LEI COMPLEMENTAR Nº 191, de 09 de dezembro de 2008. "ESTABELECE NORMAS PARA EXPEDIÇÃO DO ALVARÁ DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO NO MUNICÍPIO E ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI COMPLEMENTAR N 110/2003." O PREFEITO MUNICIPAL DE RIO DO SUL: Faço saber a todos os habitantes deste município, que a Câmara de Vereadores decretou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DO ALVARÁ Art. 1º - O Alvará de Licença para Localização e Funcionamento, é o documento único que autoriza a instalação e funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais, inclusive eventual ou ambulante, agropecuárias, agroindústrias, prestadores de serviços em geral, inclusive autônomos, empresas públicas, autarquias, órgãos públicos e ainda entidades, sociedades ou associações civis, desportivas, organizações não governamentais, religiosas ou decorrentes de profissão, arte ou ofício, com ou sem fins lucrativos, atividades econômicas e sociais, independentemente de seus objetivos, de sua finalidade e de sua natureza. 1º O Alvará de Licença para Localização e Funcionamento será expedido pela Secretaria Municipal da Fazenda, após efetuado o cadastramento e terá validade por prazo indeterminado, enquanto permanecerem inalteradas as condições que deram causa a sua concessão, conforme modelo definido em regulamento. 2º - O Alvará de Licença para Localização e Funcionamento será obrigatoriamente substituído quando houver qualquer alteração das características originais do estabelecimento autorizado a funcionar, devendo a modificação do alvará ser requerida, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data em que se verificar a alteração. Art. 2º - Além dos requisitos previstos nesta lei, a concessão ou alteração do Alvará ficará condicionada ao cumprimento dos critérios estabelecidos na legislação vigente a respeito da matéria.
1º - O funcionamento dos estabelecimentos previstos no caput deste artigo somente será permitido após a concessão do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento. 2º - Para efeito de fiscalização, o Alvará de Licença para Localização e Funcionamento deverá ser conservado no estabelecimento autorizado a funcionar e em lugar visível ao público. 3º No descumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, estará o infrator sujeito a aplicação de penalidades, conforme definido no Código Tributário Municipal. Art. 3º - O interessado em instalar qualquer empreendimento previsto no caput do artigo 1º ou alterar as informações cadastrais, deverá primeiramente enviar consulta de viabilidade através do programa denominado REGIN Registro Mercantil Integrado, disponível via internet no sitio desta Prefeitura, ou outro que venha a substituí-lo. 1º Após a aprovação da consulta de viabilidade pelos órgãos envolvidos, o requerente encaminhará as demais informações solicitadas no programa previsto no caput deste artigo. 2º O Alvará de Licença para Localização e Funcionamento será expedido após o cadastramento ou alteração do cadastro do requerente. 3º Poderá ser efetuado o cadastramento pré-operacional de estabelecimentos em fase de implantação e com obras em andamento. 4º Para os casos previstos no parágrafo anterior, não será emitido o Alvará de Licença para Localização e Funcionamento. 5º Somente será deferido o cadastramento pré-operacional para as empresas cujas obras em andamento estejam em conformidade com os requisitos da Lei Complementar nº 163/2006. 6º Após a conclusão das obras e liberação do Habite-se, poderá ser solicitado o cadastramento definitivo e concedido o Alvará de Licença para Localização e Funcionamento. 7º Poderá ainda ser deferido o cadastramento pré-operacional para os empreendimentos que não tenham obra em andamento, mas tenham consulta de viabilidade aprovada com a indicação de finalidade pré-operacional. CAPÍTULO II
DO ALVARÁ PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL Art. 4º As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte terão tratamento jurídico diferenciado e simplificado na concessão do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento em consonância com as disposições contidas na Lei Complementar Federal nº 123 de 14 de dezembro de 2006. 1º Será concedido Alvará de Licença para Localização e Funcionamento Provisório para os estabelecimentos previstos no caput deste artigo, desde que preencham cumulativamente as seguintes condições: I Com atividades consideradas de baixo risco, de acordo com regulamento; II Cujas atividades sejam permitidas na localização pretendida, de acordo com disposto no Plano Diretor. III cujas irregularidades apontadas na consulta de viabilidade sejam passíveis de resolução no prazo de 60 (sessenta) dias. 2º - O alvará previsto no caput deste artigo não se aplica no caso de atividades eventuais e de comércio ambulante. 3º A conversão do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento Provisório em Alvará de Licença para Localização e Funcionamento será condicionada à apresentação das licenças ou autorizações de funcionamento emitidas pelos órgãos e entidades competentes. 4º Caso os órgãos e entidades competentes não promovam as respectivas vistorias no prazo de vigência do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento Provisório, este se converterá, automaticamente, em definitivo. Art. 5º - O Alvará de Licença para Localização e Funcionamento Provisório, concedido nos termos deste Capítulo, será declarado nulo se: I - no estabelecimento for exercida atividade diversa daquela cadastrada; II - forem infringidas quaisquer disposições referentes aos controles de poluição, ou se o funcionamento do estabelecimento causar danos, prejuízos, incômodos, ou puser em risco por qualquer forma, a segurança, o sossego, a saúde e a integridade física da vizinhança ou da coletividade; III - ocorrer reincidência de infrações às posturas municipais. IV for expedido com inobservância dos preceitos legais e regulamentares; V - ficar comprovada a falsidade ou inexatidão de qualquer declaração ou documento. Art. 6º Será pessoalmente responsável pelos danos causados à empresa, ao município e/ou a terceiros os que, dolosamente, prestarem informações falsas ou sem a observância da legislação federal, estadual ou municipal pertinente. CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO Art. 7º - O poder de polícia administrativa do Município se caracteriza pela administração, controle, fiscalização, educação, organização e coordenação da atividade econômica e social, com vistas a proteger o meio ambiente, a saúde e segurança pública e a promoção do desenvolvimento integrado e sustentável do município. Art. 8º - O poder de polícia administrativo do município será exercido anualmente pelas seguintes secretarias: I - Secretaria Municipal da Fazenda; II - Secretaria Municipal de Planejamento; III - Secretaria Municipal da Saúde. Parágrafo único O regulamento definirá a forma como serão efetuadas as verificações de competência de cada Secretaria. Art. 9º - Cabe a Secretaria da Fazenda do Município: I - Manter a organização, controle, administração, fiscalização, concessão e cancelamento da Licença de Localização e Funcionamento de qualquer estabelecimento; II - Manter cadastro único centralizado e atualizado com todos os dados dos estabelecimentos contribuintes; III Aplicar e zelar pela aplicação da legislação tributária do município; IV - Aplicar e zelar pelo cumprimento das normas do plano diretor do município relativas as posturas municipais; V Aplicar e zelar pelo cumprimento das normas do plano diretor do município relativas as edificações. Art. 10 - Cabe a Secretaria Municipal de Planejamento: I O planejamento e administração das atividades econômicas e sociais segundo sua localização e regulamentação do Plano Diretor do Município; II - O controle, administração e fiscalização das atividades econômicas exercidas no município pelo contribuinte, segundo o tratamento da legislação ambiental. Art. 11 - Cabe a Secretaria Municipal da Saúde: I - O controle, administração e fiscalização das atividades econômicas visando o tratamento dispensado pelo contribuinte às normas de saúde pública; II - Aplicar e zelar pelo cumprimento das normas estabelecidas na legislação municipal de epidemiologia e de saúde pública. Art. 12 - Cabe a todas as secretarias municipais ligadas a esta lei:
I - Solicitar colaboração da Polícia Civil, Militar e Guarda Municipal em diligências e ocorrências que necessitem de ação isolada ou simultânea destes órgãos. II - Realizar fiscalizações, registrar e controlar as ocorrências relativas aos serviços específicos. III - Providenciar para que sejam tomadas as providências necessárias à regularização de anormalidades encontradas e informar a Secretaria da Fazenda do Município. IV - Elaborar programação mensal e anual dos serviços de fiscalização de sua Secretaria, que deverão ser cumpridos, e inserir as informações relativas as vistorias efetuadas no sistema de controle no Cadastro Mobiliário Municipal. V - Não permitir a execução, instalação, localização e funcionamento de quaisquer atividades que não estejam em conformidade com as legislações específicas, ou que possam resultar em prejuízo para a comunidade. Art. 13 Constatada por qualquer órgão de fiscalização definido no art. 5º desta Lei, divergências entre o cadastro constante na Secretaria Municipal da Fazenda e as informações constatadas no estabelecimento do contribuinte, deverá este providenciar as devidas alterações junto ao Cadastro Municipal, conforme definido no art. 3º desta Lei. 1º - A licença poderá ser cassada pela Prefeitura e o estabelecimento fechado imediatamente: I - se o licenciado usá-la para fins ilícitos ou para atos ofensivos à moral; II - se o licenciado se opuser, de qualquer modo, à fiscalização; III - por solicitação de autoridades, fundamentada em motivos justificados; IV - para reprimir especulações de atravessadores de gêneros de primeira necessidade. V - se no estabelecimento for exercida atividade diversa daquela cadastrada; VI se forem infringidas quaisquer disposições referentes aos controles de poluição, ou se o funcionamento do estabelecimento causar danos, prejuízos, incômodos, ou puser em risco, por qualquer forma, a segurança, o sossego, a saúde e a integridade física da vizinhança ou da coletividade; VII se ocorrer a prática de infrações às posturas municipais; VIII se for expedida com inobservância dos preceitos legais e regulamentares; IX se ficar comprovada a falsidade ou inexatidão de qualquer declaração ou documento. 2º - A aplicação da multa não isenta o contribuinte do encerramento imediato das atividades, até que seja concedido o respectivo Alvará de Licença para Localização e Funcionamento. 3º - A cada autuação por funcionamento sem o Alvará de Licença para Localização e Funcionamento, o valor da multa será aplicada em dobro. 4º - Ficam ressalvados do procedimento previsto no parágrafo anterior os
estabelecimentos que já tenham protocolado junto aos órgãos competentes, as informações para concessão do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento. 5º - Constatado pela administração municipal, no exercício de suas atividades de polícia administrativa, a existência de estabelecimento funcionando irregularmente sem o devido cadastro ou com o Alvará de Licença para Localização e Funcionamento diverso daquele para o qual foi liberado, deverá proceder aos lançamentos que lhe são afetos, e tomar as devidas providencias legais cabíveis, inclusive a prevista no parágrafo 1º do artigo 13 da presente lei. Art. 14 Altera o parágrafo 1º e o caput do parágrafo 6º e revoga os incisos do parágrafo 6º do artigo 412-A da Lei Complementar nº 110/2003, que passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 412-A - (...) 1º O Município de Rio do Sul concederá Alvará de Licença para Localização e Funcionamento Provisório à microempresas e empresas de pequeno porte, em início de atividades, com validade de 60 (sessenta) dias, exceto nos casos em que o grau de risco da atividade seja considerado alto. (...) 6º - Para a obtenção do alvará provisório de que trata o caput, a empresa deverá preencher os requisitos previstos na Lei Complementar que trata a respeito do Alvará de Licença para Localização e Funcionamento. I revogado II revogado III - revogado (...). Art. 15 - Esta Lei Complementar entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009. Art. 16 - Revogam-se as disposições em contrário. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL 09 de dezembro de 2008 JORGE TEIXEIRA Prefeito Municipal