ARTIGOS ORIGINAIS AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS NUTRICIONAIS, DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE E DO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE IDOSOS ATENDIDOS NO DEPARTAMENTO DE SAÚDE DO IDOSO JUIZ DE FORA, MG Evaluatio of the utritioal aspects, of the health coditios ad the social demographic profile of elderlies atteded i the Health of the Elderly Departmet Juiz de Fora - MG Aa Paula Carlos Câdido 1, Adriaa Soares Torres Melo 2 RESUMO O objetivo deste estudo foi idetificar as codições de saúde, aspectos utricioais e o perfil sociodemográfico de idosos participates do grupo de giástica do Departameto de Saúde do Idoso, o muicípio de Juiz de Fora (MG), assim como avaliar o risco utricioal e verificar associações. A amostra de coveiêcia foi composta por 42 idosos com idade de 60 aos e mais, de ambos os gêeros. Foram aplicados três questioários, sedo eles com iformações demográficas, socioecoômicas e de codições de saúde, de cosumo alimetar e de risco utricioal. Na população estudada, 73,8% eram do sexo femiio (=31). A média de idade das mulheres foi de 71,58 ± 6,87 aos e, para os homes, de 73,73 ± 6,81 aos. A média de IMC para as mulheres foi de 26,95 kg/m² e, para os homes, foi de 25,21 kg/m², ambos detro da classificação de eutrofia. A maioria da população, 31% (=13), relatou apresetar somete hipertesão arterial sistêmica (HAS). O uso de três ou mais medicametos diferetes por dia represetou 64,28% da amostra, predomiate o sexo femiio. Ecotrou-se difereça sigificativa etre o cosumo de care vermelha com gordura (p=0,005), assim como, ao se relacioarem as variáveis sociodemográficas e risco utricioal, foram ecotradas associações sigificativas para a variável raça (p=0,045). Ecotraramse, também, associações sigificativas etre as variáveis cosumo de verdura/legume cozido (p=0,003), cosumo de suco de fruta atural (p=0,049) e quato ao tipo de leite cosumido (p=0,049) com o risco utricioal. A frequêcia de risco utricioal atigiu 54,14% da população, etretato o grupo demostrou ter bos hábitos alimetares, eutrofia e prática de atividade física, codições e há- ABSTRACT The aim of this study was to idetify the health coditios, utritioal aspects ad the social demographic profile of elderly participats of a gymastic group of the health departmet of seiors i the city of Juiz de Fora (MG), as well as, to evaluate the utritioal risk ad verify associatios. The coveiece sample was composed by 42 elderlies, 60 years old or older, of both geders. It was applied three questioers, cosistig of demographic, social ecoomic ad health coditios, food cosumptio ad utritioal risk iformatio. I the studied populatio, 73.8% were female (=31). The average age of the wome was 71.58 +/- 6.87 years ad for the me it was of 73.73 ± 6.81 years. The BMI average for wome was 26.95 kg/m2 ad for me it was 25.21 kg/m2, both ito the classificatio of eutrophic. Most of the populatio, 31% (=13), have said to preset oly systemic arterial hypertesio (SAH). The use of three or more differet medicies for a day has represeted 64.28% of the sample, maily i the females. It was foud the meaigful differece betwee the cosume of red meat with fat (p=0.005), as well as, whe relatig the social demographic variable ad utritioal risk, it was foud meaigful associatios to the variable race (p=0.045). We have also foud meaigful associatios betwee the variable cosumptio of cooked greeery/vegetable (p=0.003), cosumptio of fresh fruit juice (p=0.049) ad as to the kid of milk cosumed (p=0.049) with a utritioal risk. The frequecy of the utritioal risk has reached 54.14% of the populatio, however, the group has showed good food habits, eutrophic ad the practice of physical activities, importat coditios ad habits to 1 2 Uiversidade Federal de Juiz de Fora. E-mail: apccadido@gmail.com. Uiversidade Federal de Juiz de Fora. 533
Aa Paula Carlos Câdido, Adriaa Soares Torres Melo bitos importates para a melhoria dessa codição. PALAVRAS-CHAVE: Avaliação Nutricioal; Idoso; Risco Nutricioal. the improvemet of this coditio. KEYWORDS: Nutritioal Evaluatio; Elderly; Nutritioal Risk. INTRODUÇÃO No Brasil, assim como em outros países em desevolvimeto, tem-se percebido, de forma rápida, um grade aumeto da população idosa, sem que também ocorram melhorias as codições de vida a mesma proporção. 1 Uma das mais sigificativas modificações demográficas que o Brasil apresetou ao iício do século XX, coceituada de trasição demográfica, se deu a estrutura etária da população, sobretudo com um acetuado evelhecimeto populacioal, devido à redução da mortalidade, ao aumeto da expectativa de vida, à redução da taxa de fecudidade e também à migração. Acompahado a trasição demográfica, ocorreu, também, a chamada trasição epidemiológica, sedo esse processo caracterizado pela mudaça de predomíio das doeças trasmissíveis para o predomíio das ão trasmissíveis e de causas exteras, assim como o deslocameto da carga de morbimortalidade dos grupos mais joves aos grupos mais idosos e a trasformação de uma codição em que prevalecia a mortalidade para outra a qual a morbidade é predomiate. Esse aumeto da morbidade talvez seja iflueciado pelo aumeto da expectativa de vida e ão somete pela dimiuição da mortalidade, pois, a medida em que cresce o úmero de idosos e, cosequetemete, ocorre um aumeto da expectativa de vida, as doeças crôicas ão trasmissíveis toram-se cada vez mais frequetes. 2,3,4 O crescete aumeto da qualidade de vida e os avaços a área da saúde vêm cotribuido para o aumeto da expectativa de vida da população brasileira e, comparado-se com algumas décadas atrás, podem-se observar melhora utricioal, melhores codições saitárias, ambietais e de trabalho, que refletem em um melhor ível de qualidade de vida. 3 No âmbito da ateção à saúde dos idosos, o moitorameto das codições de vida e bem-estar é uma das prioridades, uma vez que as alterações fisiológicas aumetam com a idade, bem como a utilização dos serviços de saúde. Idicadores adequados para avaliar a morbidade e o impacto da doeça e/ou iabilidade a qualidade de vida dos idosos e também de suas famílias toram-se ecessários para que se realize esse moitorameto, destacado-se a percepção da saúde, as restrições para realizar atividades diárias, hábitos de vida, doeças crôicas e o estado utricioal. 5 A pessoa idosa passa por alterações fisiológicas e aturais ao processo de evelhecimeto, torado-a mais frágil ao desevolvimeto de distúrbios utricioais, gerado agravos de saúde. O evelhecimeto é processo atural, o qual o orgaismo passa por diversas alterações aatômicas, fucioais, bioquímicas e psicológicas, que repercutem sobre as codições de saúde e utrição, sedo o próprio processo atural de evelhecimeto resposável pela dimiuição da capacidade fucioal do orgaismo, aumetado, assim, a prevalêcia de doeças crôicas. 6,7 A avaliação do estado utricioal pode ser realizada por meio de diferetes parâmetros, sedo um deles a triagem utricioal, que atua a idetificação de características que se associam a problemas dietéticos ou utricioais, possibilitado a detecção de risco utricioal. 5 O risco utricioal se refere ao risco aumetado de morbimortalidade em decorrêcia do estado utricioal do paciete. Ele é avaliado por meio da combiação do estado utricioal atual e da gravidade da doeça, sedo o estado utricioal caracterizado mediate as variáveis: ídice de massa corporal (IMC), perda de peso recete e igestão dietética. De acordo com a Iiciativa de Triagem Nutricioal (NSI) e a Associação Dietética Americaa (ADA), a triagem utricioal é caracterizada como um processo de idetificação de características que melhor se associam a problemas utricioais e/ou dietéticos. 8,9 Com o crescete processo de evelhecimeto da população, tora-se cada vez mais ecessária a compreesão dos fatores que cotribuem para a prevalêcia das doeças crôicas ão trasmissíveis associadas à idade, assim como a importâcia da utrição a promoção e mauteção de bem-estar e autoomia dos idosos. 10 O cohecimeto sobre o estado utricioal da população idosa tem sido de grade valia, possibilitado a criação de estratégias o âmbito da promoção da saúde, assim como a preveção e tratameto de diversos agravos, melhorado a qualidade de vida. 2 O objetivo geral do presete estudo foi o de idetificar as codições de saúde, aspectos utricioais, o perfil sociodemográfico de idosos atedidos o Departameto de 534
Saúde do Idoso o muicípio de Juiz de Fora (MG), além de verificar a associação etre os mesmos. MATERIAL OU CAUSÍSTICA E MÉTODOS Trata-se de um estudo trasversal, de abordagem quatitativa. A população foi costituída por uma amostra de coveiêcia, composta por 42 idosos, apresetado idade igual ou superior a 60 aos, de ambos os gêeros, residetes o muicípio de Juiz de Fora, Mias Gerais (MG), atedidos o Departameto de Saúde do Idoso da mesma cidade e que participavam do grupo de giástica o mesmo local, sob resposabilidade da fisioterapeuta da uidade. A coleta dos dados foi realizada o mês de juho de 2015. Ates da coleta de dados, foi apresetada a proposta do estudo e esclarecidas as dúvidas dos pesquisados. Todos os participates que aceitaram participar assiaram um Termo de Cosetimeto Livre e Esclarecido ates da coleta de dados. O estado utricioal dos idosos foi avaliado por meio das seguites variáveis: gêero, idade, peso corporal (Kg) e estatura (m). Para a aferição da estatura dos idosos, foi utilizado um estadiômetro portátil da marca Alturaexata (Alturexata, MG) com escalas em milímetros, disposto em superfície firme e plaa. Os idosos ficaram descalços e com roupas leves, as quais já eram utilizadas para a realização da giástica. Para a aferição do peso, foi utilizada balaça portátil da marca Taita (TANITA BC-553; UK), com capacidade para até 150 Kg e precisão de 100g. O estado utricioal foi estabelecido a partir do Ídice de Massa Corporal (IMC) para idade, sedo utilizados os potos de corte de Lipschitz, 11 em que são classificados como baixopeso com IMC < 22kg/m²; eutrofia, IMC etre 22kg/m² e 27kg/m², e sobrepeso, IMC > 27kg/m². As variáveis demográficas, socioecoômicas e de codições de saúde foram aalisadas mediate aplicação de questioário em que foram abordados aspectos que apresetavam associação com risco utricioal, sedo elas: cor da pele autodefiida (braca, egra, parda, amarela e idígea); religião; escolaridade (aalfabetos e alfabetizados); série (esio fudametal, esio médio e esio superior/técico); estado civil (solteiro, casado/covívio com parceiro, divorciado/separado, viúvo e outro); composição familiar (mora soziho ou acompahado); reda per capita em reais e por salários míimos; codições de moradia (boa, regular ou precária); autoavaliação de saúde (muito boa/boa, regular, ruim/muito ruim); doeças autorreferidas; participação social (que icluiu algum grupo religioso, associação, cooperativa, etre outros) e prática de atividade física semaal. 5 A avaliação do cosumo alimetar foi realizada por meio de aplicação de um questioário, validado pelo iquérito domiciliar por telefoe realizado em várias capitais do Brasil (VIGITEL), composto por 30 pergutas, sedo estas referetes ao cosumo e frequêcia alimetares, assim como uso de bebidas alcoólicas. Para a determiação do risco utricioal, foi utilizado um teste de rastreio Nutritio Screeig Iitiative (NSI), 5,12 sedo este autoaplicável, cotedo 10 pergutas, tedo como critério de avaliação a seguite potuação: de 0 a 2 potos, baixo risco utricioal; de 3 a 5, risco moderado e 6 a 21 potos, alto risco utricioal. Mesmo sedo um teste autoaplicável, foi ecessário que o mesmo fosse dirigido pelo pesquisador a pedido da maioria dos pesquisados, facilitado a compreesão das pergutas. Para a aálise dos dados, foi utilizado o software SPSS (StatisticalPackage for the Social Scieces) versão 17.0. As variáveis quatitativas foram descritas por meio de média e desvio padrão, e as variáveis categóricas foram descritas por meio de frequêcias absolutas e relativas. A associação etre as variáveis categóricas foi avaliada pelo Teste Quiquadrado de Pearso. Para a aálise das variáveis quatitativas, foram aplicados os Testes t-studet ou Aálise de Variâcia (ANOVA), para comparação das médias etre os grupos. O ível de sigificâcia estatística cosiderado o estudo foi de 5% (p 0,05). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humaos da Uiversidade Federal de Juiz de Fora, sob o úmero do Protocolo 1.061.844. RESULTADOS A amostra foi composta por 42 idosos de ambos os gêeros. Destes, 73,8% eram do sexo femiio (=31). A média de idade das mulheres foi de 71,58 ± 6,87 aos e, para os homes, de 73,73 ± 6,81 aos. Para os idosos do sexo femiio, com relação à reda total, a média foi R$1398,06 ± 378,44 e, para os do sexo masculio, a média foi de R$1970,00 ± 431,60, demostrado difereça sigificativa etre as variáveis (p<0,01). Quato ao estado utricioal, observou-se que a média de IMC para as mulheres foi de 26,95 kg/m² e, para os homes, foi de 25,21 kg/m², ambos detro da classificação de eutrofia, de acordo com os valores de potos de corte de Lipschitz, 11 sedo a média de peso das mulheres de 63,90 ± 13,80kg e dos homes de 69,49 ± 9,29, e a média de estatura para as mulheres de 153,80 ± 4,14cm e, para os homes, de 165,75 ± 6,57, apresetado difereça sigificativa (p<0,01), coforme esperado. Verificou-se que 57,1% (=24) dos idosos se autode- 535
Aa Paula Carlos Câdido, Adriaa Soares Torres Melo clararam bracos e 73,8% (=31) declararam ter como religião o catolicismo. Além disso, pode-se observar que 100% dos idivíduos eram alfabetizados, com o predomíio apeas do esio fudametal, com cerca de 59,6% (=25). Cerca de 71,4% dos idosos relataram que ão residem sozihos, sedo o covívio predomiate de esposo (a), filhos e/ou etos. Além disso, 45,2% dos idosos relataram ser casados ou coviver com parceiros. Sobre as codições de moradia, 97,6% cosideraram boas suas codições de moradia. Já sobre a autoavaliação de saúde, 50% (=21) avaliaram sua saúde como muito boa/boa e 47,6% (=20) avaliaram como regular. Sobre as participações em grupos sociais, 73,8% (=31) relataram apeas participar do grupo de giástica e 97,6% (=41) coseguiam praticar atividade física mais de duas vezes a semaa. Quado foram questioados quato às patologias apresetadas, a maioria da população, 31% (=13), relatou apresetar somete hipertesão arterial sistêmica (HAS), 14,3% (=6) declararam ão portar ehum tipo de patologia e 9,5% (=4) declararam apresetar somete hipotireoidismo. O uso de três ou mais medicametos diferetes por dia (tato para o tratameto das doeças apresetadas quato para a preveção de outros agravos) represetou 64,28% da amostra, sedo relatado pela maioria do sexo femiio. Ao relacioar o cosumo alimetar etre os gêeros, ecotrou-se difereça sigificativa o cosumo de care vermelha (p=0,005), demostrado que esse cosumo, jutamete com a prática de retirar o excesso de gordura, foi maior etre o sexo femiio, o que já é esperado, uma vez que a população femiia represeta mais de 70% da amostra e uma tedêcia as variáveis cosumo de frutas semaal (p=0,051) e cosumo de frago semaal associado ou ão à retirada de pele, também etre os gêeros (p=0,052) (Tabela 1). Tabela 1 - Caracterização de cosumo alimetar de idosos atedidos o Departameto de Saúde do Idoso, Juiz de Fora - 2015. Femiio Masculio Cosumo de feijão 0,670 5 a 7 dias por semaa 37 27 (87,1) 10 (90,9) 1 a 4 dias por semaa 3 2 (6,5) 1 (9,1) Quase uca/uca 2 2 (6,5) 0 (0,0) Cosumo de verdura ou legume 0,388 5 a 7 dias por semaa 40 29 (93,5) 11 (100,0) 1 a 4 dias por semaa 2 2 (6,5) 0 (0,0) Cosumo de care vermelha 0,557 Quase uca/uca 3 3 (9,7) 0 (0,0) 1 a 4 dias por semaa 35 25 (80,6) 10 (90,9) 5 a 7 dias por semaa 4 3 (9,7) 1 (9,1) Cosumo de care vermelha com gordura 0,005 Sempre tira o excesso 27 22 (78,6) 5 (45,5) Cosome com gordura 6 1 (3,6) 5 (45,5) Não cosome care vermelha com gordura 6 5 (17,9) 1 (9,1) Cosumo de frago 0,591 5 a 7 dias por semaa 7 6 (19,4) 1 (9,1) 536
Femiio Masculio Cosumo de frago 0,591 1 a 4 dias por semaa 34 24 (77,4) 10 (90,9) Quase uca/uca 1 1 (3,2) 0 (0,0) Cosumo de frago com pele 0,052 Sempre tira a pele 30 25 (83,3) 5 (45,5) Cosome com a pele 9 4 (13,3) 5 (45,5) Não cosome frago com pele 2 1 (3,3) 1 (9,1) Cosumo de suco de fruta atural 0,214 5 a 7 dias por semaa 17 12 (38,7) 5 (45,5) 1 a 4 dias por semaa 13 8 (25,8) 5 (45,5) Quase uca/uca 12 11 (35,5) 1 (9,1) Cosumo de frutas 0,051 5 a 7 dias por semaa 35 27 (87,1) 8 (72,7) 1 a 4 dias por semaa 5 4 (12,9) 1 (9,1) Quase uca/uca 2 0 (0,0) 2 (18,2) Cosumo de refrigerate ou suco artificial 0,623 Quase uca/uca 30 21 (67,7) 9 (81,8) 1 a 4 dias por semaa 11 9 (29,0) 2 (18,2) 5 a 7 dias por semaa 1 1 (3,2) 0 (0,0) Cosumo de leite 0,077 5 a 7 dias por semaa 21 17 (54,8) 4 (36,4) 1 a 4 dias por semaa 9 4 (12,9) 5 (45,5) Quase uca/uca 12 10 (32,3) 2 (18,2) Tipo de leite 0,490 Itegral 12 7 (33,3) 5 (55,6) Desatado ou semidesatado 12 9 (42,9) 3 (33,3) Os dois tipos 6 5 (23,8) 1 (11,1) Cosumo de doces 0,897 Quase uca/uca 16 12 (38,7) 4 (36,4) 1 a 4 dias por semaa 13 10 (32,3) 3 (27,3) 5 a 7 dias por semaa 13 9 (29,0) 4 (36,4) 537
Aa Paula Carlos Câdido, Adriaa Soares Torres Melo Femiio Masculio Troca do jatar por algum tipo de lache 0,351 Quase uca/uca 14 12 (38,7) 2 (18,2) 1 a 4 dias por semaa 7 4 (12,9) 3 (27,3) 5 a 7 dias por semaa 21 15 (48,4) 6 (54,5) Cosumo de sal 0,661 Adequado/baixo 36 28 (93,3) 8 (88,9) Alto/muito alto 3 2 (6,7) 1 (11,1) Cosumo de bebida alcoólica 0,255 Sim 10 6 (19,4) 4 (36,4) Não 32 25 (80,6) 7 (63,6) a Qui quadrado de Pearso. Fote: dados da pesquisa. Ao se relacioarem as variáveis sociodemográficas e ecoômicas e risco utricioal, foram ecotradas associações sigificativas para a variável raça (p=0,045) e uma tedêcia para a variável autoavaliação de saúde (p=0,059) (Tabela 2). Tabela 2 - Associação das variáveis sociodemográficas/ecoômicas e risco utricioal de idosos atedidos o Departameto de Saúde do Idoso, Juiz de Fora - 2015. Sem Risco Nutricioal Risco Nutricioal Sexo 0,287 Femiio 31 12 (66,7) 19 (79,2) Masculio 11 6 (33,3) 5 (20,8) Raça 0,045 Braca 24 14 (77,8) 10 (41,7) Parda 16 3 (16,7) 13 (54,2) Negra 2 1 (5,6) 1 (4,2) IMC 0,378 Eutrofia 21 8 (44,4) 13 (54,2) Baixo Peso/Sobrepeso 21 10 (55,6) 11 (45,8) Série 0,117 Esio Fudametal 14 8 (50,0) 6 (26,1) 538
Sem Risco Nutricioal Risco Nutricioal Série 0,117 Esio Médio/Esio Superior 25 8 (50,0) 17 (73,9) Estado Civil 0,198 Casado 19 10 (55,6) 9 (37,5) Solteiro/Divorciado/Viúvo 23 8 (44,4) 15 (62,5) Composição Familiar 0,331 Não reside soziho 30 14 (77,8) 16 (66,7) Reside soziho 12 4 (22,2) 8 (33,3) Reda em Reais (R$) 0,434 3 ou mais salários míimos 5 2 (11,1) 3 (12,5) 2,5 salários míimos 12 7 (38,9) 5 (20,8) 1,5 salários míimos 25 9 (50,0) 16 (66,7) Autoavaliação de Saúde 0,059 Muito boa/boa 21 12 (66,7) 9 (37,5) Regular/Muito ruim/ruim 21 6 (33,3) 15 (62,5) Doeças Autorreferidas 0,519 Nehuma doeça 6 3 (16,7) 3 (12,5) Pelo meos uma doeça 36 15 (83,3) 21 (87,5) a Qui quadrado de Pearso. Fote: dados da pesquisa. Ao relacioar as variáveis do cosumo alimetar e risco utricioal, foram ecotradas associações sigificativas etre as variáveis cosumo de verdura/legume cozido (p=0,003), cosumo de suco de fruta atural (p=0,049) e quato ao tipo de leite cosumido (p=0,049) (Tabela 3). Tabela 3 - Associação das variáveis dietéticas e risco utricioal de idosos atedidos o Departameto de Saúde do Idoso, Juiz de Fora - 2015. Sem Risco Nutricioal Risco Nutricioal Cosumo de feijão 0,239 5 a 7 dias por semaa 37 15 (83,3) 22 (91,7) 1 a 4 dias por semaa 3 1 (5,6) 2 (8,3) Quase uca/uca 2 2 (11,1) 0 (0,0) 539
Aa Paula Carlos Câdido, Adriaa Soares Torres Melo Sem Risco Nutricioal Risco Nutricioal Cosumo de verdura ou legume 0,321 5 a 7 dias por semaa 40 18 (93,5) 22 (91,7) 1 a 4 dias por semaa 2 0 (6,5) 2 (8,3) Cosumo de verdura/legume cozido 0,003 5 a 7 dias por semaa 31 9 (50,0) 22 (91,7) 1 a 4 dias por semaa 11 9 (50,0) 2 (8,3) Cosumo de care vermelha 0,294 Quase uca/uca 3 0 (0,0) 3 (12,5) 1 a 4 dias por semaa 35 16 (88,9) 19 (79,2) 5 a 7 dias por semaa 4 2 (11,1) 2 (8,3) Cosumo de care vermelha com gordura 0,231 Sempre tira o excesso 27 10 (55,6) 17 (81,0) Cosome com gordura 6 4 (22,2) 2 (9,5) Não cosome care vermelha com gordura 6 4 (22,2) 2 (9,5) Cosumo de frago 0,454 5 a 7 dias por semaa 7 2 (11,1) 5 (20,8) 1 a 4 dias por semaa 34 16 (88,9) 18 (75,0) Quase uca/uca 1 0 (0,0) 1 (4,2) Cosumo de frago com pele 0,254 Sempre tira a pele 30 12 (66,7) 18 (78,3) Cosome com a pele 9 4 (22,2) 5 (21,7) Não cosome frago com pele 2 2 (11,1) 0 (0,0) Cosumo de suco de fruta atural 0,049 5 a 7 dias por semaa 17 10 (55,6) 7 (29,2) 1 a 4 dias por semaa 13 2 (11,1) 11 (45,8) Quase uca/uca 12 6 (33,3) 6 (25,0) Cosumo de frutas 0,542 5 a 7 dias por semaa 35 16 (88,9) 19 (79,2) 1 a 4 dias por semaa 5 1 (5,6) 4 (16,7) Quase uca/uca 2 1 (5,6) 1 (4,2) 540
Sem Risco Nutricioal Risco Nutricioal Cosumo de refrigerate ou suco artificial 0,466 Quase uca/uca 30 13 (72,2) 17 (70,8) 1 a 4 dias por semaa 11 4 (22,2) 7 (29,2) 5 a 7 dias por semaa 1 1 (5,6) 0 (0,0) Cosumo de leite 0,747 5 a 7 dias por semaa 21 9 (50,0) 12 (50,0) 1 a 4 dias por semaa 9 3 (16,7) 6 (25,0) Quase uca/uca 12 6 (33,3) 6 (25,0) Tipo de leite 0,049 Itegral 12 8 (66,7) 4 (22,2) Desatado ou semidesatado 12 3 (25,0) 9 (50,0) Os dois tipos 6 1 (8,3) 5 (27,8) Cosumo de doces 0,628 Quase uca/uca 16 6 (33,3) 10 (41,7) 1 a 4 dias por semaa 13 7 (38,9) 6 (25,0) 5 a 7 dias por semaa 13 5 (27,8) 8 (33,3) Troca do jatar por algum tipo de lache 0,136 Quase uca/uca 14 3 (16,7) 11 (45,8) 1 a 4 dias por semaa 7 4 (22,2) 3 (12,5) 5 a 7 dias por semaa 21 11 (61,1) 10 (41,7) Cosumo de sal 0,598 Adequado/baixo 36 16 (94,1) 20 (90,9) Alto/muito alto 3 1 (5,9) 2 (9,1) Cosumo de bebida alcoólica 0,286 Sim 10 3 (16,7) 7 (29,2) Não 32 15 (83,3) 17 (70,8) a Qui quadrado de Pearso. Fote: dados da pesquisa. 541
Aa Paula Carlos Câdido, Adriaa Soares Torres Melo DISCUSSÃO O processo de evelhecimeto da população é um acotecimeto que acarreta eormes repercussões, tato em aspectos ecoômicos quato sociais, sedo ecessária a ampliação de políticas direcioadas a essa parcela da população. 13 Diate disso, a atuação do profissioal da utrição juto com outros profissioais de saúde a promoção da saúde dos idivíduos idosos é de grade importâcia, sedo a orietação utricioal adequada uma ferrameta eficaz para a melhoria da qualidade de vida e também para preveção das doeças crôicas ão trasmissíveis. 14 O grupo etário com idade superior a 70 aos, sedo a maioria dos idosos avaliados (52,38%), quado comparado com o grupo de idade etre 60 a 70 aos, mostrou maior iteresse em participar das atividades realizadas o Departameto do Idoso. O predomíio de idosos do sexo femiio (73,8%) sugere que as mulheres são mais participativas as atividades desevolvidas por profissioais da saúde o Departameto de Idosos do que os homes. O mesmo pode ser observado os estudos de Bassler & Lei, 15 o qual foram avaliados adultos e idosos volutários viculados às paróquias do muicípio de Pihais, Curitiba PR. O estudo teve por objetivo traçar o perfil utricioal e propor o moitorameto da situação utricioal da população idosa do muicípio. No estudo de Cervato et al., 1 o qual foi avaliada uma iterveção educativa para a terceira idade de frequetadores de Istituições de Esio o muicípio de São Paulo (SP), houve também um predomíio da população femiia as atividades. Nos últimos cesos e cotages populacioais, a parcela de mulheres é maior do que a de homes etre a população idosa, uma vez que as mulheres represetaram 55,56% o Brasil e 59,24% o muicípio de Juiz de Fora. 16 Talvez isso também justifique o maior úmero de participates do sexo femiio em osso estudo. O percetual de idosos que praticava atividade física regularmete se mostrou alto, pelo fato de a avaliação ter sido realizada em um grupo de giástica, em que 96,7% da amostra relatou praticar atividade física pelo meos 2 vezes a semaa o Departameto do Idoso. Na uidade, o grupo de giástica acotecia 3 vezes a semaa, e os idosos recebiam orietações da fisioterapeuta quato aos exercícios, sedo eles de equilíbrio, força e camihadas. Cada sessão durava 1 hora, dividida etre as atividades. Sabe-se que é importate a prática de atividade física, pois traz diversos beefícios para a saúde e, quado realizada regularmete e corretamete, possibilita melhora da qualidade de vida, retarda perdas fucioais, melhora a autoomia do idoso, além de permitir cohecer o próprio corpo e suas limitações e também estimular o covívio social. 17,18 Em relação à preseça de patologias, a maioria da população, 31%, relatou apresetar somete hipertesão arterial sistêmica (HAS). A maioria dos homes que participaram da avaliação respodeu que apresetava somete HAS. No estudo de Scherer et al., 19 a patologia mais referida etre a população estudada foi, também, a HAS, assim como o estudo de Esperadio et al., 20 com prevalêcia de 67,4% em ambos os gêeros. Já o estudo de Tadei et al., 21 a prevalêcia de HAS foi de 67% em ambos os gêeros. Segudo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 22 a HAS se apreseta como uma patologia de alta prevalêcia, sedo um dos pricipais fatores de risco passíveis de modificação, costituido um dos mais importates problemas de saúde pública. No ao de 2001, ocorreram em toro de 7,6 milhões de mortes o mudo decorretes da elevação da pressão arterial, sedo pricipalmete em países com baixo e médio desevolvimeto ecoômico e, predomiatemete, etre a população idosa. 22,23 Em relação à reda familiar, foi ecotrada associação sigificativa comparado-se os gêeros (p<0,01), sedo maior a reda total presete etre os idosos do sexo masculio. De acordo com a PNAD 24 do ao 2013, o redimeto médio mesal referete ao trabalho dos homes foi de R$ 1857,00 e das mulheres, de R$ 1365,00, valores próximos aos ecotrados pelo presete estudo. Etre as variáveis estatura e gêero, também foi ecotrada associação sigificativa, (p<0,01), pois já é esperado que os homes sejam mais altos que as mulheres. Sobre o covívio com outras pessoas, 71,4% dos idosos covivem com pelo meos algum membro da família, sedo 45,2% o covívio com seus côjuges ou parceiros. Segudo Heitor et al., 25 possuir um parceiro (a) é saudável, pois se sabe que diversos fatores psicossociais, como o afastameto social e ou a perda do seu côjuge, podem ocasioar alterações a igestão alimetar, tato de forma qualitativa, quato quatitativa, cotribuido para dimiuição do apetite e rejeição dos alimetos, cosequetemete levado a uma dimiuição do cosumo de eergia e adequação dos utrietes. Quato ao uso de medicametos, a maioria da população estudada, 64,28%, relatou fazer o uso de três ou mais tipos de medicametos por dia, valor que poderia ser aida maior, se fosse levado em cosideração o fato de fazer uso de pelo meos um medicameto por dia. No estudo de Rozefeld, 26 o uso dessas substâcias pode chegar até 79,2%. Sabe-se que o uso de diversos fármacos, prescrição imprópria ou até mesmo a utilização de dois ou mais 542
medicametos que coteham semelhate ação farmacológica podem favorecer o aparecimeto de efeitos adversos e iterações que comprometam a digestão, absorção e o metabolismo de diversos utrietes importates para a mauteção do orgaismo. 14,26 A população idosa compõe um dos grupos etários que mais utilizam medicametos. A própria fase de evelhecimeto, o aumeto de patologias e o cosumo de fármacos fazem com que essa população se tore vulerável, cotribuido para o risco utricioal. 23,26 Ao relacioar o cosumo alimetar etre os gêeros, ecotrou-se difereça sigificativa etre o cosumo de care vermelha com gordura (p=0,005), sedo o cosumo em ambos os gêeros de 14,28% e, etre os idosos do sexo masculio, de 45,5%. No estudo do Vigitel 27 etre adultos e idosos das capitais brasileiras, foi ecotrado um percetual de 31,1% do cosumo de cares com excesso de gordura em ambos os gêeros, também sedo cosumo maior o sexo masculio. Já o estudo de Heitor et al., 25 foi ecotrado um percetual aida maior etre a população estudada, 48,5% dos idosos ão tiham o hábito de retirar o excesso de gordura das cares ou a pele das aves. Segudo a World Health Orgaizatio (WHO), 28 o surgimeto de várias doeças crôicas ão trasmissíveis é ocasioado pelo cosumo excessivo de gorduras saturadas de origem aimal, devedo o seu cosumo ser reduzido. O presete estudo apresetou uma tedêcia de aumeto o cosumo de frutas (p=0,051) etre os gêeros, demostrado que a prática desse cosumo era predomiate a população com uma frequêcia de 5 a 7 dias por semaa. Houve uma tedêcia também da retirada da pele do frago ates do cosumo (p=0,052) etre os sexos, em que mais de 70% da amostra relatou essa prática. Esses comportametos são cosiderados fatores de proteção para o surgimeto de doeças crôicas e o seu cosumo é icetivado pela OMS. 27 Ao relacioar as variáveis sociodemográficas e risco utricioal, foi ecotrada associação sigificativa para a variável raça (p=0,045). Sabe-se que a raça é cosiderada como fator de risco para o aparecimeto de HAS, sedo a raça egra a maior icidêcia dessa patologia. 29 A HAS por si só já é uma codição para o surgimeto do quadro de risco utricioal. Uma das cosequêcias do evelhecimeto populacioal é o aumeto da prevalêcia das doeças crôicas, detre elas, a hipertesão. A HAS é cosiderada um importate fator de risco para doeças decorretes de aterosclerose e trombose, por acometimeto de diferetes áreas do orgaismo, detre elas a cardíaca, cerebral, real e vascular periférica. Por gerar diversas cosequêcias, a HAS se caracteriza como uma das causas de maior redução da expectativa e, pricipalmete, da qualidade de vida da população. O diabetes mellitus e a hipertesão arterial estão associados ao aumeto do risco de desevolvimeto de doeças cardiovasculares, que represetam uma elevada taxa de óbito, assim como iterações e icapacitação física, cotribuido para o risco utricioal. 30,31 No estudo atual, 54,14% dos idosos apresetaram risco utricioal por meio do questioário NSI, ode destes 79,16% foram observados em idivíduos do sexo femiio. No estudo de Alvarega et al., 5 cerca de 69,8% dos idosos apresetaram classificação de risco utricioal, também sedo predomiate o sexo femiio. Ao relacioar as variáveis do cosumo alimetar e risco utricioal, foram ecotradas associações sigificativas etre as variáveis cosumo de verdura/legume cozido (p=0,003), cosumo de suco de fruta atural (p=0,049) e tipo de leite cosumido (p=0,049). Esse perfil alimetar pode ser explicado pelo fato de que, quado se apreseta alguma patologia, mudaças a alimetação podem ocorrer, fazedo com que aqueles que possuem risco utricioal busquem se alimetar melhor pela sua codição de saúde. O NSI é uma ferrameta que permite idetificar possíveis carêcias utricioais em decorrêcia da preseça de patologias, cosumo de álcool em excesso, uso de diferetes fármacos, assim como perda ou gaho de peso ivolutários, situação de covívio e codições de compra e preparação de alimetos, fazedo com que aqueles que se ecotrem em situação de risco utricioal sejam avaliados e acompahados pelos profissioais de saúde. 5,32 Segudo Alvarega et al., 5 o NSI é idicado para o uso a ateção básica, pois é um istrumeto de fácil aplicação e baixo custo, que permite o rastreio de idivíduos com risco utricioal, sempre sedo utilizado com o auxílio dos demais parâmetros de determiação, como as medidas atropométricas. O estudo apreseta limitações, como o fato de a amostra ter sido composta por um úmero reduzido de idosos, que eram participates do grupo de giástica, com perfil mais ativo, o que pode ter iflueciado algumas associações. Outro aspecto é a avaliação ter se realizado em uma úica uidade de saúde, ão sedo possível observar a realidade de idosos atedidos em outras uidades, que viveciam outras realidades utricioais, comportametais, sociais e ecoômicas que, provavelmete, podem afetar o risco utricioal. Dessa forma, com o crescimeto da população idosa, os serviços de saúde devem estar preparados para ateder a esse público, assim como cotar com a atuação de uma equipe iterdiscipliar, em que o cohecimeto de diversas áreas de atuação possibilite a promoção e a melhoria 543
Aa Paula Carlos Câdido, Adriaa Soares Torres Melo de saúde dos idosos. Essas ações de saúde que já são realizadas a uidade aalisada favoreceram o perfil utricioal ecotrado, pois o grupo apresetou bos idicadores de saúde, demostrado que a iserção de grupos com ações de preveção, como é o caso atividade física, poderia ser icorporada a outras uidades de ateção primária. CONCLUSÃO A partir do presete estudo, pôde-se cocluir que a prevalêcia de risco utricioal atigiu pouco mais da metade da população estudada. Etretato, por meio da avaliação dos aspectos utricioais e dietéticos, uma cosiderável parcela deste grupo demostrou possuir bos hábitos alimetares, como o cosumo de frutas, verduras e legumes, assim como um bom estado utricioal revelado por meio do peso corporal e IMC, associados à pratica de atividade física, que são aspectos importates para a melhoria da qualidade de vida, reduzido o aparecimeto do risco utricioal. Sedo assim, tora-se ecessário que outros estudos como este sejam realizados, para verificar o risco utricioal em outras uidades de saúde e auxiliar a proposição de estratégias que promovam a saúde destes idivíduos. REFERÊNCIAS 1. Cervato AM, Dertl AM, Latorre MRDO, Marucci MFN. Educação utricioal para adultos e idosos: uma experiêcia positiva em Uiversidade Aberta para a Terceira Idade. Rev Nutr. 2005 fev.; 18(1):41-52. 2. Fiore EG, Vieira VL, Cervato AM, Tucilo DR, Cordeiro AA. Perfil utricioal de idosos frequetadores de uidade básica de saúde. Rev Ciêc Méd. 2006 set./out.; 15(5):369-377. 3. Cruz DT. Prevalêcia de quedas e fatores associados em idosos a cidade de Juiz de Fora, Mias Gerais [dissertação]. Juiz de Fora: Uiversidade Federal de Juiz de Fora; 2011. 4. Schramm JMA, Oliveira AF, Leite IC, Valete JG, Gadelha AM, Portela MC, et al. Trasição epidemiológica e o estudo de carga de doeça o Brasil. Ciêc Saúde Coletiva. 2004; 9(4):897-908. 5. Alvarega MRM, Oliveira MAC, Facceda O, Amedola F. Avaliação do risco utricioal em idosos atedidos por Equipes de Saúde da Família. Rev Esc Eferm USP. 2010 mar.; 44(4):1046-51. 6. Satos ACO, Machado MMO, Leite EM. Evelhecimeto e alterações do estado utricioal. Geriatria & Gerotologia. 2010 out.; 4(3):168-175. 7. Araújo LAO, Bachio MM. Programa Saúde da Família: perfil de idosos assistidos por uma equipe. Rev Bras Eferm. 2004 set./out.; 57(5):586-90. 8. Barbosa Silva MCG, Barros AJD. Avaliação utricioal subjetiva: parte 1. Revisão de sua validade após duas décadas de uso. Arq Gastroeterol. 2002; 39(3):181-7. 9. Rasla M, Gozalez MC, Dias MCG, Paes-Barbosa FC, Ceccoello I, Waitzberg DL. Aplicabilidade dos métodos de triagem utricioal o paciete hospitalizado. Rev Nutr. 2008 set./out.; 21(5):553-561. 10. Bueo JM, Martio HSD, Ferades MFS, Costa LS, Silva RR. Avaliação utricioal e prevalêcia de doeças crôicas ão trasmissíveis em idosos pertecetes a um programa assistecial. Ciêcia & Saúde Coletiva. 2008; 13(4):1237-1246. 11. Lipschitz DA. Screeig for utritioal status i the elderly. Prim Care. 1994; 21:55-67. 12. Nutritio Screeig Iitiative, report of utritio screeig I: toward a commo view. Washigto, DC: Nutritio Screeig Iitiative; 1991. 13. Raue MS, Moreira EAM, Calvo MCM, Lobo AS. Avaliação do estado utricioal de idosos istitucioalizados. Rev Nutr. 2008 maio/ju.; 21(3):303-310. 14. Amado TCF, Arruda IKG, Ferreira RAR. Aspectos alimetares, utricioais e de saúde de idosas atedidas o Núcleo de Ateção ao Idoso NAI, Recife/2005. ALAN. 2007 out.; 57(4):366-372. 15. Bassler TC, Lei DLM. Diagóstico e moitorameto da situação utricioal da população idosa em muicípio da região metropolitaa de Curitiba (PR). Rev Nutr. 2008 maio/ju.; 21(3):311-321. 16. IBGE. Istituto Brasileiro de Geografia e Estatística [Citado 2015 out.]. Dispoível em: <http://www.ibge. gov.br/home/estatistica/populacao/ceso2010/default. shtm>. 17. Beedetti TRB. Atividade física: uma perspectiva de promoção da saúde do idoso o muicípio de Flori- 544
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