Boletim. Trabalhismo. Manual de Procedimentos. Registro eletrônico de ponto e a utilização do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto (SREP)

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Boletim Manual de Procedimentos Trabalhismo Registro eletrônico de ponto e a utilização do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto (SREP) SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito do SREP 3. Marcações registradas fielmente - Obrigatoriedade 4. Definição de Registrador Eletrônico de Ponto (REP) 5. Requisitos do REP 6. Dados a serem gravados na MT 7. Operações a serem gravadas na MRP 8. REP - Funcionalidades 9. Registro da marcação do ponto gravado na MRP - Campos 10. AFD gerado pelo REP - Formato - Anexo I 11. REP - Requisitos 12. Comprovante de Registro de Ponto do Trabalhador - Definição 13. Programa de Tratamento de Registro de Ponto - Conceituação 14. Fabricante do REP - Cadastramento no MTE - Necessidade 15. Modelo do REP no MTE - Registro - Fabricante - Obrigações 16. Alteração no REP - Novo processo de registro - Consequência 17. Documentação técnica do circuito eletrônico - Disponibilidade ao MTE - Obrigatoriedade 18. Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade - Fabricante do equipamento REP - Fornecimento ao empregador comum 19. Programa de tratamento de registro de ponto eletrônico - Fabricante - Fornecimento de atestado ao consumidor 20. SREP - Utilização pelo empregador - Condição exigida 21. Empregador usuário do SREP - Cadastramento no MTE - Forma 22. REP - Disponibilidade no local da prestação de serviço 23. Programa de Tratamento de Dados do Registro de Ponto - Disponibilização dos arquivos gerados e relatórios emitidos - Obrigação do empregador O Registrador Eletrônico de Ponto (REP) é o equipamento de automação utilizado exclusivamente para o registro de jornada de trabalho e com capacidade para emitir documentos fiscais e realizar controles de natureza fiscal, referentes à entrada e à saída de empregados nos locais de trabalho 24. Análise de conformidade técnica dos equipamentos REP - Credenciamento de órgãos técnicos pelo MTE 25. Órgão técnico credenciado - Obrigações 26. Credenciamento do órgão técnico - Condições a que estará sujeito 27. Certificado de Conformidade do REP à Legislação - Emissão - Requisitos mínimos 28. Conclusão da análise - Desconformidade não constatada - Emissão do Certificado de Conformidade do REP à Legislação - Condição 29. Descumprimento de qualquer determinação ou especificação constante da Portaria MTE n o 1.510/2009 - Consequências 30. Adulteração de horários marcados pelo trabalhador ou a existência de dispositivos, programas ou subrotinas que permitam a adulteração dos reais dados do controle de jornada ou parametrizações e bloqueios na marcação - Consequências 31. Cadastros - Criação pelo MTE - Parâmetros - Definição pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) 32. Vigência - Prazo - Exceções - Condições 33. Anexos I e II da Portaria MTE n o 1.510/2009 - Reprodução 1. INTRODUÇÃO Nos termos do art. 74, caput e 2 o, combinado com o art. 913, caput, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-lei n o 5.452/1943, o controle de ponto ou frequência do empregado, com anotações da hora de entrada e de saída do trabalho, será obrigatório para os estabelecimentos com mais de 10 trabalhadores. As anotações serão efetuadas em registro manual, mecânico ou eletrônico, devendo haver pré-assinalação do período de repouso, conforme instruções, quadros, tabelas e modelos a serem expedidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para fiel cumprimento da CLT. Desta forma, o horário do trabalho constará de quadro organizado conforme modelo expedido pelo MTE e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discri- Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 CT 1

minativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma. Nos itens adiante, com base na Portaria MTE n o 1.510/2009, abordaremos as regras sobre o registro eletrônico de ponto e a utilização do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto (SREP), lembrando-se que a utilização obrigatória do Registrador Eletrônico de Ponto (REP) entrará em vigor após 12 meses contados da data de publicação da mencionada Portaria, conforme item 32 deste texto. 2. CONCEITO DO SREP O SREP é o conjunto de equipamentos e programas informatizados destinado à anotação por meio eletrônico da entrada e da saída dos trabalhadores das empresas, previsto no art. 74 da CLT. 3. MARCAÇÕES REGISTRADAS FIELMENTE - OBRIGATORIEDADE O SREP deve registrar fielmente as marcações efetuadas, não sendo permitida qualquer ação que desvirtue os fins legais a que se destina, tais como: a) restrições de horário à marcação do ponto; b) marcação automática do ponto, utilizando-se horários predeterminados ou o horário contratual; c) exigência, por parte do sistema, de autorização prévia para marcação de sobrejornada; e d) existência de qualquer dispositivo que permita a alteração dos dados registrados pelo empregado. 4. DEFINIÇÃO DE REGISTRADOR ELETRÔNICO DE PONTO (REP) O REP é o equipamento de automação utilizado exclusivamente para o registro de jornada de trabalho e com capacidade para emitir documentos fiscais e realizar controles de natureza fiscal, referentes à entrada e à saída de empregados nos locais de trabalho. Para a utilização de SREP é obrigatório o uso do REP no local da prestação do serviço, vedados outros meios de registro. 5. REQUISITOS DO REP O REP deverá apresentar os seguintes requisitos: a) relógio interno de tempo real com precisão mínima de 1 minuto por ano com capacidade de funcionamento ininterrupto por um período mínimo de 1.440 horas em caso de ausência de energia elétrica de alimentação; b) mostrador do relógio de tempo real contendo hora, minutos e segundos; c) dispor de mecanismo impressor em bobina de papel, integrado e de uso exclusivo do equipamento, que permita impressões com durabilidade mínima de 5 anos; d) meio de armazenamento permanente, denominado Memória de Registro de Ponto (MRP), onde os dados armazenados não possam ser apagados ou alterados, direta ou indiretamente; e) meio de armazenamento, denominado Memória de Trabalho (MT), onde ficarão armazenados os dados necessários à operação do REP; f) porta padrão USB externa, denominada Porta Fiscal, para pronta captura dos dados armazenados na MRP pelo Auditor-Fiscal do Trabalho; g) para a função de marcação de ponto, o REP não deverá depender de qualquer conexão com outro equipamento externo; e h) a marcação de ponto ficará interrompida quando for feita qualquer operação que exija a comunicação do REP com qualquer outro equipamento, seja para carga, seja para leitura de dados. 6. DADOS A SEREM GRAVADOS NA MT Os seguintes dados deverão ser gravados na MT: a) do empregador: a.1) tipo de identificador do empregador, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou Cadastro da Pessoa Física (CPF); a.2) identificador do empregador; a.3) Cadastro Específico do Instituto Nacional do Seguro Social (CEI), caso exista; a.4) razão social; e a.5) local da prestação do serviço; e b) dos empregados que utilizam o REP: b.1) nome, Programa de Integração Social (PIS) e demais dados necessários à identificação do empregado pelo equipamento. 2 CT Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 - Boletim IOB

7. OPERAÇÕES A SEREM GRAVADAS NA MRP As seguintes operações deverão ser gravadas de forma permanente na MRP: a) inclusão ou alteração das informações do empregador na MT, contendo os seguintes dados: a.1) data e hora da inclusão ou alteração; a.2) tipo de operação; a.3) tipo de identificador do empregador, CNPJ ou CPF; a.4) identificador do empregador; CEI, caso exista; a.5) razão social; e a.6) local da prestação do serviço; b) marcação de ponto, com os seguintes dados: número do PIS, data e hora da marcação; c) ajuste do relógio interno, contendo os seguintes dados: data antes do ajuste, hora antes do ajuste, data ajustada, hora ajustada; e d) inserção, alteração e exclusão de dados do empregado na MT, contendo: data e hora da operação, tipo de operação, número do PIS e nome do empregado. Cada registro gravado na MRP deve conter Número Sequencial de Registro (NSR) consistindo em numeração sequencial em incrementos unitários, iniciando-se em 1 na primeira operação do REP. 8. REP - FUNCIONALIDADES O REP deverá prover as seguintes funcionalidades: a) marcação de ponto, composta dos seguintes passos: a.1) receber diretamente a identificação do trabalhador, sem interposição de outro equipamento; a.2) obter a hora do Relógio de Tempo Real; a.3) registrar a marcação de ponto na MRP; e a.4) imprimir o comprovante do trabalhador; b) geração do Arquivo-Fonte de Dados (AFD), a partir dos dados armazenados na MRP; c) gravação do AFD em dispositivo externo de memória, por meio da Porta Fiscal; d) emissão da Relação Instantânea de Marcações com as marcações efetuadas nas 24 horas precedentes, contendo: d.1) cabeçalho com Identificador e razão social do empregador, local de prestação de serviço, número de fabricação do REP; d.2) NSR; d.3) número do PIS e nome do empregado; e d.4) horário da marcação. 9. REGISTRO DA MARCAÇÃO DO PONTO GRAVADO NA MRP - CAMPOS O registro da marcação de ponto gravado na MRP consistirá nos seguintes campos: a) NSR; b) PIS do trabalhador; c) data da marcação; e d) horário da marcação, composto de hora e minutos. 10. AFD GERADO PELO REP - FORMATO - ANEXO I O AFD será gerado pelo REP e conterá todos os dados armazenados na MRP, segundo formato descrito no Anexo I (veja transcrição deste Anexo no item 33 deste texto). 11. REP - REQUISITOS O REP deverá atender aos seguintes requisitos: a) não permitir alterações ou apagamento dos dados armazenados na MRP; b) ser inviolável de forma a atender aos requisitos do item 3 deste texto; c) não possuir funcionalidades que permitam restringir as marcações de ponto; d) não possuir funcionalidades que permitam registros automáticos de ponto; e e) possuir identificação do REP gravada de forma indelével na sua estrutura externa, contendo CNPJ e nome do fabricante, marca, modelo e número de fabricação do REP. 11.1 Número de fabricação do REP - Conceito O número de fabricação do REP é o número exclusivo de cada equipamento e consistirá na junção sequencial do número de cadastro do fabricante no Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 CT 3

MTE, do número de registro do modelo no MTE e do número de série único do equipamento. 12. COMPROVANTE DE REGISTRO DE PONTO DO TRABALHADOR - DEFINIÇÃO O Comprovante de Registro de Ponto do Trabalhador é um documento impresso para o empregado acompanhar, a cada marcação, o controle de sua jornada de trabalho, contendo as seguintes informações: a) cabeçalho contendo o título Comprovante de Registro de Ponto do Trabalhador ; b) identificação do empregador contendo nome, CNPJ/CPF e CEI, caso exista; c) local da prestação do serviço; d) número de fabricação do REP; e) identificação do trabalhador contendo nome e número do PIS; f) data e horário do respectivo registro; e g) NSR. 12.1 Impressão - Forma A impressão deverá ser feita em cor contrastante com o papel, em caracteres legíveis com a densidade horizontal mínima de 8 caracteres por centímetro, e o caractere não poderá ter altura inferior a 3 milímetros. 12.2 Emissão obrigatória do Comprovante de Registro de Ponto do Trabalhador - Meios a serem disponibilizados O empregador deverá disponibilizar meios para a emissão obrigatória do Comprovante de Registro de Ponto do Trabalhador no momento de qualquer marcação de ponto. 13. PROGRAMA DE TRATAMENTO DE REGISTRO DE PONTO - CONCEITUAÇÃO O Programa de Tratamento de Registro de Ponto é o conjunto de rotinas informatizadas que tem por função tratar os dados relativos à marcação dos horários de entrada e de saída, originários exclusivamente do AFD, gerando o relatório Espelho de Ponto Eletrônico, de acordo com o Anexo II (veja transcrição deste anexo no item 33 deste texto), o Arquivo-Fonte de Dados Tratados (AFDT) e o Arquivo de Controle de Jornada para Efeitos Fiscais (ACJEF), de acordo com o Anexo I (veja transcrição deste anexo no item 33 deste texto). 13.1 Função de tratamento dos dados - Limite A função de tratamento dos dados se limitará a acrescentar informações para complementar eventuais omissões no registro de ponto ou indicar marcações indevidas. 14. FABRICANTE DO REP - CADASTRAMENTO NO MTE - NECESSIDADE O fabricante do REP deverá se cadastrar junto ao MTE e solicitar o registro de cada um dos modelos de REP que produzir. 15. MODELO DO REP NO MTE - REGISTRO - FABRICANTE - OBRIGAÇÕES Para o registro do modelo do REP no MTE, o fabricante deverá apresentar Certificado de Conformidade do REP à Legislação emitido por órgão técnico credenciado e Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade previsto no item 18 deste texto. 16. ALTERAÇÃO NO REP - NOVO PROCESSO DE REGISTRO - CONSEQUÊNCIA Qualquer alteração no REP certificado, inclusive nos programas residentes, ensejará novo processo de certificação e registro. 17. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA DO CIRCUITO ELETRÔNICO - DISPONIBILIDADE AO MTE - OBRIGATORIEDADE Toda a documentação técnica do circuito eletrônico, bem como os arquivos-fontes dos programas residentes no equipamento, deverá estar à disposição do MTE, Ministério Público do Trabalho e Justiça do Trabalho, quando solicitado. 18. ATESTADO TÉCNICO E TERMO DE RESPONSABILIDADE - FABRICANTE DO EQUIPAMENTO REP - FORNECIMENTO AO EMPREGADOR COMUM O fabricante do equipamento REP deverá fornecer ao empregador usuário um documento denominado Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade assinado pelo responsável técnico e pelo responsável legal pela empresa, afirmando expressamente que o equipamento e os programas nele embutidos atendem às determinações da Portaria MTE n o 1.510/2009, objeto deste texto, especialmente que: a) não possuem mecanismos que permitam alterações dos dados de marcações de ponto armazenados no equipamento; b) não possuem mecanismos que restrinjam a marcação do ponto em qualquer horário; c) não possuem mecanismos que permitam o bloqueio à marcação de ponto; e d) possuem dispositivos de segurança para impedir o acesso ao equipamento por terceiros. 4 CT Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 - Boletim IOB

18.1 Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade - Menção que deve constar No Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade, deverá constar que os declarantes estão cientes das consequências legais, cíveis e criminais, quanto à falsa declaração, ao falso atestado e à falsidade ideológica. 18.2 Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade - Apresentação à Inspeção do Trabalho pelo empregador O empregador deverá apresentar o atestado à Inspeção do Trabalho, quando solicitado. 19. PROGRAMA DE TRATAMENTO DE REGISTRO DE PONTO ELETRÔNICO - FABRICANTE - FORNECIMENTO DE ATESTADO AO CONSUMIDOR O fabricante do programa de tratamento de registro de ponto eletrônico deverá fornecer ao consumidor do seu programa um documento denominado Atestado Técnico e Termo de Responsabilidade assinado pelo responsável técnico pelo programa e pelo responsável legal pela empresa, afirmando expressamente que seu programa atende às determinações da Portaria MTE n o 1.510/2009, objeto deste texto, especialmente que não permita: a) alterações no AFD; e b) divergências entre o AFD e os demais arquivos e relatórios gerados pelo programa. 19.1 Declaração - Menção que deve constar Na declaração, deverá constar, ao seu término, que os declarantes estão cientes das consequências legais, cíveis e criminais, quanto à falsa declaração, ao falso atestado e à falsidade ideológica. 19.2 Documento disponível à Inspeção do Trabalho O documento deverá ficar disponível para pronta apresentação à Inspeção do Trabalho. 20. SREP - UTILIZAÇÃO PELO EMPREGADOR - CONDIÇÃO EXIGIDA O empregador só poderá utilizar o SREP se possuir os atestados emitidos pelos fabricantes dos equipamentos e programas utilizados, nos termos dos itens 18, 19 e 27 deste texto. 21. EMPREGADOR USUÁRIO DO SREP - CADASTRAMENTO NO MTE - FORMA O empregador usuário do SREP deverá se cadastrar no MTE via Internet informando seus dados, equipamentos e softwares utilizados. 22. REP - DISPONIBILIDADE NO LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO O REP deve sempre estar disponível no local da prestação do trabalho para pronta extração e impressão de dados pelo Auditor-Fiscal do Trabalho. 23. PROGRAMA DE TRATAMENTO DE DADOS DO REGISTRO DE PONTO - DISPONIBILIZAÇÃO DOS ARQUIVOS GERADOS E RELATÓRIOS EMITIDOS - OBRIGAÇÃO DO EMPREGADOR O empregador deverá disponibilizar prontamente os arquivos gerados e os relatórios emitidos pelo Programa de Tratamento de Dados do Registro de Ponto aos Auditores-Fiscais do Trabalho. 24. ANÁLISE DE CONFORMIDADE TÉCNICA DOS EQUIPAMENTOS REP - CREDENCIAMENTO DE ÓRGÃOS TÉCNICOS PELO MTE O MTE credenciará órgãos técnicos para a realização da análise de conformidade técnica dos equipamentos REP à legislação. 24.1 Credenciamento - Habilitação - Condições Para se habilitar ao credenciamento, o órgão técnico pretendente deverá realizar pesquisa ou desenvolvimento e atuar nas áreas de engenharia eletrônica ou de tecnologia da informação e atender a uma das seguintes condições: a) ser entidade da administração pública direta ou indireta; e b) ser entidade de ensino, pública ou privada, sem fins lucrativos. 24.2 Requerimento do credenciamento no MTE - Documentação a ser apresentada O órgão técnico interessado deverá requerer seu credenciamento ao MTE mediante apresentação de: a) documentação comprobatória dos requisitos estabelecidos no subitem 24.1 deste texto; b) descrição detalhada dos procedimentos que serão empregados na análise de conformidade de REP, observando os requisitos estabelecidos pelo MTE; c) cópia reprográfica de termo de confidencialidade celebrado entre o órgão técnico pretendente ao credenciamento e os técnicos envolvidos com a análise; e Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 CT 5

d) indicação do responsável técnico e do responsável pelo órgão técnico. 25. ÓRGÃO TÉCNICO CREDENCIADO - OBRIGAÇÕES O órgão técnico credenciado: a) deverá apresentar cópia reprográfica do termo de confidencialidade de que trata a letra c do subitem 24.2 deste texto, sempre que um novo técnico estiver envolvido com o processo de análise de conformidade técnica do REP; b) não poderá utilizar os serviços de pessoa que mantenha ou tenha mantido vínculo nos últimos 2 anos com qualquer fabricante de REP ou com o MTE; e c) deverá participar, quando convocado pelo MTE, da elaboração de especificações técnicas para estabelecimento de requisitos para desenvolvimento e fabricação de REP, sem ônus para o MTE. 26. CREDENCIAMENTO DO ÓRGÃO TÉCNICO - CONDIÇÕES A QUE ESTARÁ SUJEITO O credenciamento do órgão técnico poderá ser: a) cancelado a pedido do órgão técnico; b) suspenso pelo MTE por prazo não superior a 90 dias; e c) cassado pelo MTE. 27. CERTIFICADO DE CONFORMIDADE DO REP À LEGISLAÇÃO - EMISSÃO - REQUISITOS MÍNIMOS O Certificado de Conformidade do REP à Legislação será emitido pelo órgão técnico credenciado, contendo, no mínimo, as seguintes informações: a) declaração de conformidade do REP à legislação aplicada; b) identificação do fabricante do REP; c) identificação da marca e do modelo do REP; d) especificação dos dispositivos de armazenamento de dados utilizados; e) descrição dos sistemas que garantam a inviolabilidade do equipamento e a integridade dos dados armazenados; f) data do protocolo do pedido no órgão técnico; g) número sequencial do Certificado de Conformidade do REP à Legislação no órgão técnico certificador; h) identificação do órgão técnico e assinatura do responsável técnico e do responsável pelo órgão técnico, conforme a letra d do subitem 24.2 deste texto; e i) documentação fotográfica do equipamento certificado. 28. CONCLUSÃO DA ANÁLISE - DESCONFORMIDADE NÃO CONSTATADA - EMISSÃO DO CERTIFICADO DE CONFORMIDADE DO REP À LEGISLAÇÃO - CONDIÇÃO Concluída a análise, e não sendo constatada desconformidade, o órgão técnico credenciado emitirá Certificado de Conformidade do REP à Legislação, nos termos do disposto no item 27 deste texto. 29. DESCUMPRIMENTO DE QUALQUER DETERMINAÇÃO OU ESPECIFICAÇÃO CONSTANTE DA PORTARIA MTE N o 1.510/2009 - CONSEQUÊNCIAS O descumprimento de qualquer determinação ou especificação constante da Portaria MTE n o 1.510/2009, objeto deste texto, descaracteriza o controle eletrônico de jornada, pois este não se prestará às finalidades que a lei lhe destina, o que ensejará a lavratura de auto de infração com base no art. 74, 2 o, da CLT, pelo Auditor-Fiscal do Trabalho. Nota O 2 o do art. 74 da CLT dispõe: Art. 74 - O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.... 2 o - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso.... 30. ADULTERAÇÃO DE HORÁRIOS MARCADOS PELO TRABALHADOR OU A EXISTÊNCIA DE DISPOSITIVOS, PROGRAMAS OU SUB-ROTINAS QUE PERMITAM A ADULTERAÇÃO DOS REAIS DADOS DO CONTROLE DE JORNADA OU PARAMETRIZAÇÕES E BLOQUEIOS NA MARCAÇÃO - CONSEQUÊNCIAS Comprovada a adulteração de horários marcados pelo trabalhador ou a existência de dispositivos, pro- 6 CT Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 - Boletim IOB

gramas ou sub-rotinas que permitam a adulteração dos reais dados do controle de jornada ou parametrizações e bloqueios na marcação, o Auditor-Fiscal do Trabalho deverá apreender documentos e equipamentos e copiar programas e dados que julgar necessários para comprovação do ilícito. 30.1 Auditor-Fiscal do Trabalho - Elaboração de relatório circunstanciado O Auditor-Fiscal do Trabalho deverá elaborar relatório circunstanciado, contendo cópia dos autos de infração lavrados e da documentação apreendida. 30.2 Chefia da fiscalização - Envio de relatório ao Ministério Público do Trabalho A chefia da fiscalização enviará o relatório ao Ministério Público do Trabalho e a outros órgãos que julgar pertinentes. 31. CADASTROS - CRIAÇÃO PELO MTE - PARÂMETROS - DEFINIÇÃO PELA SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO (SIT) O MTE criará os cadastros previstos na Portaria MTE n o 1.510/2009, com parâmetros definidos pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT). 32. VIGÊNCIA - PRAZO - EXCEÇÕES - CONDIÇÕES A Portaria MTE n o 1.510/2009 entrou em vigor na data de sua publicação (DOU de 25.08.2009), exceto quanto à utilização obrigatória do REP, que entrará em vigor após 12 meses contados da data de sua publicação. Enquanto não for adotado o REP, o Programa de Tratamento de Registro de Ponto poderá receber dados em formato diferente do especificado no Anexo I (veja transcrição deste anexo no item 33 deste texto) para o AFD, mantendo-se a integridade dos dados originais. 33. ANEXOS I E II DA PORTARIA MTE N o 1.510/2009 - REPRODUÇÃO Leiaut e dos arquivos 1. Arquivo-Fonte de Dados - AFD Este arquivo é composto dos seguintes tipos de registro: ANEXO I 1.1. Registro tipo 1 Cabeçalho 1 001-009 9 numérico 000000000. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 1. 3 011-011 1 numérico Tipo de identificador do empregador, 1 para CNPJ ou 2 para CPF. 4 012-025 14 numérico CNPJ ou CPF do empregador. 5 026-037 12 numérico CEI do empregador, quando existir. 6 038-187 150 alfanumérico Razão social ou nome do empregador. 7 188-204 17 numérico Número de fabricação do REP. 8 205-212 8 numérico Data inicial dos registros no arquivo, no formato ddmmaaaa. 9 213-220 8 numérico Data final dos registros no arquivo, no for-mato ddmmaaaa. 10 221-228 8 numérico Data de geração do arquivo, no formato ddmmaaaa. 11 229-232 4 numérico Horário da geração do arquivo, no formato hhmm. 1.2. Registro de inclusão ou alteração da identificação da empresa no REP 1 001-009 9 numérico NSR. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 2. 3 011-018 8 numérico Data da gravação, no formata ddmmaaaa. 4 019-022 4 numérico Horário da gravação, no formato hhmm 5 023-023 1 numérico Tipo de identificador do empregador, 1 para CNPJ ou 2 para CPF. 6 024-037 14 numérico CNPJ ou CPF do empregador. continua Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 CT 7

continuação 7 038-049 12 numérico CEI do empregador, quando existir. 8 050-199 150 alfanumérico Razão social ou nome do empregador. 9 200-299 100 alfanumérico Local de prestação de serviços. 1.3. Registro de marcação de ponto 1 001-009 9 numérico NSR. 2 010-010 1 alfanumérico tipo do registro, 3. 4 011-018 8 numérico Data da marcação de ponto, no formato ddmmaaaa. 5 019-022 4 alfanumérico Horário da marcação de ponto, no Formato hhmm. 6 023-034 12 numérico Número do PIS do empregado. 1.4. Registro de ajuste do relógio de tempo real do REP 1 001-009 9 numérico NSR. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 4. 4 011-018 8 numérico Data antes do ajuste, no formato ddmmaaaa. 5 019-022 4 numérico Horário antes do ajuste, no formato hhmm. 6 023-030 8 numérico Data ajustada, no formato ddmmaaaa. 7 031-034 4 numérico Horário ajustado, no formato hhmm. 1.5. Registro de inclusão ou alteração ou exclusão de empregado da MT do REP 1 001-009 9 numérico NSR. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 5. 4 011-018 8 numérico Data da gravação do registro, no formato ddmmaaaa. 5 019-022 4 numérico Horário da gravação do registro, no formato hhmm. 6 023-023 1 alfanumérico 7 024-035 12 numérico Número do PIS do empregado. 8 036-087 52 alfanumérico Nome do empregado. Tipo de operação, I para inclusão, A para alteração e E para exclusão. 1.6. Trailer 1 001-009 9 numérico 999999999. 2 010-018 9 numérico Quantidade de registros tipo 2 no arquivo 3 019-027 9 numérico Quantidade de registros tipo 3 no arquivo 4 028-036 9 numérico Quantidade de registros tipo 4 no arquivo 5 037-045 9 numérico Quantidade de registros tipo 5 no arquivo 6 046-046 1 numérico Tipo do registro, 9. 8 CT Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 - Boletim IOB

2. Arquivo-Fonte de Dados Tratados - AFDT Este arquivo é composto dos seguintes tipos de registro: 2.1. Registro tipo 1 - Cabeçalho 1 001-009 9 numérico Sequencial do registro no arquivo. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 1. 3 011-011 1 numérico Tipo de identificador do empregador, 1 para CNPJ ou 2 para CPF. 4 012-025 14 numérico CNPJ ou CPF do empregador. 5 026-037 12 numérico CEI do empregador, quando existir. 6 038-187 150 alfanumérico Razão social ou nome do empregador. 7 188-195 8 numérico Data inicial dos registros no arquivo, no formato ddmmaaaa. 8 196-203 8 numérico Data final dos registros no arquivo, no for-mato ddmmaaaa. 9 204-211 8 numérico Data de geração do arquivo, no formato ddmmaaaa. 10 212-215 4 numérico Horário da geração do arquivo, no formato hhmm. 2.2. Registros do tipo DETALHE: 1 001-009 9 numérico Sequencial do registro no arquivo. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 2. 3 011-018 8 numérico Data da marcação do ponto, no formato ddmmaaaa. 4 019-022 4 numérico Horário da marcação do ponto, no formato hhmm. 5 023-034 12 numérico Número do PIS do empregado. 6 035-051 17 numérico Número de fabricação do REP onde foi feito o registro. 7 052-052 1 Tipo de marcação, E para ENTRADA, S para SAÍDA ou D para registro alfanumérico a ser DESCONSIDERADO. 8 053-054 2 numérico Número sequencial por empregado e jornada para o conjunto Entrada/ Saída. Vide observação. 9 055-055 1 Tipo de registro: O para registro eletrônico ORIGINAL, I para registro alfanumérico INCLUÍDO por digitação, P para intervalo PRÉ-ASSINALADO. 10 056-155 100 Motivo: Campo a ser preenchido se o campo 7 for D ou se o campo 9 alfanumérico for I. a. Todos os registros de marcação (tipo 3 ) contidos em AFD devem estar em AFD T. b. Se uma marcação for feita incorretamente de forma que deva ser desconsiderada, esse registro deverá ter o campo 7 assinalado com D e o campo 10 deve ser preenchido com o motivo. c. Se alguma marcação deixar de ser realizada, o registro incluído deverá ter o campo 9 assinalado com I, neste caso também deverá ser preenchido o campo 10 com o motivo; d. A todo registro com o campo 7 assinalado com E para um determinado empregado e jornada deve existir obrigatoriamente outro registro assinalado com S, do mesmo empregado e na mesma jornada, contendo ambos o mesmo número sequencial de tipo de marcação no campo 8. e. Para cada par de registros Entrada/Saída (E/S) de cada empregado em uma jornada deve ser atribuído um número sequencial, no campo 8, de forma que se tenha nos campos 7 e 8 desses registros os conteúdos E1 / S1, E2 / S2, E3 / S3 e assim sucessivamente até o último par E / S da jornada. f. O arquivo gerado deve conter todos os registros referentes às jornadas que se iniciam na data inicial e que se completem até a data final, respectivamente campos 7 e 8 do registro tipo 1, cabeçalho. 2.3. Trailer 1 001-009 9 numérico Sequencial do registro no arquivo. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 9. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 CT 9

3. Arquivo de Controle de Jornada para Efeitos Fiscais- ACJEF Este arquivo é composto dos seguintes tipos de registro: 3.1. Registro tipo 1 - Cabeçalho 1 001-009 9 numérico Sequencial do registro no arquivo. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 1. 3 011-011 1 numérico Tipo de identificador do empregador, 1 para CNPJ ou 2 para CPF. 4 012-025 14 numérico CNPJ ou CPF do empregador. 5 026-037 12 numérico CEI do empregador, quando existir. 6 038-187 150 alfanumérico Razão social ou nome do empregador. 7 188-195 8 numérico Data inicial dos registros no arquivo, no formato ddmmaaaa. 8 196-203 8 numérico Data final dos registros no arquivo, no formato ddmmaaaa. 8 204-211 8 numérico Data de geração do arquivo, no formato ddmmaaaa. 9 212-215 4 numérico Horário da geração do arquivo, no formato hhmm. 3.2. Horários Contratuais 1 001-009 9 numérico Sequencial do registro no arquivo. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 2. 3 011-014 4 numérico Código do Horário (CH), no formato nnnn. 4 015-018 4 numérico Entrada, no formato hhmm. 5 019-022 4 numérico Início intervalo, no formato hhmm. 6 023-026 4 numérico Fim intervalo, no formato hhmm. 7 027-030 4 numérico Saída, no formato hhmm. a. Nestes registros estarão listados todos os horários contratuais praticados pelos empregados. Cada horário será único e identificado por um código numérico iniciando por 0001, campo 3. 3.3.Detalhe 1 001-009 9 numérico Sequencial do registro no arquivo. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 3. 3 011-022 12 numérico Número do PIS do empregado. 4 023-030 8 numérico Data de início da jornada, no formato ddmmaaaa. 5 031-034 4 numérico Primeiro horário de entrada da jornada, no formato hhmm. 6 035-038 4 numérico Código do horário (CH) previsto para a jornada, no formato nnnn. 7 039-042 4 numérico Horas diurnas não extraordinárias, no formato hhmm. 8 043-046 4 numérico Horas noturnas não extraordinárias, no formato hhmm. 9 047-050 4 numérico Horas extras 1, no formato hhmm. 10 051-054 4 numérico Percentual do adicional de horas extras 1,onde as 2 primeiras posições indicam a parte inteira e as 2 seguintes a fração decimal. 11 055-055 1 Modalidade da hora extra 1, assinalado com D se as horas extras forem alfanumérico diurnas e N se forem noturnas. 12 056-059 4 numérico Horas extras 2, no formato hhmm. 13 060-063 4 numérico Percentual do adicional de horas extras 2,onde as 2 primeiras posições indicam a parte inteira e as 2 seguintes a fração decimal. 14 064-064 1 Modalidade da hora extra 2, assinalado com D se as horas extras forem alfanumérico diurnas e N se forem noturnas. 15 065-068 4 numérico Horas extras 3, no formato hhmm. 16 069-072 4 numérico Percentual do adicional de horas extras 3,onde as 2 primeiras posições indicam a parte inteira e as 2 seguintes a fração decimal. continua 10 CT Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 - Boletim IOB

continuação 17 073-073 1 Modalidade da hora extra 3, assinalado com D se as horas extras forem alfanumérico diurnas e N se forem noturnas. 18 074-077 4 numérico Horas extras 4, no formato hhmm. 19 078-081 4 numérico Percentual do adicional de horas extras 4 onde as 2 primeiras posições indicam a parte inteira e as 2 seguintes a fração decimal. 20 082-082 1 Modalidade da hora extra 4, assinalado com D se as horas extras forem alfanumérico diurnas e N se forem noturnas. 21 083-086 4 numérico Horas de faltas e/ou atrasos. 22 087-087 1 numérico Sinal de horas para compensar. 1 se for horas a maior e 2 se for horas a menor. 23 088-091 4 numérico Saldo de horas para compensar no formato hhnn. a. Cada registro se refere a uma jornada completa. b. Existem 4 conjuntos de campos HORAS EXTRAS/PERCENTUAL DO ADICIONAL/MODALIDADE DA HORA EXTRA para serem utilizados nas situações em que haja previsão em acordo/convenção de percentuais diferentes para uma mesma prorrogação (exemplo: até as 20:00 adicional de 50%, a partir das 20:00 adicional de 80%). c. Caso existam horas extras efetuadas, parte na modalidade diurna e parte na modalidade noturna, cada período deve ser assinalado separadamente. d. No campo 23, Saldo de horas para compensar, a quantidade de horas noturnas deve ser assinalada com a redução prevista no 1 o do art. 73 da CLT. 3.4. Trailer 1 001-009 9 numérico Sequencial do registro no arquivo. 2 010-010 1 numérico Tipo do registro, 9. - Modelo do relatório Espelho de Ponto ANEXO II Relatório Espelho de Ponto Eletrônico Empregador: (identificador e nome) Endereço: (endereço do local de prestação de serviço) Empregado: (número do PIS e nome) Admissão: (data de admissão do empregado) Relatório emitido em: (data de emissão do relatório) Horários contratuais do empregado: Código de Horário (CH) Entrada Saída Entrada Saída nnnnn hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm nnnnn hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm nnnnn hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm............................................. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 CT 11

Dia Período: (data inicial e data final de apuração da folha de pagamento) Marcações registradas no ponto eletrônico Tratamentos efetuados Jornada realizada CH sobre os dados originais Entrada Saída Entrada Saída Entrada Saída Horário Ocor. Motivo dd hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm nnnnn hh:mm I/D/P dd hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm nnnnn hh:mm I/D/P hh:mm I/D/P????????? dd hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm nnnnn hh:mm I/D/P dd hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm nnnnn hh:mm I/D/P dd hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm nnnnn hh:mm I/D/P dd hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm nnnnn hh:mm I/D/P dd hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm nnnnn hh:mm I/D/P dd hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm hh:mm nnnnn hh:mm I/D/P............................................................................................................ a. Preencher a coluna Dia com a data em que foram marcados os horários. b. Preencher a coluna Marcações registradas no ponto eletrônico com todos os horários existentes no arquivo original na linha relativa à data em que foi efetuada a marcação. c. Na coluna Jornada Realizada, preencher com os horários tratados (originais, incluídos ou pré-assinalados), observando sempre o par Entrada/Saída. Quando uma jornada de trabalho iniciar em um dia e terminar no dia seguinte, utilizar duas linhas para a mesma jornada. Para a entrada da jornada seguinte, utilizar outra linha, mesmo que ocorra na mesma data. Neste caso a data será repetida. d. Preencher a coluna CH com o código do horário contratual. e. Na coluna Tratamentos efetuados sobre os dados originais, preencher o campo Horário com o horário tratado e o campo Ocor. (ocorrência) com D quando o horário for desconsiderado, I quando o horário for incluído e P quando houver a pré-assinalação do período de repouso. O campo Motivo deve ser preenchido com um texto que expresse a motivação da inclusão ou desconsideração de cada horário marcado com ocorrência I ou D. Não preencher o campo Motivo quando o campo Ocorrência for preenchido com P. (Portaria MTE n o 1.510, de 21.08.2009 - DOU 1 de 25.08.2009) IOB Setorial CONSTRUÇÃO CIVIL Regularização de obra executada sem a utilização de mão de obra remunerada 1. INTRODUÇÃO A Instrução Normativa SRP n o 3/2005, em vigor desde 1 o.08.2005, dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação das contribuições sociais administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), incluindo as normas aplicáveis à atividade de construção civil pessoa física e jurídica, considerando, entre outras, as disposições constantes da referida Instrução Normativa e suas respectivas alterações. 2. CONCEITO Considera-se obra de construção civil a construção, demolição, reforma, ampliação de edificação ou qualquer outra benfeitoria agregada ao solo ou ao sub- 12 CT Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 - Boletim IOB

solo, conforme discriminação na Instrução Normativa SRP n o 3/2005, Anexo XIII, substituído pelo Anexo I da Instrução Normativa RFB n o 829/2008. 3. RESPONSÁVEIS POR OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL São responsáveis pelas obrigações previdenciárias decorrentes de execução de obra de construção civil o proprietário do imóvel, o dono da obra, o incorporador, o condômino da unidade imobiliária não incorporada na forma da Lei n o 4.591/1964 e a empresa construtora, observado, quanto às obrigações previdenciárias decorrentes de solidariedade, o disposto na Instrução Normativa SRP n o 3/2005, art. 178, 2 o, inciso IV. Nota O art. 178, 2 o, inciso IV, da Instrução Normativa SRP n o 3/2005 dispõe: Art. 178. São solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação previdenciária principal e as expressamente designadas por lei como tal.... 2 o Excluem-se da responsabilidade solidária:... IV - a partir de 21 de novembro 1986, as contribuições sociais previdenciárias decorrentes da contratação, qualquer que seja a forma, de execução de obra de construção civil, reforma ou acréscimo, efetuadas por órgão público da administração direta, por autarquia e por fundação de direito público. (Inciso acrescentado pela Instrução Normativa SRP n o 20, de 11.01.2007, DOU 16.01.2007)... A pessoa física, dona da obra ou executora da obra de construção civil, é responsável pelo pagamento de contribuições em relação à remuneração paga, devida ou creditada aos segurados que lhe prestam serviços na obra, na mesma forma e prazos aplicados às empresas em geral. 4. OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL O responsável por obra de construção civil, em relação à mão de obra diretamente por ele contratada, está obrigado ao cumprimento das obrigações acessórias previstas na Instrução Normativa SRP n o 3/2005, art. 60, no que couber. O responsável por obra de construção civil está obrigado a recolher as contribuições arrecadadas dos segurados e as contribuições a seu cargo, incidentes sobre a remuneração dos segurados utilizados na obra e por ele diretamente contratados, de forma individualizada por obra e, se for o caso, a contribuição social previdenciária incidente sobre o valor pago à cooperativa de trabalho em documento de arrecadação identificado com o número da matrícula no Cadastro Específico do INSS (CEI). Se a obra for executada exclusivamente mediante contratos de empreitada parcial e subempreitada, o responsável pela obra deverá emitir uma Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) identificada com a matrícula CEI, com a informação de ausência de fato gerador (GFIP sem movimento), conforme disposto no Manual da GFIP. Nota O Manual da GFIP/Sefip para usuários do Sefip 8, versão 8.4, foi aprovado pela Instrução Normativa SRP n o 11/2006, com as alterações promovidas pela Instrução Normativa RFB n o 880/2008, Circular Caixa n o 395/2006, Circular Caixa n o 451/2008 e Comunicado Caixa s/n o publicado no DOU 3 de 17.10.2008. Sendo o responsável uma pessoa jurídica, o recolhimento das contribuições incidentes sobre a remuneração dos segurados do setor administrativo deverá ser feito em documento de arrecadação identificado com o número do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do estabelecimento em que estes segurados exercem sua atividade. 5. CONSTRUÇÃO SEM MÃO DE OBRA REMUNERADA Nenhuma contribuição social é devida em relação à obra de construção civil que atenda às seguintes condições: a) o proprietário do imóvel ou dono da obra seja pessoa física, não possua outro imóvel, e a construção seja: a.1) residencial e unifamiliar; a.2) com área total não superior a 70 m 2 ; a.3) destinada a uso próprio; a.4) do tipo econômico ou popular; a.5) executada sem mão de obra remunerada; b) a obra tenha sido realizada por intermédio de trabalho voluntário, não remunerado, prestado por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada sem fins lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade, nos termos da Lei n o 9.608/1998; c) a obra se destine a edificação de conjunto habitacional popular (com área de uso privativo não superior a 70 m 2 por unidade habitacional) e não seja utilizada mão de obra remunerada, observado que o acompanhamento e a supervisão da execução do conjunto habitacional por parte de profissionais especializados, na qualidade de engenheiro, arquiteto, assistente social ou mestre de obras, mesmo que remunerado, não Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 CT 13

descaracterizam a sua forma de execução, cabendo apenas a comprovação do recolhimento das contribuições para a Previdência Social e das destinadas a outras entidades e fundos, incidentes sobre a remuneração dos referidos profissionais; d) seja executada por entidade beneficente ou religiosa, destinada a uso próprio, realizada por intermédio de trabalho voluntário não remunerado, observada a regularização com base em escrituração contábil formalizada. Caso haja o descumprimento de qualquer das condições previstas nas letras a a c deste item, tornamse exigíveis as contribuições relativas à remuneração da mão de obra empregada, de acordo com os critérios estabelecidos pela RFB, sem prejuízo das cominações legais cabíveis. Nota As disposições anteriormente mencionadas não se aplicam aos incorporadores. A regularização de obra executada sem a utilização de mão de obra remunerada, na forma das letras b, c e d deste item, deverá ser feita de acordo com a escrituração contábil formalizada. Para a regularização das obras executadas sem a utilização de mão de obra remunerada, o interessado deverá apresentar os documentos a seguir relacionados, conforme o caso: a) Declaração e Informação sobre a Obra (Diso), preenchida e assinada pelo responsável pela obra ou pelo representante legal da empresa; b) alvará de concessão de licença para construção ou projeto aprovado pela prefeitura municipal, este quando exigido pela prefeitura ou, na hipótese de obra contratada com a administração pública, não sujeita à fiscalização municipal, o contrato e a ordem de serviço ou a autorização para o início de execução da obra; c) habite-se, certidão da prefeitura municipal ou projeto aprovado ou, na hipótese de obra contratada com a administração pública, termo de recebimento da obra ou outro documento oficial expedido por órgão competente, para fins de verificação da área a regularizar; d) quando houver mão de obra própria, documento de arrecadação comprovando o recolhimento de contribuições sociais, com vinculação inequívoca à matrícula no CEI da obra, e, a partir de 01/1999, também a respectiva GFIP relativa à matrícula CEI da obra e, quando não houver mão de obra própria, a GFIP com declaração de ausência de fato gerador (GFIP sem movimento); e) contrato social e suas alterações, original ou cópia autenticada, para comprovação das assinaturas dos responsáveis legais constantes da Diso, e, no caso de sociedade anônima, de sociedade civil, de cooperativa, de associação ou de entidade de qualquer natureza ou finalidade, o estatuto, a ata de eleição dos diretores e a cópia dos respectivos documentos de identidade; f) cópia do último balanço patrimonial acompanhado de declaração, sob as penas da lei, firmada pelo representante legal e pelo contador responsável com identificação de seu registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), de que a empresa possui escrituração contábil regular, com Livro Diário do período de execução da obra formalizado, e respectivo Razão, observado o lapso de 90 dias, bem como as cópias dos Termos de Abertura e de Encerramento do Diário. Para comprovar a não ocorrência de fato gerador das contribuições sociais, o responsável deverá manter na obra, durante a sua execução e após o seu término, arquivado pelo prazo de 10 anos à disposição da fiscalização da RFB, os seguintes documentos: a) termo de adesão previsto na Lei n o 9.608/1998, relativo a cada colaborador que preste serviços sem remuneração, na obra executada na forma de trabalho voluntário, devendo dele constar o endereço e a matrícula CEI da obra, o nome, o número do Registro Geral (RG), o número do Cadastro da Pessoa Física (CPF) ou do Número de Identificação do Trabalhador (NIT), o endereço residencial completo, a função e as condições de exercício nessa obra; b) relação de colaboradores, identificando o endereço e a matrícula CEI da obra e informando o nome, os números do RG, do CPF ou do NIT, o endereço residencial completo, a função e as condições de exercício nessa obra, de cada colaborador que tenha, voluntariamente e sem remuneração, prestado serviços, no caso de obra executada na forma das letras c e d deste item. Constatada a utilização de mão de obra remunerada, serão devidas as contribuições sociais correspondentes à remuneração desta mão de obra. (Instrução Normativa SRP n o 3/2005, arts. 413, I, 416, 417, 462 e 463) 14 CT Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 - Boletim IOB

IOB Entende Jornada de trabalho dos médicos A questão relativa à jornada de trabalho dos médicos tem suscitado ampla discussão no âmbito do direito do trabalho. Muito se discute se tais profissionais têm ou não direito à jornada reduzida. A Constituição Federal estabelece, em seu art. 7 o, XIII, que a duração normal de trabalho não pode ser superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. A legislação que rege o trabalho dos mencionados profissionais (Lei n o 3.268/1957 e seu regulamento, aprovado pelo Decreto n o 44.045/1958) não fixa uma jornada especial de trabalho a ser observada. Entretanto, a Lei n o 3.999/1961, que alterou o salário mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas, dispôs, em seus arts. 8 o e 12: Art. 8 o - A duração normal do trabalho, salvo acordo escrito que não fira de modo algum o disposto no artigo 12, será: a) para médicos, no mínimo de duas horas e no máximo de quatro horas diárias; b) para os auxiliares será de quatro horas diárias.... 2 o - Aos médicos e auxiliares que contratarem com mais de um empregador, é vedado o trabalho além de seis horas diárias. 3 o - Mediante acordo escrito, ou por motivo de força maior, poderá ser o horário normal acrescido de horas suplementares, em número não excedente de duas.... Art. 12 - Na hipótese do ajuste ou contrato de trabalho ser incluído à base-hora, o total da remuneração devida não poderá perfazer quantia inferior a vinte e cinco (25) vezes o valor da soma das duas (2) primeiras horas, conforme o valor horário calculado para a respectiva localidade. A Norma Regulamentadora (NR) 4, que dispõe acerca dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), estabeleceu, em seu subitem 4.9, que o médico do trabalho deverá dedicar, no mínimo, 3 horas (tempo parcial) ou 6 horas (tempo integral) por dia para as atividades do SESMT. Baseados nos citados dispositivos legais, parte da doutrina e da jurisprudência passou a defender o entendimento de que a duração do trabalho dos médicos, salvo acordo escrito, observa o limite mínimo de 2 e máximo de 4 horas diárias, e, se contratarem com mais de um empregador, fica vedado o trabalho além de 6 horas diárias. Defende, ainda, que, mediante acordo escrito ou por motivo de força maior, o horário de trabalho pode ser acrescido de horas suplementares em número não excedente de 2. Para os que defendem o entendimento em questão, há divergência apenas no que diz respeito à expressão salvo acordo escrito. Alguns alegam que a jornada de 4 horas pode ser estendida até 6 horas, já compreendidas as 2 horas extraordinárias. Outros entendem que o limite máximo é de 6 horas, podendo haver acréscimo de 2 horas extraordinárias, perfazendo, portanto, o máximo de 8 horas de trabalho. Contrariamente à corrente de entendimento anteriormente mencionada, parte da doutrina e jurisprudência (majoritária) defende a posição de que a Lei n o 3.999/1961 regula tão somente a remuneração mínima a ser observada para o médico, e não a sua jornada de trabalho. Dessa forma, a mencionada Lei apenas estabelece a remuneração mínima a ser observada para uma jornada de 4 horas de trabalho. Portanto, a jornada de trabalho a ser aplicada ao médico é a constitucionalmente assegurada, ou seja, até 8 horas diárias e 44 semanais. O Tribunal Superior de Trabalho (TST) consubstanciou o seu entendimento acerca do tema, por meio da Súmula n o 370, a qual dispõe: 370 - Médico e engenheiro. Jornada de trabalho. Leis n o s 3.999/1961 e 4.950/1966 Tendo em vista que as Leis n o s 3.999/1961 e 4.950/1966 não estipulam jornada reduzida, mas apenas estabelecem o salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para os médicos e de 6 horas para os engenheiros, não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja respeitado o salário mínimo/horário das categorias. Ante o exposto e considerando que não há dispositivo legal fixando jornada especial de trabalho para os médicos, uma vez que a Lei n o 3.999/1991, em sua ementa, já esclarece a sua finalidade, qual seja, a de apenas alterar o salário mínimo dos médicos e cirurgiões dentistas, entendemos que os médicos se submetem à jornada de trabalho constitucionalmente estabelecida, isto é, até 8 horas diárias e 44 horas semanais, salvo estipulação de jornada reduzida por meio do próprio contrato de trabalho ou do documento coletivo de trabalho da categoria profissional respectiva. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Set/2009 - Fascículo 39 CT 15