FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANTA TEREZINHA FEST CURSO DE DIREITO PROJETO OAB 100 DICAS MÓDULO I 8º DIA DOCENTE MINISTRANTE

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Transcrição:

FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANTA TEREZINHA FEST CURSO DE DIREITO PROJETO OAB 100 DICAS MÓDULO I 8º DIA ÉTICA PROFISSIONAL 100 DICAS DOCENTE MINISTRANTE Prof. Esp. Pollyanna Mota Sá Kamada Graduada em Ciências habilitação em Química - UEMA; Graduada em Ciências habilitação em Matemática - UEMA; Graduada em Direito - FEST; Especialista em Estatística Aplicada as Ciências - UEMA; Especialista em Direito Empresarial - UNIDERP. Atuação como Advogada nas áreas Cível, Trabalhista e Empresarial; Professora das disciplinas de Direito Empresarial e Ética Geral e Profissional do Advogado. IMPERATRIZ MA MARÇO DE 2017

100 DICAS OAB ÉTICA PROFISSIONAL PROFª POLLYANA MOTA SÁ KAMADA Legislação: - Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e da OAB EAOAB) - Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB (RG) - NOVO Código de Ética e Disciplina (NCED) 1. Requisitos para inscrição Quadros da OAB: Capacidade Civil, lembrar dos casos de emancipação do Art.5º CC/02; 2. Diploma ou Certidão (acrescida do histórico escolar) de graduação em direito; 3. Estrangeiro deve revalidar o diploma e atender aos demais requisitos do Art. 8º EAOAB, inclusive o inciso IV; 4. Prov. 91/00: advogado estrangeiro pode fazer consulta em direito do país dele sem inscrição na OAB e sem revalidar o diploma; 5. Prov. 129/08: Advogado que tenha inscrição em Portugal pode vim para o Brasil se inscrever na OAB sem revalidar o diploma e sem fazer exame da ordem, observando o princípio da reciprocidade de tratamento (não se aplica às sociedades); 6. O compromisso é indelegável por sua natureza solene e personalíssima; 7. Para inscrição como Estagiário deve cumprir os requisitos do Art. 8º do EAOAB, com exceção dos incisos II e IV, diploma e aprovação no exame da Ordem, respectivamente, além de: Estar no cursando últimos dois anos do curso; Inscrição na Seccional do Estado onde está cursando o Curso Jurídico; 8. Tipos de inscrição: Principal (Seccional em cujo território pretende estabelecer domicílio profissional); Suplementar (Seccional que passar a exercer com habitualidade/ intervenção judicial que exceder cinco causas por ano) Transferência 9. Em caso de sociedade todos os advogados sócios devem requerer a inscrição suplementar; 10. Licenciamento de inscrição: Interrupção temporária: Requerer, desde que com motivos justificados; Passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível; Sofrer doença mental curável; 11. Cancelamento de inscrição: Interrupção definitiva Assim o requerer; Sofrer penalidade de exclusão; Falecer; Passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; e Perder qualquer um dos requisitos indispensáveis para a inscrição. 12. São atividades privativas do advogado: postulação em órgão do Poder Judiciário e Consultoria, assessoria, direção e gerência jurídica; 13. Exceções: Habeas Corpus, Juizado Especial Cívil (até 20 SM), Juizado Especial Federal, Lei de Alimentos e defesa em processo administrativo disciplinar (Súm. Vinc. 5 STF);

CUIDADO: Justiça do Trabalho empregado e empregador, não alcança a ação rescisória, ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 14. Ato constitutivo de pessoa jurídica para ser levado a registro deve ser visado por advogado, exceção das micro e pequenas empresas; 15. Estão sujeitos ao EAOAB, sem exceção do regime próprio, os integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do DF, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional. 16. Mandado Judicial ou Procuração é o contrato pelo qual o cliente nomeia e constitui o advogado para representa-lo judicial ou extrajudicialmente. Não se outorga poderes para a sociedade, permitido somente aos advogados na condição de pessoa física; 17. Extingue-se o mandato: Substabelecimento sem reserva de poderes (definitivo) e com reserva de poderes (provisório); Revogação Renúncia Arquivamento dos autos ou conclusão da causa; 18. Em caso de urgência pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresenta-la no prazo de 15 dias, prorrogável por igual período; DIREITOS DOS ADVOGADOS 19. Presentes indícios de autoria e materialidade de crime por parte de advogado, a autoridade JUDICIÁRIA competente poderá expedir mandado de busca e apreensão, ESPECÍFICO e PORMENORIZADO, a ser cumprido na presença do REPRESENTANTE DA OAB, vedado documentos pertencentes a clientes, salvo se houver entre cliente e advogado coautoria ou participação na prática doo causa à quebra da inviolabilidade; 20. O advogado pode comunicar-se com seus clientes pessoal e reservadamente, ainda que incomunicáveis, mesmo sem procuração; 21. Examinar em qualquer órgão dos Poderes Judiciários e Legislativos, ou da administração Pública, autos de processos findos ou em andamentos, MESMO SEM PROCURAÇÃO; 22. Examinar em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, autos em flagrante e de investigações de qualquer natureza, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; 23. SEM PROCURAÇÃO: quando não estiver sujeito a sigilo; 24. O inscrito na OAB, quando ofendido em razão do exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, tem direito ao DESAGRAVO PÚBLICO, promovido pelo Conselho competente de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa; 25. O desagravo não depende de concordância do ofendido, que também não pode dispensá-lo; 26. Competência para promover o desagravo é do Conselho Seccional (Regra): Conselho Federal: de Conselheiro Federal ou Presidente do Conselho Seccional, ou em caso de ofensa de relevância e grave violação às prerrogativas profissionais com repercussão nacional; Em caso de ofensa ocorrida no território da Subseção em que esteja vinculado o inscrito, a sessão de desagravo pode ser promovida pela Diretoria ou Conselho da Subseção, com representação do Conselho Seccional; 27. O advogado tem imunidade profissional, não constituindo INJÚRIA e DIFAMAÇÃO puníveis qualquer manifestação de sua parte, NO EXERCÍCIO DE SUA ATIVIDADE, em juízo ou fora dele, sem prejuízos das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.

28. O advogado somente poderá ser preso em flagrante por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, na presença de um representante da OAB, sob pena de nulidade do auto de prisão em flagrante; 29. DIREITO DAS ADVOGADAS: Entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X e reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais, quando Gestante; Preferência nas sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante a comprovação de sua condição (prazo de 120 dias); Suspensão de prazos processuais (30 dias) quando for A ÚNICA PATRONA da causa; 30. Advogado que for o único patrono da causa, e que se torna pai, tem o direito a 08 (oito) dias; 31. A carteira e o cartão emitidos pela OAB são documentos de identidade profissional de uso obrigatório pelos advogados e estagiários inscritos, no exercício de sua atividade, e equivale a documento de identidade civil em todo território nacional; 32. O Cartão de identidade do estagiário tem o mesmo modelo e conteúdo do cartão e perderá sua validade imediatamente após a prestação do compromisso como advogado; 33. Os advogados podem reunir-se em sociedades simples de prestação de serviços de advocacia ou construir sociedade unipessoal de advocacia, na forma disciplinada no EAOAB e no RG; A) Natureza jurídica (sociedade simples); B) Personalidade jurídica (Conselho Seccional da OAB); C) Razão Social: obrigatoriamente o nome de um advogado/ podendo permanecer o de sócio falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato constitutivo; 34. Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em juízo clientes de interesses opostos; 35. O licenciamento do sócio para exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter temporário deve ser averbado no registro da sociedade, não alterando sua constituição; em caso de cancelamento do sócio deverá gerar alteração do contrato social, com a retirada do sócio cancelado; 36. Não será levado a registro as sociedades que apresentem formas ou características mercantis, que adotem denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas a advocacia, que incluam sócios não inscrito como advogado ou totalmente proibido de advogar; 37. As sociedades poderão associar-se com advogados, sem vínculo de emprego, para a participação nos resultados, tais contratos devem ser averbados no contrato social da sociedade de advogados; 38. Além da sociedade os sócios respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia sem prejuízo de responsabilidade disciplinar e da mesma forma o advogado associado nas ações em que atuou; 39. Mesmo quando empregado, o advogado mantém sua independência profissional e isenção técnica e prerrogativas inerentes ao exercício pleno da advocacia; 40. Horas extraordinária do advogado empregado sejam remuneradas por um adicional não inferior a 100% sobre o valor da hora normal e as horas noturnas sejam acrescidas de 25%, quando trabalhar das 20 horas de um dia até as 5 horas do dia seguinte. 41. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados; 42. Os honorários de sucumbência do advogado empregado não integram o salário ou a remuneração e não são considerados para efeitos trabalhistas ou previdenciários.

43. Tanto o STF quanto o STJ entenderam que os honorários advocatícios têm natureza jurídica alimentar; 44. A sentença que fixar os honorários terá natureza jurídica de título executivo judicial; 45. Elementos éticos para cobrança (art. 49 NCED): Relevância, complexidade, ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, o valor da causa, condição econômica do cliente, competência do profissional...; 46. É licito ao advogado ou à sociedade de advogados empregar para o recebimento de honorários, sistema de cartão de crédito; 47. Prescreve em 5 anos ação de cobrança de honorários advocatícios, a partir: Do vencimento do contrato, se houver; Do trânsito em julgado da decisão que os fixar; Da ultimação do serviço extrajudicial; Da desistência ou transação, e Da renúncia ou revogação do mandato. 48. Advocacia pro bono (para o bem) é a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, ou em favor de pessoas naturais, que não dispuserem de recursos para contratar advogado; 49. Advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais, ou instrumento de publicidade para captação de clientela; 50. A opção pela advocacia pro bono diz respeito exclusivamente às relações entre o advogado e o cliente e não afeta o direito aos honorários de sucumbência; 51. A publicidade do advogado tem caráter informativo e deve primar pela discrição e sobriedade; 52. No Novo CED, são admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique restrita aos clientes e aos interessados do meio jurídico. 53. É lícito manter colunas periódicas nos meios de comunicação social, sendo vedado o fornecimento de telefone para contato, ou endereço, nesse tipo de manifestação, bem como de qualquer modo, incitar o cidadão ao litigio, pois deve limitar-se a debater ou informar a respeito de assuntos do interesse da população em geral; 54. A participação do advogado em meios de comunicação social (televisão, rádio e canais disponibilizados pela internet, mas não pode se tornar habitual, sob pena de configurar indiretamente a propaganda vedada no Art. 40, I, do NCED; 55. É permitido o uso das redes sociais (facebook e afins) e as redes telefônicas (whatsapp, mensagens e afins), observando os limites da publicidade profissional em geral; 56. Segue vedada, por exemplo, a publicidade em outros meios de comunicação como rádio, cinema e televisão, outdoors e painéis luminosos, muros, paredes, veículos e elevadores. 57. O Advogado público exercerá suas funções com independência técnica, contribuindo para a solução ou redução de litigiosidade. 58. O Art. 29 do NCED, cuidou de proteger a remuneração digna dos advogados que prestam serviços a outros advogados;

59. A instauração, de ofício, do processo disciplinar dar-se-á em função do conhecimento do fato, quando obtido por meio de fonte idônea ou em virtude de comunicação da autoridade competente, não se considera fonte idônea a que consistir em denúncia anônima. 60. A representação será formulada ao Presidente do Conselho Seccional ou ao Presidente da Subseção, por escrito ou verbalmente e, neste caso, será reduzida a termo. A possibilidade de ser feita de forma verbal, embora já acontecesse na prática, passou a constar expressamente na nova redação. 61. O novo Código, também, dispõe de capítulo próprio sobre a ética dos dirigentes da OAB: os representantes da OAB devem se abster de prestar serviços ou contratar com suas respectivas entidades, sendo vedadas quaisquer formas de utilização do cargo para obtenção de vantagens indevidas para si ou para terceiros. 62. O NCED inovou ao dispor que toda a disciplina dos honorários advocatícios também se aplica à mediação, à conciliação, à arbitragem ou a qualquer outro método adequado de solução dos conflitos, estabelecendo expressamente a irredutibilidade dos honorários contratados em decorrência da solução do litígio por qualquer mecanismo adequado de solução extrajudicial. 63. Outra novidade relevante do CED é a normatização como princípio ético do advogado o estímulo aos meios extrajudiciais de resolução de litígios, como mediação e conciliação, prevenindo a instauração de processos judiciais; neste sentido o novo Código de Processo Civil (CPC) (lei 13.105/15) estabelece o dever dos operadores do Direito de estimular o uso de métodos de solução consensual de conflitos. 64. O advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial, sobre o que saiba em razão de seu ofício, cabendo-lhe recusar a depor como testemunha, em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou tenha sido advogado, mesmo que autorizado ou solicitado pelo constituinte. 65. Incompatibilidade é a proibição total do exercício da advocacia; 66. Impedimento é a proibição total do exercício da advocacia; 67. A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente; 68. Não se incluem na incompatibilidade aqueles que exercerem a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico; 69. Não se incluem no impedimento os docentes de cursos jurídicos de universidade pública; 70. Não se incluem na incompatibilidade a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico; 71. Macete incompatibilidade impedimento (Profº Paulo Machado):

72. O Advogado no exercício da profissão pode ser responsabilizado: Civil Penal: Violação de sigilo profissional (art.154 CP), retenção abusiva de autos (Art. 356, CP; Art. 34, XXII, EAOAB), Patrocínio Infiel (art. 355, caput, CP) e Tergiversação e Patrocínio Simultâneo (Art. 355, parágrafo único, CP) Disciplinar: Infrações e Sanções disciplinares (Art. 34 a 41 do EAOAB) 73. Dica para lembrar a sanção disciplinar: Artigo e Inciso Dica (se a infração tratar Sanção de) Art. 34, I a XVI e XXIX ATO CENSURA Art. 34, XVII a XXV $, carga autos, inépcia SUSPENSÃO profissional Art. 34, XXVI a XXVII CRIME EXCLUSÃO - (agrava a censura e MULTA suspensão) 74. O tribunal de ética pode suspender temporariamente a aplicação das penas de advertência e censura impostas, desde que o infrator primário, dentro do prazo de 120 dias, passe a frequentar e conclua, comprovadamente, curso, simpósio ou atividade equivalente, sobre Ética Profissional do Advogado, realizado por entidade de notória idoneidade; 75. O Advogado infrator que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar poderá requerer, após um ano do efetivo cumprimento da pena, a reabilitação, provando bom comportamento. Quando a sanção for resultado da prática de um crime, a reabilitação disciplinar estará vinculada a reabilitação criminal. 76. A pretensão punitiva prescreve em 5 anos a partir da ciência oficial dos fatos, e a prescrição intercorrente ocorrerá quando o processo ficar pendente de despacho ou data de julgamento por mais de 3 anos. 77. Aplica-se subsidiariamente ao EAOAB, para julgar o processo disciplinar, a legislação processual penal comum e, aos demais processos, a legislação processual administrativa comum e a legislação processual civil, nessa ordem; 78. Todos os prazos do processo disciplinar são de 15 dias, exceto: A sustentação oral no TED, que será de 15 min.; O prazo para juntada do original de recurso interposto via fax, que será de 10 dias; 79. Inicia-se a contagem do prazo: Notificação pessoal do advogado: 1º dia útil posterior ao recebimento da notificação; Publicação na imprensa oficial: 1º dia útil seguinte ao da publicação. 80. A competência para julgamento é do conselho Seccional do local da infração, por intermédio do TED, salvo se a infração for cometida perante o Conselho Federal; 81. Após o transito em julgado da decisão, será competente para aplicar a sanção ao advogado infrator o Conselho Seccional da unidade federativa em que o advogado tiver sua inscrição principal; 82. O processo tramitará em sigilo até seu termino, tendo acesso aos autos: as partes litigantes, os advogados constituídos nos autos e a autoridade judiciária competente; 83. Cabe recurso ao Conselho Seccional, solicitado pelas partes litigantes, das decisões:

Do TED; Diretoria da Subseção; Diretoria da C.A.A.; Presidente do Conselho Seccional. 84. Cabe recurso ao Conselho Federal, solicitado pelas partes litigantes e Pres. Conselho Seccional, das decisões do Conselho Seccional: Não unânimes; Unânimes: que tenham ferido o EAOAB, CED, RG, portarias. 85. Os recursos são recebidos no duplo efeito: Devolutivo e Suspensivo; 86. Os membros do TED, inclusive os Presidentes, são eleitos na primeira sessa ordinária após a posse dos Conselhos Seccionais, dentre os seus integrantes ou advogados de notável reputação éticoprofissional. 87. A OAB é dotada de personalidade jurídica; natureza jurídica sui generis; não mantém vínculo hierárquico ou funcional com nenhum órgão da Administração Pública; 88. A OAB possui imunidade tributária total com relação a rendas, bens e serviços; 89. O pagamento da contribuição anual à OAB isenta os inscritos no seus quadros do pagamento obrigatório da contribuição sindical; 90. O Cargo de conselheiro ou de membro de diretoria do órgão da OAB é de exercício gratuito e obrigatório, considerado serviço público relevante, inclusive para fins de disponibilidade e aposentadoria; 91. A OAB tem por finalidade: defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático de Direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas e promover com exclusividade a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em todo o Brasil; 92. São órgãos da OAB: Conselho Federal, Conselhos Seccionais, Subseções e Caixas de Assistência aos Advogados; 93. No caso de transferência de bens ou recursos de um Conselho Seccional a outro será necessária à autorização do Conselho Federal; 94. O mandato em qualquer órgão da OAB, é de três anos, permitida a reeleição; 95. Nenhum ocupante de cargo o mandato na OAB será remunerado; 96. CUIDADO: Os membros do Conselho Seccional, da Diretoria da Subseção e da Diretoria da Caixa de assistência dos Advogados tomarão posse no primeiro dia de janeiro do ano seguinte; Os membros do Conselho Federal tomarão posse no primeiro dia de fevereiro do ano seguinte a eleição; 97. O Advogado inscrito na OAB, adimplente com sua anuidade, é obrigado a votar, sob pena de multa no importe de R$ 20% sobre o valor da anuidade salvo justo motivo; 98. Os membros dos órgãos da OAB, no desempenho de seus mandatos, podem neles permanecer se acontecerem às eleições; 99. A Propaganda eleitoral tem por finalidades da OAB e aos interesses da Advocacia; 100. É vedado praticar atos que visem a exclusiva promoção pessoal de candidatos e a abordar temas de modo a comprometer a dignidade da profissão e da ordem dos Advogados do Brasil;