A Reforma do Regimento Interno. Dia 22 - das 9h às 12h O Processo Legislativo de Reforma da LOM e RI. Dia 22 - das 13h30 às 17h30

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Transcrição:

A Reforma do Regimento Interno Dia 22 - das 9h às 12h O Processo Legislativo de Reforma da LOM e RI Dia 22 - das 13h30 às 17h30 Pontos Passíveis de Reforma no Regimento Interno (parte 1) Dia 23 - das 9h às 12h Pontos Passíveis de Reforma no Regimento Interno (parte 2)

A Unipública Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos, consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios. Os Cursos Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade e seriedade, garantindo aos alunos: - Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público - Professores especializados e atuantes na área (Prática) - Certificados de Participação digitalizado - Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc) - Tira-dúvidas durante realização do curso - Controle biométrico de presença (impressão digital) - Atendimento personalizado e simpático - Rigor no cumprimento de horários e programações - Fotografias individuais digitalizadas - Apostilas e material de apoio - Coffee Breaks em todos os períodos -Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat entre alunos e contato com a escola. Público Alvo - Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores, atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos). - Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a) Localização Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Clotário Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente. Feedback Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação 9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.

Transparência Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de avaliação dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica. Qualidade Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente. Missão Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas respectivas áreas de atuação e contribuir com: a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para os agentes públicos c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão Visão Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos seus alunos, cidadãos e entidades públicas. Valores Reputação ilibada Seriedade na atuação Respeito aos alunos e à equipe de trabalho Qualidade de seus produtos Modernização tecnológica de metodologia de ensino Garantia de aprendizagem Ética profissional SEJA BEM VINDO, BOM CURSO! Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898 www.unipublicabrasil.com.br

Programação: Dia 22 - das 9h às 12h O Processo Legislativo de Reforma da LOM e RI 1 Autonomia municipal 2 Hierarquia das leis 3 Direito de iniciativa 4 Técnica legislativa (LC 95/98) 5 Matéria de competência (é da LOM, de Lei Complementar ou Ordinária?) 6 Procedimento Correto (rito de tramitação) 7 Trâmite (comissões, plenário...) 8 Quórum 9 Turnos de Votação 10 Sanção e Promulgação 11 Publicação 12 Revogação 13 Retirada de vigor: a) revogação b) declaração de inconstitucionalidade Dia 22 - das 13h30 às 17h30 Pontos Passíveis de Reforma no Regimento Interno (parte 1) 1 Número de vereadores 2 Sessões: a) preparatória (início de cada legislatura) b) legislativa c) ordinária d) extraordinária e) solene (posses e homenagens) 3Recesso 4 Posse 5 Fixação de subsídios 6 Mesa diretora: a) eleição b) tempo do mandato c) reeleição d) competências (da mesa e dos membros) 7 Do direito de acesso e informações 8 Dos impedimentos e incompatibilidades: a) cargos b) funções c) empregos d) benefícios e) negócios f) vantagens g) conselhos h) comissões 9 Da perda do mandato 10 Do decoro parlamentar 11 Da convocação do suplente 12 Das comissões a) permanentes b) temporárias c) especiais

d) composição e) designação f) competência g) atribuições h) poder 13 Da sessão legislativa: a) tipos de sessões (ordinárias, extraordinárias...) b) dia e hora c) início, interrupção e fim d) quantidade de sessões e) da convocação 14 Dos turnos e interstícios 15 Da maioria (quórum): a) simples (relativa) b) absoluta c) qualificada 16 Da participação popular Dia 23 - das 9h às 12h Pontos Passíveis de Reforma no Regimento Interno (parte 2) 1 Requerimentos 2 Regime de urgência 3 Prazos 4 Pequeno Expediente e Grande Expediente 5 Atas 6 Julgamentos 7 Discussões 8 Tribuna livre 9 Justificativas nos projetos 10 Concessão de honrarias 11 Ausência de vereadores 12 Votação secreta ou nominal 13 Inelegibilidades na Mesa Diretora da Câmara 14 Do prazo para a promulgação 15 Outros temas que poderão ser discutidos: a) abstenção, aditamento, anteprojeto de lei, aparte, b) assinatura, autor, avulso, bancada, cláusula c) convocação, deliberação d) despacho, discurso, discussão, dispositivo e) emendas, expedientes, imunidade f) lideranças, orador, ordem do dia, parecer g) pauta, pela ordem, plenário h) pronunciamento, proposição, publicidade, questão de ordem i) redação, relator, requerimento j) revogação, substitutivo, tramitação, turnos k) uso da palavra, vistas e votação Professores: Hélio Querino Jost: Advogado e Consultor - Especialista em Direito Administrativo e Gestão Pública. Jonias de O. e Silva: Advogado e Consultor - Especialista em Administração Pública e Direito Constitucional.

Sumário O PROCESSO LEGISLATIVO DE REFORMA DA LOM E RI... 1 PONTOS PASSÍVEIS DE REFORMA NO REGIMENTO INTERNO (PARTE 1)... 13 PONTOS PASSÍVEIS DE REFORMA NO REGIMENTO INTERNO (PARTE 2)... 37

PROCESSO LEGISLATIVO DE REFORMA DA LOM e do RI Hélio Querino Jost I - AUTONOMIA MUNICIPAL. A Autonomia Municipal, assegurada pelo art. 18 1 da CF, compreende a competência exclusiva para instituir sua Carta Organizacional (Lei Orgânica) como prevê o art. 29. 2 Antes da CF/88, os Municípios se regiam por Leis Complementares Estaduais válidas para todos os Municípios dos respectivos estados, salvo duas ou três exceções. Ao Poder Executivo não foi dada a iniciativa do projeto de instituição da Lei Orgânica mas, apenas, o poder de emendá-la. Assim, como a Constituição Federal e as Estaduais, a modificação da LOM se faz através de EMENDAS, conforme as iniciativas definidas na própria Lei Orgânica. II - HIERARQUIA DAS LEIS. Dentro de suas respectivas esferas de competência material, não há hierarquia entre as leis municipais, estaduais ou federais. Todavia, a própria Constituição Federal, prevê as hipóteses em que o ordenamento infra-constitucional pode ferir a Constituição e, nesse caso, considerá-las inconstitucionais por vício material (ofensa à competência material) ou vício formal (não atendimento da prescrição constitucional: ex. duas votações e interstício de 10 dias, na aprovação da LOM e das emendas). A prevalência ou hierarquia ocorre em geral em relação às Constituições. As Constituições Estaduais não podem confrontar a CF, da mesma forma que o restante do ordenamento infra-constitucional de qualquer dos poderes. Celso R. Bastos, em sua obra Lei Complementar Teoria e comentários, Saraiva, 1985, ensina o que se deve entender por hierarquia: Toda vez que o ato inferior extrai o seu fundamento de validade de outro, este lhe é superior, e, em conseqüência, instaura-se uma relação hierárquica. Exemplo: A CF estabelece a competência tributária dos Entes Federados, mas cabe a cada um instituí-los por lei própria. 1 Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 2 Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 1

A LOM é a lei maior do Município é sua Carta Organizacional e estabelece normas e princípios legislativos gerais, aos quais se submete toda a legislação complementar e ordinária e, claro, também o Regimento Interno. No confronto de normas entre LOM e RI, prevalece a Lei Orgânica. O que importa é distinguir o que matéria de competência de um ou outro desses diplomas legais. O essencial é que na LOM constem as normas básicas fundamentais, de caráter permanente, o arcabouço jurídico/legal que norteará a elaboração do Regimento Interno. Algumas LOM prevêem o processo de reforma ou revisão do RI mas na maioria dos casos, os próprios Regimentos tratam do assunto. Os Regimentos Internos são criados mediante Resolução com dois turnos de discussão e votação e quorum especificado no próprio Regimento ou na LOM. Tais Resoluções são de iniciativa exclusiva da Câmara Municipal. III INICIATIVA. Iniciativa é o momento em que se deflagra o processo legislativo, obrigando a Casa de Leis a submeter o projeto de lei a uma deliberação definitiva. A iniciativa pode ser: a) Iniciativa geral ou concorrente: é a regra geral. Compete ao Prefeito, Vereadores, Comissões e aos cidadãos (iniciativa popular); b) Iniciativa privativa ou reservada: apenas um dos poderes a exerce sobre as matérias previstas constitucionalmente. A iniciativa reservada pode ser: 1 - do Prefeito: nas matérias relativas a direitos e vantagens dos servidores públicos, regime jurídico, criação de cargos, aumento de remuneração do pessoal do executivo, organização administrativa da Prefeitura e matéria orçamentária; 2 - da Câmara (Mesa Diretiva ou Comissões): estrutura organizacional da Câmara (criação de seus serviços), criação de cargos da Câmara e fixação dos subsídios dos agentes políticos. c) Iniciativa vinculada: consiste na obrigação de se apresentar determinado projeto de lei em épocas legal e constitucionalmente determinadas. Ex. orçamentos (PPA, LDO e LOA), fixação dos subsídios dos agentes políticos. d) Iniciativa popular: trata da apresentação de projetos pelos cidadãos. Não se aplica aos projetos de iniciativa exclusiva reservada aos Poderes do Município. 3.1 Iniciativa de projeto de emenda à LOM. A Constituição Federal 3 e as Constituições Estaduais não conferem iniciativa legislativa popular para as LOM. Qualquer alteração ou modificação na LOM será feita sempre através de Projeto de EMENDA. A maioria das Câmaras reserva a iniciativa de Emendas à LOM apenas para os Vereadores e o Prefeito. Outras admitem a iniciativa popular, mediante a subscrição de um percentual dos eleitores inscritos no Município, como a LOM de Curitiba. Na CF, nas CE s e nas LOM s a competência ORIGINÁRIA é exclusiva dos parlamentares e, por isso, conforme doutrina não caberiam Emendas Populares. De fato, para as Emendas Constitucionais não foi conferida a iniciativa popular. Para as Emendas à LOM, muitos municípios tem admitida a iniciativa popular. Só tem competência aqueles a quem a lei (no sentido genérico) a confere. A CF e as Estaduais não contemplam a iniciativa de emenda constitucional à população. CF Art. 29. (...)... V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os art. 37, XI, 39, 4º, 150, II, 153, III, e 153, 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998) VI - a remuneração dos Vereadores corresponderá a, no máximo, setenta e cinco por cento daquela estabelecida, em espécie, para os Deputados Estaduais, ressalvado o que dispõe o art. 37, XI; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) VI - subsídio dos Vereadores fixado por lei de iniciativa da Câmara Municipal, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Estaduais, observado o que dispõem os arts. 39, 4º, 57, 7º, 150, II, 153, III, e 153, 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998) 3 Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 2

VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 3.2 Iniciativa de projeto de modificação do Regimento Interno. As Câmaras Municipais são colegiados compostos de diversos segmentos políticos da sociedade. Elas espelham o fundamento do pluralismo político, previsto no art. 1º, V, da CF. Assim como os colegiados em geral, (Associações, Conselhos, Condomínios, etc.) as Câmaras definem o seu próprio Regimento Interno para reger o seu funcionamento interno. Somente os membros de qualquer colegiado têm competência e iniciativa para instituir ou modificar o seu próprio Regimento Interno o qual deve, evidentemente respeitar a legislação vigente, sob pena de o próprio RI como um todo ou parte dele, ser questionada sua legalidade ou constitucionalidade, pelos entes legitimados na Constituição do Estado 4, dentre eles o Prefeito Municipal e a própria Mesa Diretiva da Câmara quando, p. ex. a própria Câmara não aprovar a modificação do(s) dispositivo(s) tido por inconstitucional. IV - TÉCNICA LEGISLATIVA (LC 95/98). Em qualquer norma (Constituição, Leis Complementares ou ordinárias, decretos, resoluções ou portarias) deve ser observada a boa técnica legislativa de que trata a Lei Complementar Federal nº 95/98. A uniformização da técnica legislativa a nível nacional objetiva melhor compreensão e interpretação da lei, harmonizando o texto legislativo. Trata, pois, de estruturar o texto organicamente, em começo, meio e fim. V - MATÉRIA DE COMPETÊNCIA. (LEI COMPLEMENTAR, LEI ORDINÁRIA, LOM E RI) As competências legislativas, regra geral, são definidas na Constituição Federal. Dentro do ordenamento legislativo municipal as matérias são definidas segundo a seguinte ordem: 5.1 Matérias de competência da LOM. A LOM dispõe sobre matérias de natureza permanente e definição de quorum especial de 2/3. São matérias que tratam da organização, estrutura e funcionamento dos poderes do município, etc. São matérias de Lei Orgânica: I - Os preceitos principiológicos da Constituição Federal; II - As disposições das respectivas Constituições Estaduais aplicáveis aos Municípios; III - As competências Municipais: descrição do campo de atuação do Município em matéria legislativa e de organização administrativa; IV - Os Poderes Municipais (Legislativo e Executivo), atribuições e competências, e forma de relacionamento; V - A Mesa Diretiva da Câmara, sua composição, eleição e posse; VI - Vereadores: suas incompatibilidades e impedimentos, convocação de suplentes; VII - Processo legislativo, compreendendo todas as fases das proposições legislativas, inclusive as Emendas à Lei Orgânica; VIII - Infrações e processo de julgamento do Prefeito e Vereadores; IX - Poder Executivo: Prefeito, posse, exercício do cargo, atribuições, proibições e impedimentos; X - Administração Municipal: Servidores, provimento, direitos, responsabilidades, aposentadoria, etc. XI - Atos Municipais: formalização, publicação; XII - Normas sobre Plebiscito, Referendo e Audiências Públicas; XIII - Direito de petição, informação e certidões; XIV - Tributos Municipais; 4 Art. 111. São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face desta Constituição: I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembléia Legislativa; II - o Procurador-Geral de Justiça; II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador Geral do Estado; (Redação dada pela Emenda Constitucional 7 de 24/04/2000) III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo Município, quando se tratar de lei ou ato normativo local; IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil; V - os partidos políticos com representação na Assembléia Legislativa; VI - as federações sindicais e as entidades de classe de âmbito estadual; VII - o Deputado Estadual. 3

XV - Orçamentos: PPA, LDO, LOA, sua elaboração e execução, gestão de Tesouraria, prestação de contas; XVI - Controle Interno Integrado; XV - Dos bens patrimoniais, das obras e serviços públicos; XVI - Planejamento Municipal e Conselhos Municipais; XVII - Ordem Econômica e Social. 5.2 Matérias de competência de Lei Complementar. As LC s tratam de matérias de duração permanente e que não devem ser modificadas amiúde e que dependem de maioria absoluta dos Vereadores para aprovação. São leis que complementam a Lei Orgânica. A Constituição Federal prevê em artigos esparsos as matérias a serem reguladas por Lei Complementar. (Ex. Organização dos Tribunais, Ministério Público, matéria Tributária, finanças públicas, previdência social e privada,..etc.). Entendo que não cabe aplicação simétrica aos Estados e Municípios, dadas as diferentes competências, mas, a nível municipal, em geral, tratam do Plano Diretor, dos Códigos em Geral (Tributário, de Obras e Posturas), de Estatutos dos Servidores e do Magistério ou, conforme dispõe a própria LOM. 5.3 Matérias de competência de Leis Ordinárias, de caráter mais geral. As Leis Ordinárias tratam da legislação mais comum e de caráter transitório e sua aprovação depende de maioria simples, mas presença da maioria absoluta da Casa. 5.4 Matérias de competência do Regimento Interno. Importante notar que o Regimento Interno, dada sua natureza de interna corporis não vincula nem obriga o Prefeito ou Servidores, nem mesmo da própria Câmara. Por exemplo, não é matéria regimental dispor que o Prefeito deva remeter documentos ou informações em tal ou qual prazo. Isso é matéria de LOM ou lei ordinária. Em síntese, os Regimentos tratam da estruturação e funcionamento da Câmara, através dos seguintes tópicos, resumidamente. DA CÂMARA MUNICIPAL. Das funções da Câmara Da sede da Câmara Da instalação da Câmara. DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA MUNICIPAL. Da Mesa Diretiva (Formação e Competência da Mesa, competência do Presidente, Vice e Secretários) Do Plenário. Da formação das Comissões, suas finalidades e competências e funcionamento. DOS VEREADORES. Do Exercício da Vereança, suspensão do exercício, extinção e perda do mandato. Da Liderança Parlamentar. Remuneração dos Agentes Políticos. DAS PROPOSIÇÕES E SUA TRAMITAÇÃO. Modalidades e formas, proposições em espécie, apresentação e retirada, tramitação. DAS SESSÕES DA CÂMARA. Das Sessões em geral, das Sessões Ordinária, extraordinárias e solenes. DAS DISCUSSÕES E DAS DELIBERAÇÕES. Discussões, disciplina dos debates e deliberações, emenda a LOM e iniciativa popular. DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL E DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE. Elaboração legislativa especial (PPA, LDO, LOA, CÓDIGOS E ESTATUTOS), procedimentos de controle, julgamento das contas, processo de perda do mandato, convocação dos Secretários Municipais, pedidos de informação do Prefeito, destituição de membro da Mesa. DO REGIMENTO INTERNO E DA ORDEM REGIMENTAL. 4

Da questão de ordem e dos precedentes. Das modificações do Regimento. DOS SERVIÇOS INTERNOS DA CÂMARA. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS. VI - TRÂMITE (COMISSÕES, PLENÁRIO...). 6.1 Projeto de Emenda à LOM: O trâmite legislativo das Emendas à LOM deve estar previsto na própria Lei Organizacional ou, então, conter disposição conferindo atribuições ao Regimento Interno. Os Projetos de Emenda à LOM terão numeração própria e, se aprovadas, independem de sanção do Prefeito e são promulgadas pela Mesa Diretiva da Câmara, seguindo numeração seqüencial, independentemente de ano, tal como as Emendas Constitucionais, p. ex. 01/2013, 02/2014, 03 e 04/2015,... A tramitação das emendas não depende de Regimento Interno Especial assim como foi para a elaboração da LOM originária. 6.2 Projeto de Resolução p/alterar o RI: O trâmite para os projetos de Resolução para alteração do RI, são os previstos no próprio Regimento. VII - QUÓRUM. 7.1 LOM: quorum para apresentação de emenda e aprovação. 7.1.1 Inobservância do quorum conseqüências: A não observância do quorum além do vício de nulidade, resulta em inconstitucionalidade da Emenda. Essa inconstitucionalidade é de natureza formal, isto é, não atendeu a forma prevista na Constituição Federal. Além do quorum é de fundamental importância o interstício de 10 (dez) dias entre o primeiro e o segundo turnos de votação. 7.1.2 Para propor emendas à LOM: O processo legislativo de emenda à LOM deve estar previsto no próprio Estatuto Organizacional: as iniciativas, quorum, discussão e votação, promulgação. O quorum para a iniciativa dos Vereadores é de 1/3; do eleitorado, 5% (cinco por cento), além da iniciativa do Prefeito. O quorum para admissão de propostas de Emenda à Lei Orgânica para a iniciativa dos Vereadores e do eleitorado deve seguir um certo rigor: no mínimo 1/3 (um terço) dos Vereadores e, para a iniciativa popular 5% (cinco por cento) do eleitorado, isto para evitar a banalização das emendas, mantendo a estabilidade jurídica da LOM. Tal como o quorum exigido para apresentação, se não requerida pelo menos por 1/3 dos Vereadores na apresentação da Emenda, toda a deliberação será nula e inconstitucional. 7.1.3 Quorum para aprovação da Emenda à LOM. O quorum para aprovação de Emenda é o fixado na Constituição Federal: 2/3 dos Vereadores. 7.2 RI: quorum para apresentação de alteração e aprovação: O Regimento Interno não está sujeito a EMENDAS, como a Lei Orgânica. 7.2.1 Para propor modificação no Regimento Interno. Qualquer Vereador pode propor modificação no Regimento Interno. O processo legislativo para alteração deve estar previsto no próprio RI. Não se justificaria, a nosso ver, uma exigência de maioria absoluta dos Vereadores para deflagrar o processo de alteração do Regimento Interno. 7.2.2 Quorum para aprovação de alteração do RI. Via de regra, o quorum para aprovação de alteração ao RI é da maioria absoluta dos Vereadores, o que é juridicamente salutar. Por se tratar de instrumento de organização interna da Câmara e pela necessidade de permanente atualização, não se justifica exigência de quorum elevado de 2/3, por exemplo. 5

Não há lei que estabeleça exigência de maioria absoluta para aprovação do Regimento Interno, sendo salutar que a própria LOM estabeleça esse quorum. Há Câmaras que admitem a aprovação de alteração do RI, por quorum de maioria simples, presentes a maioria absoluta dos membros da Câmara. VIII - TURNOS DE VOTAÇÃO. 8.1 Dos projetos de Emenda à LOM. Os projetos de Emenda à LOM serão votados em DOIS turnos, com interstício mínimo de 10 (dez) dias. 8.2 Dos projetos de Resolução para alteração do Regimento Interno. Os Regimentos Internos são aprovados e instituídos por Resolução da Câmara que tem poderes para regular seu próprio funcionamento. Regra geral, as votações são em dois turnos. IX - SANÇÃO E PROMULGAÇÃO. Nem a LOM, nem o Regimento Internos dependem de sanção do Prefeito. Tanto os Projetos de Emenda da LOM, quanto as Resoluções são promulgados pela Mesa Diretiva da Câmara. geral. X - PUBLICAÇÃO. A publicação, - condição de validade das Emendas e Resoluções -, segue as mesmas regras das normas em XI - REVOGAÇÃO. Por se tratar de normas especiais, a LOM e o RI não contem cláusulas de revogação, já que são únicas. Os dispositivos da LOM e do RI que se pretenda revogar, deve ser feito através de Projeto de Emenda e Projeto de Resolução, respectivamente. Devido a vigência das Leis e Regimentos no tempo, é da boa técnica legislativa que continue constando no texto os dispositivos revogados e o número da Emenda ou Resolução que os revogaram. XII DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. Tanto a LOM quanto o RI podem conter dispositivos considerados inconstitucionais. Daí a importância das Comissões de Constitucionalidade, Justiça e Redação por ocasião de seu parecer. Trata-se pois de típico caso que os juristas chamam de controle prévio de constitucionalidade, semelhante ao VETO do Prefeito nos Projetos que exijam sua sanção. Na Constituição Federal está previsto os órgãos legitimados para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade: Art. 111. São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou municipal, em face desta Constituição: I - o Governador do Estado e a Mesa da Assembléia Legislativa; II - o Procurador-Geral de Justiça; II - o Procurador-Geral de Justiça e o Procurador Geral do Estado; (Redação dada pela Emenda Constitucional 7 de 24/04/2000) III - o Prefeito e a Mesa da Câmara do respectivo Município, quando se tratar de lei ou ato normativo local; IV - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil; V - os partidos políticos com representação na Assembléia Legislativa; VI - as federações sindicais e as entidades de classe de âmbito estadual; VII - o Deputado Estadual. Como se vê, o Prefeito, mesmo não tendo participação na elaboração legislativa da LOM ou do RI, tem legitimidade para propor a Ação. 6

ANEXO LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998 Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos normativos que menciona. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Complementar: Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1 o A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis obedecerão ao disposto nesta Lei Complementar. Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se, ainda, às medidas provisórias e demais atos normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem como, no que couber, aos decretos e aos demais atos de regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo. Art. 2 o (VETADO) 1 o (VETADO) 2 o Na numeração das leis serão observados, ainda, os seguintes critérios: I - as emendas à Constituição Federal terão sua numeração iniciada a partir da promulgação da Constituição; II - as leis complementares, as leis ordinárias e as leis delegadas terão numeração seqüencial em continuidade às séries iniciadas em 1946. CAPÍTULO II DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS Seção I Da Estruturação das Leis Art. 3º A lei será estruturada em três partes básicas: I - parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas; II - parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada; III - parte final, compreendendo as disposições pertinentes às medidas necessárias à implementação das normas de conteúdo substantivo, às disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de revogação, quando couber. Art. 4º A epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos, propiciará identificação numérica singular à lei e será formada pelo título designativo da espécie normativa, pelo número respectivo e pelo ano de promulgação. Art. 5º A ementa será grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitará, de modo conciso e sob a forma de título, o objeto da lei. Art. 6º O preâmbulo indicará o órgão ou instituição competente para a prática do ato e sua base legal. Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação, observados os seguintes princípios: I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto; II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou conexão; III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite o conhecimento técnico ou científico da área respectiva; IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a subseqüente se destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por remissão expressa. Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão. 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral. (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial. (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) Art. 9º Quando necessária a cláusula de revogação, esta deverá indicar expressamente as leis ou disposições legais revogadas. 7

Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas. dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) (Redação Seção II Da Articulação e da Redação das Leis Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios: I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste; II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e as alíneas em itens; III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico " ", seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão "parágrafo único" por extenso; IV - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por letras minúsculas e os itens por algarismos arábicos; V - o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o de Subseções, a Seção; o de Seções, o Capítulo; o de Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte; VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão grafados em letras maiúsculas e identificados por algarismos romanos, podendo estas últimas desdobrar-se em Parte Geral e Parte Especial ou ser subdivididas em partes expressas em numeral ordinal, por extenso; VII - as Subseções e Seções serão identificadas em algarismos romanos, grafadas em letras minúsculas e postas em negrito ou caracteres que as coloquem em realce; VIII - a composição prevista no inciso V poderá também compreender agrupamentos em Disposições Preliminares, Gerais, Finais ou Transitórias, conforme necessário. Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, observadas, para esse propósito, as seguintes normas: I - para a obtenção de clareza: a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar sobre assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em que se esteja legislando; b) usar frases curtas e concisas; c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis; d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do presente; e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de caráter estilístico; II - para a obtenção de precisão: a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do objetivo da lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o legislador pretende dar à norma; b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico; c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto; d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do território nacional, evitando o uso de expressões locais ou regionais; e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira referência no texto seja acompanhada de explicitação de seu significado; f) grafar por extenso quaisquer referências feitas, no texto, a números e percentuais; f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de lei e nos casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) g) indicar, expressamente o dispositivo objeto de remissão, em vez de usar as expressões anterior, seguinte ou equivalentes; (Incluída pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) III - para a obtenção de ordem lógica: a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e livro - apenas as disposições relacionadas com o objeto da lei; b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio; c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma enunciada no caput do artigo e as exceções à regra por este estabelecida; d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, alíneas e itens. Seção III Da Alteração das Leis 8

Art. 12. A alteração da lei será feita: I - mediante reprodução integral em novo texto, quando se tratar de alteração considerável; II - na hipótese de revogação; II mediante revogação parcial; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio texto, do dispositivo alterado, ou acréscimo de dispositivo novo, observadas as seguintes regras: a) não poderá ser modificada a numeração dos dispositivos alterados; a) revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) b) no acréscimo de dispositivos novos entre preceitos legais em vigor, é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer renumeração, devendo ser utilizado o mesmo número do dispositivo imediatamente anterior, seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem suficientes para identificar os acréscimos; b) é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer renumeração de artigos e de unidades superiores ao artigo, referidas no inciso V do art. 10, devendo ser utilizado o mesmo número do artigo ou unidade imediatamente anterior, seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem suficientes para identificar os acréscimos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, devendo a lei alterada manter essa indicação, seguida da expressão "revogado"; c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, vetado, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal ou de execução suspensa pelo Senado Federal em face de decisão do Supremo Tribunal Federal, devendo a lei alterada manter essa indicação, seguida da expressão revogado, vetado, declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal, ou execução suspensa pelo Senado Federal, na forma do art. 52, X, da Constituição Federal ; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) d) o dispositivo que sofrer modificação de redação deverá ser identificado, ao seu final, com as letras NR maiúsculas, entre parênteses. d) é admissível a reordenação interna das unidades em que se desdobra o artigo, identificando-se o artigo assim modificado por alteração de redação, supressão ou acréscimo com as letras NR maiúsculas, entre parênteses, uma única vez ao seu final, obedecidas, quando for o caso, as prescrições da alínea "c". (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) Parágrafo único. O termo dispositivo mencionado nesta Lei refere-se a artigos, parágrafos, incisos, alíneas ou itens. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) CAPÍTULO III DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS NORMATIVOS Seção I Da Consolidação das Leis Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e em coletâneas integradas por volumes contendo matérias conexas ou afins, constituindo em seu todo, juntamente com a Constituição Federal, a Consolidação das Leis Federais Brasileiras. Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e consolidações, integradas por volumes contendo matérias conexas ou afins, constituindo em seu todo a Consolidação da Legislação Federal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 1º A consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a determinada matéria num único diploma legal, revogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação, sem modificação do alcance nem interrupção da força normativa dos dispositivos consolidados. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 2º Preservando-se o conteúdo normativo original dos dispositivos consolidados, poderão ser feitas as seguintes alterações nos projetos de lei de consolidação: (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) I introdução de novas divisões do texto legal base; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) II diferente colocação e numeração dos artigos consolidados; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) III fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo idêntico; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) IV atualização da denominação de órgãos e entidades da administração pública; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) V atualização de termos antiquados e modos de escrita ultrapassados; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) VI atualização do valor de penas pecuniárias, com base em indexação padrão; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) VII eliminação de ambigüidades decorrentes do mau uso do vernáculo; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) VIII homogeneização terminológica do texto; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 9

IX supressão de dispositivos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, observada, no que couber, a suspensão pelo Senado Federal de execução de dispositivos, na forma do art. 52, X, da Constituição Federal; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) X indicação de dispositivos não recepcionados pela Constituição Federal; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) XI declaração expressa de revogação de dispositivos implicitamente revogados por leis posteriores. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 3º As providências a que se referem os incisos IX, X e XI do 2o deverão ser expressa e fundadamente justificadas, com indicação precisa das fontes de informação que lhes serviram de base. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) Art. 14. Ressalvada a legislação codificada e já consolidada, todas as leis e decretos-leis de conteúdo normativo e de alcance geral em vigor serão reunidos em coletâneas organizadas na forma do artigo anterior, observados os prazos e procedimentos a seguir: Art. 14. Para a consolidação de que trata o art. 13 serão observados os seguintes procedimentos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) I - os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os Ministérios, no prazo de cento e oitenta dias, contado da vigência desta Lei Complementar, procederão ao exame, triagem e seleção das leis complementares, delegadas, ordinárias e decretos-leis relacionados com as respectivas áreas de competência, agrupando e consolidando os textos que tratem da mesma matéria ou de assuntos vinculados por afinidade, pertinência ou conexão, com indicação precisa dos diplomas legais ou preceitos expressa ou implicitamente revogados; I O Poder Executivo ou o Poder Legislativo procederá ao levantamento da legislação federal em vigor e formulará projeto de lei de consolidação de normas que tratem da mesma matéria ou de assuntos a ela vinculados, com a indicação precisa dos diplomas legais expressa ou implicitamente revogados; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) II - no prazo de noventa dias, contado da vigência desta Lei Complementar, as entidades da administração indireta adotarão, quanto aos diplomas legais relacionados com a sua competência, as mesmas providências determinadas no inciso anterior, remetendo os respectivos textos ao Ministério a que estão vinculadas, que os revisará e remeterá, juntamente com os seus, à Presidência da República, para encaminhamento ao Congresso Nacional nos sessenta dias subseqüentes ao encerramento do prazo estabelecido no inciso I; II a apreciação dos projetos de lei de consolidação pelo Poder Legislativo será feita na forma do Regimento Interno de cada uma de suas Casas, em procedimento simplificado, visando a dar celeridade aos trabalhos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) III - a Mesa do Congresso Nacional adotará todas as medidas necessárias para, no prazo máximo de cento e oitenta dias a contar do recebimento dos textos de que tratam os incisos I e II, ser efetuada a primeira publicação da Consolidação das Leis Federais Brasileiras. III revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 1º Não serão objeto de consolidação as medidas provisórias ainda não convertidas em lei. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 2º A Mesa Diretora do Congresso Nacional, de qualquer de suas Casas e qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional poderá formular projeto de lei de consolidação. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 3º Observado o disposto no inciso II do caput, será também admitido projeto de lei de consolidação destinado exclusivamente à: (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) I declaração de revogação de leis e dispositivos implicitamente revogados ou cuja eficácia ou validade encontre-se completamente prejudicada; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) II inclusão de dispositivos ou diplomas esparsos em leis preexistentes, revogando-se as disposições assim consolidadas nos mesmos termos do 1o do art. 13. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) 4º (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legislatura, a Mesa do Congresso Nacional promoverá a atualização da Consolidação das Leis Federais Brasileiras, incorporando às coletâneas que a integram as emendas constitucionais, leis, decretos legislativos e resoluções promulgadas durante a legislatura imediatamente anterior, ordenados e indexados sistematicamente. Seção II Da Consolidação de Outros Atos Normativos Art. 16. Os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os Ministérios, assim como as entidades da administração indireta, adotarão, em prazo estabelecido em decreto, as providências necessárias para, observado, no que couber, o procedimento a que se refere o art. 14, ser efetuada a triagem, o exame e a consolidação dos decretos de conteúdo normativo e geral e demais atos normativos inferiores em vigor, vinculados às respectivas áreas de 10

competência, remetendo os textos consolidados à Presidência da República, que os examinará e reunirá em coletâneas, para posterior publicação. Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oitenta dias do início do primeiro ano do mandato presidencial, promoverá a atualização das coletâneas a que se refere o artigo anterior, incorporando aos textos que as integram os decretos e atos de conteúdo normativo e geral editados no último quadriênio. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada mediante processo legislativo regular não constitui escusa válida para o seu descumprimento. Art. 18 - A (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001) Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a partir da data de sua publicação. Brasília, 26 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. Iris Rezende 11

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PONTOS PASSÍVEIS DE REFORMA NO REGIMENTO INTERNO (PARTE 1) Hélio Querino Jost I INTRODUÇÃO. O regimento interno é o ato normativo que regulamenta os trabalhos da Câmara Municipal, em todas as suas funções: legislativa, administrativa, fiscalização e controle externo, julgamento e assessoramento. Cabe à própria Câmara a elaboração e a aprovação de seus regulamentos, sob a forma de Resolução, assegurando a independência do Legislativo perante os demais Poderes. Em geral, para aprovação do regimento interno ou de suas alterações, há um processo legislativo com rito diferenciado, com quorum de votação por maioria qualificada (2/3). Segundo Giovani Corralo: O processo legislativo especial é devido à importância do regimento interno para a vida parlamentar, conduzindo os vereadores a uma análise acurada dos seus dispositivos. Não há atividade parlamentar sem o regimento interno, que é o instrumento para solucionar os conflitos oriundos das diferenças entre as forças políticas que compõem a Câmara Municipal. É o pacto das agremiações partidárias e dos vereadores acerca do funcionamento do Parlamento, em todas as suas funções; razão pela qual se requer a maioria qualificada dos seus membros como quorum de votação para aprovação das suas alterações. Assim, é o próprio regimento interno que deve dispor sobre as formas de sua alteração e os respectivos procedimentos e prazos para o trâmite dos projetos de resolução que venham a alterá-lo (CORRALO, Giovani da Silva. O Poder Legislativo Municipal: aportes teóricos e práticos para a compreensão eu exercício da função parlamentar nas Câmaras de Vereadores. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 115). Contudo, pese a independência e a autonomia de que goza o Legislativo Municipal a partir da Constituição de 1988, existem limites a serem observados no regimento interno. 13

II - PRINCÍPIO DA SIMETRIA CONSTITUCIONAL Embora seja norma interna corporis, o regimento interno é lei em sentido formal, pois a resolução é espécie normativa prevista no art. 59 da Constituição da República, sujeita ao devido processo legislativo. Em outras palavras, os entes federativos devem guardar simetria de forma em sua organização. É o que a doutrina convencionou chamar de princípio da simetria constitucional. Isso significa dizer que, ao tratar de Poder Legislativo e processo legislativo, há itens do texto constitucional de reprodução obrigatória na Lei Orgânica do Município e, por consequência, no regimento interno da Câmara Municipal. III - HARMONIA COM A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL Da mesma forma que o diploma regimental deve guardar a simetria constitucional, também deve estar em harmonia com a Lei Orgânica Municipal. Pese seja tecnicamente equivocado dizer que a lei orgânica é a Constituição do município, fato é que, na hierarquia das leis municipais, ela se encontra no ápice, devendo as demais leis do município (e o regimento é lei em sentido formal) guardar relação de congruência com a mesma. Por exemplo, não pode o regimento interno estabelecer requisitos além dos previstos na Lei Orgânica para a apresentação dos Projeto de Lei, ainda que se trate de questão interna. O RI, ao disciplinar os trabalhos legislativos, deve, no que couber, reproduzir o modelo constitucional. Dessa forma, em regra, a norma regimental deve tratar das atribuições e competências da Câmara Municipal; dos deveres, prerrogativas e impedimentos dos Vereadores; da legislatura e das sessões legislativas; das sessões plenárias; da Mesa, das comissões e das CPIs, observada, sempre que possível, a proporcionalidade partidária; do processo legislativo ordinário; do processo legislativo especial (leis orçamentárias, emenda à Lei Orgânica, alteração do regimento interno); da fiscalização contábil, financeira e orçamentária e da prestação de contas do Prefeito; da sustação de atos normativos do Executivo; do julgamento das infrações político-administrativas (cassação); etc. Ressaltando que é possível o regimento se adequar às especificidades do Município naquilo que for de interesse preponderantemente local. IV - ALTERAÇÃO REGIMENTAL Em geral, segue a regra da aprovação e alteração da Lei Orgânica do Município, estabelecida no caput do art. 29 da Constituição Federal. O regimento interno será alterado através de Processo Legislativo Especial, que por sua natureza e importância exige procedimentos diferenciados e específicos. Alterações no Regimento Interno devem cumprir o mesmo processo legislativo especial observado na sua elaboração. É o próprio regimento que define as regras para sua alteração. Normalmente, o quórum de votação é 2/3 dos membros da Casa maioria qualificada. Para ser reformado ou alterado, o regimento interno dependerá de proposta da Mesa; de 1/3, no mínimo, dos Vereadores ou de Comissão Especial, por exemplo, mas são os legisladores que precisam definir essas regras. Quando a alteração regimental for de alguns artigos, a ementa deve ser: Altera, Suprime e Acrescenta artigos à Resolução nº XX, de XX de XXXX de XXXX, que Institui o Regimento Interno da Câmara Municipal de... Quando a alteração regimental for substancial, de diversos artigos, a ementa deve ser: Institui o Regimento Interno da Câmara Municipal de... e revoga a Resolução nº XX, de XX de XXXXXX de XXXX. O regimento interno obriga apenas os membros do Legislativo, no exercício da Vereança, não podendo dispor sobre direitos e obrigações de terceiros. V - NÚMERO DE VEREADORES O novo regramento introduzido na Constituição Federal pela Emenda nº 58, de 2009, tem por objetivo disciplinar o número de vereadores das Câmaras Municipais, em proporção às populações dos respectivos municípios. A Emenda nº 58 alterou a redação do inciso IV, do artigo 29 da Constituição Federal: Art. 29.O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios 14