ANO XXVIII ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 09/2017

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Transcrição:

ANO XXVIII - 2017-4ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 09/2017 IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL EXERCÍCIO 2017 - ANO-CALENDÁRIO 2016 NORMAS... Pág. 176 TRIBUTOS FEDERAIS CONSULTA À RECEITA FEDERAL - CONSIDERAÇÕES GERAIS... Pág. 183

IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA Sumário DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL EXERCÍCIO 2017 Ano-Calendário 2016 Normas 1. Introdução 2. Obrigatoriedade de Apresentação 3. Opção Pelo Desconto Simplificado 4. Formas de Elaboração da Declaração 5. Vedações à Utilização Dos Serviços IRPF 2017 Online e Fazer Declaração 6. Declaração de Ajuste Anual Pré-Preenchida 7. Prazo e Formas de Apresentação 7.1 Declaração de Ajuste Anual Com Utilização de Certificado Digital 7.2 Declaração de Ajuste Anual Relativa de Espólio 8. Apresentação Após o Prazo 9. Declaração Retificadora 10. Multa Pelo Atraso na Entrega 11. Declaração de Bens e Direitos e Dívidas e Ônus Reais 12. Pagamento do Imposto 12.1 - Antecipação Total ou Parcial e Ampliação do Número de Quotas 12.2 - Formas de Pagamento do Imposto 12.3 - Débito Automático em Conta-Corrente Bancária 12.4 - Pessoa Física Que Receba Rendimentos do Trabalho Assalariado de Autarquias ou Repartições do Governo Brasileiro Situadas no Exterior 12.5 - Imposto Inferior a R$ 10,00 (Dez Reais) 1. INTRODUÇÃO Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.690, de 20 de fevereiro de 2017 (DOU de 22.02.2017), foram aprovadas as normas para apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda referente ao exercício 2017, ano-calendário 2016, pela pessoa física residente no Brasil, as quais abordaremos neste trabalho. 2. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2017 a pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2016: a) recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos); b) recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais); c) obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; d) relativamente à atividade rural: d.1) obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 (cento e quarenta e dois mil, setecentos e noventa e oito reais e cinquenta centavos); d.2) pretenda compensar, no ano-calendário de 2016 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2016; e) teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); f) passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro; ou g) optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 176

Notas: 1) Fica dispensada de apresentar a Declaração de Ajuste Anual a pessoa física que se enquadrar: a) apenas na hipótese prevista na letra e do item 2 e que, na constância da sociedade conjugal ou da união estável, os bens comuns tenham sido declarados pelo outro cônjuge ou companheiro, desde que o valor total dos seus bens privativos não exceda R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); e b) em pelo menos uma das hipóteses previstas nas letras a a g do item 2, caso conste como dependente em Declaração de Ajuste Anual apresentada por outra pessoa física, na qual tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os possua. 2) A pessoa física, ainda que desobrigada, pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual, observado o disposto na nota nº 3 abaixo. 3) É vedado a um mesmo contribuinte constar simultaneamente em mais de uma Declaração de Ajuste Anual, seja como titular ou dependente, exceto nos casos de alteração na relação de dependência no ano-calendário de 2016. 3. OPÇÃO PELO DESCONTO SIMPLIFICADO A pessoa física pode optar pelo desconto simplificado, correspondente à dedução de 20% (vinte por cento) do valor dos rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual, limitado a R$ 16.754,34 (dezesseis mil, setecentos e cinquenta e quatro reais e trinta e quatro centavos), observado o disposto neste trabalho. A opção pelo desconto simplificado implica a substituição de todas as deduções admitidas na legislação tributária. O valor utilizado a título de desconto simplificado, não justifica variação patrimonial, sendo considerado rendimento consumido. 4. FORMAS DE ELABORAÇÃO DA DECLARAÇÃO A Declaração de Ajuste Anual deve ser elaborada, exclusivamente, com o uso de: a) computador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao exercício de 2017, disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço http://rfb.gov.br; b) computador, mediante acesso ao serviço Declaração IRPF 2017 on-line, disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-cac) no sítio da RFB na Internet, no endereço informado no na letra a acima, observado o disposto no item 5; ou c) dispositivos móveis, tablets e smartphones, mediante a utilização do serviço Fazer Declaração, observado o disposto no item 5. Notas: 1) O serviço Fazer Declaração é acessado por meio do aplicativo APP IRPF, disponível nas lojas de aplicativos Google play, para o sistema operacional Android, ou App Store, para o sistema operacional ios. 2) A utilização do serviço Declaração IRPF 2017 on-line dar-se-á somente com certificado digital e pode ser feito pelo: a) contribuinte; ou b) representante do contribuinte com procuração eletrônica ou a procuração de que trata a Instrução Normativa RFB nº 944, de 29 de maio de 2009. 5. VEDAÇÕES À UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS IRPF 2017 ONLINE E FAZER DECLARAÇÃO É vedada a utilização do serviço Fazer Declaração a que se refere a letra c do item 4 na hipótese de o declarante ou seu dependente informado nessa declaração, no ano-calendário de 2016: a) ter auferido rendimentos tributáveis sujeitos ao ajuste anual cuja soma seja superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); b) ter recebido rendimentos do exterior; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 177

c) ter auferido os seguintes rendimentos sujeitos a tributação exclusiva ou definitiva: c.1) a) cuja soma seja superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); c.2) ganhos de capital na alienação de bens ou direitos; c.3) ganhos de capital na alienação de bens, direitos e aplicações financeiras adquiridos em moeda estrangeira; c.4) ganhos de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie; c.5) ganhos líquidos em operações de renda variável realizadas em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas e em fundos de investimento imobiliário; ou c.6) recebidos acumuladamente (RRA) de que trata o art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988; d) ter auferido os seguintes rendimentos isentos e não tributáveis: d.1) cuja soma seja superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); d.2) relativos à parcela isenta correspondente à atividade rural; d.3) relativos à recuperação de prejuízos em renda variável (bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados e fundos de investimento imobiliário); d.4) correspondentes ao lucro na venda de imóvel residencial para aquisição de outro imóvel residencial; ou d.5) correspondentes ao lucro na alienação de imóvel residencial adquirido após o ano de 1969; e) ter-se sujeitado: e.1) ao imposto pago no exterior ou ao recolhimento do Imposto sobre a Renda na fonte de que tratam os 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004; ou e.2) ao preenchimento dos demonstrativos referentes à atividade rural, ao ganho de capital na alienação de bens e direitos, ao ganho de capital em moeda estrangeira ou à renda variável; ou f) ter realizado pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, passíveis de dedução na declaração, ou a pessoas físicas, passíveis ou não de dedução na declaração, cuja soma seja superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). A vedação contida neste item aplica-se também ao serviço Declaração IRPF 2017 on-line a que se refere a letra b do item 4, exceto nas hipóteses previstas na letra a acima, na letra c.1 acima, na letra d.1 acima e na letra f acima. 6. DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL PRÉ-PREENCHIDA O contribuinte pode utilizar a Declaração de Ajuste Anual Pré-preenchida, desde que: a) tenha apresentado a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2016, ano-calendário de 2015; e b) no momento da importação do arquivo referido na nota nº 1 do item 6, as fontes pagadoras ou as pessoas jurídicas ou equiparadas, conforme o caso, tenham enviado para a RFB informações relativas ao contribuinte referentes ao exercício de 2017, ano-calendário de 2016, por meio da: b.1) Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf); b.2) Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed); ou b.3) Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob). Notas: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 178

1) A RFB disponibilizará ao contribuinte um arquivo a ser importado para a Declaração de Ajuste Anual, já contendo algumas informações relativas a rendimentos, deduções, bens e direitos e dívidas e ônus reais. 2) O acesso às informações do arquivo, a ser importado para a Declaração de Ajuste Anual, dar-se-á somente com certificado digital e pode ser feito pelo: a) contribuinte; ou b) representante do contribuinte com procuração eletrônica ou procuração de que trata a Instrução Normativa RFB nº 944, de 2009. 3) O arquivo deve ser obtido no e-cac, no sítio da RFB na Internet, no endereço referido na letra a do item 5. 4) A verificação da correção de todos os dados pré-preenchidos na Declaração de Ajuste Anual é de responsabilidade do contribuinte, o qual deve realizar as alterações, inclusões e exclusões das informações necessárias, se for o caso. 5) O disposto no item 6 não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com a utilização do serviço Fazer Declaração de que trata a letra c do item 4. 7. PRAZO E FORMAS DE APRESENTAÇÃO A Declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada no período de 2 de março a 28 de abril de 2017, pela Internet, mediante a utilização: a) do PGD a que se refere a letra a do item 4; ou b) dos serviços Declaração IRPF 2017 on-line e Fazer Declaração a que se referem, respectivamente, as letras b e c do item 4, observado o disposto no item 5. Notas: 1) O serviço de recepção da Declaração de Ajuste Anual será interrompido às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do último dia de abril de 2017. 2) A comprovação da apresentação da Declaração de Ajuste Anual é feita por meio de recibo gravado depois da transmissão, em disco rígido de computador, em mídia removível ou no dispositivo móvel que contenha a declaração transmitida, cuja impressão fica a cargo do contribuinte e deve ser feita mediante a utilização do PGD. 3) A transmissão da Declaração de Ajuste Anual elaborada por meio do PGD pode ser feita também com a utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no sítio da RFB, no endereço referido na letra a do item 4. 7.1 Declaração de Ajuste Anual Com Utilização de Certificado Digital Deve transmitir a Declaração de Ajuste Anual com a utilização de certificado digital o contribuinte que, no anocalendário de 2016: a) tenha recebido rendimentos: a.1) tributáveis sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); a.2) isentos e não tributáveis, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); ou a.3) sujeitos a tributação exclusiva ou definitiva, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); ou b) tenha realizado pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, passíveis de dedução na declaração, ou a pessoas físicas, passíveis ou não de dedução na declaração, cuja soma seja superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), em cada caso ou no total. O disposto acima não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com o uso do serviço Declaração IRPF 2017 on-line a que se refere a letra b do item 4. 7.2 Declaração de Ajuste Anual Relativa de Espólio IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 179

A Declaração de Ajuste Anual relativa a espólio, independentemente de ser inicial ou intermediária, ou a Declaração Final de Espólio, que se enquadre nas hipóteses previstas no subitem 7.1, deve ser apresentada em mídia removível a uma unidade da RFB, durante o seu horário de expediente, sem a necessidade de utilização de certificado digital. 5º O disposto acima não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com o uso do serviço Declaração IRPF 2017 on-line a que se refere a letra b do item 4. 8. APRESENTAÇÃO APÓS O PRAZO Depois do prazo de que trata o item 7, a Declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada: a) pela Internet, mediante a utilização do PGD; b) mediante utilização dos serviços Declaração IRPF 2017 on-line e Fazer Declaração, na hipótese de apresentação de declaração original, observado o disposto no item 5; ou c) em mídia removível, às unidades da RFB, durante o seu horário de expediente. A transmissão da Declaração de Ajuste Anual depois do prazo, elaborada mediante utilização do PGD, pode ser feita também com a utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no sítio da RFB, no endereço referido na letra a do item 4. 9. DECLARAÇÃO RETIFICADORA Caso a pessoa física constate que cometeu erros, omissões ou inexatidões em Declaração de Ajuste Anual já entregue, poderá apresentar declaração retificadora: a) pela Internet, mediante a utilização do PGD ou do serviço Retificação on-line, disponível no endereço referido na letra a do item 4, ou b) em mídia removível, às unidades da RFB, durante o seu horário de expediente, se após o prazo de que trata o item 7. Notas: 1) A Declaração de Ajuste Anual retificadora tem a mesma natureza da declaração originariamente apresentada e a substitui integralmente, e por isso deve conter todas as informações anteriormente declaradas com as alterações e exclusões necessárias, e as informações adicionais, se for o caso. 2) Para a elaboração e a transmissão de Declaração de Ajuste Anual retificadora deve ser informado o número constante no recibo de entrega referente à última declaração apresentada, relativa ao mesmo ano-calendário. 3) Depois do prazo de que trata o item 7, não é admitida a retificação que tenha por objetivo a troca de opção por outra forma de tributação. 4) O disposto no item 9 não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com o uso dos serviços Declaração IRPF 2017 on-line e Fazer Declaração. 5) A transmissão da Declaração de Ajuste Anual retificadora elaborada mediante utilização do PGD pode ser feita também com a utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no sítio da RFB, no endereço referido na letra a do item 4. 10. MULTA PELO ATRASO NA ENTREGA A entrega da Declaração de Ajuste Anual depois do prazo de que trata o item 7, ou a sua não apresentação, se obrigatória, sujeita o contribuinte à multa de 1% (um por cento) ao mês-calendário ou fração de atraso, lançada de ofício e calculada sobre o total do imposto devido nela apurado, ainda que integralmente pago, observado o seguinte: a) a multa: a.1) terá valor mínimo de R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) e valor máximo correspondente a 20% (vinte por cento) do Imposto sobre a Renda devido; e IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 180

a.2) terá por termo inicial o 1º (primeiro) dia subsequente ao término do período fixado para a entrega da Declaração de Ajuste Anual e por termo final o mês em que a declaração foi entregue ou, caso não tenha sido entregue, a data do lançamento de ofício. b) no caso de contribuinte com direito a restituição apurada na Declaração de Ajuste Anual, será deduzido do valor desta o valor da multa por atraso na entrega não paga dentro do vencimento estabelecido na notificação de lançamento emitida pelo PGD ou pelos serviços Declaração IRPF 2017 on-line e Fazer Declaração, inclusive os acréscimos legais decorrentes do não pagamento; c) a multa mínima será aplicada inclusive no caso de Declaração de Ajuste Anual da qual não resulte imposto devido. 11. DECLARAÇÃO DE BENS E DIREITOS E DÍVIDAS E ÔNUS REAIS A pessoa física sujeita à apresentação da Declaração de Ajuste Anual deve nela relacionar os bens e direitos que, no Brasil ou no exterior, constituam, em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2016, seu patrimônio e o de seus dependentes relacionados na declaração, bem como os bens e direitos adquiridos e alienados no decorrer do ano-calendário de 2016, observado o seguinte: a) devem ser informados também as dívidas e os ônus reais existentes em 31 de dezembro de 2015 e em 31 de dezembro de 2016, em nome do declarante e de seus dependentes relacionados na Declaração de Ajuste Anual, bem como os constituídos ou extintos no decorrer do ano-calendário de 2016; b) fica dispensada a inclusão na Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2017 os seguintes bens ou valores existentes em 31 de dezembro de 2016: b.1) saldos de contas correntes bancárias e demais aplicações financeiras cujo valor unitário não exceda R$ 140,00 (cento e quarenta reais); b.2) bens móveis, exceto veículos automotores, embarcações e aeronaves, e os direitos cujo valor unitário de aquisição seja inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais); b.3) conjunto de ações e quotas de uma mesma empresa negociadas ou não em bolsa de valores, e o ouro, ativo financeiro, cujo valor de constituição ou de aquisição seja inferior a R$ 1.000,00 (um mil reais); e b.4) dívidas e ônus reais cujo valor seja igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 12. PAGAMENTO DO IMPOSTO O saldo do imposto pode ser pago em até 8 (oito) quotas mensais e sucessivas, observado o seguinte: a) nenhuma quota deve ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais); b) o imposto de valor inferior a R$ 100,00 (cem reais) deve ser pago em quota única; c) a 1ª (primeira) quota ou quota única deve ser paga até o último dia do prazo de que trata o item 7; e d) as demais quotas devem ser pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) acumulada mensalmente, calculados a partir da data prevista para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento. 12.1 - Antecipação Total ou Parcial e Ampliação do Número de Quotas É facultado ao contribuinte: a) antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas, caso em que não será necessário apresentar Declaração de Ajuste Anual retificadora com a nova opção de pagamento; e b) ampliar o número de quotas inicialmente previsto na Declaração de Ajuste Anual, até a data de vencimento da última quota pretendida, observado o disposto no caput, mediante a apresentação de declaração retificadora ou alteração feita diretamente no sítio da RFB na Internet, opção Extrato da DIRPF, no endereço referido na letra a do item 4. 12.2 - Formas de Pagamento do Imposto IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 181

O pagamento integral do imposto, ou de suas quotas, e de seus respectivos acréscimos legais pode ser efetuado mediante: a) transferência eletrônica de fundos por meio de sistemas eletrônicos das instituições financeiras autorizadas pela RFB a operar com essa modalidade de arrecadação; b) Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), em qualquer agência bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais, no caso de pagamento efetuado no Brasil; ou c) débito automático em conta corrente bancária. A Coordenação-Geral de Arrecadação e Cobrança (Codac) pode editar normas complementares necessárias à regulamentação do pagamento por intermédio de débito automático em conta corrente bancária. 12.3 - Débito Automático em Conta-Corrente Bancária O débito automático em conta corrente bancária: a) é permitido somente para Declaração de Ajuste Anual original ou retificadora apresentada: a.1) até 31 de março de 2017, para a quota única ou a partir da 1ª (primeira) quota; a.2) entre 1º de abril e o último dia do prazo de que trata o item 7, a partir da 2ª (segunda) quota; b) é autorizado mediante a indicação dessa opção no PGD ou nos serviços Declaração IRPF 2017 on-line ou Fazer Declaração e formalizado no recibo de entrega da Declaração de Ajuste Anual; c) III - é automaticamente cancelado na hipótese de: c.1) apresentação de Declaração de Ajuste Anual retificadora depois do prazo de que trata o item 7; c.2) envio de informações bancárias com dados inexatos; c.3) o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) informado na Declaração de Ajuste Anual ser diferente daquele vinculado à conta corrente bancária; ou c.4) os dados bancários informados na Declaração de Ajuste Anual se referirem à conta corrente do tipo não solidária; d) está sujeito a estorno, mediante solicitação da pessoa física titular da conta corrente, caso fique comprovada a existência de dolo, fraude ou simulação; e e) pode ser incluído, cancelado ou modificado, depois da apresentação da Declaração de Ajuste Anual, mediante o acesso ao sítio da RFB na Internet, opção Extrato da DIRPF, no endereço referido na letra a do item 4: e.1) até as 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia 14 de cada mês, produzindo efeitos no próprio mês; e e.2) depois do prazo de que trata a letra e.1 acima, produzindo efeitos no mês seguinte. 12.4 - Pessoa Física Que Receba Rendimentos do Trabalho Assalariado de Autarquias ou Repartições do Governo Brasileiro Situadas no Exterior No caso de pessoa física que receba rendimentos do trabalho assalariado de autarquias ou repartições do Governo brasileiro situadas no exterior, o pagamento integral do imposto, ou de suas quotas, e de seus respectivos acréscimos legais pode ser efetuado, além das formas previstas no subitem 12.2, mediante remessa de ordem de pagamento com todos os dados exigidos no Darf, no respectivo valor em reais ou em moeda estrangeira, a favor da RFB, por meio do Banco do Brasil S.A., Gerência Regional de Apoio ao Comércio Exterior - Brasília-DF (Gecex - Brasília-DF), prefixo 1608-X. 12.5 - Imposto Inferior a R$ 10,00 (Dez Reais) IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 182

O imposto que resultar em valor inferior a R$ 10,00 (dez reais) deve ser adicionado ao imposto correspondente a exercícios subsequentes, até que seu total seja igual ou superior ao referido valor, quando, então, deve ser pago ou recolhido no prazo estabelecido na legislação para este último exercício. Fundamentos Legais: Os citados no texto. TRIBUTOS FEDERAIS Sumário CONSULTA À RECEITA FEDERAL Considerações Gerais 1. Introdução 2. Quem Está Autorizado a Consultar 3. Requisitos Para Formulação de Consulta 4. Consulta Sobre Classificação de Serviços, Intangíveis e Outras Operações Que Produzam Variações no Patrimônio 5. Efeitos da Consulta 5.1 Efeito Vinculante no Âmbito da RFB 6. Ineficácia da Consulta 7. Divergência de Conclusões 8. Solução de Consulta Vinculada 9. Publicações Das Soluções de Consulta 1. INTRODUÇÃO Os processos de consulta acerca da Legislação Tributária, referente aos tributos e contribuições administrados pela Receita Federal do Brasil, estão previstos nos arts. 48 a 50, da Lei nº 9.430/1996, disciplinados pela Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, e alterações posteriores. Neste trabalho, examinamos os procedimentos que devem ser observados pelo contribuinte ao formular, por escrito, consulta sobre determinado assunto à Receita Federal do Brasil. 2. QUEM ESTÁ AUTORIZADO A CONSULTAR A consulta poderá ser formulada por: a) sujeito passivo de obrigação tributária principal ou acessória; b) órgão da administração pública; ou c) entidade representativa de categoria econômica ou profissional. No caso de pessoa jurídica, a consulta será formulada pelo estabelecimento matriz. Não será admitida a apresentação de consulta formulada por mais de um sujeito passivo em um único processo, ainda que sejam partes interessadas no mesmo fato, envolvendo a mesma matéria, fundada em idêntica norma jurídica. Considera-se representante do órgão da administração pública a pessoa física responsável pelo ente perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e a investida de poderes de representação do respectivo órgão. 3. REQUISITOS PARA FORMULAÇÃO DE CONSULTA A consulta deverá ser formulada por escrito, conforme os modelos constantes nos Anexos I a III da IN RFB nº 1.396/2013, dirigida à autoridade competente da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit) e apresentada na unidade da RFB do domicílio tributário do consulente, observado o seguinte: a) a consulta poderá ser formulada: a.1) por meio eletrônico (Portal e-cac), mediante uso de certificado digital; ou a.2) em formulário impresso, caso em que será digitalizada, passando a compor o processo eletrônico (eprocesso), obedecidas as normas específicas a este relativas. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 183

b) a consulta deverá atender aos seguintes requisitos: b.1) identificação do consulente: b.1.1) no caso de pessoa jurídica ou equiparada: nome, endereço, telefone, endereço eletrônico (e-mail ou Caixa Postal Eletrônica), cópia do ato constitutivo e sua última alteração, autenticada ou acompanhada do original, número de inscrição no CNPJ ou no Cadastro Específico do INSS (CEI) e ramo de atividade; b.1.2) no caso de pessoa física: nome, endereço, telefone, endereço eletrônico (e-mail ou Caixa Postal Eletrônica), atividade profissional e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF); b.1.3) identificação do representante legal ou procurador, mediante cópia de documento que contenha foto e assinatura, autenticada em cartório ou por servidor da RFB à vista da via original, acompanhada da respectiva procuração; e b.1.4) no caso de órgão da administração pública, além da documentação de identificação do representante legal, cópia do ato de sua nomeação ou de delegação de competência, quando não conste como responsável pelo órgão público perante o CNPJ; b.2) na consulta apresentada pelo sujeito passivo, declaração de que: b.2.1) não se encontra sob procedimento fiscal iniciado ou já instaurado para apurar fatos que se relacionem com a matéria objeto da consulta; b.2.2) não está intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta; e b.2.3) o fato nela exposto não foi objeto de decisão anterior, ainda não modificada, proferida em consulta ou litígio em que foi parte o consulente; b.3) circunscrever-se a fato determinado, conter descrição detalhada de seu objeto e indicação das informações necessárias à elucidação da matéria; e b.4) indicação dos dispositivos da legislação tributária e aduaneira que ensejaram a apresentação da consulta, bem como dos fatos a que será aplicada a interpretação solicitada. c) no caso de consulta formulada por pessoa jurídica, a declaração a que se refere a letra b.2 acima deverá ser prestada pela matriz e abrange todos os estabelecimentos (redação dada pela IN RFB nº 1.434/2013); d) a declaração prevista letra b.2 acima aplica-se à consulta apresentada por entidade representativa de categoria econômica ou profissional, salvo se formulada em nome dos associados ou filiados; e) a entidade representativa de categoria econômica ou profissional que formular consulta em nome de seus associados ou filiados deverá apresentar autorização expressa destes para representálos administrativamente, em estatuto ou documento individual ou coletivo. f) a declaração prevista letra b.2 acima aplica-se à consulta apresentada por órgão da administração pública, salvo se versar sobre situação em que este não figure como sujeito passivo; g) na hipótese prevista na letra b.14 acima, quando o órgão da administrção pública não dispuser de procurador em seu quadro funcional, o profissional contratado poderá formular consulta quando investido de mandato de representação mediante procuração pública; h) na hipótese de consulta que verse sobre situação determinada ainda não ocorrida, o consulente deverá demonstrar a sua vinculação com o fato, bem como a efetiva possibilidade da sua ocorrência; j) ressalvada a hipótese de matérias conexas, a consulta deverá referir-se somente a um tributo administrado pela RFB; k) além dos requisitos previstos no item 3, a consulta deverá conter as informações estabelecidas na letra k.4 quando os dispositivos da legislação tributária e aduaneira ou os fatos a que será aplicada a interpretação solicitada, indicados conforme a letra b.4 acima, abrangerem uma das matérias a seguir: (incluído pela IN RFB n º 1.689/2017) IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 184

k.1) preços de transferência; k.2) o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis); ou k.3) estabelecimento permanente. k.4) na hipótese prevista na letra k acima, a consulta deverá conter as seguintes informações (incluído pela IN RFB nº 1.689/2017) k.4.1) identificação do controlador direto e do controlador final da pessoa jurídica que formulou a consulta, bem como seus países de domicílio, na hipótese de serem no exterior; k.4.2) identificação dos países de residência de todas as partes relacionadas com as quais o contribuinte efetua transações objeto da consulta; e k.4.3) identificação do país de residência da matriz e do estabelecimento permanente, na hipótese da letra k3 acima. k.5) será encaminhado às administrações tributárias dos países de domicílio das pessoas referidas na letra k.4, com os quais o Brasil tenha acordo para troca de informações, sumário da resposta à consulta a que se refere a letra k ; k.6) o consulente poderá ser intimado para apresentar outras informações ou elementos que se fizerem necessários à apreciação da consulta. 4. CONSULTA SOBRE CLASSIFICAÇÃO DE SERVIÇOS, INTANGÍVEIS E OUTRAS OPERAÇÕES QUE PRODUZAM VARIAÇÕES NO PATRIMÔNIO Sem prejuízo do disposto no item 3, no caso de consulta sobre classificação de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio, deverá o consulente informar: a) classificação adotada e pretendida, com os correspondentes critérios utilizados; b) o enquadramento do serviço, do intangível ou de outras operações na legislação do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) ou do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), quando for o caso; e c) descrição do serviço, do intangível ou da operação objeto da consulta. Informações e documentos necessários para a correta caracterização técnica dos serviços, intangíveis e outras operações objeto da consulta, quando expressos em língua estrangeira, serão acompanhados de tradução para o idioma nacional. O consulente poderá ser intimado para apresentar outras informações ou elementos que se fizerem necessários à apreciação da consulta. A consulta sobre classificação de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio poderá referir-se a mais de um serviço, intangível ou operação, desde que conexos. (redação dada pela IN RFB nº 1.567/2015) 5. EFEITOS DA CONSULTA A consulta eficaz, formulada antes do prazo legal para recolhimento de tributo, impede a aplicação de multa de mora e de juros de mora, relativamente à matéria consultada, a partir da data de sua protocolização até o 30º (trigésimo) dia seguinte ao da ciência, pelo consulente, da Solução de Consulta, observado o seguinte: a) quando a solução da consulta implicar pagamento, este deverá ser efetuado no prazo referido acima, ou no prazo normal de recolhimento do tributo, o que for mais favorável ao consulente; b) a consulta não suspende o prazo para recolhimento de tributo retido na fonte ou autolançado, antes ou depois de sua apresentação, nem para entrega de declaração de rendimentos ou cumprimento de outras obrigações acessórias; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 185

c) os efeitos da consulta que se reportar a situação não ocorrida somente se aperfeiçoarão se o fato concretizado for aquele sobre o qual versara a consulta previamente formulada; d) os efeitos da consulta formulada pela matriz da pessoa jurídica serão estendidos aos demais estabelecimentos; e) no caso de consulta formulada por órgão da administração pública que versar sobre situação em que este não figure como sujeito passivo, os efeitos não alcançarão o sujeito passivo da obrigação tributária principal ou acessória; f) no caso de consulta formulada por entidade representativa de categoria econômica ou profissional em nome dos associados ou filiados, os efeitos referidos na letra g abaixo somente os alcançarão depois de cientificada a consulente da solução da consulta; (redação dada pela IN RFB nº 1.434/2013) g) ressalvado o disposto na letra b acima, nenhum procedimento fiscal será instaurado contra o sujeito passivo relativamente à espécie consultada, a partir da apresentação da consulta até o 30º (trigésimo) dia subsequente à data da ciência da solução da consulta; h) na hipótese de alteração de entendimento expresso em Solução de Consulta sobre interpretação da legislação tributária e aduaneira, a nova orientação alcança apenas os fatos geradores que ocorrerem depois da sua publicação na Imprensa Oficial ou depois da ciência do consulente, exceto se a nova orientação lhe for mais favorável, caso em que esta atingirá, também, o período abrangido pela solução anteriormente dada. 5.1 Efeito Vinculante no Âmbito da RFB A Solução de Consulta Cosit e a Solução de Divergência, a partir da data de sua publicação, têm efeito vinculante no âmbito da RFB, respaldam o sujeito passivo que as aplicar, independentemente de ser o consulente, desde que se enquadre na hipótese por elas abrangida, sem prejuízo de que a autoridade fiscal, em procedimento de fiscalização, verifique seu efetivo enquadramento. (redação dada pela IN RFB nº 1.434/2013) 6. INEFICÁCIA DA CONSULTA Não produz efeitos a consulta formulada: a) com inobservância do disposto nos itens 2, 3 e 4; b) em tese, com referência a fato genérico, ou, ainda, que não identifique o dispositivo da legislação tributária e aduaneira sobre cuja aplicação haja dúvida; c) por quem estiver intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta; d) sobre fato objeto de litígio, de que o consulente faça parte, pendente de decisão definitiva nas esferas administrativa ou judicial; e) por quem estiver sob procedimento fiscal, iniciado antes de sua apresentação, para apurar os fatos que se relacionem com a matéria consultada; f) quando o fato houver sido objeto de decisão anteriormente proferida em consulta ou litígio em que tenha sido parte o consulente, e cujo entendimento por parte da administração não tenha sido alterado por ato superveniente; g) quando o fato estiver disciplinado em ato normativo publicado na Imprensa Oficial antes de sua apresentação; h) quando versar sobre constitucionalidade ou legalidade da legislação tributária e aduaneira; h) quando o fato estiver definido ou declarado em disposição literal de lei; i) quando o fato estiver definido como crime ou contravenção penal; j) quando não descrever, completa e exatamente, a hipótese a que se referir, ou não contiver os elementos necessários à sua solução, salvo se a inexatidão ou omissão for escusável, a critério da autoridade competente; k) quando versar sobre procedimentos relativos a parcelamento de débitos administrados pela RFB; l) sobre matéria estranha à legislação tributária e aduaneira; e IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 186

m) quando tiver por objetivo a prestação de assessoria jurídica ou contábil-fiscal pela RFB. Notas: 1) O disposto na letra d do item 6 não se aplica a consulta formulada por órgão público, na hipótese a que se refere a letra e do item 5, tendo em vista que a resposta terá caráter meramente informativo. 2) O disposto na letra e do item 6 não se aplica à consulta apresentada em unidade da RFB no período em que o consulente houver readquirido a espontaneidade em virtude de inobservância, pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil encarregado do procedimento fiscal, do disposto no 2º do art. 7º do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, ainda que a fiscalização não tenha sido encerrada; c) O disposto na letra k do item 6 não se aplica à hipótese de consulta sobre a interpretação das normas acerca do parcelamento de débitos administrados pela RFB, ressalvadas as competências previstas em leis e atos normativos específicos; d) Os efeitos produzidos pela consulta cessarão após 30 (trinta) dias da data de publicação na Imprensa Oficial, posteriormente à apresentação da consulta e antes de sua solução, de ato normativo que discipline a matéria consultada. 7. DIVERGÊNCIA DE CONCLUSÕES Havendo divergência de conclusões entre Soluções de Consulta relativas à mesma matéria, fundadas em idêntica norma jurídica, caberá recurso especial, sem efeito suspensivo, para a Cosit, observado o seguinte: a) se a divergência se verificar entre Soluções de Consulta proferidas pela Cosit, a decisão será por esta revista, aplicando-se, nesse caso, o disposto na letra h do item 5; b) o recurso pode ser interposto pelo destinatário da solução divergente, no prazo de 30 (trinta) dias contado da ciência da solução que gerou a divergência, cabendo-lhe comprovar a existência das soluções divergentes sobre idênticas situações, mediante a juntada dessas soluções publicadas; c) sem prejuízo do disposto no subitem 5.1, o sujeito passivo que tiver conhecimento de solução divergente daquela que esteja observando, em decorrência de resposta a consulta anteriormente formulada sobre idêntica matéria, poderá adotar o procedimento previsto no caput, no prazo de 30 (trinta) dias contado da respectiva publicação; d) da Solução de Divergência será dada ciência imediata ao destinatário da Solução de Consulta reformada, aplicando-se seus efeitos a partir da data da ciência, observado, conforme o caso, o disposto na letra h do item 5. 8. SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA Existindo Solução de Consulta Cosit ou Solução de Divergência, as consultas com mesmo objeto serão solucionadas por meio de Solução de Consulta Vinculada. A Solução de Consulta Vinculada, assim entendida como a que reproduz o entendimento constante de Solução de Consulta Cosit ou de Solução de Divergência, será proferida pelas Disit ou pelas Coordenações de área da Cosit. 9. PUBLICAÇÕES DAS SOLUÇÕES DE CONSULTA As Soluções de Consulta Cosit e as Soluções de Divergência serão publicadas da seguinte forma: a) no Diário Oficial da União (DOU), o número, o assunto, a ementa e os dispositivos legais; e b) na Internet, no sítio da RFB no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br, com exceção do número do e- processo, dos dados cadastrais do consulente ou de qualquer outra informação que permita a identificação do consulente e de outros sujeitos passivos (redada pela IN RFB nº 1.434/2013). O Despacho Decisório que declarar a ineficácia da consulta não será publicado. A Solução de Consulta Vinculada será publicada nos termos a letra a acima, acrescida da indicação de sua vinculação e do número da solução vinculante. (redação dada pela IN RFB nº 1.434/2013) Fundamentos legais IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 09/2017 187