Análise iconográfica do papel-moeda em países de África

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Transcrição:

Análise iconográfica do papel-moeda em países de África Goulart Gomes Os processos de independência da dominação imperialista europeia, pelos países africanos, ocorridos principalmente nas décadas de 1960 e 1970, provocaram profundas transformações políticas, econômicas, sociais e culturais naquele continente que, por sua vez, se refletiram em todos os demais, em um momento de plena Guerra Fria, que mobilizaram os interesses dos Estados Unidos da América, da União Soviética e da China, quanto ao desenvolvimento desses processos. Segundo Elika Mbokolo: A emancipação política da África, que se concentrou num curto espaço de tempo, foi tão espetacular como o fora a sua conquista pelos colonizadores, em finais do século XIX. (MBOKOLO, 2011, p. 574) Neste trabalho, procuraremos analisar como essa mudança geopolítica também foi refletida na emissão de papel-moeda de alguns países, ex-colônias da Grã-Bretanha e de Portugal, fazendo um contraponto entre os períodos colonial e pós-colonial, e as representações nacionais nele refletidas, levando, por vezes, à heroificação dos pais da nação detentores exclusivos do poder (MBOKOLO, idem). Para Richard G. Doty For the historian, coins have another role to play. They can tell us who we were, what we did, what we thought, what we held beatiful over the centuries (DOTY, 1978) e, para os autores do livro Histórias que o Dinheiro Conta, quando circula em grande escala e integra pessoas de diversas partes, num período de tempo relativamente longo, o dinheiro se torna um símbolo de identidade nacional (CINTRA&TORELLI, 2006, p. 18). Para esta análise vamos, inicialmente, nos referir à importância do V Congresso Pan-Africano, realizado em Manchester, em outubro de 1945, nos extertores da Segunda Guerra Mundial. Conforme Edem Kodjo e David Chanaiwa, o pan-africanismo nasceu no Novo Mundo, nos séculos XVIII e XIX, em favor da luta dos negros pela libertação, contra a dominação e a exploração

dos brancos., mas foi somente naquele congresso que os representantes africanos eram maioria, dentre os mais de 200 delegados participantes, e os debates foram mais voltados para a libertação da África com uma abordagem mais radical. Dentre as deliberações finais podemos citar como tópicos principais as reivindicações de emancipação e a total independência dos africanos e dos outros grupos raciais submetidos à dominação das potências europeias; a revogação imediata de todas as leis raciais e outras leis discriminatórias; a liberdade de expressão, de associação e de reunião, bem como a liberdade de imprensa; a abolição do trabalho forçado e a igualdade de salários para um trabalho equivalente; o direito ao voto e à elegibilidade para todo homem ou mulher com idade a partir de vinte um anos e o acesso de todos os cidadãos à assistência médica, à seguridade social e à educação, objetivos, contudo, até a atualidade não atingidos em grande parte dos países africanos independentes. Foi a partir daquele congresso que, pela primeira vez, os africanos advertiram as potências europeias sobre o uso da força para a sua libertação, ao mesmo em que emitiram uma declaração ao povo africano, enfatizando a importância da luta pela independência, incentivando-os à união e à organização. No V Congresso, estavam três personalidades que serão retratadas no papel-moeda de seus respectivos países: Kwame Nkrumah, da Costa do Ouro (atual Gana), Jomo Kenyatta, do Quênia (secretário adjunto), que integravam o Secretariado Especial, além de Hastings Kamuzu Banda, de Nyasaland (atual Malauí). Ainda segundo aqueles autores: Na história do pan-africanismo, como movimento de libertação, o período entre 1950-1965 foi dominado pela figura de Kwame Nkrumah. Através de suas declarações, da sua ação e do seu exemplo, Nkrumah mobilizou, em favor da causa pan-africana, os dirigentes africanos dos movimentos de libertação e dos Estados independentes. (KODJO & CHANAIWA, 2011). Gana, antiga Costa do Ouro, foi a primeira colônia britânica a obter sua independência, em 06/05/1957, sob a liderança de Nkrumah, que se tornou o primeiro Chefe de Governo. Antes da independência, Gana integrava a chama British West Africa, juntamente com Gâmbia, Serra Leoa e Nigéria, onde circulava uma moeda única, com imagens africanas genéricas (figura 1).

Atualmente, é possível ver a imagem de Kwame Nkrumah e de outros cinco líderes ganeses nas cédulas de cedis, emitidas naquele país (figura 2). Já no Quênia, outra ex-colônia britânica, o processo seria bem mais complicado. Jomo Kenyatta, intelectual formado em Londres, primeiro antropólogo africano a criticar o colonialismo, criou o partido Kenya Africa Union, em 1952, que sofreu fortes repressões até 1955. Em 1958, os britânicos concordam com uma nova constituição e, em 1960, Kenyatta cria um novo partido, o KANU (Kenya African National Union), que vencerá as eleições em 1963, controlando o parlamento e declarando a independência, em 12/12/63. Antes da independência, o Quênia era um território da África Oriental, juntamente com Uganda, Zanzibar e Tanganica. Em suas cédulas era comum serem retratados os reis da Inglaterra, como a aqui apresentada, com a efígie da Rainha Elizabeth II (figura 3). Já na primeira série de cédulas do país independente, vemos retratada a imagem do líder Jomo Kenyatta (figura 4). Malauí, anteriormente chamada Nyasaland, obteve a sua independência em fevereiro de 1963, após diversos conflitos sangrentos, sob a liderança de Hastings Banda, que também participara do Congresso de Manchester. Assim como no Quênia, suas cédulas, que também eram circuladas na Rodésia, traziam a imagem dos reis ingleses (figura 5). Após a independência, desde suas primeiras emissões, o Reserve Bank of Malawi já fazia figurar a imagem do seu líder (figura 6). Os movimentos de libertação nas ex-colônias portuguesas tem início em 1956, com a criação do Partido para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), por Amílcar Cabral, que seria assassinado em 1973, e alcançariam a independência somente em 24/09/1973. Em Angola, o movimento revolucionário tem início também em 1956, com a criação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), liderado por Agostinho Neto, que assumiria o poder após a independência, conquistada em 1975, após inúmeros conflitos, ao longo dos anos, que resultaram em milhares de mortos. Em Moçambique, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), criada em 1962, sempre esteve à frente dos movimentos de independência, obtida em 1974, sendo o líder Samora Machel seu primeiro presidente. Da

mesma forma que nas ex-colônias inglesas, as cédulas das ex-colônias portuguesas habitualmente traziam a efígie do Chefe de Estado de Portugal ou dos seus representantes locais. Com as independências, passaram a ser representados os novos líderes nacionais, alçados aos cargos de presidentes republicanos (figuras 7 a 12). Os exemplos aqui apresentados irão se repetir em diversos Estados africanos. É importante relembrar que em 1955 havia apenas cinco países independentes na África, em 1960 eram 26 países e em 1965 já existiam 37 países africanos independentes, se libertando do jugo dos colonizadores. Para a numismática, este é o mais importante divisor de águas da história contemporânea, a ponto do principal catálogo do papel-moeda World Paper Money ser seccionado em dois volumes, antes e depois de 1960, por conta das transformações na África, Ásia e Europa Oriental. Uma análise mais ampla, impossível de ser realizada neste espaço, irá demonstrar outros aspectos dessa transição, que apresentará não apenas as homenagens aos grandes líderes nacionais, mas também o reconhecimento das riquíssimas fauna, flora e arquitetura africanas, além da sua diversidade étnica. Para além dos estereótipos, também nas cédulas africanas, a exuberância deste fantástico continente é apresentada, para admiração e fascínio de todas as nações.

ANEXO I - Figuras Cédulas da BRITISH WEST AFRICA e de GANA Figura 1. 10 shillings, 1953 destaque) Figura 2. 10.000 Cedis, 2002 (Nkrumah em Cédulas de QUÊNIA Figura 3. 20 shillings, 1958 Figura 4. 100 shillings, 1966 Cédulas de RHODESIA & NYASALAND e de MALAUÍ Figura 5. 1 pound, 1958 Figura 6. 5 pounds, 1964

Cédulas de ANGOLA Figura 7. Cédula de 1.000 escudos,1972, com efígie do General Carmona Figura 8. Cédula de 1 kwanza, com efígies de José Eduardo dos Santos e Agostinho Neto Cédulas de MOÇAMBIQUE Figura 9. Cédula de 100 escudos,1976, com efígie de Aires de Ornelas, governador-geral Figura 10. Cédula de 100 meticais com efígie de Samora Machel Cédulas de CABO VERDE Figura 11. Cédula de 500 escudos,1976, com efígie de Serpa Pinto, governador-geral Figura 12. Cédula de 2.500 escudos, com efígie de Amílcar Cabral

BIBLIOGRAFIA CINTRA, André & TORELLI, Renato. Histórias que o Dinheiro Conta. São Paulo: Lumus Editora Ltda, 2006. CUHAJ, George S. World. Paper Money Modern Issues 1961-Present. Iola, Wisconsin: Krause Publications, 2015. CUHAJ, George S. World. Paper Money General Issues 1938-1960. Iola, Wisconsin: Krause Publications, 2008. DOTY, Richard G. Money of the world. Canada: Ridge Press Inc., 1978. KOGJO, Edem & CHANAIWA, David. Pan-africanismo e Libertação. In MAZRUI, Ali & WONDJU, C. História Geral da África. África desde 1935 (vol. VIII), São Paulo/Brasília, Cortez e UNESCO, 2011, p. 897-924 MBOKOLO, Elika, 1939-1945: A Aceleração & O envolvimento da África. In: África Negra. História e Civilizações. Tomo II (Do século XIX aos nossos dias). Salvador, Edufba / Casa das Áfricas, 2011, p. 557-584 SOARES, Guido Fernando. Estudos de África I. A emergências dos Novos Estados Africanos ao Sul do Sahara, suas relaç~eos com as antigas metrópoles e as demais nações desenvolvidas. AFRICA, Revista do Centro de Estudos Africanos da USOP, 1986, p. 60-97.