sólidos insolúveis e reações de Fiehe e Lund, algumas marcas apresentaram variabilidade, além disso, todas se encontram abaixo do valor mínimo para açúcares redutores, estando, assim, fora das especificações da legislação vigente. Dentre as amostras avaliadas, as marcas 1, 3 e 6 foram as que menos atenderam às especificações da legislação em relação a três parâmetros, já as amostras 2, 4, 5 e 7 não atenderam às especificações de dois parâmetros. Evaluation of physico-chemical characteristics of honey marketed in the municipalities of Fraiburgo and Videira, SC Abstract Honey is a product of easy access to consumers around the country throughout the year, due to the extensive flora, big territory area and climate variability. Its production generates good economic results, and although there are several species of honey bees, the main one is the Apis mellifera L. Variations in the composition of honey are possible to happen depending on the plant which it is derived from, the climatic conditions, the soil, and other factors. Being a product of easy adulteration, its physical-chemical analysis is of great value to ensure its quality. We took seven different brands of honey sold in Fraiburgo and Videira in the state of Santa Catarina, for evaluation. These brands were homogeneous as the parameters moisture, acidity, ph and Lugol reaction, classified in the specifications for honey quality of Brazilian law. Regarding the parameters apparent sucrose, ashes, insoluble solids and reactions of Fiehe and Lund, some brands showed a certain variability, moreover, all of them are under the minimum value for sugar reducers and are therefore out of the law specifications. Keywords: Honey. Physical and chemical analysis. Quality. REFERÊNCIAS ALVES, R. M. de O. et al. Características físico-químicas de amostras de mel de Melipona mandacaia Smith (Hymenoptera: apidae). Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 25, n. 4, p. 644-650, out./dez. 2005. Disponível em: <http://www.cpamn.embrapa.br/apicultura/artigos/bas_3.pdf>. Acesso em: 02 fev. 2017. BARTH, M. O. et al. Determinação de parâmetros físico-químicos e da origem botânica de méis indicados monoflorais do sudeste do Brasil. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 25, n. 2, p. 229-233, abr./jun. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v25n2/25015.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2017. BERA, A.; ALMEIDA-MURADIAN, L. B. de. Propriedades físico-químicas de amostras comerciais de mel com própolis do estado de São Paulo. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 27, n. 1, p. 49-52, jan./mar. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v27n1/08.pdf>. Acesso em: 06 fev. 2017. BERTOLDI, F. C. et al. Caracterização físico-química e sensorial de amostras de mel de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) produzidas no pantanal. Evidência, Joaçaba, v. 7, n. 1, p. 63-74, jan./jun. 2007. Disponível em: <http:// editora.unoesc.edu.br/index.php/evidencia/article/view/1853>. Acesso em: 03 fev. 2017. BERTOLDI, F. C.; GONZAGA, L.; REIS, V. D. A. dos. Características físico-químicas do mel de abelhas africanizadas (Apis mellifera scutellata), com florada predominante de hortelã-do-campo (Hyptis crenata), produzido no Pantanal. In: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SÓCIO-ECONÔMICOS DO PANTANAL, 4., 2004, Corumbá. Anais... Corumbá, 2004. Disponível em: <http://www.cpap.embrapa.br/agencia/simpan/sumario/artigos/ asperctos/pdf/bioticos/607rb_reis_2-okvisto.pdf>. Acesso em: 06 fev. 2017. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n. 11, de 20 de outubro de 2000. Regulamento técnico de identidade e qualidade do mel. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br/ sislegis-consulta/consultarlegislacao.do;jsessionid=872d524a7b447a68dc15e7fb393100ec03f5e8dac005147fc9994d91 afd1153b.e3uqb3apbneqe3ylaxulahqoai0?operacao=visualizar&id=7797>. Acesso em: 27 jan. 2017. 114

Avaliação das características físico-químicas do mel comercializado nos municípios de Fraiburgo e Videira, SC BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução n. 12, de 24 de julho de 1978. Normas Técnicas Especiais Mel. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 24 jul. 1978. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/ legis/resol/12_78_mel.htm>. Acesso em: 26 jan. 2017. CRANE, E. O livro do mel. 2. ed. São Paulo: Nobel, 1985. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz: Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005. MASSON, B. O mel. 2. ed. São Paulo: Global, 1985. PEREIRA, A. P. R. Caracterização do mel com vista à produção de hidromel. 2008. 81 p. Dissertação (Mestrado em Qualidade e Segurança Alimentar) Escola Superior Agrária de Bragança, Bragança, 2008. Disponível em: <http://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/1103/1/tese%20mestrado%20-%20%20ana%20paula%20pereira. pdf>. Acesso em: 02 fev. 2017. RIBEIRO, R. de O. R. et al. Avaliação comparativa da qualidade físico-química de méis inspecionados e clandestinos, comercializados no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, v. 16, n. 1, p. 3-7, jan./abr. 2009. Disponível em: <http://www.uff.br/rbcv/ojs/index.php/rbcv/article/view/339>. Acesso em: 30 jan. 2017. SCHLABITZ, C.; SILVA, S. A. F. da; SOUZA, C. F. V. de. Avaliação de parâmetros físico-químicos e microbiológicos em mel. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, v. 4, n. 1, p. 80-90, 2010. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/claucia_souza/publication/272812884_avaliacao_de_parametros_fisico-quimicos_e_ MICROBIOLOGICOS_EM_MEL/links/54f062030cf2495330e64ba6.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2011. SILVA, R. A. da et al. Avaliação da qualidade do mel de abelha Apis mellifera produzido no município de Picos, Estado do Piauí, Brasil. Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v. 20, n. 144, p. 90-94, set. 2006. SOUZA, D. L. de et al. Análise físico-química de méis de abelha uruçu (Melipona scutellaris), produzidos na microrregião do brejo paraibano. Revista Higiene Alimentar, São Paulo, v. 22, n. 165, p. 103-106, out. 2008. VENTURINI, K. S.; SARCINELLI, M. F.; SILVA, L. C. da. Características do Mel. Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2007. Disponível em: <http://www.agais.com/telomc/b01107_caracteristicas_mel.pdf>. Acesso em: 02 fev. 2017. 115