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Transcrição:

Sumário dos assuntos técnicos discutidos na reunião ordinária da CNNT de 7 de maio de 2013 As informações inseridas neste sumário são preparadas para que os Associados acompanhem as discussões em andamento. Refletem pontos de vista dos participantes e não representam necessariamente uma posição do Ibracon. Outros profissionais da área e reguladores podem ter opiniões diferentes das descritas neste sumário. Adicionalmente, discussões futuras ou alterações em normas e interpretações podem afetar os comentários aqui incluídos. Em caso de dúvida ou necessidade de aplicação prática dos temas, é necessário analisar as particularidades de cada situação. O Ibracon não tem obrigação de atualizar as informações ou posições incluídas neste sumário. 1) Assuntos em andamento Audiência pública das alterações da ICVM 480 Ibracon enviará suas considerações à CVM, incluindo: a) Embora a audiência pública das alterações da ICVM 480 não tenha considerado modificações sobre o Art. 27, que entre outros assuntos, requer a exigência de relatório de revisão especial sobre demonstrações financeiras de BDR, o Ibracon irá propor à CVM que estude a possibilidade de considerar o registro da firma de auditoria que auditou as demonstrações financeiras do emitente estrangeiro de BDR na CVM, a exemplo do que ocorre em outros países. A presente solicitação da emissão de relatório de revisão especial elaborado por auditor independente registrado na CVM, não tem aderência às normas de auditoria/revisão. Portanto, trata-se de tema que deverá ser regulamentado. A necessidade da regulamentação é decorrente do fato que firmas de auditoria que pertencem a uma mesma rede são firmas-membros, mas não fazem parte de uma mesma estrutura societária. A emissão de um relatório de revisão especial demanda trabalhos adicionais por parte da firmamembro no Brasil. b) Ibracon também solicitará esclarecimentos adicionais para a CVM a respeito de determinados requerimentos de divulgações no formulário de referência. Revisão da NPA 12 Conforto sobre EBITDA (Instrução CVM 527) Foi discutida a proposta de revisão da NPA 12, principalmente o item que trata sobre o conforto requerido para o auditor, por parte de coordenadores do processo de ofertas públicas, para medidas não contábeis, como por exemplo EBITDA. Na minuta revisada da NPA 12, que ainda está em processo de revisão, consta que o auditor efetue uma avaliação sobre a

expressão ou não de conforto para qualquer medida de desempenho não contábil, ressaltando que, no caso do EBITDA, o auditor, quando solicitado pelos coordenadores de ofertas públicas, dê conforto somente no EBITDA sem ajustes. Nos casos em que a entidade prepare EBITDA ajustado, o auditor deverá analisar a razoabilidade dos ajustes antes de concordar ou não com os procedimentos de conforto, levando em consideração que ao emitir o relatório o auditor já deve contemplar avaliação conforme os preceitos da NBC TA 720. Ibracon concluirá o texto da norma revisada para posterior envio à aprovação do CFC. Apresentação de demonstrações históricas em prospectos de ofertas públicas quando há nova norma contábil, com aplicação retrospectiva Em função das normas de transição das IFRS 10 e 11 requererem de forma mandatória a aplicação retrospectiva somente para informações / demonstrações financeiras do período imediatamente anterior, o Ibracon está discutindo como serão consideradas as demonstrações financeiras históricas a serem incluídas nos prospectos de ofertas públicas que incluem demonstrações financeiras completas de três anos, mais as demonstrações financeiras intermediárias. Estudo sobre a necessidade de consentimento ou procedimento equivalente do auditor antecessor, quando as demonstrações financeiras do período anterior, por ele auditadas/revisadas forem utilizadas no período corrente, e houver referência ao relatório do auditor antecessor CNNT analisará o tema para discussão em próximas reuniões. CPC 33/IAS 19 Registro contábil da variação do passivo atuarial e manutenção na conta de ajustes de avaliação patrimonial Foram discutidas as alterações do CPC 33 (R1), que eliminou o método do corredor, e passou a requerer somente uma prática contábil, que consiste no registro da variação referente a ganhos ou perdas atuariais em outros resultados abrangentes. A partir de 2013, na norma contábil passou a constar que os ganhos e perdas atuariais podem ser reclassificados para lucros / prejuízos acumulados A CNNT debateu o tema, para ser melhor analisado em próximas reuniões, considerando a necessidade de discussões com órgãos reguladores para aprofundar as questões e os impactos societários que eventualmente existam.

Discussão dos requerimentos introduzidos pela Resolução BACEN 4195 Foram discutidos os fundamentos da Resolução BACEN 4195, que dispõe sobre a elaboração e a remessa de Balancete Patrimonial Analítico Conglomerado Prudencial. Conforme determina a referida Resolução, esse Conglomerado Prudencial deve ser objeto de exame e de relatório semestral pelos auditores independentes, nas datas-base 30 de junho e 31 de dezembro. Esta resolução entra em vigor em 1º de julho de 2013. Ibracon continuará as discussões com o Banco Central para aprofundar os entendimentos sobre a matéria e atualmente considera a necessidade da emissão de um comunicado técnico com orientação aos auditores sobre o tipo de relatório a ser emitido sobre o Balancete Patrimonial Analítico - Conglomerado Prudencial. Discussão no CPC sobre a revisão do ICPC 09 Está em discussão, no CPC, a necessidade de revisão dos itens 44-46 do ICPC 09, que contêm tratamentos contábeis para o ágio em casos de incorporação da controlada pela controladora, e vice-versa. O grupo de trabalho do CPC, constituído para revisar o tema, conta com representantes do Ibracon, CVM, Fipecafi, Abrasca, Apimec, continuará trabalhando nessa revisão. Incorporação imobiliária Eliminação da possibilidade da Consolidação proporcional O GT Incorporações imobiliárias se reuniu para revisar o tema, sendo reportado, na CNNT, a conclusão que com a eliminação da possibilidade da consolidação proporcional, a partir de 2013, todas as entidades, incluindo as incorporações imobiliárias, devem rever a estrutura de suas investidas para concluir sobre a consolidação (desde que o investimento se qualifique como controlada, de acordo com a norma revisada CPC 36 R3), ou equivalência patrimonial. Não há como manter consolidação proporcional de acordo com as normas contábeis que estão em vigor a partir de 2013, para os casos que se qualificam como Joint Ventures. Discutiu-se, também, que os comentários de desempenho nos formulários de ITR devem ser feitos sobre as cifras que constem dos registros contábeis e das informações contábeis reportadas nas ITR, não sendo aplicável a elaboração de comentários sobre cifras que não são consistentes com os registros contábeis.

Entidades sem fins lucrativos A nova norma contábil para entidades sem fins lucrativos (Resolução CFC nº 1.409/12, que aprovou a Interpretação ITG 2002 "Entidade sem Finalidade de Lucros"), trata em seu item 9 da contabilização de doações e subvenções recebidas. Ao referir-se a esse tema, a Interpretação remete aos procedimentos a serem adotados do CPC 07 "Subvenção e Assistência Governamentais" (NBC TG 07, conforme aprovado pelo CFC) e não para a norma PME. Uma das exigências do CPC 07 é que a subvenção seja reconhecida no resultado como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que exista razoável segurança de que a entidade cumprirá todas as condições estabelecidas. O reconhecimento das receitas de doação e subvenção governamental no momento de seu recebimento, portanto, somente é admitido nos casos em que não há base de alocação ao longo dos períodos beneficiados. Assim, uma entidade sem finalidade de lucros que aplicava a norma PME para as doações e subvenções recebidas, deverá alterar suas políticas contábeis. Essa posição do CFC está fundamentada em relatório aprovado pela Câmera Técnica e pela Ata Plenária no. 976, de 22 de março de 2013. 2) Assunto técnico discutido e concluído Honorários de sucesso advocatícios decorrentes de transações do passado O Ibracon concluiu que dificilmente a entidade não terá que desembolsar, ou o valor da causa ou o valor do honorário de sucesso, para liquidação do passivo. Dessa forma, alguma provisão seria necessária, bem como a sua devida divulgação. Em uma situação em que uma entidade que figura como polo passivo de demanda judicial estimada em, por exemplo, R$1.000, contrata assessor jurídico para defendê-la na esfera judicial, e conforme acordado entre as partes (entidade e assessor jurídico), serão pagos honorários equivalentes a 10% do valor da causa, em caso de sucesso. Em uma eventual situação de desfecho desfavorável, nenhum valor será devido ao assessor jurídico, mas, obviamente, a entidade pagará o montante da causa para a parte reclamante. Nesta situação, qualquer que seja o desfecho da demanda, a entidade terá um desembolso de caixa seja em caso de sucesso na defesa, o pagamento de

R$100 para os assessores jurídicos, ou em caso de perda da defesa, o pagamento de R$1.000 para a parte reclamante. O evento passado que justificaria o registro da provisão para o honorário advocatício de sucesso seria, neste caso, a contratação do advogado. Assim, enquanto não conhecido o desfecho da demanda judicial: (i) (ii) (iii) A entidade deve avaliar a contingência, nas categoria de perda: provável, possível e remota. Sendo a perda considerada provável, provisão no montante de R$1.000. Sendo a perda considerada possível ou remota, provisão no montante de R$100. Lembramos, que situações especificas de cada contrato com os assessores jurídicos devem ser analisadas. *** *** ***