SENTIDO, SIMBOLISMO E INTERPRETAÇÃO NO DISCURSO FILOSÓFICO DE NICOLAU DE CUSA

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Transcrição:

TEXTOS UNIVERSITÁRIOS DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS SENTIDO, SIMBOLISMO E INTERPRETAÇÃO NO DISCURSO FILOSÓFICO DE NICOLAU DE CUSA João Maria André FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN JUNTA NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA

índice Geral PRÓLOGO I PARTE PROBLEMAS DE INTERPRETAÇÃO Capítulo I Dos sentidos de um discurso 19 1. O esquecimento de um pensador 22 2. A recuperação de um pensador 31 3. Dificuldades e perspectivas de interpretação 45 Capítulo II...A um discurso do sentido 59 1. O problema do sentido em Nicolau de Cusa e o referencial cristão do seu pensamento 65 2. Discurso e sentido na marcha do pensamento cusano 76 a) 0 pressuposto absoluto do pensamento cusano e o sentido da criação 76 b) A "douta ignorância" como discurso propedêutico sobre o sentido do discurso filosófico 88 c) A "scientia laudis" como discurso do sentido 110 3. Simbolismo e interpretação: chaves para a leitura de uma metafísica da mente em Nicolau de Cusa 119

SENTIDO, SIMBOLISMO E INTERPRETAÇÃO EM NICOLAU DE CUSA II PARTE FUNDAMENTOS METAFÍSICO-TRANSCENDENTAIS DE UMA FILOSOFIA DA INTERPRETAÇÃO EM NICOLAU DE CUSA Capítulo III Do Máximo como unidade coincidencial dos opostos à sua expressividade (Infinita plenitude de sentido) 133 1. Máximo e coincidência dos opostos 143 2. O Máximo na sua expressividade interna 168 3. O Máximo na sua expressividade externa 180 4. A infinitude do Máximo e o seu carácter sobredeterminante... 199 Capítulo IV O princípio fundante e as suas diferentes expressões (A identidade relacional de sentido numa projecção diferenciada) 213 1. O princípio fundante como "Idem" absoluto 219 2. O princípio fundante como "Não-outro" 232 3. O princípio fundante como poder 254 a) 0 "Possest" como actualidade de todas as possibilidades 259 b) 0 "poder ser feito" como possibilidade de ser das criaturas 272 c) 0 "Posse ip<um" ou o poder de todas as possibilidades 281 4. Articulação entre identidade e diferença a partir da participação de sentido 296 " s Capítulo V Uma ontologia sistémica, estética e dinâmica (O universo como contracção de sentido e o sentido das suas contracções) 319 1. Do conceito de substância ao conceito de relação 327 2. Uma ontologia sistémica: a "contractio" como "quodlibet in quolibet" 351 3. A dimensão estética da ontologia sistémica de Nicolau de Cusa 371 III PARTE O MUNDO DOS SÍMBOLOS EM NICOLAU DE CUSA Capítulo VI Considerações preliminares sobre o simbolismo cusano 389 814

ÍNDICE GERAL Capítulo VII O mundo como símbolo 403 1. Fontes inspiradoras e sua repercussão no discurso cusano 407 2. A metáfora do mundo como livro e as condições da sua legibilidade 413 3. Alguns aspectos da cosmologia mística de Nicolau de Cusa... 425 Capítulo VIII O homem como símbolo 437 1. O motivo do microcosmo 446 2. O sentido do "símbolo humano" e os princípios da sua ética: liberdade, igualdade e amor 457 3. Uma antropologia cristocêntrica e escatológica 475 4. A especificidade da natureza simbólica da mente como "imago Dei" e as suas metáforas 480 Capítulo IX O conhecimento como símbolo 497 1. A verdade como "ad-aequatio" e o conceito de igualdade: natureza simbólica do conhecimento conjecturai 507 2. Uma gnoseologia regional, sistémica e dinâmica 520 3. A "assimilatio" como "creatio" de simbólicas "similitudines".. 537 4. Compendium: uma teoria sígnica do conhecimento e a metáfora do "homo cosmographus" 553 Capítulo X O discurso como símbolo 569 1. O discurso verbal 573 a) Configuração augustiniana da filosofia cusana da linguagem... 576 b) Origem, natureza, formas de constituição e limites do discurso humano...'. 585 c) Os verbos humanos e a inefabilidade do verbo divino 601 d) Uma teoria regional do discurso: o discurso como percurso e o percurso como interpretação 612 2. O discurso matemático 621 a) Dimensão filosófica dos conhecimentos matemáticos e confronto com a 628" 815

SENTIDO, SIMBOLISMO E INTERPRETAÇÃO EM NICOLAU DE CUSA b) Natureza simbólica do construto matemático como produção cognitivo- -discursiva humana 639 c) Processo da utilização simbólica da matemática no discurso cusano Alguns exemplos significativos 650 d) A matemática no discurso cusano: entre a tradição e a modernidade 668 Capítulo XI A arte como símbolo 675 1. O princípio da "ars imitatur naturam" Breve percurso pela sua presença no pensamento antigo e medieval 682 2. Reinterpretação cusana da "arte como imitação da natureza".. 694 3. Dimensões da natureza simbólica da arte 707 4. Natureza simbólica dos produtos artísticos Dois casos exemplares: o olhar e o jogo 716 EPÍLOGO A "douta ignorância" como filosofia da interpretação 737 1. A interpretação numa lógica conjecturai 748 2. A interpretação numa dialéctica coincidencial 759 3. A interpretação numa dialógica transsumptiva 769 BIBLIOGRAFIA 781 ÍNDICE DE AUTORES 803 ÍNDICE GERAL -...-. 813 816