CÁLCULO DO ÍNDICE DE ESTDO TRÓFICO EM RESERVTÓRIO COM ESTUDO DE CSO NO RESERVTÓRIO CRPE DO MEIO Sousa, I. V.. 1, Souza, R. O. 2 & Paulino, W. D. 3 RESUMO --- O processo de armazenamento de água em regiões semi-áridas tem se tornado um considerável meio de reduzir a escassez deste recurso natural. ssim, é comum em regiões, com características do Nordeste rasileiro, a construção de grandes reservatórios, que tem servido para atender, com certa regularidade, demandas para os mais diversos usos. Este trabalho estudou, através de pesquisa de campo, associada com uma metodologia de cálculo de Índices de Estado Trófico Modificado - M, as condições ambientais do Reservatório carape do Meio, no Estado do Ceará, na busca de uma identificação das principais transformações nos seus níveis tróficos, bem como, na identificação das principais causas de um possível processo de eutrofização do mesmo. Os resultados mostraram uma tendência de degradação da qualidade da água do reservatório em estudo, tendo esta qualidade se agravado consideravelmente nos anos de 24 a 25. O M mostrou que a presença do ortofosfato solúvel, na metodologia de cálculo, altera consideravelmente os valores deste índice. Mesmo assim, as análises mostraram que, nos anos observados, o M cresceu nos vários pontos do reservatório analisado, passando do estado Eutrófico para Hipereutrófico, segundo classificação CETES. STRCT --- The process of storage of water in semi-arid areas has become a considerable way of reducing the shortage of this natural resource. Like this, it is common in areas, with characteristics of the razilian Northeast, the construction of great reservoirs that has been being to assist, with certain regularity, demands for the most several uses. This work studied, through field research, associated with a methodology of calculation of Modified Trophic State Indexes m, the environmental conditions of the carape do Meio Reservoir, in the State of Ceará, trying to identify the main transformations in their trophic levels, as well as, the identification of the main causes of a possible process of eutrophization of it. The results showed a tendency of degradation of the quality of the water of the reservoir in study, having this quality become considerably worse in the years from 24 to 25. The m showed that the presence of the soluble orthophosphate, in the calculation methodology, alters the values of this index considerably. Even so, the analyses showed that, in the observed years, m grew in the several points of the analyzed reservoir, passing of the Eutrophic state for Hipereutróphic ones, second the CETES classification. Palavras-chave: Índice de Estado Trófico, Eutrofização e Qualidade de Água. 1) Doutoranda em Recursos Hídricos: Departamento de Engenharia Hidráulica e mbiental Universidade Federal do Ceará Campus do Pici l. 713 CEP.6.451-97, e-mail: irla.vanessa@bol.com.br 2) Professor Titular do Departamento de Engenharia da UFC, Tel (85) 3366-97-71 e-mail: rsouza@ufc.br 3) Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos COGERH, e-mail: disney@cogerh.com.br XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 1
1. - INTRODUÇÃO O processo de armazenamento de água em regiões semi-áridas tem se tornado um considerável meio de reduzir a escassez deste recurso natural. ssim, é comum em regiões, com características do Nordeste rasileiro, a construção de grandes reservatórios, que tem servido para atender, com certa regularidade, demandas para os mais diversos usos. Por outro lado, o armazenamento de água em reservatórios acaba tornando essas massas líquidas vulneráveis a um maior risco de degradação. Como se sabe, a água armazenada fica sujeito a longo tempo de residência, permitindo assim com que algumas importantes relações, tanto do ponto de vista químico, como biológico, possam ocorrer. Estas reações, associadas com alguns lançamentos de efluentes, provenientes de zonas urbanas, áreas industriais e zonas rurais, acabam por acelerar o processo de envelhecimento dos reservatórios, conhecido como processo de Eutrofização, que depende, fundamentalmente, da disponibilidade de nutrientes no interior dos reservatórios. Este trabalho estudou, através de pesquisa de campo, associada com uma metodologia de cálculo de Índices de Estado Trófico Modificado, as condições ambientais do Reservatório carape do Meio, no Estado do Ceará, na busca de uma identificação das principais transformações nos seus níveis tróficos, bem como, na identificação das principais causas de um possível processo de eutrofização do mesmo. 2. - CRCTERIZÇÃO FÍSIOGRÁFIC O çude carape do Meio, objeto deste estudo, é banhado pelo Rio Pacoti. Sendo o principal manancial da Região Metropolitana de Fortaleza, o Rio Pacoti, nasce na Serra de aturité e percorre 112,5 Km, em geral no sentido sudoeste/nordeste, dos quais o primeiro terço com declividade acentuada e ordem de 2,%. Na parcela de jusante, como reflexo do relevo muito suave que atravessa, sua declividade gira em torno de,1% (SRH-Ce, 21). presentando uma configuração longilínea e de rede de drenagem predominantemente dendrítica, o Rio Pacoti drena uma área de 1.257 Km 2, se desenvolvendo no sentido sudeste/nordeste, como mencionado. Conta com elevado índice de compacidade (1,97) e fator de forma reduzido (,1). Com afluência significativa somente pela margem esquerda, o Rio Pacoti possui dois contribuintes, os Riachos aú e Água Verde. No seu baixo curso apresenta lagoas perenes e intermitentes. Todos os XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 2
cursos d água da bacia apresentam fluviometria intermitente, na região de baixo curso, sofrendo a influência das marés, apresentando um estuário composto por 16 ha de manguezais. Para o monitoramento da qualidade da água, o reservatório foi divido em 8 pontos georeferenciados, que são monitorados periodicamente por técnicos especializados. Existem 3 entradas no reservatório que são os pontos: P1, P2, P3. O ponto P8 localiza-se o vertedouro do açude (figura 1). Figura 1 çude carape do meio (çude Eugene Gudim) localizado no centro. s cidades de Palmácia e Pacoti a montante e Redenção a jusante. Fonte: SRH-Ce, 21. Os pontos P2 e P3 recebem contribuições de zonas urbanas, enquanto o ponto P1 recebe contribuições de zonas rurais. O ponto P1 recebe contribuições difusas rurais que vem de Genipapo, pois neste ponto existem sítios caracterizados como zona rural. í existem plantações de banana, arroz, feijão e milho, além de criação de animais (porco e gado). No ponto P2, a montante localizam-se as cidades de Guaramiranga e Pacoti, caracterizando contribuições urbanas, com sistema de esgotamento sanitário do tipo decantador digestor. Esta contribuição vem do Rio Pacoti. Este ponto, em outubro de 26, caracterizava-se por um uma forte presença de biomassa (macrófitas aquáticas) e plantação de bananeira nas margens (RIEIRO, 27). 3. - METODOLOGI 3.1 - Índice de Estado Trófico Modificado M Foi analisado o cálculo do índice de Estado Trófico para região semi-árida, desenvolvidos por Toledo et al. (1984), que propuseram uma modificação do de Carlson (1977), incluindo ainda XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 3
uma expressão para o ortofosfato solúvel. s equações utilizadas de 1 a 3 exprimem o índice do Estado Trófico de Carlson Modificado ( M ): 8,32 ln( ) ( ) 1 [6 ( PT M PT = ] (1) ln 2 2,4,695ln" Cl a" M (" Cla") = 1 [6 ( )] (2) ln 2 21,67 ln( ) ( ) 1 [6 ( OS M OS = ] (3) ln 2 Onde: PT = Fósforo Total; Cl-a = Clorofila-a ; OS = Ortofosfato Solúvel. Foram utilizados os três índices: M (PT); M ( Cl-a ) e M (OS) e, a seguir, calculou-se a média deste Índice ( M ) que, ao final, foi classificado de acordo com a tabela a seguir: Tabela 2 - Classificação do Estado Trófico segundo o Índice de Carlson Modificado. Critério Estado Trófico Classes do < 44 Oligotrófico 1 44 < < 54 Mesotrófico 2 54 < < 74 Eutrófico 3 > 74 Hipereutrófico 4 Fonte: CETES, 22. Esta versão do índice de Estado Trófico tem-se mostrado mais adequada para a determinação do estado trófico em lagos de clima predominantemente tropical, segundo Tundisi et al., 1995, Calijuri, 1988 e Ceballos, 1995. 4. - RESULTDO Foram calculados os índices de Estado Tróficos Modificados - M e os parâmetros considerados foram clorofila-a, fósforo total, ortofosfato solúvel e a média, de modo que pudesse ser XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 4
verificado o estado trófico do reservatório. s figuras 2 () e 2 () mostram o comportamento deste índice para os anos de 21/22 e 24/25 na entrada 1 do reservatório em estudo. Nesses cálculos apresentados não foram levados em conta a presença do ortofosfato solúvel, pois o seu banco de dados foi insuficiente. O resultado mostra que o índice de estado trófico médio ficou em torno de 4 no ano de 21/22, indicando que este reservatório oscilava entre o estado trófico de oligotrófico para mesotrófico e também se encontrava no nível 1, segundo a classe da CETES. Este resultado mostra que representa um corpo hídrico com baixa produtividade ou produtividade intermediária, com possíveis complicações sobre a qualidade da água. Entretanto, quando se analisam os anos de 24/25 esse índice aumenta para 6, o que caracteriza um estado eutrófico. Já para este período, o reservatório encontrava-se no nível 3, segundo a classe CETES, concluindo que houve um aumento de classe a cada ano que passou (RIEIRO, 27). - Ponto 1 (21-22) - Ponto 1 (24-25) 7 6 5 4 3 2 1 31/5/1 17/9/1 28/2/2 23/9/2 2/11/2 Clorofila-a Fósforo Total (Cl+P) 1 8 6 4 2 23/11/4 21/2/5 26/4/5 6/7/5 23/8/5 26/1/5 Clorofila-a Fósforo Total (Cl+P) Figura 2 () e () Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total e a média nos anos de 21-22 e 24-25 para o ponto 1. Quando se inclui o ortofosfato solúvel (figura 3 () e 3 ()), a situação se altera um pouco e o M médio passa, para os anos de 21/22, para um valor aproximado de 75, o que caracteriza uma classe eutrófica. Já nos anos de 24/25 este índice aproxima-se de 1, o que caracteriza um estado hipereutrófico. Segundo a classe da CETES, este ponto 1 passou da classe 3 em 21-22 para a classe 4 em 24-25. XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 5
2 - Ponto 1 (21-22) 25 - Ponto 1 (24-25) 15 2 1 5 15 1 5 31/5/1 17/9/1 28/2/2 2/11/2 23/11/4 28/3/5 6/7/5 26/9/5 Clorofila-a Fósforo Total Clorofila-a Fósforo Total Ortofosfato Solúvel (Cl+P+O) Ortofosfato Solúvel (Cl+P+O) Figura 3 () e () Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total, ortofosfato solúvel e a média nos anos de 21-22 e 24-25 para o ponto 1. s figuras 4 () e 4 () mostram o M para o ponto 2 nos anos de 21/22 e 24/25. Os resultados confirmam que o reservatório está em um processo de Eutrofização. través da figura verifica-se que, no ano de 22, o M médio estava em torno de 45. Já em 24/25 o índice médio passou para 5 e sempre em uma tendência de crescimento. - Ponto 2 (21-22) - Ponto 2 (24-25) 7 6 5 4 3 2 1 31/5/1 27/8/1 28/11/1 2/5/2 24/7/2 23/9/2 2/11/2 Clorofila-a Fósforo Total (Cl+P) 1 8 6 4 2 13/9/4 16/11/4 21/2/5 28/3/5 3/5/5 25/7/5 26/9/5 Clorofila-a Fósforo Total (Cl+P) Figura 4 () e () Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total e a média nos anos de 21-22 e 24-25 para o ponto 2. XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 6
s figuras 5 () e 5 () mostram o M com a inclusão do ortofosfato solúvel. Os resultados mostram que a presença do ortofosfato solúvel na metodologia de cálculo do M faz com que o seu valor aumente, como já foi verificado em resultados anteriores. 2 - Ponto 2 (21-22) 2 - Ponto 2 (24-25) 15 15 1 1 5 5 31/5/1 27/8/1 28/11/1 2/5/2 24/7/2 16/11/4 6/12/4 21/2/5 8/3/5 16/5/5 13/6/5 25/7/5 16/8/5 26/1/5 Clorofila-a Fósforo Total Ortofosfato Solúvel (Cl+P+O) Clorofila-a Fósforo Total Ortofosfato Solúvel (Cl+P+O) Figura 5 () e () Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total, ortofosfato solúvel e a média nos anos de 21-22 e 24-25 para o ponto 2. s figuras 6 (), 6 () e 7 mostram o cálculo do M do ponto 3. Os resultados confirmam os cálculos anteriores, ou seja, que o reservatório está eutrofizando a cada ano que passa. Como esses pontos 1, 2 e 3 representam entradas provenientes de regiões diferentes, com diferentes condições ambientais, é importante que se faça uma análise para ver quais das três entradas contribuem mais para que haja uma eutrofização no reservatório. - Ponto 3 (21-22) - Ponto 3 (24-25) 7 6 5 4 3 2 1 31/5/1 27/8/1 7/11/1 28/2/2 4/6/2 21/8/2 16/1/2 17/12/2 Clorofila-a Fósforo Total (Cl+P) 1 8 6 4 2 23/9/4 23/11/4 21/2/5 26/4/5 6/7/5 23/8/5 26/1/5 Clorofila-a Fósforo Total (Cl+P) Figura 6 () e () Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total e a média nos anos de 21-22 e 24-25 para o ponto 3. XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 7
- Ponto 3 (21-22) 2 15 1 5 31/5/1 17/9/1 28/2/2 4/6/2 16/1/2 17/12/2 Clorofila-a Fósforo Total Ortofosfato Solúvel (Cl+P+O) Figura 7 Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total, ortofosfato solúvel e a média nos anos de 21-22 para o ponto 3. s figuras 8 (), 8 (), 9 () e 9 () mostram os M dos anos 21/22 e 24/25 para o ponto 4, que está situado próximo da margem direita do reservatório em estudo. Os resultados mostram ainda que, nesse ponto do reservatório, o mesmo está um pouco mais eutrofizado, tendo em vista o M médio sem levar em conta o ortofosfato solúvel, que já está acima de 8, o que é bem superior aos valores encontrados nas estradas dos pontos 1, 2 e 3 do reservatório. - Ponto 4 (21-22) - Ponto 4 (24-25) 2 2 15 15 1 1 5 5 31/5/1 17/9/1 28/11/1 2/5/2 16/1/2 17/12/2 18/1/4 15/12/4 6/7/5 26/1/5 Clorofila-a Fósforo Total Ortofosfato (Cl+P+O) Clorofila-a Fósforo Total Ortofosfato (Cl+P+O) Figura 8 () e () Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total e a média nos anos de 21-22 e 24-25 para o ponto 4. XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 8
- Ponto 4 (21-22) - Ponto 4 (24-25) 2 2 15 15 1 1 5 5 31/5/1 17/9/1 28/11/1 2/5/2 16/1/2 17/12/2 18/1/4 15/12/4 6/7/5 26/1/5 Clorofila-a Fósforo Total Ortofosfato (Cl+P+O) Clorofila-a Fósforo Total Ortofosfato (Cl+P+O) Figura 9 () e () Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total, ortofosfato solúvel e a média nos anos de 21-22 e 24-25 para o ponto 4. s figuras 1 (), 1 (), 11 e 12 mostram a situação do reservatório no ponto 9 nos anos de 21, 22, 24 e 25. Os resultados mostram que o M acompanha a mesma tendência dos resultados anteriores, ou seja, ele cresce de 21 para 25. Como pode ser observada, a situação do reservatório tende a se agravar ano após ano, implicando assim em um controle mais restrito do seu uso e dos lançamentos de efluentes ao longo do rio que alimenta este reservatório. - Ponto 9 (21) - Ponto 9 (22) 6 5 4 3 2 1 31/5/1 27/6/1 22/8/1 17/9/1 27/11/1 Clorofila-a Fósforo Total Média 7 6 5 4 3 2 1 9/1/2 2/5/2 2/7/2 1/8/2 29/8/2 16/1/2 2/11/2 17/12/2 Clorofila-a Fósforo Total Média Figura 1 () e () Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total e a média nos anos de 21 e 22 para o ponto 9. XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 9
- Ponto 9 (24) 8 7 6 5 4 3 2 1 8/9/4 23/9/4 5/1/4 25/1/4 22/11/4 6/12/4 17/12/4 Clorofila-a Fósforo Total Média Figura 11 Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total e a média no ano de 24 para o ponto 9. - Ponto 9 (25) 1 8 6 4 2 24/1/5 14/2/5 21/2/5 14/3/5 21/3/5 4/4/5 18/4/5 9/5/5 3/5/5 13/6/5 27/6/5 25/7/5 1/8/5 23/8/5 12/9/5 26/9/5 3/1/5 26/1/5 7/11/5 Clorofila-a Fósforo Total Média Figura 12 Índice de Estado Trófico Modificado para clorofila-a, fósforo total e a média no ano de 25 para o ponto 9. Estes resultados comprovam que a qualidade da água no reservatório tende a se agravar ao longo dos anos. Por exemplo, no Ponto 1, que representa entrada de zona rural, o aumenta consideravelmente entre os anos de 24 e 25, o mesmo ocorrendo com a entrada do Ponto 3, onde ela é proveniente do Município de Palmácia, desprovido de tratamento de esgoto. O resultado mostra que cada vez mais as águas deste reservatório se apresentam em um estado eutrófico, tendendo algumas vezes para um estado hipereutrófico, segundo a classificação da CETES. Para se ter uma visão mais consistente do índice de estado trófico ao longo do reservatório, alguns resultados deste parâmetro estão sendo apresentados através de gráficos produzidos pelo software XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 1
Surfer. O índice de estado trófico modificado ( M ) foi calculado para cada ponto a,3m de profundidade. s figuras 13 (), 13 () e 13 (C) mostram os resultados do M calculados ao longo do reservatório para os meses de maio, agosto e setembro de 21. través da figura 13 () verifica-se que o reservatório está em um estado correspondente a Eutrófico/Hipereutrófico. Em agosto do mesmo ano, esta situação se torna mais crítica ficando o reservatório mais eutrofizado na sua parte central. figura 13 (C) mostra o M no reservatório para o mês de setembro de 21. Os resultados mostram uma significativa melhora, onde praticamente o reservatório passa do estado hipereutrófico em agosto para eutrófico em setembro de 21. Este resultado permite concluir a forte relação das condições eutróficas do reservatório com o seu processo hidrológico.. 2 2 18 31/5/21 18 27/8/21 16 14 12 1 8 6 92 91 9 89 88 87 86 85 84 83 82 81 8 79 78 77 76 75 74 73 72 71 7 69 68 67 66 16 14 12 1 8 6 1 98 96 94 92 9 88 86 84 82 8 78 76 74 72 7 68 66 64 62 4 4 2 4 6 8 1 12 14 16 18 2 22 2 4 6 8 1 12 14 16 18 2 22 2 18 17/9/21 C 16 14 12 1 8 9 89 88 87 86 85 84 83 82 81 8 79 78 77 76 75 6 4 2 4 6 8 1 12 14 16 18 2 22 Figura 13 (), () e (C) Índice de Estado Trófico Modificado para o Reservatório carape do Meio, no ano de 21 (Maio, gosto e Setembro, respectivamente), calculado para,3m de profundidade. XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 11
figura 14 () mostra o M para o reservatório, em dezembro de 24. Como pode ser observado, através da figura, o reservatório está hipereutrófico, mostrando assim, como foi dito anteriormente, a tendência de eutrofização deste reservatório nos anos de 24 e 25. Para comprovar isto, foi calculado o M para julho de 25. figura 14 () apresenta os resultados deste cálculo comprovando este fato. 2 2 18 15/12/24 18 6/7/25 16 14 12 1 8 6 12 11 8 11 6 11 4 11 2 11 1 8 1 6 1 4 1 2 1 98 96 94 92 9 88 86 16 14 12 1 8 6 113 112 111 11 19 18 17 16 15 14 13 12 11 1 99 98 97 96 95 94 93 4 4 2 4 6 8 1 1 2 14 1 6 18 2 22 2 4 6 8 1 12 14 16 18 2 22 Figura 14 () e () Índice de Estado Trófico Modificado para o Reservatório carape do Meio, nos anos de 24 (dezembro) em () e 25 (julho) em (), calculado para,3m de profundidade. 5. - ILIOGRFI CLIJURI, M.C., Respostas fisioecológicas da comunidade fitoplanctônica e fatores ecológicos em ecossistemas com diferentes estágios de eutrofização. Tese de doutorado. Departamento de Hidráulica e Saneamento - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 292 p., 1988. CRLSON, R. E. Trophic State Index for Lakes. Limnology and Oceanography. v.22(2), p.361-369, 1977. CELLOS,.S.O., Utilização de indicadores microbiológicos na tipologia de ecossistemas aquáticos do trópico semi-árido. Tese de Doutorado. Instituto de Ciências iomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 192 p., 1995. XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 12
CETES - COMPNHI DE TECNOLOGI MIENTL DO ESTDO DE SÃO PULO, Proposta de Índices de Qualidade de Água para o Estado de São Paulo. Coletânea de Textos da Cetesb, 22. RIEIRO, I. V.. S. Estudo do Estado Trófico do Reservatório carape do Meio Mediante a Determinação de Indicadores de Qualidade de Água. Tese de doutorado em Recursos Hídricos. Departamento de Engenharia Hidráulica e mbiental - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 198p., 27. SRH-Ce - SECRETRI DE RECURSOS HÍDRICOS DO ESTDO DO CERÁ. Plano de Gerenciamento de Águas das acias Metropolitanas, 21. TOLEDO,.P.; GUDO, E.G.; TOLRICO,M.; CHINEZ, S.J., plicação de Modelos Simplificados para a valiação do Processo de Eutrofização em Lagos e Reservatórios Tropicais; nais do XIX Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e mbiental IDIS, Santiago do Chile, 1984. TUNDISI, J. G. & TUNDISI-MTSUMUR, T. The Lobo-roa Ecosystem Research. In: Liminology in razil, razilian cademy of Sciences, p.219-244, 1995. 6. - GRDECIMENTOS Os autores agradecem à COGERH pela disponibilização dos dados. o CNPq e à FUNCP, pelo suporte financeiro em forma de bolsa. XVII Simpósio rasileiro de Recursos Hídricos 13