(11) Número de Publicação: PT 106072 (51) Classificação Internacional: E04C 2/00 (2006) (12) FASCÍCULO DE PATENTE DE INVENÇÃO (22) Data de pedido: 2011.12.23 (30) Prioridade(s): (43) Data de publicação do pedido: 2013.06.24 (73) Titular(es): JOÃO MANUEL MACHADO PINTO GERMANO AVENIDA D. JOÃO II, LOTE 1.03.2.1, EDIFÍCIO MERIDIANO, 2º B 1990-092 LISBOA PT JORGE MIGUEL DOS SANTOS SILVA AVENIDA D. JOÃO II, LOTE 1.03.1.1, EDIFÍCIO MERIDIANO, 2º B 1990-092 LISBOA PT (72) Inventor(es): JORGE MIGUEL DOS SANTOS SILVA JOÃO MANUEL MACHADO PINTO GERMANO PT PT (74) Mandatário: MAFALDA FONSECA AVENIDA DA LIBERDADE, Nº 144, 8º DIREITO 1250-146 LISBOA PT (54) Epígrafe: MANTA DE REVESTIMENTO ISOLANTE ELECTROCONDUTORA COM CORTIÇA (57) Resumo: A INVENÇÃO AQUI APRESENTADA PERTENCE AO DOMÍNIO TÉCNICO DAS TECNOLOGIAS DE REVESTIMENTOS ISOLANTES. PRETENDE-SE RESOLVER O PROBLEMA DE REVESTIMENTOS ISOLANTES COM CARACTERÍSTICAS ELECTROCONDUTORAS, EXECUTADOS EM DIFERENTES MATERIAIS E ESTRATIFICADOS EM CAMADAS, SEM O USO DOS FIOS ELÉCTRICOS CONVENCIONAIS. A SUA PRINCIPAL APLICAÇÃO É AO NÍVEL DE DECORAÇÃO, DIVISÓRIAS, PAINÉIS, MOBILIÁRIO, PUBLICIDADE, SINALIZAÇÃO E SUPERFÍCIES EM GERAL. O SISTEMA DE MANTA DE REVESTIMENTO ISOLANTE ELECTROCONDUTORA É COMPOSTO POR UMA CAMADA DE ESPUMA DE POLIURETANO DE 5MM DE ESPESSURA (1), DUAS FOLHAS DE ALUMÍNIO ELECTROCONDUTORAS (2), DUAS CAMADAS DE CORTIÇA NATURAL AGLOMERADA DE 5MM DE ESPESSURA (3), DIODOS EMISSORES DE LUZ CONHECIDOS COMO LED'S(6), TERMINAIS DOS LED'S COM COMPRIMENTOS DIFERENTES (5), BANHO DE REVESTIMENTO EM VERNIZ EPÓXICO NO TERMINAL MAIS COMPRIDO DE CADA LED (4), E UM TRANSFORMADOR (7) DE BAIXA VOLTAGEM COM CAPACIDADE PARA O NÚMERO DE LED'S PREVISTOS.
Resumo Manta de revestimento isolante electrocondutora A invenção aqui apresentada pertence ao domínio técnico das tecnologias de revestimentos isolantes. Pretende-se resolver o problema de revestimentos isolantes com características electrocondutoras, executados em diferentes materiais e estratificados em camadas, sem o uso dos fios eléctricos convencionais. A sua principal aplicação é ao nível de decoração, divisórias, painéis, mobiliário, publicidade, sinalização e superfícies em geral. O sistema de manta de revestimento isolante electrocondutora é composto por uma camada de espuma de poliuretano de 5mm de espessura (1), duas folhas de alumínio electrocondutoras (2), duas camadas de cortiça natural aglomerada de 5mm de espessura (3), diodos emissores de luz conhecidos como led s(6), terminais dos led s com comprimentos diferentes (5), banho de revestimento em verniz epóxico no terminal mais comprido de cada led (4), e um transformador (7) de baixa voltagem com capacidade para o número de led s previstos.
Descrição Manta de revestimento isolante electrocondutora Domínio técnico do invento: A invenção aqui apresentada pertence ao domínio técnico das tecnologias de revestimentos isolantes. A manta composta por duas camadas de cortiça intervalada por duas folhas de alumínio e uma camada de espuma de poliuretano é um novo material de revestimento, que aproveita as propriedades do poliuretano e da cortiça combinadas com a condutividade eléctrica do alumínio permitindo diversas aplicações desafiando a imaginação de designers, arquitectos e engenheiros na concepção de novos revestimentos, peças e soluções. Estado da técnica: À disposição dos usuários, existem no mercado actualmente soluções de iluminação através de painéis fabricados de espuma de poliuretano e películas condutoras de electricidade. Este sistema é também alimentado com um conector, ligado à face ou a borda de um painel e ligado a um transformador sendo os aplicativos de iluminação conectados de forma semelhante. Não possuem no entanto as características adicionais conferidas pela cortiça, tornando-se assim em produtos com aplicações diferentes. Descrição detalhada/pormenorizada da invenção: O sistema de manta de revestimento isolante electrocondutora é um produto inovador composto por uma camada de espuma de poliuretano flexível (1), que não possui propriedades eléctricas condutoras, com 5mm de espessura, revestida em ambas as faces por duas folhas de alumínio electrocondutoras (2), seguidas de duas camadas de cortiça natural aglomerada de 5mm de espessura (3). As polaridades eléctricas ficam assim isoladas do exterior pelas camadas de cortiça e entre elas pela camada de espuma de poliuretano. Todas estas camadas são coladas sequencialmente com uma cola/adesivo à base de poliuretano. A interagir com este conjunto temos os led s (6) que se introduzem nesta manta, perfurando-a, conectando assim os terminais com comprimentos diferentes (5) às respectivas polaridades transmitidas pelas folhas também elas a profundidades diferentes. O terminal mais comprido encontra-se isolado com um banho de revestimento em verniz 1/4
epóxico(4) que o isola da carga eléctrica existente na primeira folha de alumínio. A electrificar este conjunto encontra-se um transformador (7) de baixa voltagem com a capacidade calculada para o número de leds a instalar polarizando assim as folhas de alumínio. Descrição das Figuras/Componentes Espuma de poliuretano (1): O poliuretano é um composto químico sintético, formado a partir de reacções químicas entre dois compostos, pela adição de um polisocianato e um poliol poliéster ou outros reagentes, com dois ou mais grupos de hidrogénios reactivos. O poliuretano é um material extremamente versátil, mas pode ser dividido em quatro grandes categorias: espumas rígidas (para isolamento térmico e acústico ou para protecção de transporte de peças e equipamentos); espumas flexíveis (colchões, protecções, almofadas), elastómeros (amortecedores, revestimentos antiderrapantes, acabamentos) e tintas. A espuma de poliuretano é um material polimérico poroso formado por uma agregação de bolhas, electricamente não condutor, com um baixo índice de condutividade térmica e importante capacidade de resistir ao fogo. Como revestimento, são também muito amplas as utilizações do poliuretano. No sector electrónico, o poliuretano serve como material para isolamento de componentes eléctricos e electrónicos e revestimento de fios. As principais características do poliuretano para esses usos são a baixa viscosidade, boa maleabilidade (mesmo com alto teor de carga), alta temperatura de auto-ignição e alta resistência à hidrólise. Folha de Alumínio (2): O alumínio é um metal leve, macio, resistente, maleável, dúctil, não tóxico, não magnético, bom condutor térmico e eléctrico e não cria faíscas quando exposto a atrito. Apto para a mecanização e fundição, além de ter uma excelente resistência à corrosão e durabilidade devido à camada protectora de óxido. As ligas de alumínio têm aumentado a sua resistência mecânica sem prejudicar as outras propriedades. Assim, novas ligas têm sido desenvolvidas combinando as propriedades adequadas a aplicações específicas. A sua boa relação peso/resistência permitem que ele tenha uma diversa gama de aplicações aliada o que aliadas às características de impermeabilidade, opacidade, maleabilidade e condutibilidade eléctrica tornam as folhas 2/4
de alumínio o material ideal para conduzir a carga eléctrica na manta de revestimento isolante. Camada de Cortiça (3): Por definição, a cortiça é o parênquima suberoso originado pelo meristema súbero-felodérmico do sobreiro (Quercus suber L.). É constituída essencialmente por suberina, substância que representa cerca de 40% do seu peso seco, lenhina (+ou- 20%), polisacarídeos (+ou- 20%) e outros produtos (+ ou 20%). Macroscopicamente, é uma material leve, elástico e praticamente impermeável a líquidos e gases, isolante térmico e eléctrico e absorvedor acústico e vibrático, sendo também inócuo e praticamente imputrescível, apresentando a capacidade de ser comprimido praticamente sem expansão lateral. Possui pois uma elevada estabilidade dimensional, e exibe uma considerável resistência face a cargas de compressão. A cortiça é também um material que dissipa a energia de deformação. Possui uma massa volúmica média de cerca de 200 kg/m3, e uma baixa condutividade térmica. Tem ainda uma notável estabilidade química e biológica, uma boa resistência ao fogo e uma elevada durabilidade em condições de gelodegelo. Todas estas características permitem um vasto espectro de aplicações para a cortiça. Terminais dos led s (4): São terminais comuns de diodos com a excepção de terem os comprimentos diferentes o que possibilita a intercepção das correctas polaridades na manta. Ás vezes o Cátodo já vem mais curto, de fábrica, que o ânodo para se identificarem melhor. Banho de revestimento em resina epóxi (5): Uma resina epóxi é um plástico termofixo que se endurece quando se mistura com um agente catalisador ou endurecedor. Os sistemas epóxi bicomponente são usados, entre diversos casos, em isolamentos eléctricos (baixa, média e alta tensão). Esta é a sua característica principal que irá isolar o terminal mais comprido impedindo assim a transmissão de carga no contacto com a primeira folha de alumínio. Diodo emissor de luz Led (6): O diodo emissor de luz também conhecido por LED é um semicondutor (junção P-N) que emite luz visível. A luz consiste numa banda espectral relativamente estreita e é produzida pelas interacções energéticas do electrão. Este 3/4
processo de emissão de luz com aplicação de uma fonte eléctrica de energia designa-se eletroluminescência. É especialmente utilizado em produtos de microelectrônica e cada vez mais como substituto de lâmpadas. Transformador (7): Um transformador de voltagem adequada com a capacidade para abastecer os painéis com electricidade necessária aos led s previstos. A figura 1 apresenta um corte lateral da manta com todos os seus constituintes. A figura 2 apresenta um corte lateral da manta com os terminais do diodo emissor de luz inseridos conectando-os assim ás folhas de alumínio com as respectivas polaridades. A figura 3 apresenta um pormenor do corte lateral aproximado da manta representando as suas camadas constituintes. Aplicações: Aplicações inovadoras, graças às suas características técnicas possibilitam a utilização desta manta em soluções técnicas inovadoras, semi-naturais e ecológicas permitindo uma abrangente área de aplicações no ramo da construção, arquitectura, decoração e até mobiliário. As características adquiridas com a cortiça, nomeadamente a resistência térmica, o isolamento acústico, o isolamento térmico, o isolamento anti-vibrático, a possibilidade de acabamentos, o peso, a flexibilidade e a sua elevada durabilidade sob condições de gelo-degelo irão criar uma nova geração de revestimentos interiores e exteriores configuráveis e em permanente transformação visual. A leveza da manta permite a sua aplicação em paredes e tectos revestindo, isolando e iluminando com um só produto numa única aplicação sem necessidade de redes adicionais. Lisboa, 15 de Dezembro de 2011 4/4
Reivindicações 1. Manta de revestimento isolante electrocondutora caracterizada por ser constituída por uma camada de espuma de poliuretano(1), duas folhas de alumínio electrocondutoras (2), duas camadas de cortiça natural aglomerada(3), diodos emissores de luz - led s(6), terminais dos led s com comprimentos diferentes (5), banho de revestimento em verniz epóxico no terminal mais comprido de cada led (4) e um transformador (7) de baixa voltagem. 2. Manta de revestimento isolante electrocondutora caracterizada por, de acordo com as reivindicações anteriores, ser constituída por duas camadas de cortiça, as duas folhas de alumínio e a camada de espuma de poliuretano num único elemento indissociável. 3. Manta de revestimento isolante electrocondutora caracterizada por, de acordo com as reivindicações anteriores, isolar acusticamente, termicamente e antivibráticamente. 4. Manta de revestimento isolante electrocondutora caracterizada por, de acordo com as reivindicações anteriores, ser flexível e dobrável. Lisboa, 15 de Dezembro de 2011
Fig.1 1/3
Fig.2 2/3
Fig.3 3/3
Relatório de Pesquisa de Portugal Ref. do pedido: 106072 CLASSIFICAÇÃO DA MATÉRIA E04C2/00 De acordo com a Classificação Internacional de Patentes DOCUMENTAÇÃO E BASES DE DADOS ELETRÓNICAS PESQUISADAS EPODOC, WPI, GOOGLE DOMÍNIOS TÉCNICOS PESQUISADOS E, H De acordo com a Classificação Internacional de Patentes DOCUMENTOS CONSIDERADOS RELEVANTES Categoria* Citação do documento, com indicação, sempre que apropriado, das passagens relevantes Relevante para a reivindicação X X X X DE202004011454U U1 (HUTZENLAUB, J.) 2004-09-23, resumo, figura 1; WO2010121532 A1 (CHEN TAO-PENG [CN]; WU TZEN-DA [CN]) 2010-10-28, resumo, figura; JP2008103317 A (FUJISAKI DENKI KK), 2008-05-01, resumo, figura; FR2752649 A1 (JOLLY ANDRE JEAN [FR]) 1998-02-27, resumo, figura 1; 1 1 1 1 * Categorias dos documentos citados: A Estado da técnica; X Documento de particular relevância quando considerado isoladamente; Y Documento de particular relevância quando combinado com um ou mais deste tipo de documentos; E Pedido de patente anterior publicado na mesma data ou em data posterior à do pedido; L Documento citado por qualquer outra razão; Data do termo da pesquisa 2012.05.23 Data de elaboração do Relatório de Pesquisa 2012.05.23 T & P D O Princípio ou teoria subjacente à invenção; Documento membro da mesma família de documentos de patente; Documento publicado antes da data de pedido mas depois da data de prioridade; Documento citado no pedido; Documento que se refere a uma divulgação oral, uso, exibição ou qualquer outro meio. Técnico examinador: Miguel Moura Telefone: 218818100 INPI, Campo das Cebolas, 1149-035 LISBOA Fax: 21 886 98 59 Assinatura M0589.01 1/2
Anexo ao Relatório de Pesquisa de Portugal Informação sobre os membros da família de documentos de patente Ref. do pedido: 106072 Documento de patente citado no relatório WO2010121532 A1 FR2752649 A1 Data de publicação 2010-10-28 1998-02-27 Membro(s) da família CN201401676Y Y WO9808272 A1 Data de publicação 2010-02-10 1998-02-26 M0589.01 2/2