DIFUSÃO DA ARQUITETURA MODERNA NO BRASIL

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Transcrição:

IDENTIFICAÇÃO acervo IPESP empreendimento EE Professora Maria do Carmo Lelis (GE Jd. Bandeirantes) município Araçatuba processo nº 11563/61 nome/uso atual Diretoria Regional de Ensino projeto padrão programa modelo Tipo II - R arquiteto Majer Botkowski endereço Rua Antônio João, 130 área (m²) terreno 5259 obra data / início 08/03/61 empresas concorrentes responsável pela obra arquitetura estrutura instalações OCORRÊNCIAS folha 38 135 144 153 156 159 161 162 166 168 190 data 23/03/61 20/10/62 07/03/66 17/06/66 15/05/67 26/06/67 30/08/67 04/09/67 03/06/68 11/06/68 17/11/69 data / início 08/03/61 especial (X) especificação construída 1568 data / fim 20/10/62 engenharia fundações construção descrição Planta do terreno Laudo de vistoria que alega finalização do prédio no dia 20/10/1962 Laudo de avaliação com elementos colhidos no local Pedido de reparo no prédio enviado da Prefeitura à Secretaria de Educação Resposta do IPESP ao pedido de reforma da Prefeitura, alegando que esta seria responsável por reparos ou serviços, uma vez que foi a Prefeitura contratada pelo IPESP quando da realização da obra. Este órgão estabelece, ainda, um prazo de 30 dias para que os reparos sejam feitos. Resposta da Prefeitura alegando que, por desconhecer sua responsabilidade de realizar tal serviço uma vez que o edifício foi entregue há 5 anos não o efetuará. Estranha, ainda, o prazo de 30 dias fornecido pelo órgão. Vistoria realizada por um engenheiro à obra, na qual foram encontrados defeitos de ordem construtiva trincas em paredes, vigas, pilares e forro, e defeito nas instalações hidráulicas e elétricas. Seu parecer é interditar o prédio e informar a empreiteira, que deve providenciar os reparos com urgência, IPESP notifica a Prefeitura sobre o laudo do engenheiro e dá a ela um prazo de 90 dias para realizar a reforma Vistoria que encontra a obra reformada, com a reclamação aparentemente atendida. Observa-se, também, a construção da casa do zelador, prejudicando a estética do conjunto. Ver figuras 61 e 62. Carta enviada ao IPESP informando que a casa do zelador foi construída sem a autorização do órgão e em desacordo estético com o projeto inicial. Ressalta, ainda, a necessidade de incorporação da casa ao patrimônio do IPESP, uma vez que pertence a este por direito Ofício enviado pela diretoria do Grupo Escolar ao IPESP informando sobre a situação precária do prédio nas paredes de sala de aula e colunas de sustentação e pedindo por reparo.

MATERIAL GRÁFICO plantas (X) elevações (X) cortes (X) detalhes outros (X) assinaturas / carimbos processos imagens descrição Imagem 1 Imagem 2

IMAGENS EM PUBLICAÇÕES nome ano observações número volume local Figura 1: EE Professora Maria do Carmo Lelis - planta Fonte: FERREIRA, A.F; MELLO, M.G.(2006) orgs. Arquitetura escolar paulista: anos 1950 a 1960. São Paulo: FDE/DOS.

INFORMAÇÕES DE CAMPO estado de conservação paredes estrutura imagens ótimo bom (X) pisos cobertura regular ruim revestimentos esquadrias péssimo

CONTROLE pesquisador acervo / campo informações complementares revisor O projeto desta escola foi obtido através do livro Arquitetura Escolar Paulista: anos de 1950 e 1960, as cópias do projeto, já foram solicitadas a FDE, mas como outras, ainda não foram fornecidas (figura 1).. Analisando o material do livro e o processo encontrado sobre a obra nos arquivos do IPESP, de número 11563, surgiram algumas divergências. No processo, consta que o edifício foi construído em um terreno relativo a um quarteirão de área de 5259m², cercado pelas ruas: Coelho Neto, 1º de Maio, Chiquita Fernandes e Antônio João, no bairro Jardim Bandeirantes. Ainda consta, também, que o projeto é do arquiteto Majer Botkowski (e não Bototkowski como o livro cita) e que no ano de 1962, o edifício foi concluído. No processo, não havia plantas ou quaisquer imagens da obra. Já no livro, a EE Professora Maria do Carmo Lelis consta com o seguinte endereço: Rua Lions Club, 130, Bairro Morada dos Nobres. A data não é especificada. Entrando em visita ao endereço citado no livro, as únicas informações conseguidas, foram a de que a escola existia anteriormente em outro sítio e que o prédio da Rua Lions Club foi construído por volta do ano de 1987. Logo, o endereço citado no livro não corresponde a obra do processo IPESP. Na quadra em que deveria existir a escola estadual, conforme o processo, funciona atualmente a Diretoria Regional de Ensino na cidade de Araçatuba, na Rua Antonio João, 130. Lá, com o auxílio da assistente técnico do planejamento, Andrea Zapte, obteve-se uma planta esquemática (figura 2) de como o edifício encontra-se atualmente, percebendo-se que o mesmo tem como base o projeto Botkowski, ainda que com grandes mudanças relativas à planta original. Segundo Andrea Zapte, a EE Professora Maria do Carmo Lelis funcionou anteriormente no edifício, mas teve seu sítio mudado. Com isso, o prédio passou a ser ocupado em 1988 pela Divisão Regional de Ensino. Em 1995, a DRE foi extinta, dando lugar a atual Diretoria Regional de Ensino (que até 1999 possuía o nome de Delegacia Regional de Ensino) de Araçatuba. Conforme citado, as mudanças são marcantes, tanto relativas a uso, quanto a própria edificação que, devido as necessidades da Diretoria, resultaram na construção de anexos. As salas de aula foram subdivididas com paredes de drywall para acomodação das várias seções, além de equipamentos e espaços para arquivos. Percebe-se pelas figuras 3 e 4 que parte das proposições iniciais de projeto, como a relação dos blocos edificados com os pátios internos buscou ser mantida, no processo de adaptação da escola para DRE. As esquadrias das salas permanecem viradas para os pátios, com peitoril de aproximadamente 1,10 metros. Assim como os brises, propostos inicialmente, permanecem, apesar de não serem suficientes para conter a insolação e alta temperatura (quase todos os cômodos possuem ar condicionado). Através de dados fornecidos pelo site da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, de acesso restrito aos funcionários públicos da área de planejamento, Andrea Zapte verificou que a área construída atualmente é de 2275m². A pesquisadora Fernanda Britto esteve no local inicialmente em 2008 retornando em 2012.